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segunda-feira, 25 de maio de 2020

NA ESCOLA TERRESTRE




NA ESCOLA TERRESTRE

“Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo: aí a causa das guerras e das calamidades que estas acarretam, das dissensões, das injustiças, da opressão do fraco pelo forte, da maior parte, afinal, das enfermidades. Deus promulgou leis plenas de sabedoria, tendo por único objetivo o bem; em si mesmo encontra o homem tudo o que lhe é necessário para cumpri-las; a consciência lhe traça a rota, a Lei Divina lhe está gravada no coração e, ao demais, Deus lha lembra constantemente por intermédio de seus messias e profetas, de todos os Espíritos encarnados que trazem a missão de o esclarecer, moralizar e melhorar e, nestes últimos tempos, pela multidão dos Espíritos desencarnados que se manifestam em toda parte. Se o homem se conformasse rigorosamente com as Lei Divinas, não há duvidar de que se pouparia aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra. Se assim não procede, é por virtude do seu livre arbítrio: sofre então as consequências do seu proceder.”
(Allan Kardec, A Gênese, Cap. III, item 6)


Considerando que o planeta Terra é a obra do Criador elaborada através de Jesus Cristo para acolhimento de quantos Espíritos nela se depurariam para sua incursão nos planos divinos da Imensidade, todos os fenômenos que infelicitam e atormentam a família humana encarnada no globo, além de todas as almas que permanecem escravizadas à Crosta em situações desequilibradas e desequilibrantes são de sua responsabilidade, tendo em vista o livre arbítrio já conquistado por cada um.

Existem dois meios efetivos de influenciação do habitat terrestre: a ação direta do homem em a Natureza, dizimando-a ou viciando-a por efeito de suas ambições e desconhecimento das leis que a regem, e através das emissões mentais de seus pensamentos diários, constantemente repetidos. O efeito da ação humana sem estudo e por mero interesse comercial intoxica as fontes naturais e perverte a ordem harmônica da cadeia hoje denominada ecossistema. Esse, em termos objetivos, visível e previsível é o motivo material das catástrofes que se abatem sobre todos os países e todos os povos, com variantes segundo a natureza do meio em que sobrevivem. O outro motivo é a densidade e o teor venenoso dessa densidade laborada pelo conjunto de pensamentos liberados pela maioria ainda viciada ou pervertida pela manipulação inescrupulosa de governos, mídias e religiões sem alma, que apenas visam o interesse pessoal e de grupos elitistas, completamente entregues ao desrespeito pela obra do Criador.

No elenco das calamidades físicas, vemos o desequilíbrio das águas das chuvas, dos mares, das secas, do ar pela poluição, das terras intoxicadas e empobrecidas, da extinção de espécies vegetais e animais e a proliferação de pragas que respondem pelo excesso, já que a cadeia harmoniosa e controladora dessas ocorrências foi quebrada pelo homem, e daí por diante. Na outra órbita de ação nefasta, encontramos a psicosfera favorável à proliferação de obsessores desencarnados que estimulam a violência e o desnível moral entre os encarnados, autorizando enfermidades e mesmo a loucura, pois há vibriões e larvas psíquicas em atuação sobre as mentes humanas por efeito desse conluio tóxico e imoral entre desencarnados e encarnados. O poder variante e mutável de vírus diversos, de bactérias e congêneres – já bastantes estudados pela ciência do mundo – é efeito da proliferação desses elementos astrais que a psicosfera doentia e pesada do mundo, geralmente alimentada por ódios, ciúmes, invejas, sensualismo irresponsável, leviandade moral, indiferença, cupidez e todas as aberrações nascidas do egoísmo e do orgulho.

Os surtos psíquicos, quando coletivos, são expressões dessas intoxicações deletérias que, como ondas poderosas e avassaladoras, carregam consigo as almas empedernidas e folgadamente entregues à frouxidão moral, como forma de intensificar a sua enfermidade e obriga-la a providências saneadoras pelos sofrimentos impostos. Aí funcionam as obsessões e essas obsessões, se criteriosamente estudadas, revelarão a natureza moral em decadência e todas as consequências disso, envolvendo as forças orgânicas do indivíduo e as forças fisiopsíquicas do meio terreno, onde se poderá identificar os vibriões psíquicos e as larvas por matrizes dos vírus letais que assombram a História Humana de tempos a tempos.

A eugenia e todos os estudos científicos do mundo são importantes e válidos para coibir as proliferações danosas e inesperadas, mas o moral dos homens e mulheres da Terra será responsável efetivo por sanear a psicosfera tão doentia e permitir o verdadeiro progresso e bem-estar de todos, em todas as nações, porque então a justiça e a humanidade real serão implantadas, como plataforma ideal para o florescimento do Evangelho vivo!

YVONNE A. PEREIRA

(Mensagem psicografada por Wagner Paixão, em Mário Campos, MG, em 18/04/2020).

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Mudamente...



"Mudamente..."

Algo mal que se expressa mudamente. Que transtorno tem trazido aos povos! Pessoas que se afastam dos seus familiares e amigos. Profissionais que querem trabalhar, mas temem o vírus que não se vê. Proteções que apaziguam o medo sem a certeza do contágio. Doentes declarados precisam aguardar, hospitais são esvaziados e outros construídos para aguardar os que ainda não estão, mas com certeza ficarão doentes, pois, silenciosamente o mal sinaliza e antecipa o futuro.

Os grandes males do Planeta aconteceram através de agressividades ruidosas para demonstrar força, tambores, farfalhar de espadas e escudos, gritos; tropel de cavalaria, a voz troante do canhão de pólvora, a esgrima de estúpidos cavaleiros; o roçar dos ares em asas apinhadas de mortíferos arranjos a despenharem-se sobre casas, hospitais, escolas levando terror e morte, ainda, a metralha disparada alhures.

Em tempos passados, epidemias que matavam largamente eram noticiadas pelo desespero de aldeia em aldeia, de cidade em cidade, aos gritos, alardeando o pavor, vez que a morte era inevitável, considerando a inexistência de recursos médicos. 

Agora é diferente! 

Professores e escolares paralisados, lojas e armarinhos fechados, oficinas quietas, meios de comunicação em efervescência com opiniões e opiniões suas e de convidados para explicar, sugerir, orientar à exaustão, sem nada conclusivo e que estanque a enxurrada de...

Pesquisa disto e daquilo, testes, buscas de medicamentos, tentativas, achismos e promessas, interesses políticos e econômicos que se chocam, vaidades, egoísmos, medos, inseguranças, decretos que não são respeitados e doentes que se contam aos milhares e corpos mortos em número assustador.

E os exércitos?

Estão silentes, a luta não é de Nação contra Nação, mas das Nações contra o invisível, que não teme nenhuma arma bélica, mesmo as mais sofisticadas, as forças estão de um lado só e não veem a quem atacar, ou de quem se defender.

A arrogância dos poderios desceu à insignificância. Uma grande mão educadora semeia no Mundo as possibilidades do respeito ao outro, todos são de carne e osso, têm fome, sede e adoecem; faz compreender que a vida é uma construção e são peças a alfabetização, a cultura, a arte, a ciência, a espiritualização. Para a vida com dignidade de todas as gerações das sociedades é indispensável que quem sabe e pode mais colabore com o aprendizado dos menos sábios e limitados em recursos.

Os grandes males das eras passadas eliminaram a vida da Terra? Não. Estamos aqui.

Agora também não se extinguirá a vida do Planeta; como as tormentas antigas causaram modificação do pensamento, da cultura, da ciência, da filosofia... Também, o mal invisível que arrasa nesses dias, findo o seu tempo educativo, deixará atmosfera renovada com mudanças profundas nas relações humanas, pois deverá prevalecer a fraternidade e solidariedade entre os indivíduos e os povos.

Depois da perturbação viral a vida no Planeta será mais justa? A esperança que carregamos diz que sim. Temos confiança que Alguém que considera seus filhos, os habitantes da Terra, está no leme da nau que enfrenta as convulsões intestinas numa experiência que aponta para uma Nova Era, Um Novo Tempo.

O que podemos esperar?

                                         Dorival da Silva



quinta-feira, 16 de abril de 2020

Há uma ameaça!


Há uma ameaça!

Num povo muito grande, muitas línguas, costumes, classes sociais, poderes..., lá existe algo a rugir, mas a causa do furor é silenciosa, se tem notícia, percebe-se seus efeitos que atingem vidas, convulsiona a organização social, política, econômica, confrangendo indistintamente os indivíduos.

Decisões são necessárias para proteger os interesses, no entanto, existe um conflito de forças antagônicas, preservar as pessoas do mal afligente ou manter as atividades do dia a dia.

O motivador se conhece em laboratório, é pequeno, é um vírus, no entanto, sagaz, multiplica-se espantosamente, dissemina-se invisível através do próprio hospedeiro, não escolhe direção, apenas deseja um organismo que o amaine para que sobreviva.

Seus efeitos são devastadores em grande parte dos contaminados, embora não escolha idade, os velhos e os doentes são os preferidos, poucos se salvam.

Remédio conhecido não respeita, vacina que o barre também não existe, somente a resistência natural de cada um suporta, mas não perdoa as forças combalidas.

Causa medo, vez que ninguém sabe se suas resistências são capazes de sobrestar a invasão do tal, que poderá levar o corpo a sucumbir.
Governos se chocam, autoridades da saúde impõem condições, organizações protestam, populações carecem de assistência, o emprego escasseia, o estado econômico cambaleia, o futuro...

Dentro da pandemia virtudes afloram, corações generosos movimentam as mãos, organizam mutirões, donativos surgem para atender as necessidades dos mais fracos, alimentos e materiais higienizantes...

O estado geral da Humanidade é novo, conquanto a ameaça à vida, há uma nova realidade, alguém invisível impõe-se aos poderosos do Mundo uma força incontestável, sem nenhum material bélico, sem estrondo de explosivo, nem revoada de supersônicos e chuva de ogivas.

Se faz necessário que o forte socorra o fraco, pois, o invisível poder a todos iguala, mostrando que se interdependem, carências várias é pertencimento mútuo, somente o dividir e servir dos meios e recursos sanará as ânsias do Mundo.

A caridade, a fraternidade... Agora genericamente forçadas, depois, quando se tornarem ações naturais entre os povos, será o estabelecimento do Reino dos Céus na Terra.

Há muito tempo Um Homem Crucificado disse isso...
                                            
                                                 Dorival da Silva

quinta-feira, 16 de março de 2017

Microcefalia não é pena de morte

Microcefalia não é pena de morte


            Os que defendem a legalização do aborto encontraram na associação do aumento da microcefalia com o surto de zika uma oportunidade para retomar a discussão da liberação do procedimento no Brasil. Querem transformar o diagnóstico de microcefalia em atestado de morte para todas as crianças das mães que contraíram o vírus e que optarem pela interrupção da gravidez, mesmo com possibilidades de nascerem sem sequelas neurológicas graves.


               Com o avanço da medicina fetal e da genética médica, hoje é possível a detecção, ainda no útero, de várias anomalias fetais. Querer considerar apenas as crianças saudáveis com direito à vida é retomar a prática da eugenia feita na Grécia antiga e pelo nazismo, abrindo um precedente para a liberação do aborto em outros casos de microcefalia.


               Não se pode falar na opção de abortamento, pois não se trata de patologia letal que inviabilize a vida extrauterina. A discussão do aborto em casos de microcefalia retrata bem o momento pós-moderno em que vivemos.


               Para a maioria dos autores, a pós-modernidade é marcada como a época das incertezas, das fragmentações, do narcisismo, da troca de valores, do vazio, do niilismo, da deserção, do imediatismo, da efemeridade, do hedonismo, da substituição da ética pela estética, da apatia, do consumo de sensações e do fim dos grandes discursos.


               Na sociedade pós-moderna, predomina a permi
ssividade que justifica que tudo é bom desde que eu me sinta bem. É um relativismo no qual não há nada absoluto, nada totalmente bom ou mau, onde as verdades são oscilantes.


               Vive-se numa época de grande competitividade e de pouca solidariedade. Em nome dessa nova ideologia, os indivíduos se permitem agir passando por cima de valores fundamentais.


               A coisificação da vida e o predomínio dos interesses pessoais em detrimento do coletivo são bem característicos dessa fase em que vivemos.


               Entretanto, aprendemos com a genética que a diversidade é a nossa maior riqueza coletiva. E o feto anômalo, mesmo o portador de grave deficiência, como é o caso da microcefalia, faz parte dessa diversidade. Deve ser, portanto, preservado e respeitado.


               Necessário se faz proteger também a gestante, dando-lhe apoio em sua gravidez e proporcionando tratamento ao seu futuro filho.


               O aborto provocado é um procedimento traumático, com repercussões gravíssimas para a saúde mental da mulher, que geralmente aparecem tardiamente. Produz um luto incluso, devido à negação da ocorrência de uma morte real, mas esse aspecto é totalmente desconsiderado.


               As mulheres sofrem uma perda, e suas necessidades emocionais são relegadas ou escondidas. Esse processo vai gerar profundas marcas e favorecer o surgimento da síndrome pós-aborto.

               A evolução de uma sociedade é medida pela sua capacidade de amparar os mais frágeis. A sociedade que apela para o aborto se declara falida em suas bases educacionais, porque dá guarida à violência no que ela tem de pior, que é a pena de morte para inocentes. Compromete, portanto, o seu projeto mais sagrado, que é o da construção da paz.


Gilson Luís Roberto é presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil.

Mensagem extraída da Revista Eletrônica "O Consolador", que poderá ser acessada no endereço:
 http://www.oconsolador.com.br/ano9/454/cartas.html

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Uma visão cristã da homossexualidade




Especial

Ano 2 - N° 85 - 7 de Dezembro de 2008

JORGE HESSEN
jorgehessen@gmail.com
Brasília, Distrito Federal (Brasil)


Uma visão cristã da homossexualidade
Ao serem identificados os pendores homossexuais das pessoas nessa dimensão de experiência, é imperioso se lhes oferte o amparo educativo pertinente, nas mesmas condições
com que se administra instrução à maioria
heterossexual da sociedade

As múltiplas experiências humanas pela reencarnação e os repetidos contatos com ambos os sexos proporcionam ao Espírito as tendências sexuais na feminilidade ou masculinidade e este reencarna com ambas as polaridades e se junge, às vezes, contrariado, aos impositivos da anatomia genital e ao da educação sexual que acolhe em seu ambiente cultural. Consoante essas experiências, tenderá para qualquer das duas opções e o fará nem sempre de acordo com sua aspiração interior, que poderá ser inversa ao que determina o meio sociocultural.  
Emmanuel ensina na obra "Vida e Sexo" que o "Espírito passa por fileira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas". (1) Talvez ocorram fatores educacionais que possam contribuir para despertar no indivíduo as tendências sepultadas nas profundezas de seu inconsciente espiritual. E, ainda que desempenhe papéis de acordo com a sua anatomia genital, e que seu psiquismo se constitua de acordo com sua opção
sexual, poderá ocorrer que desperte com desejos de ter experiências com pessoas do mesmo sexo.  

Sobre essa perspectiva há também estudiosos que atestam a não interferência educacional para quaisquer das homossexualidades (2), de acordo com o consenso dos estudos psicológicos atuais, até porque o cerco em volta de todo o processo educacional é hétero, sustentam.  
Afirma-se, ainda, que o homossexual, quando desempenha papel heterossexual é sempre em função de conflitos provocados pelo meio social, no que não alcança realização e habitualmente recorre a fantasias homossexuais para alcançar efeitos heterossexuais. Quando há realização tanto homo quanto hétero, então aí estaremos diante da bissexualidade manifesta.  
Em que pese o apontamento da Psicologia para a positivação da identidade bissexual, pode ocorrer, não necessariamente, que na realidade a pessoa seja um homossexual tentando uma vivência dupla em função de algum fator de conflito. Tal ocorrência poderá lhe tumultuar a consciência caracterizando, por aquele motivo, um transtorno psíquico-emocional, embora os transtornos nunca sejam em função da homossexualidade em si, mas da ação dos preconceitos sofridos pelo indivíduo. 
Estudiosos sinceros explicam que a expressão opção sexual está abandonada pela Psicologia 
A convivência do Espírito com o sexo oposto ao que adotou em cada encarnação, bem como aquelas em que exerceu sua opção sexual, irão plasmar em seu psiquismo as tendências típicas de cada polaridade. Sabemos também existir estudiosos sinceros explicando que a expressão opção sexual está abandonada pela Psicologia, desde que a ocorrência é sempre de tendência manifesta; dessa forma, o meio em volta em nada colabora para a existência de opção. Afirma-se, ainda, que admitir opção para homossexualidade seria também admitir um enorme masoquismo, diante de toda a adversidade que cerca o indivíduo em relação à homossexualidade.  
Explica Emmanuel: "A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação”. (3) 
Na questão 202 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec indagou aos Espíritos: "Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?" "Isso pouco lhe importa”, responderam os Benfeitores; "o que o guia na escolha são as provas por que haja de passar." (4) 
A genética tem tentado encontrar genes que explicariam a homossexualidade como sendo desvio de comportamento sexual. A psiquiatria tentou encontrar enzimas cerebrais que poderiam influenciar no comportamento sexual. Alguns sexólogos explicam que é uma preferência sexual (lembrando aqui que oficialmente a expressão opção foi abolida). Mas a sede real do sexo não se acha no veículo físico, porém na estrutura complexa do espírito. É por esse prisma que devemos encarar as questões relacionadas ao sexo. "A coletividade humana aprenderá, gradativamente, a compreender que os conceitos de normalidade e de anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de sinais morfológicos." (5)  
Com a liberação sexual na sociedade contemporânea, a tolerância à homossexualidade aumentou 
Não podemos confundir homossexualidade com desvio de caráter, até porque os deslizes sexuais de qualquer tendência têm procedências diversas. Suas raízes genésicas podem vir de profundidades íntimas insondáveis. "A própria filogênese (6) do sexo, que começa aparentemente no reino mineral, passando pelo vegetal e ao animal, para depois chegar ao homem, apresenta enorme variação de formas, inclusive a autogênese [geração espontânea] dos vírus e das células e a bissexualidade dos hermafroditas" (7), o que para alguns pesquisadores justificaria o aparecimento do que seriam os desvios sexuais congênitos. Especialistas dizem também que atualmente o conceito de desvio mudou muito, e um homossexual que se force à heterossexualidade seria tido como um desvio. 
Com a liberação sexual e a ascensão do feminino na sociedade contemporânea, a tolerância à homossexualidade aumentou, permitindo que uma grande quantidade de pessoas que viviam no anonimato se expressasse naturalmente, graças à luta dos homossexuais por seus direitos em todo o mundo, forçando até mesmo a mudança de legislações. Chico Xavier explica, de forma clara, o seguinte: "Não vejo pessoalmente qualquer motivo para criticas destrutivas e sarcasmos incompreensíveis para com nossos irmãos e irmãs portadores de tendências homossexuais, a nosso ver, claramente iguais às tendências heterossexuais que assinalam a maioria das criaturas humanas. Em minhas noções de dignidade do espírito, não consigo entender por que razão esse ou aquele preconceito social impediria certo numero de pessoas de trabalhar e de serem úteis à vida comunitária, unicamente pelo fato de haverem trazido do berço características psicológicas e fisiológicas diferentes da maioria. (...) Nunca vi mães e pais, conscientes da elevada missão que a Divina Providencia lhes delega, desprezarem um filho porque haja nascido cego ou mutilado. Seria humana e justa nossa conduta em padrões de menosprezo e desconsideração, perante nossos irmãos que nascem com dificuldades psicológicas?" (8) Creio ser importante lembrar aqui que as dificuldades psicológicas são em decorrência de conflitos pelo preconceito. Vencido o preconceito, pelo próprio indivíduo, cessa o conflito psicológico. É claro que seria pedir demais que o Chico fosse a isso em suas declarações, mesmo porque pela época da entrevista, da forma como ele colocou já foi efetivamente uma atitude de muita autenticidade e coragem diante da verdade. 
A Doutrina Espírita não condena a homossexualidade;
ao contrário, a respeita
 
A Doutrina Espírita é libertadora por excelência. Ela não tem o caráter tacanho de impor seus postulados às criaturas, tornando-as infelizes e deprimidas. A energia sexual pede equilíbrio no uso e não abuso ou repressão. A Doutrina Espírita não condena a homossexualidade; ao contrário, recomenda-nos o respeito e fraterna compreensão para com os que têm preferências homoafetivas. Muitas vezes, pode até ser alguém tangido pelo apelo permissivo que explode das águas tóxicas do exacerbado erotismo, somado aos diversos incentivadores pseudocientíficos da depravação, que podem estar desestruturando seu sincero projeto de edificação moral, através de uma conduta sexual equilibrada. (9) Por isso mesmo, não pode ser discriminado, nem rejeitado, pois a mensagem de Jesus é a de “amar o próximo como a si mesmo”. 
Como já vimos com Emmanuel no início desta exposição, não há masculinidade plena, nem plena feminilidade na Terra. Tanto a mulher tem algo de viril quanto o homem de feminil. Antigamente, a educação muito rígida e repressiva contribuía para enquadrar o indivíduo homossexual de acordo com a expectativa social em volta, contrariando suas tendências espontâneas. 
Assumir a homossexualidade não significa mergulhar em um universo de atitudes extremadas e desafiadoras perante seu grupo de relacionamento familiar ou profissional, "mas fazer um profundo exercício de auto-aceitação, asserenar-se por dentro, a fim de poder reconhecer perante si mesmo e todo seu círculo de amigos e parentes que vivem uma situação de desafio. O verdadeiro desafio é a construção interna para orientar saudável e equilibradamente os desejos. E não estamos aqui referindo-nos exclusivamente a desejo sexual e sim a toda espécie de desejos que comandam a vida das criaturas". (11) 
Emmanuel enfatiza: "O mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie [homossexual], somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade devidos às criaturas heterossexuais". (12) A homossexualidade não deve, pois, ser classificada como uma psicopatia ou comportamento merecedor de discriminação ou medidas repressivas. O homossexual, especialmente, ou o transexual, merece toda a nossa compreensão e ajuda, para que ele possa vencer sua luta de adaptação à identidade de agora ou ao novo sexo adquirido com o renascimento.  
Tanto o homossexual como o heterossexual devem buscar a sua reforma interior 
Outra questão extremamente controvertida, para muitos cristãos, é a possibilidade da união estável [casamento] entre duas pessoas do mesmo sexo. Ante a miopia preconceituosa do falso purismo religioso da esmagadora maioria de cristãos supostamente "puros", isso é uma blasfêmia. Isto torna o tema bastante complexo, e não ousaríamos opinar com a palavra definitiva. Estamos, portanto, aberto a discussões. Porém, após refletir bastante sobre o assunto e, sobretudo, tendo como alicerce as opiniões de Chico Xavier, entendemos que a união estável [casamento] entre homossexuais pode ser legítima, até porque cada um deve saber de si o que melhor norteia sua própria felicidade. Só conseguiremos entender melhor a questão homossexual depois que estivermos livres dos (pré) conceitos que nos acompanham há muitos milênios. Arriscaríamos afirmar que a legalização do casamento entre duas pessoas do mesmo sexo é um avanço da sociedade, que estará apenas regulamentando o que de fato já existe.  
Tanto o homossexual como o heterossexual devem buscar a sua reforma interior, não cedendo aos arrastamentos provocados pelos impulsos instintivos e sensuais. Lembremos: o que é ilícito ao hétero, também o é ao homossexual. Ambos precisam "distinguir no sexo a sede de energias superiores que o Criador concede à criatura para equilibrar-lhe as atividades, sentindo-se no dever de resguardá-las contra os desvios suscetíveis de corrompê-las. O sexo é uma fonte de bênçãos renovadoras do corpo e da alma". (13)  
Mister, portanto, reconhecer que ao serem identificados os pendores homossexuais das pessoas nessa dimensão de experiência é imperioso se lhes oferte o amparo educativo pertinente, nas mesmas condições com que se administra instrução à maioria heterossexual da sociedade.  
Acreditamos, por fim, que estas idéias poderão levar, a quantos as lerem, a meditar, em definitivo, sobre o assunto, lembrando que a homossexualidade transcende em si mesmo a simples questão da permuta sexual.  

Fontes:
 
(1) Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo, Ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001.
(2) A Ciência já encontrou a homossexualidade nas diversas espécies pesquisadas em seus habitats, excluindo as hipóteses de cativeiro ou interferências outras. Até nos insetos há homossexualidade. Isso mostra que a homossexualidade é uma manifestação como qualquer outra da Natureza, ou mais propriamente falando: faz parte da obra de Deus.
(3) Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo, Ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001.
(4) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. Feb, 2000, perg. 202
(5) Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo, Ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001.
(6) Filogenia (história evolucionária das espécies) opõe-se à ontogenia (desenvolvimento do indivíduo desde a fecundação até a maturidade para a reprodução).
(7) Disponível em acessado em 21/04/06
(8) Publicada no Jornal Folha Espírita do mês de Março de 1984
(9) A recomendação do Espiritismo para o respeito e a compreensão para com os irmãos que transitam em condições sexuais inversivas (homossexualismo) ocorre em função do sentimento de fraternidade ou caridade que deve presidir o relacionamento humano, mas igualmente pelo fato de que nenhum de nós tem autoridade suficiente para condenar quem quer que seja, pois todos temos dificuldades morais e/ou materiais graves que precisam de educação.
(10) João, cap. VIII, vv. 3 a 11
(11) Disponível em acessado em 21/04/2006
(12) Xavier, Francisco Cândido. Vida e Sexo, Ditado pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001.

(13) Xavier, Francisco Cândido. Conduta Espírita, Ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001.



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Texto extraído da Revista Eletrônica "O Consolador", que poderá ser acessada através do endereço: http://www.oconsolador.com.br/ano2/85/especial.html

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Vírus destruidor

Vírus destruidor

A intriga é semelhante a um vírus destruidor que se multiplica rapidamente, aniquilando a organização de que se nutre.
Imiscui-se sutilmente e prolifera com volúpia, irradiando a sua morbidez devastadora.
Com facilidade transfere-se de uma para outra vítima, conseguindo gerar o ambiente pestífero que lhe é próprio.
O intrigante, por sua vez, é enfermo da alma, portando graves distúrbios emocionais e morais.
É invejoso, e transfere-se da conduta deplorável que lhe é característica para a das acusações perniciosas; é portador de complexo de inferioridade, mantendo sentimentos competitivos com os demais, e porque não possui os requisitos hábeis para vencer, oculta-se na intriga, mediante a qual denigre aquele de quem se faz opositor; é perverso, porque respira mágoas a respeito do seu próximo, que procura anular através das covardes assacadilhas...
Urde planos nefastos e mascara-se com sorrisos pérfidos com que engana as suas vítimas, enquanto as combate com ferocidade.
Sempre armados, a sua imaginação corrompe tudo quanto ouve e vê, adaptando à vérmina que traz no pensamento. Ninguém se livra da intriga insidiosa e cruel.
São célebres na História da Humanidade as intrigas palacianas...
Nas cortes, onde a frivolidade e o ócio predominavam, as intrigas no passado, assim como no presente, têm sido o alimento mantenedor dos parasitas morais que as constituem.
Quase todas as criaturas têm sido abaladas pela insídia da sua maldade, derrubando potentados e afastando pessoas nobres da execução dos seus elevados ideais.
Tronos são derruídos pela insídia da intriga; reis e potestades tombam nas malhas que as asfixiam.
A intriga é irmão gêmea da traição que se homizia no âmago dos Espíritos infelizes.
Todo grupamento social, político, acadêmico, popular, religioso, cultural ou de trabalho e de lazer, é vítima dos profissionais da intriga, neles integrados com os nefandos objetivos de os desagregar.
...E a intritga campeia a soldo da insegurança, da imaturidade psicológica das criaturas humanas.
O intrigante é instrumento dócil das Trevas que pretendem manter a sociedade na ignorância, no atraso moral, a fim de nutrir-se das emanações humanas que vampirizam.
Movimenta-se com facilidade porque é pusilânime, tornando-se hoje amigo daquele que no passado feriu, e assim, sucessivamente, em relação às pessoas que, no futuro, serão suas vítimas.
Alegra-se ao ver os distúrbios que provoca sem deixar-se trair, sorrindo de prazer ante as injunções penosas que a sua conduta reprochável dá lugar.
Encontra-se em toda parte, por constituir larga fatia da sociedade inditosa que se compraz na maledicência, nas observações distorcidas...
São necessários antídotos vigorosos para sanar essa epidemia ou muita água em forma de paciência e compaixão para apagar os incêndios morais que provoca.
A intriga é semelhante a cupim que destrói a fonte de onde retira o alimento, sem deixar vestígios externos, até o momento em que se desorganizam as estruturas nas quais se refugia.
*   *   *
Fecha os ouvidos à persuasiva palavra simulada do intrigante, que te escolhe para a catarse da própria desdita.
Não passes adiante a informação infeliz que ele te transmite com o objetivo de envenenar-te o que, invariavelmente, consegue.
Abafa a intriga que te chega ao conhecimento no poderoso algodão do silêncio e da dignidade.
Desarma-te, em relação ao teu irmão, adquire autoconfiança e autoconsciência, que te instrumentalizam para não aceitares a morbidez da intriga destruidora.
Mesmo no colégio galileu, a intriga e o ciúme campeavam, culminando na traição de Judas e em negação de Pedro em referência a Jesus, que sempre os amou.
Sê fiel ao teu ideal, mantendo lealdade com relação àqueles que constituem a tua família biológica, quanto a espiritual.
Não agasalhes informações nefastas, deixando-te contaminar pelo morbo sempre ativo da intriga.
Respeita a concha dos teus ouvidos, preservando-a da intriga e dignifica a tua voz não a propagando, dessa maneira deixando-a diluir-se no oceano da tua conduta moral.
Aqueles que se permitem criar embaraços ao seu próximo, acusando-os, indevidamente, tecendo as redes das informações malsãs,  vigiando-os de forma implacável, empurrando-os na direção do abismo do desânimo e do sofrimento, tornam-se responsáveis pelo mal que lhes venha acontecer.
São as mãos invisíveis que os asfixiam e as forças infelizes que os comprimem, derrubando-os pelo caminho da evolução.
Se alguém, por acaso, não corresponde à tua confiança, nem retribui o teu comportamento sadio, não te aflijas, porque o infeliz é ele que, ingrato, não é capaz de compreender a beleza nem o significado da amizade legítima.
Em qualquer circunstância, sê aquele que vive com elevação e honradez, a fim de que longos e saudáveis sejam os teus dias na viagem abençoada pela Terra.
Divulga o bem e canta a glória da afeição pura, entronizando na mente e na emoção, os valores da alegria defluente dos deveres retamente cumpridos.
Embora aceito pelos frívolos, o intrigante é detestado e temido por todos, que lhe conhecem o caráter e percebem que, de um para outro momento, poderão ser-lhes vítimas também.
O que fazem com os outros, certamente farão contigo, sem compaixão.
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Jesus recomendou a vigilância e a oração como terapia preventiva e curadora, para uma existência digna e feliz.
Vigia as nascentes do coração para que nelas brote a água lustral do amor que se expande, enquanto orarás, arando com os tratores da caridade, os solos humanos que a vida te oferece.
Intriga, jamais!
Joanna de Angelis
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica
da noite de 10 de setembro de 2012, no Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador, Bahia.
Em 24.09.2012.

Mensagem extraída do sítio: http://www.divaldofranco.com/mensagens.php?not=301