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quinta-feira, 8 de junho de 2017

VONTADE

VONTADE

Comparemos a mente humana — espelho vivo da consciência lúcida — a um grande escritório, subdividido em diversas seções de serviço.

 Aí possuímos o Departamento do Desejo, em que operam os propósitos e as aspirações, acalentando o estímulo ao trabalho; o Departamento da Inteligência, dilatando os patrimônios da evolução e da cultura; o Departamento da Imaginação, amealhando as riquezas do ideal e da sensibilidade; o Departamento da Memória, arquivando as súmulas da experiência, e outros, ainda, que definem os investimentos da alma.

Acima de todos eles, porém, surge o Gabinete da Vontade.

A Vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental.

A Divina Providência concedeu-a por auréola luminosa à razão, depois da laboriosa e multimilenária viagem do ser pelas províncias obscuras do instinto.

Para considerar-lhe a importância, basta lembrar que ela é o leme de todos os tipos de força incorporados ao nosso conhecimento.

A eletricidade é energia dinâmica.

O magnetismo é energia estática.

O pensamento é força eletromagnética.

Pensamento, eletricidade e magnetismo conjugam-se em todas as manifestações da Vida Universal, criando gravitação e afinidade, assimilação e desassimilação, nos campos múltiplos da forma que servem à romagem do espírito para as Metas Supremas, traçadas pelo Plano Divino.
A Vontade, contudo, é o impacto determinante.

Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a inércia da máquina.

O cérebro é o dínamo que produz a energia mental, segundo a capacidade de reflexão que lhe é própria; no entanto, na Vontade temos o controle que a dirige nesse ou naquele rumo, estabelecendo causas que comandam os problemas do destino.

Sem ela, o Desejo pode comprar ao engano aflitivos séculos de reparação e sofrimento, a Inteligência pode aprisionar-se na enxovia da criminalidade, a Imaginação pode gerar perigosos monstros na sombra, e a memória, não obstante fiel à sua função de registradora, conforme a destinação que a Natureza lhe assinala, pode cair em deplorável relaxamento.

Só a Vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do espírito.

Em verdade, ela não consegue impedir a reflexão mental, quando se trate da conexão entre os semelhantes, porque a sintonia constitui lei inderrogável, mas pode impor o jugo da disciplina sobre os elementos que administra, de modo a mantê-los coesos na corrente do bem.

Mensagem extraída da obra: Pensamento e Vida, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 2, em 1958.

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Reflexão: O Benfeitor Emmanuel para explicar a Vontade faz um esboço da mente humana, algo extraordinário para o estudante da Doutrina Espírita, portanto, aqueles que estão ávidos pelos conhecimentos mais aprofundados da alma e seus poderes que precisam de disciplina e ordem, fundamentais para se alcançar as vitórias sobre si mesmo, libertando o Espírito para alçar voos maiores rumo a plenitude espiritual. 

O Orientador Espiritual traça uma comparação da mente com um escritório, dá significado funcional para os departamentos: Desejo, Inteligência, Imaginação e Memória, estando a Vontade numa condição gerencial dessas forças que sem disciplina levam a alma a atraso evolutivo significativo, com prejuízos enormes na sua economia espiritual.

Emmanuel ensina que: “Só a Vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do espírito.”  Dando com precisão as consequências que poderão os departamentos da mente sem o controle da Vontade gerarem: “Sem ela, o Desejo pode comprar ao engano aflitivos séculos de reparação e sofrimento, a Inteligência pode aprisionar-se na enxovia da criminalidade, a Imaginação pode gerar perigosos monstros na sombra, e a Memória, não obstante fiel à sua função de registradora, conforme a destinação que a Natureza lhe assinala, pode cair em deplorável relaxamento.”

O fecho da lição é muito revelador de algo substancial ao entendimento do estudante: “Em verdade, ela (a Vontade) não consegue impedir a reflexão mental, quando se trate da conexão entre os semelhantes, porque a sintonia constitui lei inderrogável, mas pode impor o jugo da disciplina sobre os elementos que administra, de modo a mantê-los coesos na corrente do bem.” 

Assim, leva á compreensão do ensinamento de Paulo, o aposto, quando enuncia: Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. (1 Coríntios 6:12).”  É a Vontade em ação.


                                                                   Dorival da Silva

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Memória Além-Túmulo

          Nos dias atuais se fala muito em destruição, atentados, assassinatos, insurgências de toda ordem; enfim, muito desrespeito para com a existência. Embora o ser humano carregar a própria história, transita com um corpo de carne, tendo-o desgastado por muitos fatores, que se enumeram, principalmente, com a velhice, a doença, o acidente..., ainda, a autodestruição, pelo suicídio direto ou indireto, abandona o corpo de manifestação no mundo material mantendo toda a memória, recobrando-a no plano espiritual, de acordo com as suas possibilidades morais. Com essa abordagem vamos transcrever adiante a questão nº 220 de "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec, e o texto extraído do livro: Religião dos Espíritos, do espírito Emmanuel, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, esta que enseja o título da postagem, que é muito elucidativa sobre a percepção própria do Espírito quando retorna à espiritualidade.

           
              220 – Mudando de corpo (reencarnando), pode o Espírito perder algumas faculdades intelectuais, deixar de ter, por exemplo, o gosto das artes? (grifo nosso).

       Resposta dos Espíritos responsáveis pelas revelações constantes da Codificação Doutrinária Espírita: “Sim, se corrompeu sua inteligência ou a utilizou mal. Além disso, uma faculdade qualquer pode ficar adormecida durante uma existência inteira, se o Espírito quiser exercitar outra que com ela não guarde relação. Neste caso, permanece em estado latente, para ressurgir mais tarde.”

          Na continuidade registramos o comentário do Espírito Emmanuel,  que se deu em reunião pública  do dia 16-01-1959, em estudo realizado juntamente com a equipe da Comunhão Espírita Cristã da cidade de Uberaba (MG), com a anotação do médium Francisco Cândido Xavier, como segue:





            “Memória além-túmulo


Reunião pública de 16/1/59

Questão nº 220


             Automaticamente, por força da lógica, elege o homem na contabilidade uma das forças de base ao próprio caminho.

              Contas maiores legalizam as relações do comércio e contas menores regulamentam o equilíbrio do lar.

        Débitos pagos melhoram as credenciais de qualquer cidadão, enquanto que os compromissos menosprezados desprestigiam a ficha de qualquer um.

          Assim também, para lá do sepulcro, surge o registro contábil da memória como elemento de aferição do nosso próprio valor.

                A faculdade de recordar é o agente que nos premia ou nos pune, ante os acertos e os desacertos da rota.

               Dessa forma, se os atos louváveis são recursos de abençoada renovação e profunda alegria nos recessos da alma, as ações infelizes se erguem, além do túmulo, por fantasmas de remorso e aflição no mundo da consciência.

         Crimes perpetrados, faltas cometidas, erros deliberados, palavras delituosas e omissões lamentáveis esperam-nos a lembrança, impondo-nos, em reflexos dolorosos, o efeito de nossas quedas e o resultado de nossos desregramentos, quando os sentidos da esfera física não mais nos acalentam as ilusões.

          Não olvideis, assim, que, além da morte, a vida nos aguarda em perpetuidade de grandeza e de luz, e que, nessas mesmas dimensões de glorificação e beleza, a memória imperecível é sempre o espelho que nos retrata o passado, a fim de que a sombra, reinante em nós, se dissolva, nas lições do presente, impelindo-nos a seguir, desenleados da treva, no encalço da perfeição com que nos acena o futuro. ”


Observação -  a obra inteira pode ser consultada através do endereço:
http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/bibliotecavirtual/chicoxavier/

sábado, 10 de julho de 2010

Vontade

Comparemos a mente humana – espelho vivo da consciência lúcida – a um grande escritório, subdividido em diversas seções de serviço.

Aí possuímos o Departamento do Desejo, em que operam os propósitos e as aspirações, acalentando o estimulo ao trabalho; o Departamento da Inteligência, dilatando os patrimônios da evolução e da cultura; o Departamento da Imaginação, amealhando as riquezas do ideal e da sensibilidade; o Departamento da Memória, arquivando as súmulas da experiência, e outros, ainda, que definem os investimentos da alma.

Acima de todos eles, porém, surge o Gabinete da Vontade.

A Vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental.
A Divina Providência concedeu-a por auréola luminosa à razão, depois da laboriosa e multimilenária viagem do ser pelas províncias obscuras do instinto. Para considerar-lhe a importância, basta lembrar que ela é o leme de todos os tipos de força incorporados ao nosso conhecimento.

A eletricidade é energia dinâmica.

O magnetismo é energia estática.

O pensamento é força eletromagnética.

Pensamento, eletricidade e magnetismo conjugam-se em todas as manifestações da Vida Universal, criando gravitação e afinidade, assimilação e desassimilação, nos campos múltiplos da forma que servem à romagem do Espírito para as Metas Supremas, traçadas pelo Plano Divino.

A Vontade, contudo, é o impacto determinante. Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a inércia da máquina.

O cérebro é o dínamo que produz a energia mental, segundo a capacidade de reflexão que lhe é própria; no entanto, na Vontade temos o controle que a dirige nesse ou naquele rumo, estabelecendo causas que comandam os problemas do destino.

Sem ela, o Desejo pode comprar ao engano aflitivos séculos de reparação e sofrimento, a Inteligência pode aprisionar-se na enxovia da criminalidade, a Imaginação pode gerar perigosos monstros na sombra, e a Memória, não obstante fiel à sua função de registradora, conforme a destinação que a Natureza lhe assinala, pode cair em deplorável relaxamento.

Só a Vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do Espírito. Em verdade, ela não consegue impedir a reflexão mental, quando se trate da conexão entre os semelhantes, porque a sintonia constitui lei inderrogável, mas pode impor o jugo da disciplina sobre os elementos que administra, de modo a mantê-los coesos na corrente do bem.



Do cap. 2 de Pensamento e Vida, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier. (copiamos da revista eletrônica O Consolador, nº 166, de 11.07.2010: http://www.oconsolador.com.br/)