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terça-feira, 2 de julho de 2019

Caso de consciência


Caso de consciência

Declara-se você, meu amigo, extremamente fatigado na luta pela vitória do bem e acrescenta em sua carta: “Que fazer, irmão X? Não aguento mais injúrias, incompreensões, sarcasmos, críticas... Só penso em retiro, sossego, e, à noite, quando consigo dormir, se sonho, a única coisa de que não me recordo é de uma rede de embalo, que passou a viver em minha memória, incessantemente.”
De fato, meu amigo, cansaço é sofrimento e dos maiores; no entanto, já que você nos pede opinião, rogo licença para narrar-lhe ocorrência ligeira no domínio das sombras.
Denodado legionário de obra salvacionista contou-nos que em tenebroso recanto da Espiritualidade Inferior, quase que numa cópia perfeita de antiga parábola, atribuída a Lutero, reuniu-se graduado empreiteiro do mal com diversos cooperadores.
Propunha-se a ouvi-los sobre alguma ideia nova, quanto a vampirizar os amigos encarnados na Terra. Encontro de quadrilheiros, como acontece, aliás, em muitos lugares do plano físico.
Exposto o objetivo da assembleia pelo diretor da crueldade organizada, anotou um dos assessores:
– No mês passado, açulei um cão hidrófobo contra dois seareiros do bem, que estudavam o Evangelho, e consegui que a morte os pusesse fora de ação...
– Trabalho inútil – enunciou o sombrio dirigente –, ambos, a estas horas, estarão, em espírito, apoiando obras de maior importância, na Terra mesmo. Terão saído da desencarnação com amparo dos Céus.
– Eu – confidenciou o segundo – entreteci uma rede de intrigas contra uma senhora, dedicada a Jesus, e tão eficientemente me conduzi, que o marido já a abandonou, arrancando-lhe os filhos...
– Esforço improdutivo – zombou o chefe. – Você nada mais fez que endeusar determinada mulher... Ela acabará vencendo pela abnegação...
– No meu setor – proclamou estranho assalariado da delinquência –, provoquei o ódio gratuito de um louco sobre um seguidor fiel do Cristo, que foi morto, na semana passada, por espessa carga de balas.
– De nada valeu – comunicou o mentor. – A vítima foi guindada à condição de mártir e, fora do corpo terrestre, se dedicará mais intensamente em favor da Humanidade...
– Quanto a mim – expressou-se outro cooperador –, logrei confundir todo um agrupamento de aprendizes da Boa Nova e, agora, cinco dos melhores elementos jazem afastados pela imposição da calúnia, urdida com segurança...
– Empreendimento frustrado – revidou o comandante –, os injuriados saberão aproveitar a oportunidade, a fim de trabalharem com Jesus, através do exemplo...
Silenciou a pequena junta, algo desencantada, quando um dos auxiliares acentuou com sorriso irônico:
– Chefe, parece mentira o que vou contar, mas, desde muito tempo, percebi que perseguição só serve para promover os perseguidos. Imaginei, assim, que o melhor meio de anular os colaboradores de Jesus é exagerar-lhes as pequeninas depressões e pô-los a dormir. Em seis meses, já coloquei oitenta servidores do Evangelho, fora de ação, em casas de repouso, leitos, redes e acolchoados... A receita não falha. A pessoa experimenta ligeiro abatimento e entro em cena com as nossas velhas hipnoses. O resultado é tiro e queda. Sono que não acaba mais. Desse modo, os melhores dessa gente do Cristo não mais trabalham, nem na Terra, nem nos Céus...
O maioral aplaudiu, freneticamente, o comunicado e dispensou a presença de todos os demais participantes do grupo, a fim de se entender mais profundamente com o sagaz companheiro.
Como é fácil de anotar, meu amigo, depressão é um problema.
Para rematar, digo a você que, há tempos, eu mesmo, pobre cronista desencarnado há bons trinta e cinco anos, também me senti, certa feita, sob enorme abatimento. Procurei, para logo, um orientador amigo, solicitando conselho. Ele me ouviu carinhosamente, bateu de leve nos meus ombros, e observou, afinal:
– Meu caro, se você sofre algum desgaste nas próprias forças, procure melhorar-se, refazer-se. Guarde, porém, muito cuidado com semelhante assunto.
A fadiga existe mesmo, entretanto é sempre um caso de consciência, porquanto, ao que saibamos, ninguém, até hoje, conseguiu verificar realmente onde termina o cansaço e começa a preguiça.

Irmão X

Do livro Relatos da Vida, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

A mensagem foi extraída da Revista Eletrônica "O Consolador", que poderá ser acessada através do endereço: http://www.oconsolador.com.br/ano13/625/correiomediunico.html




segunda-feira, 17 de junho de 2013

ASSOCIAÇÃO MÉDICO-ESPÍRITA DO BRASIL - 9º CONGRESSO NACIONAL - MACEIÓ

MANIFESTO DOS MÉDICOS ESPÍRITAS PRESENTES NO 9º CONGRESSO
NACIONAL PROMOVIDO PELA ASSOCIAÇÃO MÉDICO-ESPÍRITA DO BRASIL,
REALIZADO NA CIDADE DE MACEIÓ, ALAGOAS, NO PERÍODO DE 29/05 A
01/06/13.

Os Médicos Espíritas, membros associados à ASSOCIAÇÃO MÉDICO-ESPIRITA DO BRASIL – AME-BRASIL, através de suas regionais, no uso de suas atribuições regulares, vimos a público MANIFESTAR seu integral apoio à aprovação pelo CONGRESSO NACIONAL do Projeto de Lei 478/2007 – ESTATUTO DO NASCITURO, que tem por objetivo garantir os direitos da criança por nascer, já aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados.

O Projeto em questão prima pela ampla tutela do Direito à inviolabilidade da vida prescrito no caput do artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, como igualmente, no artigo 2º do Código Civil Brasileiro de 2002 que põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro, bem como, no artigo 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente. Esse direito essencial do ser humano há muito se encontra consagrado no artigo III da Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948, ao prescrever: “Todo homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança”.

Portanto, considerando que:

1) “No momento em que o espermatozoide ultrapassa a membrana do óvulo inicia-se um processo de desenvolvimento de fatos sucessivos que só terminarão com a morte do novo indivíduo formado” (Cerqueira, 2009);

2) “por ser um corpo estranho no organismo materno, o embrião tem de lutar para manter-se vivo, para não ser rejeitado” (Andrew Mellor,1998);

3) “todo padrão tetradimensional é determinado pela estrutura daquela única célula – o ovo fertilizado” (Erwin Schrodinger, citado por Margulis e Sagan, 2002);

4) “se conceituarmos inteligência como a capacidade para autogerir-se mentalmente; adaptar-se e adequar-se a situações novas; selecionar condições e aproveitar experiências – o que implica aprendizado e memória, podemos concluir que de fato elas estão presentes no feto, desde o período inicial da gestação” (Joanna Wilheim, 1997);

5) a VIDA é um bem indisponível, um valor supremo e inviolável de todo ser vivente e, como tal, haverá de merecer ampla e irrestrita tutela da sociedade humana, não se admitindo nas sociedades evoluídas que seja conspurcada mesmo e especialmente em sua fase inicial.

Concluímos que a evidência lógica dos fatos nos afirma que o nascituro não é apenas um “aglomerado de células”, mas um ser humano potencial já definido com todas as suas características genéticas, oriundas dos seus geradores e por todas essas evidências filosóficas, científicas e jurídicas, os Médicos Espíritas reunidos no 9ª CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO MÉDICO-ESPÍRITA DO BRASIL, realizado em MACEIÓ, no período de 29/05/2013 a 01/06/2013, por unanimidade dos presentes, manifestamo-nos inteiramente contrários à deliberação do Conselho Federal de Medicina, publicada em 21/03/2013, que se manifestou favorável à interrupção da gestação até a 12ª semana, por vontade da mulher e manifestamo-nos inteiramente favoráveis à aprovação pelo Congresso Nacional do ESTATUTO DO NASCITURO, que objetiva valorizar o ser humano em sua abordagem integral, particularmente em épocas em que a pessoa vem sendo vítima de agressões que subtraem dela o DIREITO DE VIVER.

MACEIO, Alagoas, 01 de junho de 2013 – Mednesp2013

segunda-feira, 22 de março de 2010

VIVA A SUA VIDA

Nos dias que transcorrem é facilmente observável a grande necessidade de viver uma irrealidade à conta de realização pessoal ou uma felicidade imaginária.

Vive-se um espelhamento daqueles que estão em evidência, seja o comportamento de artistas, de políticos, de religiosos... Busca-se insistentemente a imitação comportamental, quando não da caracterização apresentada através da mídia.

Essa performance enfatizada pelos meios de comunicação traz contorno grandemente prejudiciais às pessoas imaturas, principalmente para a mocidade, que à falta de parâmetro abalizado nos costumes e tradições sociais melhores estabelecidos e vivenciados, tomam o que está sendo apresentado pela mídia, sem análise e crítica, como certo de usos.

Com isso, ocorrem deformidades emocionais, proporcionando a busca frenética de viver como os que estão em evidência, experimentando dificuldade existencial, que a persistir, tornam-se depressivas, depreciativas, inconformadas...

Tem-se que considerar que muita vez a máscara apresentada pela “celebridade” não passa de discurso “de fora” -- para o público --, apenas uma imagem ou um “modus personalístico” com que quer evidenciar-se, de acordo com seu interesse representativo.

Portanto, é grande a ilusão de quem quer viver a vida demonstrada pelos ídolos, porque a expectativa é a interpretação que se faz do que está exposto, que pode corresponder às ansiedades das pessoas, mas que não é capaz de preencher o vazio emocional, pela falta de realidade e ausência da verdade.

***

Agora, considerando que as pessoas são seres espirituais em trânsito pela vida terrena, com objetivo de angariar melhores recursos intelectuais e morais, que vêm de muitas outras jornadas percorridas em épocas variadas, acumuladoras de patrimônios extraordinários, mas ainda sendo imprescindíveis novas experiências, é de suma importância prestar atenção na vida, esta mesma que está transcorrendo, que é mais uma etapa reencarnatória.

O retorno à espiritualidade é fatal, acontecerá. Dando-se essa ocorrência, chamada de o fenômeno da morte física, o indivíduo revê o seu trânsito e suas vivências, estará feliz ou infeliz, de acordo com as condições que empreendeu na sua vida terrena. As ilusões e suas consequências estarão muito vivas, trazendo sofrimentos morais, se não vivia uma realidade, não encontra realizações, não viveu sua vida.

A vivência real da vida, a vida vivida, refletida, que leva às realizações positivas, conquanto os naturais percalços, alguma tristeza, os desgastes naturais das conquistas honestas e nobres, proporciona, após a existência terrena, alegria muito grande, a satisfação do dever cumprido, a paz de espírito.

A alma humana se apresentará no retorno à espiritualidade exatamente como ela é na intimidade, não haverá possibilidade de apresentar subterfúgios, nenhuma máscara, ou qualquer outro recurso acobertador do seu eu. Será a própria evidência, ninguém precisará apresentar currículo, prova de suas realizações, certidão de espécie nenhuma... A individualidade é naturalmente identificada e atraída para junto de seus iguais, na faixa vibratória correspondente ao seu estado espiritual.

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Viver a etapa material conscientemente, sendo responsável pelos atos, com a superação das dificuldades inerentes à vida, com a compreensão das problemáticas vivenciais, com a certeza de que tudo tem duração limitada; que todos os esforços no bem serão reconhecidos, que o resultado do trânsito positivo na vida na Terra é a melhora da posição espiritual, uma grande realização; por que não viver a própria vida? A Eternidade aguarda! O espírito humano é a peça mais importante da engrenagem Universal.

Dorival da Sillva