terça-feira, 5 de maio de 2020

Qual a sua religião?


Qual a sua religião?

Toda religião que leva o indivíduo à religiosidade é importante. Religiosidade aqui é no sentido: Religare, ou seja, religar o crente a Deus, o que corresponde o indivíduo comunicar-se através da fé, da inteligência e dos seus valores morais com Ele, sem intermediário instituído.

Jesus, o guia da Humanidade, quando na sua passagem pela vida material ia à sinagoga, conversava com os doutores do Sinédrio, com doentes de todas as espécies, com o povo comum e com as autoridades do governo de seu tempo, sempre falou aos Espíritos das multidões de sofredores referindo-se a Deus. Qual a sua religião?

Religião no aspecto formal, com estrutura hierárquica, com templo, organização administrativa, tem o seu valor dentro do contexto social, auxilia na condução das pessoas que muitas vezes estão perdidas, no entanto, precisa libertar as consciências que estão cristalizadas em conceitos estabelecidos no tempo, que relembrados com insistência impedem o voo do religioso no rumo do Criador. 

As obrigações convencionais, os rituais, as cerimônias são peias a manter o religioso num crescimento horizontal de entendimento, dependente de algo ou alguém que faça a interlocução com Deus.

O estudo dos elementos da religião fica estanque no intervalo em que os dogmas estabelecem, sendo que estes são limites convencionais de líderes dominadores. 

Jesus o maior líder que a Terra conheceu não impôs nenhuma limitação, apenas não podia ensinar tudo o que queria, em conta o nível intelectual e cultural da época, tanto quanto a insipiência da Ciência daquele momento.

O Mestre, na Última Ceia, anunciando que seu tempo chegara ao termo aqui na Terra foi questionado, como ficariam os seus seguidores sem a sua orientação, vez que estavam habituados a sua sabedoria e grandeza na condução do grupo, com tantas realizações que socorriam os doentes de todos os matizes e oferecia o consolo e a esperança a todos com quem tivesse contato? “Rogarei ao Pai e Ele mandará outro Consolador, que ficará para sempre convosco, O Espírito da Verdade, que fará relembrar tudo o que ensinei e ensinará tudo o que não pude ensinar.”.  -- Repetimos com nossas palavras.

O Consolador prometido por Jesus já chegou em 1857, no dia 18 de abril, com o aparecimento da Doutrina Espírita, que não é produção dos homens de carne, mas de uma plêiade de Espíritos Elevados que vieram trazer as elucidações necessárias à libertação do Espírito do homem das amarras que desvirtuaram a pureza dos ensinamentos iniciais do Cristo. Abrindo novos horizontes, rasgando o véu dos preconceitos e dos arranjos interesseiros do poder temporal.

A revelação feita pelos Espíritos, através de Allan Kardec, apresentando a continuidade da vida após a morte do corpo, patenteando a comunicação dos espíritos, o que sempre ocorreu, embora não fosse compreendida, mas que com os trabalhos da nova revelação isso foi comprovado.

Os comunicadores do espaço trouxeram ferramentas que modificaram a compreensão de muitos entendimentos anômalos na vida dos homens, tal como os preconceitos e outros.

Além da sobrevivência do Espírito após a vida na carne, também revelaram a existência de vida no campo espiritual em diversos níveis, de acordo com o estado evolutivo de cada um, que pode ser de sofrimento ou de felicidade, ambos em graduações desde o mais sofrido até a plenitude de paz. Ainda, demonstra que a vida na Terra é antecedida no espaço, pois o ser que nasce num corpo de criança já existia no campo espiritual, quando surgem o entendimento de espírito reencarnado e espírito desencarnado, o que retornou em novo corpo e o que deixou o corpo, respectivamente. 

Com o entendimento do fenômeno da reencarnação, muitas ideias, hábitos, convenções e costumes estabelecidos, deixaram de ter sua força ou até desapareceram, sendo que com essa revelação de que todos viveram e viverão depois desta vida muitas outras existências, através das idas e vindas – mortes e renascimentos.  É lei natural, o Espírito precisa aprender, intelectualizar-se e conquistar virtudes, com as quais alteará aos planos sublimados do infinito. Para isso necessita de várias vidas para aprender, corrigir-se no que for necessário e aprimorar-se.

Na esteira das revelações, vem a comunicabilidade dos Espíritos, que são as Almas daqueles que viveram no Mundo em outro momento, que utilizam de Espíritos reencarnados, que possuem características próprias, ou seja, sensibilidade capaz de perceber o pensamento de outro Espírito, que são os médiuns, neste caso denominada comunicação inteligente; vez que existe o modo de comunicação através de efeito físico, que também depende de médium que ofereça o elemento ectoplasmático, que manipulado com o fluido do próprio Espírito comunicante produza barulho, batidas, movimentos de objetos...

Os efeitos inteligentes são caracterizados pela escrita, a psicografia, que revela a cultura, o grau evolutivo e às vezes a identidade do comunicante. Também se mostram pela psicofonia, a oratória, o diálogo; pela psicopictografia, a pintura, o desenho; muitas outras formas, como enumeradas em O Livro dos Médiuns, que compõe a Codificação Espírita.

Os Espíritos também revelam que os mundos do Universo são habitados e têm estágios evolutivos desde os mais primitivos até os mais sublimados aos olhos de Deus; sendo que o Planeta Terra figura entre os menos adiantados, classificado no estágio de provas e expiações. 

Diante de tudo que o Espiritismo revelou, ficam para a nossa análise, que o Espírito pode renascer como homem ou mulher, em qualquer raça, em qualquer país; então, caem os preconceitos de raça, sexo, cor, religião... 

Esse farol, que elimina a escuridão da Alma, dá entendimento para os nascimentos de aleijados, cegos, surdos, portadores de doenças incuráveis, dementados, ricos, miseráveis, seres brilhantes em várias áreas da vida e dos medíocres... Sempre se encontrará na vida presente o patrimônio das vidas precedentes, com os recursos adequados aos ajustes do estado de consciência, quando comprometido, ou de aprimoramento, quanto seus méritos permitem. Compreende-se que não há injustiça, mas oportunidade. O Espírito precisa vivenciar situação em que se vinculou por sua própria responsabilidade para aprender e sedimentar os valores que em passada experiência desprezou ou aviltou. 

A Doutrina Espírita está postada na Filosofia, na Ciência e na Religião. Com a Filosofia transcende os limites da materialidade, avançando nas asas do pensamento abrangendo o Universo; com a Ciência de observação estabelece bases seguras para avaliar e validar os fenômenos mediúnicos e espirituais, pois, com os seus recursos Allan Kardec fez uma varredura do campo espiritual, elaborando a escala espírita, que bem dá a ideia do caminho que a Humanidade precisará percorrer com seus esforços; e a Religião, que não é hierarquizada, não tem chefe, nem dono e nem cerimônias, a sua feição é conforme a moral ensinado por Jesus Cristo, como norteia o seu Evangelho. Estabelece com isso a fé raciocinada. 

Finalmente, a Doutrina Espírita ao tempo que é consoladora é também libertadora de consciência, não tem dogma, todos podem e devem estudar metodicamente seus postulados, livremente,  não tem restrição a busca de conhecimento em nenhum setor do conhecimento, não discrimina nenhuma religião, raça, país, sexo... Tem por base o lema: “Fora da caridade não há salvação”

                    Dorival da Silva

sábado, 2 de maio de 2020

TERRA PROVEITOSA



TERRA PROVEITOSA

“Porque a terra que embebe a chuva, que cai muitas vezes sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus.” — Paulo. (HEBREUS, capítulo 6, versículo 7.)

Os discípulos do Cristo encontrarão sempre grandes lições, em contacto com o livro da Natureza.

O convertido de Damasco refere-se aqui à terra proveitosa que produz abundantemente, embebendo-se da chuva que cai, incessante, na sua superfície, representando o vaso predileto de recepção das bênçãos de Deus.
Transportemos o símbolo ao país dos corações. Somente aqueles espíritos, atentos aos benefícios espirituais, que chovem diariamente do céu, são suscetíveis de produzir as utilidades do serviço divino, guardando as bênçãos do Senhor.

Não que o Pai estabeleça prerrogativas injustificáveis. Sua proteção misericordiosa estende-se a todos, indistintamente, mas nem todos a recebem, isto é, inúmeras criaturas se fecham no egoísmo e na vaidade, envolvendo o coração em sombras densas.

Deus dá em todo tempo, mas nem sempre os filhos recebem, de pronto, as dádivas paternais. Apenas os corações que se abrem à luz espiritual, que se deixam embeber pelo orvalho divino, correspondem ao ideal do Lavrador Celeste.

O Altíssimo é o Senhor do Universo, sumo dispensador de bênçãos a todas as criaturas. No planeta terreno, Jesus é o Sublime Cultivador. O coração humano é a terra.

Cumpre-nos, portanto, compreender que não se lavra o solo sem retificá-lo ou sem feri-lo e que somente a terra tratada produzirá erva proveitosa, alimentando e beneficiando na Casa de Deus, atendendo, destarte, a esperança do horticultor.

Mensagem extraída da obra: Caminho, Verdade e Vida, ditado pelo Espírito Emmanuel, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 117, ano 1948.
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REFLEXÃO: No penúltimo parágrafo das disposições do Mentor Emmanuel estabelece três patamares sobre o versículo de Paulo colocado à epígrafe a serem analisados, por todos nós que desejamos caminhar com proveito no caminho evolutivo, ou seja, o caminho que nos levará ao alcance da paz e da felicidade.


A Doutrina Espírita, em seu primeiro ponto, traz uma revelação grandiosa, quando Allan Kardec propõe a questão: O que é Deus? A resposta traz o foco do clarão que se abriria daí para a frente, modificando integralmente as concepções da Ciência, da Filosofia e da Religião, a sua concisão é rica e bela: “Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”


O Orientador Emmanuel diz no parágrafo em análise que: “O Altíssimo é o Senhor do Universo, sumo dispensador de bênçãos a todas as criaturas.” Ele coloca num segundo patamar: “No planeta terreno, Jesus é o Sublime Cultivador.” E, em terceiro: “O coração humano é a terra.”


Por ordem Divina, Jesus arregimentou meios e recursos e elaborou um lar onde pudesse dar oportunidade a uma infinidade de seres que se encontravam em vários estágios evolutivos, ainda muito acanhados, com a inteligência pobre e moralmente insipiente. Planejou e com muitíssimos grupos de grandes Espíritos sábios, cientistas e engenheiros siderais, trabalhadores de muitas ordens do Mundo Espiritual, depois de milênios, estabilizou a atmosfera, o solo e as águas, providenciou os animais e os vegetais, dando condições para que seres hominais pudessem no Planeta se estabelecerem, encontrando oportunidade para caminhar para a paz e a felicidade, depois das experiências de muitas reencarnações. 


Jesus preside o planeta Terra desde o seu planejamento para existir, as vidas materiais, inclusive a do homem, se automatizaram, os Reinos têm o seu desenvolvimento conforme os processos genéticos, se reproduzem garantindo a perpetuação das espécies; preparado o ambiente nos passos dos milênios, o objetivo é o aprimoramento dos Espíritos que estão sob a sua tutela, que são bilhões, nos mais variados estágios evolutivos.


Vejamos que Espírito tem inteligência, vontade, poder de decidir suas atitudes, boas ou más, e carrega consigo latentes potenciais extraordinários a serem desenvolvidos. No entanto, tudo depende de sua decisão de fazer ou não fazer algo, acolher orientação ou buscar conhecimento, trabalhar ou não. Trata-se de autoconstrução espiritual, embora, exista a Lei de Progresso que sempre o estará incomodando, caso não ande por sua vontade. 


Deus, a origem de tudo, disponibiliza as possibilidades para o desenvolvimento de todos os Reinos. Mas, neste momento, estamos falando do ser humano, mais especificamente do Espírito, que não se extinguirá, embora necessite de um corpo para as experiências no campo material. Assim como todo aluno precisa de professor, todos no Planeta têm o Mestre Jesus. Como Governador e gestor dos recursos Divinos, Ele cuida do que há de mais importante no Universo: os Espíritos. Ele aplica sua sabedoria para atender às necessidades de todos neste Orbe. 


Entendamos que Jesus não usa de violência, aplica o amor e a justiça, não foge à caridade. 


A caminhada do homem na Terra é de sofrimento, o que o Orientador Espiritual na página do início aponta: Cumpre-nos, portanto, compreender que não se lavra o solo sem retificá-lo ou sem feri-lo e que somente a terra tratada produzirá erva proveitosa, (...) ,  é a “dor-evolução”, é a nossa dor, pois, como a semente que rompe o solo para encontrar a luz, o Espirito precisa vencer as resistências da sua própria obscuridade para alcançar as claridades que aguarda o eclodir de suas conquistas intelectuais e morais, compreendendo que a verticalização das forças somente o bem é capaz de produzir. 


Na escuridão da Alma, vive-se os instintos, o acerto e o erro, a ignorância, a brutalidade, as desconsiderações com o próximo, impera o egoísmo e o orgulho, o crime, e hediondez...  Sofre as consequências, vê-se obrigado a sanar...  O mal gera o mal, o sensualismo o sensualismo... Tudo isso nasce na Alma e somente ela poderá estancar essa corrente e alterar o seu curso, buscando a nobreza de tudo o que depreciou, mas não se dará sem esforço, renúncia, dando novo rumo ao pensamento e sentimento, o que quase sempre ocorre em função do sofrimento. 


Há a revolta e a incompreensão das criaturas no estágio inicial de espiritualização, conforme a anotação de Emmanuel, assim:  “Não que o Pai estabeleça prerrogativas injustificáveis. Sua proteção misericordiosa estende-se a todos, indistintamente, mas nem todos a recebem, isto é, inúmeras criaturas se fecham no egoísmo e na vaidade, envolvendo o coração em sombras densas.” 


Todos estamos dentro de um plano Divino, com meta clara, embora a nossa cegueira e a má vontade, o desejo de permanência na vida como se conhece, a comodidade, mas existem as Leis Naturais que são as balizas norteadoras do aprimoramento da Criatura, conquanto o seu livre-arbítrio, causam incômodos quando do desatendimento.


Como todo desequilíbrio traz em si consequências danosas: desgostos, infelicidades, depressão, ruínas emocionais e materiais...  O destoar com a harmonia da vida natural, é o desarranjo da Casa do Pai, a consciência. Toda desarmonia causa sofrimento, desconforto, doença, infelicidade, desesperança, insegurança e outros males no caminho de quem não quer modificar o seu estado espiritual para o bem. 


“O Altíssimo é o Senhor do Universo, sumo dispensador de bênçãos a todas as criaturas. No planeta terreno, Jesus é o Sublime Cultivador. O coração humano é a terra.”


Aproveitando o excerto acima, destacamos: O coração humano é a Terra.  Onde o Sublime Cultivador  tem realizado seus esforços no Mundo, oferecendo, além de Seus próprios exemplos, exarados no Evangelho, há vinte séculos, presente na sociedade do Planeta,  quando lançou as sementes do amor e esperança, que continua cultivando.  


O nosso coração é a terra proveitosa e tem um Divino Cultivador, que aguarda sejamos capazes de acolher pelos nossos méritos o Orvalho Divino, para que nos saturemos de paz e felicidade.


Trabalhemos! O futuro tem o sabor dos méritos. 


                      Dorival da Silva

segunda-feira, 27 de abril de 2020

COMO PEDES?


COMO PEDES?

“Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra.” — Jesus. (JOÃO, capítulo 16, versículo 24.)

Em muitos recantos, encontramos criaturas desencantadas da oração.

Não prometeu Jesus a resposta do Céu aos que pedissem no seu nome?

Muitos corações permanecem desalentados porque a morte lhes roubou um ente amigo, porque desastres imprevistos lhes surgiram na estrada comum.

Entretanto, repitamos, o Mestre Divino ensinou que o homem deveria solicitar em seu nome.

Por isso mesmo, a alma crente, convicta da própria fragilidade, deveria interrogar a consciência sobre o conteúdo de suas rogativas ao Supremo Senhor, no mecanismo das manifestações espirituais.

Estará suplicando em nome do Cristo ou das vaidades do mundo?

Reclamar, em virtude dos caprichos que obscurecem os caminhos do coração, é atirar ao Divino Sol a poeira das inquietações terrenas; mas pedir, em nome de Jesus, é aceitar-lhe a vontade sábia e amorosa, é entregar-se-lhe de coração para que nos seja concedido o necessário.

Somente nesse ato de compreensão perfeita do seu amor sublime encontraremos o gozo completo, a infinita alegria.

Observa a substância de tuas preces. Como pedes? Em nome do mundo ou em nome do Cristo? Os que se revelam desanimados com a oração confessam a infantilidade de suas rogativas.

Mensagem extraída da obra: Caminho, Verdade e Vida, ditada pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 66, ano 1948.


REFLEXÃO: Pedir, rogar, suplicar, orar são atitudes íntimas de se buscar acesso a um poder maior, que certamente poderia atender uma necessidade premente que está além das próprias forças, conforme o nosso julgamento.

Jesus, um Ser grandioso que não veio ao Mundo para resolver assuntos materiais, mas para ensinar as questões espirituais e o enriquecimento virtuoso dos seres vinculados ao Planeta Terra, com o objetivo de que nos caminhemos no tempo infinito com sabedoria e consciência lúcida.

O Espírito orientador Emmanuel, em sua página acima, depois apropriado argumento sobre o versículo à epígrafe, no final registra: “Os que se revelam desanimados com a oração confessam a infantilidade de suas rogativas.   Que pensar sobre isto? 

Numa de nossas reuniões domésticas em torno do Evangelho, um Amigo Espiritual tratando desse tema, nos levou a pensar, quando esclareceu, o que aqui tentamos expressar com nossas palavras: Há vinte séculos Jesus trouxe as lições do Seu evangelho, as verdades não se alteraram, mas naquele tempo inicial a Humanidade, na maior parte, formada de espíritos num estado infantil de entendimento, por isso precisou utilizar de recursos pedagógicos compatíveis para àquele momento e que pudesse servir nos tempos futuros, considerando o amadurecimento natural da alma humana.

O problema está que grande parte de Humanidade ainda não saiu da infância espiritual, o seu contato com o mundo espiritual acontece com acanhamento, numa pobreza muito grande, que já deveria ter sido superada, se o entendimento estivesse sido buscado com sinceridade, deixando as amarras convencionais.

Jesus era Mestre, Ele mesmo cerificou isto, portanto, todo mestre deseja e tem como princípio que seus alunos, seus discípulos, cresçam e atendam aos seus objetivos, voem, conquistando a suficiência, tendo autonomia sobre a vida, porque têm sabedoria, consciência da responsabilidade e sabem para que estão vivendo.

O Mestre e Senhor, aguarda de todos a competência, aguarda a contribuição efetiva, a realização, a liberdade conquistada pela Luz própria; que pode pedir, pois, os seus valores comungam com o que se pleiteia, a graça naturalmente flui alcançada.

A misericórdia nunca faltou, mesmo sem nenhum pedido, o que é justo é fruto de atendimento, todos somos amparados indistintamente, não existimos na vida do corpo como se fossemos folha seca ao vento, existe um planejamento e um destino, no entanto, o agente ativo, o aluno, o ser que se encontra sob o buril da vida somos nós mesmos, precisamos fazer a nossa parte. Não aguardemos nada de graça, o contributo é o mérito pelos esforços para vencer as comodidades, a preguiça, o vício, a imoralidade, as tendências negativas que trazemos de outras vidas.

Jesus, espera que sejamos vitoriosos, que deixemos a infância espiritual e alcancemos a maturidade, que oferece a confiança, a humildade moral, o reconhecimento do que somos capazes, assim poderemos nos apresentar com autoridade junto a Jesus.

Ele não precisará dizer novamente: “Até agora, nada pedistes em meu nome; (...)”.

                                                            Dorival da Silva