Você teme a morte?
Como
não temer a morte se faz parte do arquétipo do ser humano preservar a vida do corpo? Embora
seja instinto, o poder racional e a responsabilidade consigo mesmo
também são anteparos à conservação do seu equipamento de manifestação. Os animais também instintivamente temem a
morte, por isso lutam com todos os meios para preservá-la.
Depois de
publicada a obra basilar da Doutrina Espírita – O Livro dos Espíritos --
pelo Senhor Allan Kardec, em 18.04.1857, em Paris, França, onde os Espíritos
reveladores elucidam sobre a imortalidade da Alma, embora a sua necessidade de
transitar em corpo orgânico. As experiências e o aprimoramento amenizam o
medo exacerbado e irracional, oferecendo a consolação e a esperança, tendo a
certeza de que a vida continua. Demonstram também a possibilidade da comunicação
com os entes que retornaram ao mundo espiritual.
Todos
que formamos as sociedades do Mundo envergamos uma indumentária que se
originou dos recursos genéticos oferecidos pelo pai e mãe, que se associando
produzem o zigoto – momento em que se engasta fluidicamente o Espírito para
nova experiência (reencarnação) --, evolui para o embrião, para o nascituro e estadia
o indivíduo adulto. Com o caminhar natural do tempo ficará velho, suas energias
vitais se esgotarão, a maquinaria falirá e expelirá o seu habitante, que
novamente ficará livre da vestimenta carnal.
Retornando à condição de Espírito livre.
Não
há morte do ser pensante, existe sim a sua libertação.
A
vida continua e como toda mudança requer adaptação ao novo ambiente que
deparará de acordo com o seu estado espiritual e os méritos que conquistou na
experiência há pouco encerrada.
Estará
entre os seus familiares desencarnados, considerando que a morte amplia a
família. Temos seres amados que permaneceram na espiritualidade e outros que
para lá se foram, que viveram na Terra antes ou na mesma época da existência do
que se findou. Ainda é preciso considerar que a verdadeira família é aquela
formada pelos laços da afinidade.
A
estrutura física sem vida, de acordo com a tradição, tem destino próprio, com o
respeito que merece, pois, serviu a uma personalidade que escreveu sua história
na Terra.
Com
a disjunção celular, os seus elementos constitutivos, tais como o
oxigênio, o fósforo, o cálcio e demais elementos químicos que o compunham
retornarão à Natureza, participando da formação de outros organismos, seja no reino vegetal, animal, ou mesmo outros corpos humanos.
A
morte natural é um processo também natural.
O conhecimento da verdade nos liberta das fantasias e das imagens escatológicas criadas nos tempos de maior ignorância sobre as razões da vida e da morte dos seres viventes na Terra.
O conhecimento da verdade nos liberta das fantasias e das imagens escatológicas criadas nos tempos de maior ignorância sobre as razões da vida e da morte dos seres viventes na Terra.
O
problema está na forma como se vive. Com proveito! Ou não?
O
medo da morte praticamente não existe para quem venceu o tempo e cumpriu com o
seu dever.
Dorival da Silva
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