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domingo, 28 de março de 2021

Louvor a Allan Kardec

 Louvor a Allan Kardec 

No dia 3 de outubro de 1804, nasceu em Lyon, na França, Allan Kardec, mais tarde denominado o Codificador do Espiritismo. 


Filho de um matrimônio católico, estava programado para contribuir em favor da Humanidade com valiosos recursos científicos, filosóficos e ético-morais. 


Batizado com o nome de Hyppolyte Léon Denizard Rivail, foi conduzido à cidade de Yverdun, na Suíça, para estudar com o eminente mestre Henrique Pestalozzi. 


Pestalozzi é o criador da Escola Nova, que revolucionou a educação, abrindo espaço para os admiráveis métodos que vieram depois. 


Terminado o seu curso, Rivail viajou a Paris, onde tentou aplicar o método pestalozziano de educação, criando o Instituto que iniciaria a moderna técnica, ao tempo em que escreveu diversas obras, inclusive, para estudos na Sorbonne. 


Estudou o magnetismo para entender os mecanismos do cérebro e da mente, enquanto se aprimorava em estudos profundos da personalidade humana. 


Numa terça-feira de maio de 1855, foi convidado a assistir a algumas experiências com as denominadas mesas falantes, e, ante o surpreendente fenômeno, procurou aprofundar observações em torno do mecanismo através do qual a mesa destituída de cérebro e de nervos podia pensar. 


Constatando que não era a mesa que pensava, dedicou-se a decifrar o problema, informado que eram as almas dos mortos de retorno, comunicando-se com os vivos, o que lhe causou uma profunda surpresa. 


Por inspiração dos Espíritos que se comunicavam através de jovens meninas como de adultos, publicou no dia 18 de abril de 1857 O Livro dos Espíritos, inaugurando a Era do Espírito Imortal. 


O insigne professor abandonou o nome real e passou a usar o de Allan Kardec, decorrente da informação espiritual de que no século primeiro a.C. houvera sido um sacerdote druida, ali mesmo na França (Gálias). 


A seguir, publicou em 1861 O Livro dos médiuns, em 1864 O Evangelho segundo o Espiritismo, em 1865 O Céu e o Inferno e, por fim, em 1868 A Gênese. 


Essas obras constituem a Codificação do Espiritismo, que faculta o entendimento da vida e os objetivos existenciais, trazendo de volta a mensagem de Jesus Cristo, conforme Ele prometera antes da morte, de que enviaria o Consolador. 


Concomitantemente, publicou, a partir de 1º de janeiro de 1858, a Revista Espírita e mais o opúsculo: O que é o Espiritismo. 


Transcorridos 214 anos da sua reencarnação na Terra, aqueles que lhe somos beneficiários o saudamos e o louvamos pelo ímpar serviço de amor e de iluminação proporcionado à Humanidade. 


O Espiritismo expande-se como ciência de investigação, filosofia de conduta e ética moral religiosa, baseada no Evangelho de Jesus. 


Divaldo Pereira Franco 
Artigo publicado no Jornal A Tarde, 
coluna Opinião, de 4.10.2018 

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Aborto na Argentina

 Aborto na Argentina

     Na quarta-feira, 30 de dezembro de 2020, o Senado Argentino aprova a legalização do aborto. Através da imprensa televisiva, viu-se que parte dos manifestantes vibrava com a notícia, com explosão de alegria, enquanto outros manifestantes lamentavam efusivamente e alguns apresentavam lágrimas e rostos inchados de indignação.

     Já publicamos outras páginas sobre o aborto, deixaremos os endereços abaixo para análise dos leitores.

     O aborto forçado e outros crimes, como tortura, mutilação e morte, sempre existiram. Em muitos lugares, foram legalizados, no entanto, isso não os torna menos criminosos.

     Moisés, o profeta, estabeleceu leis civis severas para conter o estado embrutecido do povo que guiava no deserto. Essas leis serviram ao seu propósito naquela época, mas foram superadas pela evolução do estado de consciência das pessoas, tornando-se obsoletas e sem aplicabilidade. A severidade se atinha em conter a maldade renitente, a impossibilidade de outros meios educativos, pois, era povo nômade, sempre em mudança de lugares, não se construía edificações que servissem de prisões ou outros meios de contenção e educação dos rebeldes. A finalidade da lei severa era a educação, a ordem social e a preparação das gerações futuras. Apesar da intenção divina do Profeta, que teve seus efeitos práticos naquele momento para as condições daquele povo, leis dessa ordem não se aplicam nos dias atuais, diante dos progressos e conquistas da própria humanidade. Isso já vai há mais de 3.500 anos.

     Mas, nesse tempo moderno, cheio de recursos tecnológicos, como a Medicina avançada -- capaz de transplantes de órgãos vitais  --,e a Academia de estudos avançados em todas as áreas do conhecimento – quando se cogita de viagem a outros planetas do sistema solar --,  a liberdade de expressão é realçada em grande parte do Planeta. Com isso e muito mais, que seria desnecessário registrar aqui, somente o respeito a si mesmo não pôde prosperar o suficiente para a grandeza da própria consciência.

     A única maneira de surgir um ser humano na Terra é com a junção dos gametas feminino e masculino, dando origem a um organismo de carne, tal como são os do pai e da mãe. A singularidade é que o ressurgente não é nem o pai e nem a mãe, nem lhes pertence, porque o seu possuidor é um “Ser” distinto, denominado filho, proveniente do óvulo e o fecundante ofertados voluntariamente. No entanto, a vida vibrante que surge já existia, é o Espírito, muitas vezes mais antigo que os Espíritos dos que agora são seus pais.

    É preciso saber que os que estamos num corpo existimos porque não nos impediram de nascer, não nos abortaram, e como nos vemos diante de nós mesmos, da nossa trajetória, das conquistas grandiosas que obtivemos em diversas circunstâncias, o trabalho que prestamos para a sociedade, iniciando-se na própria família, apoiando os pais, os sustentando na velhice, amando e sendo amados, constituindo a própria família... 

     Moisés, como referido anteriormente, primeiro colheu com a sua mediunidade os Dez Mandamentos, sendo um deles: “Não Matar.”  Depois de 1.500 anos, Jesus, o Cristo, resumiu todas as Leis e também os ensinamentos dos Profetas de todos os tempos no seguinte: “Amar a Deus sobre todas as coisas; e, semelhante a este (mandamento), amar ao próximo como a si mesmo.”  O que pode ser mais próximo de uma mãe, que um “Ser” nas suas próprias entranhas? 

     1.857 anos depois de Jesus, surge para o Mundo, a Doutrina dos Espíritos, que foi organizada pelo insigne senhor Allan Kardec. Embora muitas manifestações de Espíritos tenham se apresentado notórias em muitos países, o trabalho de compreensão dos fenômenos e a aglutinação dos resultados se deram na França, fulcro de maior expressão do conhecimento na época, no Mundo. A partir de pesquisas e estudos, foram produzidas cinco obras básicas do Espiritismo, além da Revista Espírita, que foi elaborada por Allan Kardec, de 1858 a 1869.  Além disso, muitas obras de outros autores de grande expressão intelectual e acadêmica surgiram, contribuindo significativamente para o entendimento dessa nova ciência. Posteriormente, vem o trabalho de psicografia de Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier), que abrange aspectos das Obras Básicas e amplia os focos:   científico, filosófico e religioso. Além disso, de outros autores e médiuns de reconhecida notoriedade também contribuíram significativamente.  

     Esses fatos históricos, têm por objetivo situar o tempo em que estamos e o cabedal de informações trazido através do tempo a respeito da condução da vida. Assim, não podemos ignorar as consequências dessa trajetória, “a quem mais foi dado mais será exigido”.

     A estrutura orgânica de reprodução feminina é um ninho de preparo do veículo carnal de um “Ser” que fará uma viagem. Os fundamentos dessa oportunidade Divina são o amor, pois, será uma doação de grande monta de energias e sendo componente de suma importância: os melhores sentimentos. Aí inclui-se toda afetividade do pai, o seu contributo em todos os aspectos favorecedores do empreendimento daquele que surgirá.

     Certamente dirão que isso é uma utopia, possivelmente um sonho, que a realidade é bem outra. Não duvidamos desse antagonismo no entendimento de algo tão sério, fato mais grave da vida de qualquer ser humano, porque trata das forças criadoras a favor da Criação Divina, que são os Espíritos. Portanto, cuidamos de nós mesmos, ou nos descuidamos.

     Com o aparecimento do Espiritismo, abriram-se os horizontes, vez que as antenas perceptíveis do ser inteligente avançam sobre os limites da matéria e alcançam realidades, mesmo que ainda acanhadas, do mundo espiritual. Obras mediúnicas que narram fatos e experiências por espíritos lúcidos que viveram num corpo e que retornaram à espiritualidade, revelando as consequências de sua trajetória, anotando vitórias, mas, também, frustrações, dores, arrependimentos, desejo de refazerem os caminhos percorridos entre os encarnados com outros olhares...

     Ninguém pode fugir à responsabilidade de suas atitudes maléficas, o aborto é uma delas, muito grave, macula a consciência, demonstra indiferença ao nascituro, demonstra rebeldia à Lei Divina e desrespeito a si mesmo.

     A lei civil nada mais é que convenção de um grupo social, para atender seus interesses, nortear conflitos, por algum tempo; mas, não apazígua a consciência.  A Lei que rege a harmonia do Universo, portanto, de todas as consciências, é a Lei Natural, também chamada Lei de Deus, imutável.

     Alguém já se perguntou por que existem doenças de tratamento complexo que surgem nas regiões do corpo relacionadas aos órgãos reprodutores masculinos e femininos? A Ciência tem explicações fundamentadas nas pesquisas no campo material e até emocional, mas os desarranjos energéticos existiam antes, as máculas da consciência que eclodem em doenças quando menos se espera. O abortamento criminoso poderá ser uma das suas causas, pois se trata de fato grave contra as forças da vida. Essa situação nem sempre surge na mesma existência em que ocorreu o aborto, mesmo porque os implicados na circunstância somente posteriormente à morte que tomarão consciência do que fizeram e os prejuízos que causaram a si mesmos e a outrem, àquele que iria nascer. Daí surge o remorso, o arrependimento e a necessidade de reparar o erro para aliviar o Espírito.

     Mesmo que a lei dos homens permita, o aborto é um crime; com uma atenuante, quando verdadeiramente o risco de morte da mãe é iminente.

     As justificativas alegadas de problemas de saúde pública, pobreza, procedimento em clínica clandestina que causa a morte, a gravidez indesejada, direito sobre o corpo… tudo são subterfúgios que servem ao imediatismo, atendem à  fraqueza moral dos indivíduos e  da organização social medíocre, a incompetência da administração pública, o empanamento da corrupção, que corrói os recursos para a educação, escasseando o trabalho digno, o desfazer da estrutura respeitosa da família para que tenha vida harmônica, a cultura de liberdade deformada que não passa de libertinagem... 

Existe uma lei inderrogável, e Ela está inscrita na consciência de cada indivíduo -- a Lei Divina³ --,  é o juiz das causas individuais, implacável, que exigirá o pagamento da dívida ceitil por ceitil, sendo o único recurso de apelação a caridade, àquela disposta pelo Apóstolo Pedro, “que cobre uma multidão de pecados”

A partir da concepção, todo um processo complexo se conecta entre o que é espiritual e o que é material, sentimentos se entrelaçam, esperanças de transformação do estado anterior vislumbram grandes vitórias, superações de pendências consigo mesmo e com aqueles do grupo social onde estaria vivendo, alegrias e entusiasmos são sobrestados por atitude irresponsável de todos que se envolvem no processo abortivo, daqueles que influenciam, ou mesmo aplaudem essa atitude de crime bárbaro. 

Existem mais possíveis consequências a enumerar, que não são de difíceis deduções, para quem tem um pouco de conhecimento das relações entre o mundo espiritual e a vida no campo material, ou apenas reflete sobre a vida e suas razões, além de prestar atenção na própria consciência que intuitivamente traz o discernimento do certo e do errado. 

Não há como se iludir, o aborto provocado é crime.


                                       Dorival da Silva


     

1. As obras básicas da Doutrina Espírita são:  O Livro dos Espíritos, O livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e O Inferno e A Gênese, todas essas obras e a Revista Espírita podem ser consultadas gratuitamente no site: https://kardecpedia.com/

2.    Alguns estudiosos que também realizaram pesquisas de assuntos referentes à Doutrina Espírita: Léon Denis, Gabriel Delanne, Camille Flammarion, Ernesto Bozzano e outros.

3. O Livro dos Espíritos - Allan Kardec, questões: 

     621. Onde está escrita a lei de Deus?      “Na consciência.” 

  621-a) — Visto que o homem traz em sua consciência a lei de Deus, que necessidade havia de lhe ser ela revelada? “Ele a esquecera e desprezara. Quis então Deus lhe fosse lembrada.”  

Páginas sobre o tema aborto:

https://espiritismoatualidade.blogspot.com/2018/08/aborto-em-debate-publico-o-que.html

https://espiritismoatualidade.blogspot.com/2017/03/microcefalia-nao-e-pena-de-morte.html

https://espiritismoatualidade.blogspot.com/2016/09/aborto-criminoso_23.html

https://espiritismoatualidade.blogspot.com/2016/09/proposta-para-legalizacao-da.html

https://espiritismoatualidade.blogspot.com/2014/05/aborto-delituoso.html

https://espiritismoatualidade.blogspot.com/2012/06/aborto.html

https://espiritismoatualidade.blogspot.com/2012/08/aborto-ii.html

https://espiritismoatualidade.blogspot.com/2012/04/voce-gostaria-de-ser-abortado.html