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segunda-feira, 13 de maio de 2019

A inexplicável persistência do ateísmo

Especial


por Anselmo Ferreira Vasconcelos


A inexplicável persistência do ateísmo
Entre tantas façanhas produzidas pelo telescópio Hubble, algumas merecem especial destaque. Refiro-me a dez imagens absolutamente impressionantes. São fotos simplesmente exuberantes, isto é, verdadeiras obras-primas esculpidas em pleno cosmos por um excepcional artista celestial: Deus. Nelas podemos perceber um pouco da grandeza do Criador manifestada nos contornos e cores da Galáxia do Sombrero, que dista 28 milhões de anos-luz da Terra, e é dotada de uma aparência de tirar o fôlego (a propósito, ela abriga 800 bilhões de sóis e possui um diâmetro de 50.000 anos-luz)da Nebulosa da Formiga, essencialmente composta de uma nuvem de poeira cósmica e gás, distante da nossa Galáxia, e da Terra, entre 3.000 a 6.000 anos-luz; da Nebulosa Esquimó, que se assemelha a um rosto circundado por chapéu ou gorro enrugado, ou seja, um anel formado por estruturas ou restos desagregados de estrelas mortas, e distante aproximadamente 5.000 anos-luz do nosso planeta; da Nebulosa Olho de Gato, que tem uma aparência de olho esbugalhado tal qual a do feiticeiro Sauron do filme O Senhor dos Anéis; da Nebulosa Ampulheta, distante 8.000 anos-luz, e que apresenta um singular estrangulamento no meio devido aos ventos que a modelam; da estonteante Nebulosa do Cone, que possui 2,5 anos-luz de comprimento, o equivalente a 23 milhões de voltas ao redor da Lua; da Tempestade Perfeita, isto é, uma pequena região da Nebulosa do Cisne, distante 5.500 anos-luz (composta de um oceano de hidrogênio, bem como de pequenas quantidades de oxigênio, enxofre e outros elementos); da Noite Estrelada, assim denominada por recordar o famoso quadro de Van Gogh; do enigmático redemoinho de olhos “furiosos”, isto é, duas galáxias que literalmente se fundem (chamadas NGC 2207 e IC 2163), distantes 114 milhões de anos-luz na longínqua Constelação do Cão Maior; e, por fim, da Nebulosa Trifid, um maravilhoso “berçário estelar”, situado a 9.000 anos-luz da Terra, e local onde nascem as novas estrelas (Fonte: https://fla.st/2ZJuhXP -Acessado em 25 dez.2018.) 
Apesar de tão expressivas obras cósmicas, há um contingente considerável de criaturas humanas que duvidam da existência de um poder maior que rege todo o universo: são os ateus que ainda se fazem presentes na Terra. As estatísticas indicam que há cerca de749,2 milhões (11% da população mundial) deles em nosso orbe. Eles representam 85% da população da Suécia, 81% do Vietnã, 80% da Dinamarca, 72% da Noruega, 65% do Japão, 61% da República Checa, 60% da Finlândia, 54% da França e 52% da Coreia do Sul.
Os países com maior número absoluto de ateus são: China (181,8 milhões), Japão (82 milhões), Rússia (69 milhões), Vietnã (66 milhões), Alemanha (40 milhões), França (32 milhões), EUA (26,8 milhões), Inglaterra (26,5 milhões) e Coreia do Sul (25 milhões). Cumpre destacar que 8% dos brasileiros são ateus, agnósticos e sem religião. Em termos de sexo, os ateus se subdividem em 56% homens e 44% mulheres. Na área científica estima-se que ao redor de 10% assim se denomine.
Outro dado surpreendente foi revelado por um estudo conduzido pelo Núcleo de Tendências e Pesquisa do Espaço Experiência FAMECOS/PUCRS de 2015, denominado Ideias e Aspirações do Jovem Brasileiro sobre Conceitos de Família. O trabalho focou em 1.500 jovens, sendo 82,5% da amostra situada na faixa etária de 18 a 24 anos e 17,5% de 25 a 34 anos. A pesquisa trouxe a lume que 19,3% declararam-se ateus e 6,2% agnósticos, isto é, mais de 1/4 não consegue desenvolver uma noção elementar de Deus em suas vidas. A propósito, escrevo sobre esse assunto porque recentemente conversei com uma jovem – bacharel em Biologia pela USP – que me confidenciou ser ateia. Disse-me com toda a clareza possível que sentia ser alvo de preconceito em relação à sua opinião. De minha parte, admito ter ficado perplexo a priori por descobrir uma pessoa que tenha estudado essa área do saber, e não ter conseguido vislumbrar a “mão de Deus” permeando a natureza.
Recobrando-me rapidamente do choque inicial, busquei argumentar aludindo aos perceptíveis sinais divinos que a tudo abrange. Não fui bem sucedido, pois encontrei intransponível barreira por parte da minha interlocutora. Indaguei-lhe se havia tido educação religiosa na infância, e ela confirmou-me positivamente. Perguntei-lhe ainda se havia lido a obra A Gênese, de Allan Kardec, que apresenta um riquíssimo tratado sobre a divindade, entre outros assuntos, e ela também fez gesto afirmativo. Posto isto, só sobrou-me inquiri-la se algum conteúdo havia tocado nas fímbrias do seu ser. Para minha decepção, ela negou taxativamente qualquer aproveitamento. Na verdade, insinuou que eu pretendia convencê-la. Eu, mais do que depressa, informei-a de que, em matéria de fé, nós é que nos convencemos.
Senti-me compelido a falar-lhe sobre Jesus, a sua luminosa obra, os seus milagres, a visão do Tabor, as aparições logo após a sua morte traiçoeira, o crescimento exponencial do movimento cristão etc. Todavia, percebi indisfarçáveis sinais de desdém da parte da moça. Diante do quadro de radicalismo por mim divisado, assim como a inutilidade de qualquer discussão, compreendi que, infelizmente, não havia mais nada a fazer... Lamentei profundamente ainda existirem na face da Terra seres humanos que sequer conseguem sentir a presença de Deus em seus corações e inteligência. Além de não terem capacidade para explicar os cruciais fenômenos da vida, negam veementemente a existência de uma força superior. Por isso, orei fervorosamente pela garota que ainda não descobriu Deus.
Imaginei as duríssimas experiências que ela enfrentará nessa amarga fase de turbulência planetária, com as suas duras expiações coletivas e individuais, sem uma fé, sem uma crença, sem uma luz interior para confortá-la nas horas de dor e desespero. Pobres de espírito, penso eu, são as criaturas que se fecham cabalmente aos apelos do mais alto à razão. Infelizes são os que se opõem sistematicamente aos raios do amor universal.
Na verdade, melhor seria se aceitassem a sensata recomendação do filósofo espírita J. Herculano Pires, aduzidas no livro Libertação Espiritual:
“O homem deve conter-se nos limites de si mesmo, cuidar das suas imperfeições, melhorar-se. Basta-lhe saber que Deus existe, e que é justo e bom. Disso ele não pode duvidar, porque ‘pela obra se reconhece o obreiro’, a própria natureza atesta a existência de Deus, sua própria consciência lhe diz que ele existe, e a lei geral da evolução comprova a sua justiça e a sua bondade. [...]”.
Com efeito, se há algo que nunca faltou à humanidade foi o envio de missionários divinos atestando a existência de Deus. A bem da verdade, nunca fomos abandonados pelo Criador; Deus sempre nos supriu com o seu infinito amor. Como corretamente destacou o Espírito Emmanuel, no livro A Caminho da Luz(psicografia de Francisco Cândido Xavier), “Todas as raças da Terra devem aos judeus esse benefício sagrado, que consiste na revelação do Deus Único, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres”.
O sábio mentor recorda igualmente que:
 “O grande legislador dos hebreus trouxera a determinação de Jesus, com respeito à simplificação das fórmulas iniciáticas, para compreensão geral do povo; a missão de Moisés foi tornar acessíveis ao sentimento popular as grandes lições que os demais iniciados eram compelidos a ocultar. E, de fato, no seio de todas as grandes figuras da antiguidade, destaca-se o seu vulto como o primeiro a rasgar a cortina que pesa sobre os mais elevados conhecimentos, filtrando a luz da verdade religiosa para a alma simples e generosa do povo”.
Avançando ainda mais na elucidação do assunto, Emmanuel propõe que:
“O Nirvana, examinado em suas expressões mais profundas, deve ser considerado como a união permanente da alma com Deus, finalidade de todos os caminhos evolutivos; nunca, porém, como sinônimo de imperturbável quietude ou beatifica realização do não ser. A vida é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. Sua manutenção depende da atividade de todos os mundos e de todos os seres. Cada individualidade, na prova, como na redenção, como na glória divina, tem uma função definida de trabalho e elevação dos seus próprios valores. Os que aprenderam os bens da vida e quantos os ensinam com amor, multiplicam na Terra e nos Céus os dons infinitos de Deus”.
Assim sendo, Emmanuel leva-nos, por fim, a concluir que “Toda a realidade é a do Espírito e toda a paz é a do entendimento do reino de Deus e de sua justiça”.
Allan Kardec, por sua vez, revela na obra de sua autoria acima mencionada (Capítulo II), com muita acuidade, que “[...] Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras.
O codificador do Espiritismo inferiu em sem seus estudos que:
“[...] A existência de Deus é, pois, uma realidade comprovada não só pela revelação, como pela evidência material dos fatos. Os povos selvagens nenhuma revelação tiveram; entretanto, creem instintivamente na existência de um poder sobre-humano. Eles veem coisas que estão acima das possibilidades do homem e deduzem que essas coisas provêm de um ente superior à humanidade. Não demonstram raciocinar com mais lógica do que os que pretendem que tais coisas se fizeram a si mesmas?”
Kardec observa, com plena razão, que:
 “[...] Para compreender Deus, ainda nos falta o sentido, que só se adquire com a completa depuração do Espírito. Mas se o homem não pode penetrar a essência de Deus, pode ter como premissa a sua existência. O homem pode, então, pela razão chegar a conhecer-lhe os atributos necessários e concluir que esses atributos só podem ser divinos, deduzindo daí quem é Deus”.
Graças ao hercúleo esforço do codificador somos informados que Deus é a expressão da suprema inteligência; é eterno; é imutável; é imaterial; é onipotente; é soberanamente justo e bom; é infinitamente perfeito; e é único. Os argumentos coligidos por Kardec são tão eloquentes que somos naturalmente conduzidos a concluir que “É assim que, comprovada pelas suas obras a existência de Deus, por simples dedução lógica se chega a determinar os atributos que o caracterizam”.
E aí reside a questão-chave arrolada por Kardec: dedução lógica. Como nós, espíritos impuros e imperfeitos, queremos ter a pretensão de ter acesso direto ao Criador? Normalmente, o cético, na sua arrogância peculiar, cogita esse direito, sem considerar, entretanto, as premissas necessárias para tal, isto é, a conquista intransferível da fé e o seu próprio desenvolvimento espiritual.
Ademais, o ateu, na sua incomensurável ignorância, não consegue conceber que “... a natureza inteira está mergulhada no fluido divino. [...]”, como destaca Kardec. O Espírito Emmanuel pondera, com absoluta razão, em Caminho, Verdade e Vida (também psicografado por Francisco Cândido Xavier) que “Quem não consegue crer em Deus está doente. [...]”. Mais ainda: “O homem nada pode sem Deus”. Por isso, creio que só indivíduos altamente presunçosos e insipientes não sentem Deus. Viver divorciado de Deus é caminhar sem direção. Em paralelo, até a limitada ciência humana hodierna já é capaz de conceber Deus como um dos stakeholders. Posto isto, adverte Emmanuel que “No fundo, há um só Pai que é Deus e uma grande família que se compõe de irmãos” (Capítulo 20). Para ele, “A vida deveria constituir, por parte de todos nós, rigorosa observância dos sagrados interesses de Deus” (Capítulo 21).
O iluminado mentor espiritual ensina que: “Deus é o Pai magnânimo e justo. Um pai não distribui padecimentos. Dá corrigendas e toda corrigenda aperfeiçoa” (Capítulo 26). Concomitantemente, Emmanuel esclarece que “O bem flui incessantemente de Deus e Deus é o Pai de todos os homens. [...]” (Capítulo 42). Recorrendo uma vez mais à lógica, ele propõe que “Deus é o Criador Eterno cujos desígnios permanecem insondáveis a nós outros. Pelo seu amor desvelado criam-se todos os seres, por sua sabedoria movem-se os mundos no Ilimitado” (Capítulo 54). Desse modo, não podemos, por meio dos nossos restritos sentidos e conhecimentos, definir ou delinear algo tão acima de nós. Especialmente nós que estamos nos primeiros degraus do pensamento transcendental.
Certamente teremos muitas revelações no momento apropriado... De qualquer maneira, Emmanuel comenta também (Capítulo 61) que:
 “Os homens não compreenderam, ainda, que a oportunidade de cooperar nos trabalhos da Terra transforma-os em despenseiros da graça de Deus. Chegará, contudo, a época em que todos se sentirão ricos. A noção de ‘capitalista’ e ‘operário’ estará renovada. Entender-se-ão ambos como eficientes servidores do Altíssimo”.
Portanto, descobrir Deus é dever e missão de cada ser inteligente. É o primeiro grande passo na senda do Espírito imortal. Reencontrá-lo dentro de nós talvez seja a nossa maior conquista, pois através dela outras importantes serão obtidas no tempo devido. Achar Deus é se iluminar. Além disso, ninguém consegue conhecer a si mesmo sem a ajuda do Criador. Negá-lo, por outro lado, é sinal de desinteligência e profundo atraso espiritual. Como bem explica J. Herculano Pires, na referida obra acima destacada:
 “A negação de Deus é, para o espiritismo, como a negação do sol. O ateu, o descrente, não é um condenado, um pecador irremissível, mas um cego, cujos olhos podem ser abertos, e realmente o serão. Porque Deus é necessariamente existente, segundo o princípio cartesiano. Nada se pode entender sem Deus. Ele é o centro e a razão de ser de tudo quanto existe. Tirar Deus do Universo é como tirar o sol do nosso sistema. Simples absurdo”.
Desse modo, portanto, só nos resta concluir que a persistência do ateísmo na Terra, em pleno terceiro milênio da era cristã, deve-se apenas e tão somente ao inexplicável descaso de certos humanos que se fecham à luz da sabedoria universal.

Está página foi extraída da Revista Eletrônica "O Consolador", que poderá ser acessada através do endereço: http://www.oconsolador.com.br/ano13/618/especial.html

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Glória da Imortalidade


Glória da Imortalidade


Medita a respeito da transitoriedade do carro orgânico, das suas contínuas transformações, do seu desgaste, à medida que nele te movimentas e serás induzido a pensar no que irá ocorrer após o fenômeno biológico da sua morte ou desestruturação molecular.

Vives em um mundo onde ocorrem contínuas alterações das formas e dos conteúdos, que se modificam incessantemente, as mais grosseiras dando lugar a outras mais sutis, num continuum sem fim.

Ao verdor exuberante do início sucedem-se as fases em que as alterações se apresentam inevitáveis, seguindo no rumo da consumpção do aspecto externo para dar lugar a outras vibrantes expressões.

Por mais se arrastem as horas de sofrimento, sucedem-se os dias de ufanismo e de alegria, outros de reflexão e de pausa, obedecendo à lei inexorável das transformações a que tudo se submete.

Assim é a vida física: enganosa na aparência, rápida nas alterações profundas.

Desse modo, um instante chega para tudo e todos em que o fluxo vital se interrompe e o casulo orgânico se desconecta, vitimado pelo fenômeno da morte, igualmente parte da Vida.

Nascer, viver, morrer são termos da mesma equação biológica e prosseguir vivendo é a fatalidade da Criação.

Por mais se recalcitrem ou se ignorem as incessantes alterações biológicas, elas prosseguem ocorrendo automaticamente, porquanto a vida é parceira da morte e esta é pórtico de entrada na Vida.

A trajetória existencial não poderia ser de outra forma, tendo-se em vista a indestrutibilidade do ser, que necessita experienciar diversas aprendizagens até alcançar o objetivo para o qual foi gerado - a glória da Imortalidade!

Lamentavelmente foram criados tabus e superstições em tomo da sua realidade extracorpórea, tombando-se em fantasias injustificáveis, em vãs tentativas de negar-se a sobrevivência ou envolvê-la em mistérios absurdos.

Fosse analisada com a mesma naturalidade com que se consideram os fenômenos orgânicos, e mais fácil seria a aceitação da morte, não como fim, mas como etapa de transferência de uma para outra expressão de comportamento.

Mais apegadas às sensações do que às emoções, as criaturas humanas desejariam que o carro material não cessasse o seu curso, sem dar-se conta da perversidade de tal conduta. Como seriam insuportáveis as dores e os processos degenerativos que tomam conta da matéria, não fossem interrompidos pela morte libertadora! Quanto desesperadores se apresentariam as aflições morais e os desencantos emocionais, caso não houvesse o abrandamento da angústia mediante o processo da desencarnação!

A morte, desse modo, ao invés de ser a destruidora da alegria e do afeto, é o anjo amigo que interrompe os fenômenos circunstanciais e transfere o ser para a realidade onde tudo tem solução, onde a vida tem início e prossegue.

Assim sendo, passa a considerar a morte, antes detestável, como sendo a tecelã da felicidade, que contribui para o ajustamento das ocorrências no contexto da Imortalidade.

Não houvesse a morte, impossível seria a ressurreição. À noite, pois, da saudade, apresenta-se o dia do reencontro feliz.


*   *   *

Sem qualquer dúvida, o corpo de que te utilizas irá morrer. Não és a indumentária que se corrompe, mas o Espírito que comanda a argamassa celular.

Da mesma maneira como surgiste no mundo físico, dele te apartarás, pelo impositivo da transformação carnal.

Antes de embarcares no veículo orgânico vivias independente dele e assim prosseguirás depois da sua consumpção molecular.

A vida é mais poderosa do que a morte, superando-a de forma eloquente e ditosa.

Ciente dessa realidade, vive de tal maneira que, em chegando o momento de abandonares o corpo, possas fazê-lo com tranquilidade e alegria, sem apegos ou lamentações, destituído de saudades ou de ressentimentos.

O indivíduo são as suas aquisições morais ao largo do processo orgânico. Sucedendo-se, uma etapa a outra, em cada fase adquire experiências que o enriquecem, facultando-lhe novas conquistas que incorpora em forma de bênção.

Mesmo as dores e os desconfortos morais constituem preciosos contributos que o auxiliam na seleção de valores para a sua própria felicidade.

Não fossem essas ocorrências e os significados da paz, da alegria de viver, da plenitude, ficariam destituídos de sentido, em fase do desconhecimento da aflição, das perdas, das angústias, das dores em geral...

Enquanto estejas reencarnado, trabalha com afinco as tuas aspirações e amplia-lhes o campo, selecionando aquelas que são de significado profundo e duradouro em relação às outras superficiais e sem sentido iluminativo.

Avança, desalgemando-te do passado, mas sem ansiedade pelo futuro, permitindo que cada ocorrência tenha lugar na circunstância e no momento próprios.

A precipitação roubar-te-á o prazer de cada conquista e a insegurança tomar­-te-á a alegria de cada abençoada emoção.

Assim, utiliza-te de todo instante para melhorar-te, aprimorando os teus sentimentos e desenvolvendo a capacidade de entendimento e de realização intelecto-moral, que te concederão a palma da vitória sobre os vícios e as paixões perniciosas.

Não postergues o bem que possas fazer nem os deveres que aguardam realização, porquanto poderás ser surpreendido pelo fenômeno da desencarnação, deixando, na retaguarda, atividades interrompidas que irão perturbar-te.

O teu dia ideal é hoje, enquanto luz a oportunidade de crescimento interior. Vive-o intensamente, e verificarás que o seu curso nunca se interrompe, continuando atual e vibrante.

Com essa atitude enfrentarás a morte inevitável com plena consciência da sobrevivência e rico de alegria por haver-te preparado para a viagem de retomo ao Grande Lar.

*   *   *

Se, por acaso, estás ferido pela saudade que decorre da ausência física de alguém amado, que a morte arrebatou, enxuga o pranto do coração e sorri feliz ante a expectativa do reencontro que ocorrerá, após a tua viagem de volta.

Em sua homenagem, ama e serve, evocando-o com a ternura e o reconhecimento pelos instantes felizes que ao seu lado viveste.

Não lamentes a perda, porque, vivo, onde se encontre tem conhecimento daquilo que ocorre contigo e poderá visitar-te, comungar das tuas emoções, dialogar pelo pensamento e reencontrar-te na esfera dos sonhos, nos teus momentos de parcial desprendimento pelo repouso físico.

Honra-lhe a memória através de ações dignificantes em seu louvor e por meio de vibrações de afeto que lhe dirigirás.

A morte não possui o poder de romper as afeições nem os ódios.

Desse modo, não guardes mágoas, não te tornes inimigo de ninguém, mesmo que haja quem se te faça adversário.

Vibra, portanto, no amor, e o amor vibrará contigo em harmonia cósmica, na glória da Imortalidade.

 

Joanna de Ângelis.
Psicografia do  médium Divaldo Pereira Franco, na manhã de
06 de agosto de 2005, na cidade do Rio de Janeiro, RJ.
Em 03.01.2011

Mensagem extraída  do  endereço: