Mostrando postagens com marcador cores. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cores. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Onde chegar? Por que chegar?

 Onde chegar? Por que chegar? 

Todos os humanos precisam saber o que estão fazendo no Planeta Terra.


O primordial é saber que todos são imortais, embora os corpos morram. O tempo transcorrido desde a revelação espiritual de que os indivíduos não são seus corpos já é bastante elástico, não sendo possível que tal revelação ainda permaneça obscura, ou incompreensível; estes apenas são instrumentos de suas manifestações nas experiências materiais, em conta disso são finitos.  

 

Até 1857 -- quando da Revelação Espírita --, embora, estivessem esses conhecimentos colocados nos Evangelhos de Jesus, narrados pelos Evangelistas, que vieram pelo tempo na forma alegórica, que se exigia profundo conhecimento das línguas e costumes antigos, para se compreender os fatos e melhor interpretar os conteúdos das mensagens, o que com o trabalho elaborado pelo Mundo Espiritual e com a codificação realizada por Allan Kardec muito veio se esclarecer a esse respeito. 


Levantada a cortina da ignorância e vencido o preconceito, impossível permanecer-se na escuridão espiritual, carregando a mesmice dogmática, como fardo pesado e sem serventia real à iluminação do Espírito, àquele que não morre e permanecerá para sempre.  


Para se chegar a algum lugar, em um continente que não se conhece, sendo que se encontra muito além do alcance das mãos materiais, nem mesmo com instrumento tecnológico dos mais sofisticados se alcançaria, somente o Ser essencial, a Vida, que habita um corpo temporário, poderá alçar-se pelas conquistas elaboradas com o seu instrumento de carne, sendo o seu bom uso que imprime velocidade para chegar.

 

O grande objetivo de se encontrar na vida neste mundo são as conquistas de valores morais e intelectuais, adquirir virtudes... 


Onde chegar?  Sempre se haverá mais e mais a se alcançar, pois, se trata do infinito, no entanto, o limite são os próprios valores, o aprimoramento conquistado pelo viajante do tempo, ali por um certo período se aportará junto de seus iguais, quando houver possibilidades novas, outras conquistas, novo impulso o levará a patamar vibratório que desconhece, embora seja superior ao ponto anterior.  


Sempre haverá novas descobertas, trabalho de estágio mais refinados em qualidade, tanto quanto de maior responsabilidade, é sempre o que o Espírito evoluído aguarda, maior complexidade, compatível com a sua capacidade e sua iluminada expressão moral e intelectual.  


Por que chegar? A lógica mostra que chegar à elevação espiritual é distanciar-se do materialismo, da coisificação, é a depuração, a desnecessidade daquilo que o corpo dispõe, e nem sofre a sua influência e exigência de satisfação, tal como fome, sede, sexo, conquistas vulgares...  Tudo isso serviu no alicerce da construção que se ilumina, enquanto se distância da própria base, ficando na lembrança distante, objeto de respeito e reconhecimento de sua finalidade para o crescimento do Espírito, que caminha pela eternidade.  


O Espírito, quando sobe de patamar evolutivo não perde ou dispensa como se imprestáveis as experiências passadas, nem as vivências terríveis, àquelas superadas, vencidas as suas consequências, entram num estado de dormência, que serão lembradas apenas se de interesse do Espírito. No caminhar constante para posição de maior significado evolutivo, os fatos e vivência que anteriormente tinham cores fortes gradativamente vão se amainando, como o confundir-se das cores nas transições dum matiz, na conquista de resplandecência própria do lugar espiritual de si mesmo que alcançou.  


A plenitude é um lugar a se chegar, não é local físico, mas sim, lugar espiritual, não está fora, está no Ser, com seus valores, seus méritos, na medida de seus saberes, comunga com outros Espíritos de mesma grandeza, formando as Plêiades de Paz e Felicidade, sem fugir dos grandes compromissos e responsabilidades universais. Assim, relativamente à condição alcançada interage com Deus, compreendendo no que puder o Espírito Divino. 


Sempre haverá onde se chegar na Vida. Sempre haverá superação. Sempre haverá construção. O bem e o amor sempre calçarão o caminho de quem quer chegar.

 

Chegar é um sempre! A perfeição o espera! 


Dorival da Silva 

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Chegar, viver e retornar!


Chegar, viver e retornar!

         Todos precisamos ter um rumo e objetivos na vida.  Perguntas existem que precisam ser respondidas sobre nós mesmos.  Algumas: Quem sou eu? De onde vim?  Para que estou aqui?  E depois, para aonde vou?

         Uma certeza tenho, não vim do ventre de minha mãe, ali tomei o trem, o bonde, o metrô, o avião, na verdade, entrei num veículo que se construía para uma viagem espetacular, a bagagem era eu mesmo.

         Se tomei um veículo é porque não sou o veículo, aí me reconheço existir antes dele, então existe outra estação, outro país, outra cidade, outro mundo.  De lá vim, do outro mundo, que se imbrica com este em que me acho, deve ser assim esse entrelaçamento, como viria?

         Cheguei! Estou consciente de ser um viajante, encontro outros viajantes, como as águas do rio, vamos juntos, mas sei que eu sou eu, ele é ele, aquele é aquele.  Seguimos próximos, às vezes bem juntos, mas eu sou eu. Preciso ter clareza disto. 

         Vem um ano, mais outro, outro… e o tempo passa, ora parece devagar, ora mais rápido; têm umas turbulências esse carreiro, surge agregação, dizem casamento: se procuram, se gostam, se unem; há derivações, aparecem frutos, esses se amadurecem e dão outros frutos, os netos… 

         É preciso uma força extraordinária para vencer esse veraneio especial, de muitas novidades, às vezes tristes, de outras alegres, surgem dores também, conosco mesmo, com os nossos, com os outros, até com muita gente que não se conhece.

         Essa força é a fé, parece esquecida, ou não bem compreendida, fé de palavra, demonstrada, de insígnia, de vestimenta, de legião…  Parece não atender bem aos que as comungam, pois, há tantos desencontros. Sofrimentos sem conta, vidas que se perdem, muitas vezes interrompem a viagem antes do ponto final.  

         Acredito que os viajantes da vida não compreenderam bem essa força para garantir a viagem.  Ela é a bagagem mais preservada, não grita, não ralha, não! Ela aquece a alma, potencializa a confiança, dá certeza para vencer as dificuldades e encontrar as vitórias pelo caminho, mesmo que seja tortuoso. Aproxima o vivente d’Aquele que deu o veículo e preparou o Mundo a ser conhecido, as lições a serem aprendidas, os desafios a serem superados, as essências da vida a serem extraídas e absorvidas na bagagem que se faz maior, conquanto não mais pesada, apesar do veículo cansado pelo pelejar do traçado.

         Tem-se a intuição do porquê chegar aqui. Certeza se encontra no final da jornada, quando pode-se olhar o caminho percorrido, as lutas travadas, as derrotas são lembranças, mas as vitórias são a prova que se concretiza, têm sabores, cores vivas, perfumes… 

         Depois da estação derradeira, paz e felicidades. Se as merecer!

                                        Dorival da Silva