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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Governo interno


Governo interno

“Antes subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de algum modo a ficar reprovado.” – Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 9:27.)

Efetivamente, o corpo é miniatura do Universo.

É imprescindível, portanto, saber governá-lo. Representação em material terrestre da personalidade espiritual, é razoável esteja cada um atento às suas disposições. Não é que a substância passiva haja adquirido poder superior ao da vontade humana, todavia, é imperioso reconhecer que as tendências inferiores procuram subtrair-nos o poder de domínio.

É indispensável esteja cada homem em dia com o governo de si mesmo.

A vida interior, de alguma sorte, assemelha-se à vida de um Estado. O espírito assume a auto chefia, auxiliado por vários ministérios, quais os da reflexão, do conhecimento, da compreensão, do respeito e da ordem. As ideias diversas e simultâneas constituem apelos bons ou maus do parlamento íntimo. Existem, no fundo de cada mente, extensas potencialidades de progresso e sublimação, reclamando trabalho.

Quem espera vida sã, sem autodisciplina, não se distancia muito do desequilíbrio ruinoso ou total.

É necessário instalar o governo de nós mesmos em qualquer posição da vida. O problema fundamental é de vontade forte para conosco, e de boa-vontade para com os nossos irmãos.

Mensagem extraída da obra: Pão Nosso, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel, capítulo 158, ano 1950.


REFLEXÃO: Não é comum nesses tempos modernos falar-se de governo interno, uma vez que grande parte das pessoas coloca seus interesses em tudo o que está fora de si. Observa-se. Comenta-se. Julga-se. Reproduz e divulga. Expõe os feitos e defeitos de outrem. Parte considerável de indivíduos não se importa com a reputação de si mesmo e nem dos outros. Há um excesso de cuidados com futilidades, não há preocupação com o respeito, perante si e o próximo.

      O apóstolo Paulo, no versículo lançado no início deste estudo, demonstra a responsabilidade com que ensinava, para que a verdade que colhera com a sua inteligência e que integrava os valores morais de sua alma não viesse contradizer-se com a sua vivência junto a sociedade de seu tempo.

Emmanuel coloca no início de sua análise: Efetivamente, o corpo é miniatura do Universo.

“É imprescindível, portanto, saber governá-lo. Representação em material terrestre da personalidade espiritual, é razoável esteja cada um atento às suas disposições. Não é que a substância passiva haja adquirido poder superior ao da vontade humana, todavia, é imperioso reconhecer que as tendências inferiores procuram subtrair-nos o poder de domínio.”

O Ser pensante não é o corpo, no entanto ele é exigente sob muitos aspectos, o desgaste de suas energias proporciona a fome, atendido na sua necessidade quieta e proporciona conforto ao espírito que o governa, entretanto, se o governante quer mais satisfação com o prazer da comida, avança os limites da necessidade, buscando sempre meios de ampliar as satisfações, com variedades e quantidades, viciando o organismo, que por sua vez sentirá a necessidade de se saciar. O desejo crescente de comer é prazer da alma e exigência do organismo. Construindo-se um círculo vicioso. É problema de governança. A alma é o governo e o corpo é a estrutura de sua manifestação material.

A analogia pode ser considerada em todas as situações em que o indivíduo está se manifestando, seja nos usos e costumes, atividades físicas, intelectuais e morais, sempre será a manifestação do governo (alma) através do corpo (universo celular).

O Orientador Espiritual avança seus ensinamentos: É indispensável esteja cada homem em dia com o governo de si mesmo.

“A vida interior, de alguma sorte, assemelha-se à vida de um Estado. O espírito assume a auto chefia, auxiliado por vários ministérios, quais os da reflexão, do conhecimento, da compreensão, do respeito e da ordem. As ideias diversas e simultâneas constituem apelos bons ou maus do parlamento íntimo. Existem, no fundo de cada mente, extensas potencialidades de progresso e sublimação, reclamando trabalho.”

Considerando o Espírito viajor da vida pela eternidade, nesses tempos novos o homem precisa ter ciência de que deve governar-se em seu benefício, objetivando a grande meta, que não é um lugar e nem o fim de aonde se chegar, mas um estado de espírito, ou seja, um estado de plenitude, requisito para outros voos evolutivos, pois que a evolução é infinita.

O aprofundamento do ensino do Mentor, precisa encontrar eco em quem o examina com interesse as questões da vida espiritual, mesmo estando num corpo de carne, fragilíssimo e finito, embora a sua complexidade, pois se trata analogicamente de miniatura do Universo”. No entanto, é o instrumento material mais perfeito capaz de permitir a manifestação do “Ser Pensante”, por algum tempo, para a experiência de intensivo aprendizado. Exige manutenção, equilíbrio, sobriedade e higidez a serem proporcionados pelo seu governador, que deveria ser o mais interessado na eficácia desse processo de vida, que não se trata de outra coisa que não a melhoria de sua própria vida espiritual.

O Orientador elucida: “É indispensável esteja cada homem em dia com o governo de si mesmo.

“A vida interior, de alguma sorte, assemelha-se à vida de um Estado. O espírito assume a auto chefia, auxiliado por vários ministérios, quais os da reflexão, do conhecimento, da compreensão, do respeito e da ordem. As ideias diversas e simultâneas constituem apelos bons ou maus do parlamento íntimo. Existem, no fundo de cada mente, extensas potencialidades de progresso e sublimação, reclamando trabalho.

“Quem espera vida sã, sem autodisciplina, não se distancia muito do desequilíbrio ruinoso ou total.”

Se se pensar numa vida exclusivamente material fica difícil de entender o pensamento que flui de Alta Paragem espiritual através de mensageiros designados pelo Criador em favor das Criaturas na Terra; no entanto, convicto da continuidade da Vida após o cessar da vida do corpo físico, num mundo não material, aonde a plenitude do Espírito que se conta como patrimônio indestrutível, porque são intelectuais e morais, então reina no indivíduo a paz e a felicidade, nada mais que o Reino dos Céus até onde permite o seu estado evolutivo.

Concluindo o ensinamento Emmanuel anota: É necessário instalar o governo de nós mesmos em qualquer posição da vida. O problema fundamental é de vontade forte para conosco, e de boa-vontade para com os nossos irmãos.”

O indivíduo é “bonzinho” consigo, justifica suas derrapadas para satisfazer necessidades orgânicas que ele engendra além daquelas normais de manutenção de seu instrumento de carne. O que não se pode esquecer é que a vida no corpo também é vida espiritual, embora transitória, e como ela continuará ininterruptamente, apesar da morte, leva como bagagem todos desequilíbrios que viveu no corpo, que exigirão atendimentos como se o “Ser Pensante” estivesse na vida material. É sofrimento perturbador no outro lado desta vida.

“A cada um segundo as suas obras.”

                                                                      Dorival da Silva

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O caminho da paz



O caminho da paz

Reunião pública de 8/6/59
Questão nº 743

Dos grandes flagelos do mundo antigo, salientavam-se dez que rebaixavam a vida humana:


A barbárie, que perpetuava os desregramentos do instinto.


A fome, que atormentava o grupo tribal.


A peste, que dizimava populações.


O primitivismo, que irmanava o engenho do homem e a habilidade do castor.


A ignorância, que alentava as trevas do espírito.


O insulamento, que favorecia as ilusões do feudalismo.


A ociosidade, que categorizava o trabalho à conta de humilhação e penitência.


O cativeiro, que vendia homens livres nos mercados da escravidão.


A imundície, que relegava a residência terrestre ao nível dos brutos.


A guerra, que suprime a paz e justifica a crueldade e o crime entre as criaturas.


*


Veio a política e, instituindo vários sistemas de governo, anulou a barbárie.


Apareceu o comércio e, multiplicando as vias de transporte, dissipou a fome.


Surgiu a ciência, e exterminou a peste.


Eclodiu a indústria, e desfez o primitivismo.


Brilhou a imprensa, e proscreveu-se a ignorância.


Criaram-se o telégrafo sem fio e a navegação aérea, e acabou-se o insulamento.


Progrediram os princípios morais, e o trabalho fulgiu como estrela na dignidade humana, desacreditando a ociosidade.


Cresceu a educação espiritual, e aboliu-se o cativeiro.


Agigantou-se a higiene, e removeu-se a imundície.


Mas nem a política, nem o comércio, nem a ciência, nem a indústria, nem a imprensa, nem a aproximação entre os povos, nem a exaltação do trabalho, nem a evolução do direito individual e nem a higiene conseguem resolver o problema da paz, porquanto a guerra – monstro de mil faces que começa no egoísmo de cada um, que se corporifica na discórdia do lar e se prolonga na intolerância da fé, na vaidade da inteligência e no orgulho das raças, alimentando-se de sangue e lágrimas, violência e desespero, ódio e rapina, tão cruel entre as nações supercivilizadas do século 20, quanto já o era na corte obscurantista de Ramsés 2º – somente desaparecerá quando o Evangelho de Jesus iluminar o coração humano, fazendo que os habitantes da Terra se amem como irmãos.


É por isso que a Doutrina Espírita no-lo revela, atualmente, sob a luz da Verdade, fiel ao próprio Cristo que nos advertiu, convincente: – “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos fará livres.”

Mensagem extraída da obra: Religião dos Espíritos, capítulo 41, pelo espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.


Para facilitar a leitura e o entendimento acrescentamos abaixo a questão 743 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, conforme a referência inicial da página analisada por Emmanuel na reunião pública de 08.06.1959:

743. Da face da Terra, algum dia, a guerra desaparecerá?

“Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Nessa época, todos os povos serão irmãos.”