Há uma ameaça!
Num
povo muito grande, muitas línguas, costumes, classes sociais, poderes..., lá
existe algo a rugir, mas a causa do furor é silenciosa, se tem notícia,
percebe-se seus efeitos que atingem vidas, convulsiona a organização social, política,
econômica, confrangendo indistintamente os indivíduos.
Decisões
são necessárias para proteger os interesses, no entanto, existe um conflito de
forças antagônicas, preservar as pessoas do mal afligente ou manter as
atividades do dia a dia.
O motivador se conhece em laboratório, é pequeno, é um vírus, no entanto, sagaz,
multiplica-se espantosamente, dissemina-se invisível através do próprio
hospedeiro, não escolhe direção, apenas deseja um organismo que o amaine para
que sobreviva.
Seus
efeitos são devastadores em grande parte dos contaminados, embora não escolha
idade, os velhos e os doentes são os preferidos, poucos se salvam.
Remédio
conhecido não respeita, vacina que o barre também não existe, somente a
resistência natural de cada um suporta, mas não perdoa as forças combalidas.
Causa
medo, vez que ninguém sabe se suas resistências são capazes de sobrestar a
invasão do tal, que poderá levar o corpo a sucumbir.
Governos
se chocam, autoridades da saúde impõem condições, organizações protestam, populações
carecem de assistência, o emprego escasseia, o estado econômico cambaleia, o
futuro...
Dentro
da pandemia virtudes afloram, corações generosos movimentam as mãos, organizam
mutirões, donativos surgem para atender as necessidades dos mais fracos, alimentos
e materiais higienizantes...
O
estado geral da Humanidade é novo, conquanto a ameaça à vida, há uma nova realidade,
alguém invisível impõe-se aos poderosos do Mundo uma força incontestável, sem
nenhum material bélico, sem estrondo de explosivo, nem revoada de supersônicos e chuva de ogivas.
Se
faz necessário que o forte socorra o fraco, pois, o invisível poder a todos
iguala, mostrando que se interdependem, carências várias é pertencimento mútuo,
somente o dividir e servir dos meios e recursos sanará as ânsias do Mundo.
A
caridade, a fraternidade... Agora genericamente forçadas, depois, quando se
tornarem ações naturais entre os povos, será o estabelecimento do Reino dos
Céus na Terra.
Há
muito tempo Um Homem Crucificado disse isso...
Dorival da Silva