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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

ATRAVESSANDO A FLORESTA



O espírita no mundo assemelha-se ao homem que se embrenha na selva... Determinado a vencê-la, ele precisa atravessar a floresta, alcançando a grande clareira no vale ensolarado; no entanto as dificuldades são imensas para que as supere...

Ele se defrontará com os mais diversos perigos e obstáculos; sem bússola que o norteie, correrá o risco de perder-se na mata fechada; forças da Natureza conspirarão contra o tentame, porquanto a floresta, nunca dantes devassada, quer permanecer inexplorada...

À medida que avança, o homem se deparará com cipoais a se enrodilharem nas pernas, provocando-lhe sucessivas quedas... Terrenos escorregadios, pântanos, areias movediças, serpentes, troncos praticamente intransponíveis, insetos de todas as espécies, mas o homem prossegue decidido a vencer a escura floresta, para alcançar, do outro lado, a claridade solar...

Assim, simbolicamente, acontece com o espírita. Podemos vê-lo no mundo atravessando a gigantesca floresta das provações; além de lutar contra o próprio carma, contra as próprias limitações, ele se vê diante de problemas e de empecilhos exteriores; no entanto precisa vencer o matagal espesso da vida turbulenta e alcançar o outro lado, varar a floresta, abrindo picadas para que outros, mais tarde, possam seguir-lhe os passos. Às vezes, o homem, na floresta, se sente como que detido pelas ramagens; caminha vacilante, dois passos adiante, um passo atrás, esfalfado e sedento...

Assim também acontece com o espírita. Quantas vezes o companheiro de ideal supõe não estar realizando progresso algum na romagem terrestre?! Quantas vezes se imagina retrocedendo, em vez de avançar e se pergunta, agoniado e aflito: -- Estarei verdadeiramente caminhando, saindo do lugar, buscando a luz que me proponho?!...

Figuradamente, o espírita se defronta com o chão desnivelado da incompreensão e com o trecho escorregadio da vaidade pessoal, todavia ele não deve se deter e não deve se lançar a essa aventura sem bússola que o norteie, para que não ande em círculos e não se perca no labirinto das amargas experiências da desilusão.

Com a bússola da fé, o espírita é convidado a caminhar, passo a passo, superando as dificuldades, podando   os galhos  pontiagudos  de  suas  próprias   mazelas,   corrigido-se   em   seus   equívocos... Naturalmente lhe será lícito o repouso no refazimento das energias, mas não a desistência diante do que se propõe...

A vida na Terra assemelha-se a uma floresta em que o espírito encarnando se embrenha, com o propósito de vará-la e alcançar o vale majestosos e belo de sua própria redenção espiritual.

De fato, o trilho é estreito; convenhamos, no entanto, que, dentro de um matagal, quanto mais estreito o trilho, com mais segurança e noção de rumo se poderá movimentar ao longo de seu curso...

Impossível abrir-se um caminho largo em meio à floresta sem lamentável perda de tempo, mesmo porque, para que o homem possa atravessá-la com êxito, não há necessidade que ele construa uma estrada ampla... Bastar-lhe-á pequeno espaço desimpedido, onde apóie os pés com firmeza para seguir adiante...

Que o espírita agradeça tudo quanto possa constrangê-lo a manter-se na direção e tudo quanto possa discipliná-lo para que chegue ao outro lado; no nosso caso, o outro lado significa o regresso à Vida Espiritual com a bagagem da experiência acumulada...

Que os companheiros de Doutrina Espírita compreendam, pois, o imperativo de seguirem adiante, com determinação e coragem, e continuem varando a floresta repleta de gritos e gemidos que nos representam o eco da própria consciência culpada.

IRMÃO JOSÉ

(Extraída do livro: Mediunidade, Corpo e Alma,
psicografado por Carlos A. Bacelli/Espíritos Diversos,
página 24 a 26, 1ª edição, junho de 1999)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Para a mulher

Na dolorosa situação dos vossos tempos, observamos a mulher, de modo geral, indiferente aos seus deveres. As ilusões políticas, a concorrência profissional, os venenos filosóficos invadiram os lares.
São poucas as companheiras fiéis que se mantêm nos postos de serviço com Jesus, convictas da transitoriedade das posições humanas.
Quase sempre, o que se verifica é justamente o naufrágio de luminosas esperanças, que, a princípio, pareciam incorruptíveis e vigorosas. Semelhantes desastres são oriundos do esquecimento de que a nossa linha de frente, na batalha humana, é o lar, com todas as suas obrigações sacrificiais, compelindo as mães, as esposas, filhas e irmãs aos atos supremos da renunciação.
Nosso Mestre é Jesus. Nosso trabalho é a edificação para a vida eterna. É imprescindível não olvidar que os homens obedecerão, em todas as suas tarefas, ao imperativo do sentimento. Sem esse requisito, são muito raros os que triunfam. É necessário converter o nosso potencial de fé em fonte de auxílio. Nada conseguiremos no terreno das competições mesquinhas, mas sim na esfera da bondade e da cooperação espiritual.
Busquemos compreender, cada vez mais, o caráter transcendente de nossas obrigações. Quando nos referimos ao dever doméstico, claro que não aludimos à subserviência ou à escravidão. Referimo-nos à dignidade feminina com o Cristo para que todas nos tornemos devotadas cooperadoras de nossos irmãos. O mau feminismo é aquele que promete conquistas mentirosas, perdido em pregações brilhantes para esbarrar, mais tarde, em realidades dolorosas. Reconhecemos, porém, que o feminismo, esse que integra a mulher no conhecimento próprio, é o movimento de Jesus, em favor do lar, para o lar e dentro do lar.
Felizes sois, portanto, pela santidade de vosso ministério.
Unamos as mãos no trabalho redentor. Seja nossa casa o grande abrigo dos corações, onde todos temos uma tarefa sagrada a cumprir.
Deus no-la concedeu, atendendo-nos às aspirações mais elevadas e às súplicas mais sinceras. Cada obstáculo seja um motivo novo de vitória e cada pequena dor seja para nós uma joia do escrínio da eternidade.
Deixai que a tormenta do mundo, com suas velhas incompreensões, se atenue pelo Poder Divino. Não vos magoe os ouvidos o rumor das quedas exteriores. Continuai na casa do coração, certas de que Jesus estará conosco sempre que lhe soubermos preferir a companhia sacrossanta.
Eugênia Braga

Do livro Coletânea do Além, obra ditada por Espíritos Diversos, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Extraída da Revista Eletrônica “O Cosolador”-- Ano 5 - N° 207 - 1° de Maio de 2011 -- http://www.oconsolador.com.br/ano5/207/correiomediunico.html