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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Atenção nas sinalizações Divinas

 

Atenção nas sinalizações Divinas

 

“O mundo está repleto de mensagens e emissários, há milênios. O grande problema, no entanto, não está em requisitar-se a verdade para atender ao círculo exclusivista de cada criatura, mas na deliberação de cada homem, quanto a caminhar com o próprio valor, na direção das realidades eternas.”

 Trecho extraído da mensagem “Ouça-nos” da obra: Pão Nosso, capítulo 116, pelo Espírito Emmanuel, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, ano 1950, Editora FEB

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REFLEXÃO - Muitos estão indo para algum lugar. Outros estão andando em círculo. Ainda outros pisam no mesmo lugar. Poucos têm direção no rumo da plenitude espiritual. 

        Como informa o Espírito Emmanuel no trecho motivador deste escrito, “O mundo está repleto de mensagens e emissários, há milênios.”; como esses prepostos do Céu não podem fazer o que se precisa pela Criatura, todos os seus esforços são de sinalizações, para que haja a percepção, para isso exige a atenção do caminhante. 

Na antiguidade acreditava-se em muitos deuses, um deus para cada coisa ou circunstância; Moisés apresenta os Dez Mandamentos e firma a existência de um Deus único e diz à Humanidade tudo o que não se deve fazer (não matar, não cobiçar…); posteriormente Jesus, reafirma o Decálogo e revela o amor ao próximo, e ensina tudo o que se deve fazer para alcançar-se o reino dos Céus. O Mestre Nazareno, antevendo que o mundo não compreenderia de imediato a suas indicações, mesmo que, muitos as esqueceriam, além da possibilidade de as desvirtuarem na sua essência,  no interesse individual ou coletivo, fez promessa aos seus Apóstolos, representantes, naquele momento, da Humanidade dos tempos futuros, que rogaria ao Pai e Ele mandaria outro Consolador, para relembrar tudo o que ensinara, esclarecer o que não pôde ficar bem entendido e acrescentar o que Ele não teve condições de ensinar. Reconhecidamente: A Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec é o cumprimento de Sua promessa.  Já não se trata da contribuição de uma única fonte, mas sim de instruções vazadas da espiritualidade para a sociedade terrena através da mediunidade de número grande de mensageiros prepostos do próprio Cristo. 

Quem vive com lucidez, planejando viagem a lugar distante e desconhecido colherá informações, estará certo da direção e tem objetivo a se cumprir; conquanto os riscos de percurso, no entanto, há clareza no que se pretende, certamente atingirá a pretensão.  No desenvolvimento da viagem não foram desprezadas as sinalizações das estradas, ou das cidades, dos aeroportos, hotéis, etc.  

 Viagem rumo a espiritualidade não pode descurar-se das sinalizações Divinas; colhendo, no fragmento de texto referido inicialmente: “O grande problema, no entanto, não está em requisitar-se a verdade para atender ao círculo exclusivista de cada criatura, mas na deliberação de cada homem, quanto a caminhar com o próprio valor, na direção das realidades eternas.”, de longo tempo o que se precisa para seguir para o maior objetivo é atentar para o que se sinaliza e é de conhecimento comum, pois, está colocado para o mundo há todo tempo. 

Não é possível que os emissários de Jesus venham ofertar verdades exclusivas ou revelar coisas excepcionais para esse ou aquele, em detrimento dos demais, no afã de salvação personalizada, trata-se, quem assim pensa, de presunção egoísta e orgulhosa, desse modo, permanecerá na escuridão da própria ignorância.  

As sinalizações para a espiritualidade melhor estão colocadas com ênfase no Evangelho de Jesus, no conjunto as mensagens anotadas pelos Evangelistas, no entanto, num ponto qualquer dos ensinamentos mostra que é indispensável que cada caminheiro faça por si a sua parte, o que chama a atenção para a sinalização, observando: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.¹”, são ações, com respostas afirmativas, no entanto, não se trata do convencionalismo simplório de pretender algo e imediatamente ser atendido. Trata-se de forças da vida, como a semente que germinada mostra a árvore que surge e se presume os frutos que dará. O homem é o ser pensante e consciente, semente possuidora de vontade e liberdade de agir, precisa nortear os seus interesses espirituais, pois, somente ele poderá fazê-lo, porque tem recursos para se colocar na direção do próprio aprimoramento -- “Ajuda-te e o Céu te ajudará.”. 

Todo o caminho para a tal salvação tem sinalizações, a dificuldade está em ter “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”, como frisou o Mestre Nazareno. Se não realizar o trajeto da vida com os seus esforços e percepções, e a autopercepção, o reconhecimento do contributo das próprias conquistas, que mérito existirá. Plenitude de Espírito é soma de valores enobrecedores e um conglomerado de virtudes que levam o Ser aproximar-se da Fonte de Tudo, Deus. 

O trajeto evolutivo do Espírito com um corpo de carne, por tempo limitado, é um projeto, possuindo as sinalizações próprias e com capacidade para reconhecer àquelas que são comuns, importantes e indispensáveis, mas de senso a contemplar a todos os transeuntes desse Universo. 

Ninguém vem a este Mundo sem os recursos norteadores da vida, mas como tem autonomia para guiar-se, poderá andar nos passos da vaidade, do orgulho, da presunção… e não levantar os sentidos da Alma para ver as pegadas d’Aquele que conhece o caminho mais curto para Sua pátria de paz e felicidades. 

As sinalizações Divinas fazem a diferença! Atenção!

                       Dorival da Silva

 

1.    Mateus, VII: 7-11; e O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXV. 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

De que modo?


De que modo? 

“Que quereis? irei ter convosco com vara ou com amor e espírito de mansidão?– Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 4:21.) 

Por vezes, o apóstolo dos gentios, inflamado de sublimes inspirações, trouxe aos companheiros interrogativas diretas, quase cruéis, se consideradas tão-somente em sentido literal, mas portadoras de realidade admirável, quando vistas através da luz imperecível. 

Em todas as casas cristãs vibram irradiações de amor e paz. Jesus nunca deixou os seguidores fiéis esquecidos, por mais separados caminhem no terreno das interpretações. 

Emissários abnegados do devotamento celestial espalham socorro santificante em todas as épocas da Humanidade. A História é demonstração dessa verdade inconteste. 

A nenhum século faltaram missionários legítimos do bem. 

Promessas e revelações do Senhor chegam aos portos do conhecimento, através de mil modos. 

Os aprendizes que ingressaram nas fileiras evangélicas, portanto, não podem alegar ignorância de objetivo a fim de esconderem as próprias falhas. Cada qual, no lugar que lhe compete, já recebeu o programa de serviço que lhe cabe executar, cada dia. Se fogem ao trabalho e se escapam ao testemunho, devem semelhante anomalia à própria vontade paralítica. 

Eis por que é possível surja um momento em que o discípulo ocioso e pedinchão poderá ouvir o Mestre, sem intermediários, exclamando de igual modo: 

– “Que quereis? irei ter convosco com vara ou com amor e espírito de mansidão?” 

 

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Mensagem extraída da obra: Pão Nosso, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 152, Editora FEB, 1950. 

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Reflexão: As interrogações do apóstolo Paulo percorreram os séculos e poucos as ouviram, e diminuto número propôs resposta efetiva, silenciando a maioria, e mantendo o estado que motivou as questões, restou a “vara”, numa escolha surda.  

“Em todas as casas cristãs vibram irradiações de amor e paz. Jesus nunca deixou os seguidores fiéis esquecidos, por mais separados caminhem no terreno das interpretações.”Os esforços de Jesus, como Mestre e Guia da Humanidade, nunca deixaram de existir, no entanto, há interpretação inadequada de seus ensinos, por uma quase viciação comportamental, de que suas mensagens são para serem ouvidas nos Templos, criando uma ambiência de alegria, que energizam os ouvintes e os empolgam por alguns momentos, logo depois, passadas as euforias voltam à mesmice, demonstrando que a essência modificadora apenas circulou pela superfície da Alma. 

Cada indivíduo é a própria despensa para guardar os valores divinos trazidos para o mundo, pelo Guia Maior, de forma que ilumine o Ser de dentro para fora, o que corresponde a dizer que a atmosfera desse ambiente está limpa das mazelas e escuridades de outras épocas, porque com esforço enorme eliminou-as, substituindo-as pelas verdades que se estocam e se fazem representar nas ações e comportamentos cristãos.  

“Emissários abnegados do devotamento celestial espalham socorro santificante em todas as épocas da Humanidade. A História é demonstração dessa verdade inconteste.”  Nunca O Mestre Nazareno deixou de estar junto a esta Humanidade, como Diretor de estabelecimento de muitos departamentos, atribui a prepostos qualificados em cada segmento a tarefa de orientar adequadamente aqueles que têm “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”. Vejamos que jamais a Divindade ultrapassa o direito de cada personalidade, por isso o livre-arbítrio, algo imutável. Em vista disso, todos temos a liberdade de acolher as orientações superiores da vida quando estivermos prontos e desejarmos.  

Há a pretensão de se conduzir à própria maneira, apoiado no orgulho e no egoísmo, que tomam conta da dependência íntima, irradiando-se nas ações do dia a dia, às vezes montando grandes coisas, mas que não fogem à sua origem, espraiando os mesmos teores, inflamando outros com pendores correlatos, servindo ao poder e as riquezas que enchem os olhos do mundo materialista. Assim, como máquina que não respeita nada além do próprio combustível vaidoso e ególatra, seus resultados são o pisar incessantemente nos fracos, o desrespeito aos justos; e busca inflar os desajustados com os seus desajustes na ânsia pelos resultados das empreitadas materialistas, não se importando com as imoralidades, nem mesmo com as teses esdrúxulas, de visível prenúncio de desastres futuros.   

“A nenhum século faltaram missionários legítimos do bem. 

 ‘Promessas e revelações do Senhor chegam aos portos do conhecimento, através de mil modos’.”  Jesus, por muito amar, sempre destinou homens e mulheres exponenciais da dedicação,  de valores morais e conhecimentos conquistados através de esforços ingentes, em outros tempos, que retornam em pequenas comunidades ou mesmo de expressão multinacional para despertar os que espiritualmente dormem, embora com os olhos abertos e até incandescentes pelas volúpias do que está fora, mas que não atende o ser que está dentro que ainda não se descobriu, pois, não dá tempo e valor ao que é primordial para ele, ele mesmo.  

“Os aprendizes que ingressaram nas fileiras evangélicas, portanto, não podem alegar ignorância de objetivo a fim de esconderem as próprias falhas. Cada qual, no lugar que lhe compete, já recebeu o programa de serviço que lhe cabe executar, cada dia. Se fogem ao trabalho e se escapam ao testemunho, devem semelhante anomalia à própria vontade paralítica.”   Todos nós que praticamos a mensagem de Jesus somos egressos do materialismo, que muitas vezes nos tenta com suas lascívias prazerosas a queda, portanto, não podemos esquecer que a luta deve ser constante para não ceder aos desejos que nos assanham as lembranças perniciosas que outrora nos deram prazer. O objetivo é a vitória sobre nós mesmos, pois somente assim podemos nos libertar das amarras da materialidade, substituindo-as pela conquista de virtudes que nos permitirá ingressar em outras paragens que nos afastarão cada vez mais das lembranças danosas, liberando o Espírito para missões complexas, embora realizadoras.  

“Eis por que é possível surja um momento em que o discípulo ocioso e pedinchão poderá ouvir o Mestre, sem intermediários, exclamando de igual modo: 

– “Que quereis? irei ter convosco com vara ou com amor e espírito de mansidão?”    

 

A má vontade, os vícios comportamentais, o desejo irrefreável de poder, o absurdo desejo de acumular bens e valores, sempre com a sensação de nada possuir; sobrepõem-se com o peso da força econômica e autoridade sem base moral -- que deveria ser calcada na benevolência e compreensão que os demais indivíduos têm os mesmos direitos e necessidades suas --, trarão seus efeitos, “a vara”.   

Relutar para não ir ao encontro da harmonia da Lei Divina, de amor e justiça, é preparar o próprio flagelo, pois a consciência não nos liberará do seu julgamento, exigirá reparo, cobrará provação, e não ficará satisfeita enquanto não nos tornarmos lídimos moralmente, de Espírito puro como o lírio, não importa em qual terreno finca suas raízes, mas oferece a sua brancura a Deus.  

– “Que quereis? (...)?”. 

 

                                      Dorival da Silva