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quinta-feira, 20 de outubro de 2022

A morte não existe

 

A morte não existe 


Parece absurda essa afirmação. Mas, quando falamos da Vida, ela, a morte, realmente não existe. A Vida é independente do corpo, existirá plenamente sem ele. É bom afirmar que a Vida sem o corpo é mais intensa. Pode-se ser muito feliz, ou muito infeliz.  

Geração que sucede geração, sempre a mais recente tem melhor inteligência e o desenvolvimento moral também caminha, no entanto, mais lentamente, quando em boa parte sofre derrocada pela educação deficiente, pelos vícios, crimes…  Os professores escolares, os dirigentes religiosos, as lideranças sociais e políticas são pessoas nascidas nas porções da sociedade, que carregam o conteúdo cultural e moral correspondente ao meio onde foram criadas.  

O suicídio, o suicídio assistido, a eutanásia, o aborto, pena de morte, matar para se livrar do desafeto, matar o cônjuge por ciúme, desconfiança ou desejo de posse, tudo ignorância sobre a morte.  

A Vida é permanente. O corpo tem serventia por um tempo limitado. Todos têm consciência que o corpo morrerá e não se sabe quando! Com a inteligência avançada destes dias, não se pode ignorar que a Vida continuará depois do corpo, tanto como existia antes dele. O que falta é a fé que raciocina.  

Morreu o corpo, ele irá retornar seus elementos ao laboratório da Natureza, com as disjunções celulares, com a decomposição eletroquímicas naturais. Seus componentes retornados a elementos simples formarão outras composições, outros tecidos, outros corpos. É da Natureza que nada se perde! 

E a cultura, os cabedais intelectuais, as experiências vividas, as virtudes e as fraquezas onde estarão? Se desaparecessem como o corpo seria irracional. Se na Natureza material “tudo se transforma e nada se perde”; o que pensar da Natureza espiritual, onde a Vida que habitou o corpo é indestrutível, é eterna a sua individualidade, tem consciência de si mesma, tem liberdade de ação — livre arbítrio — e assume incontestavelmente as suas responsabilidades, não importando que sejam agradáveis ou desagradáveis.  

Desde a antiguidade, as religiões de todos os tempos, os expoentes religiosos de todas as gerações nunca pregaram a morte voluntária, a morte provocada, a morte do que não nasceu, porque, pela intuição, sabiam, e todas as pessoas sabem que a vida do corpo é para ser respeitada e conservada. Trata-se de recurso extraordinário de progresso. Não lhe pertence. É empréstimo com finalidade própria.  

Todos os meios e recursos existentes no Universo são de origem Divina, O Incriado, que todos conhecem, Deus!  Assim, o que pertence ao ser humano? À alma humana? Somente os valores espirituais (intelectuais e morais) que conquistou pelos seus esforços.  

Matar-se ou matar para livrar-se de frustração, dor, egoísmo, orgulho… é adquirir dívida de difícil solvência. Dívida com a consciência! Dívida com Deus!  

Deus, Amor e Justiça, não elimina o pecador. Nenhuma de suas criaturas se perderá! Dá sempre oportunidade.  No entanto, as dificuldades são inerentes à rebeldia. As dificuldades são as pedras e os espinhos que a criatura espargiu no carreiro da vida, correspondendo a seu estado de consciência. Precisará limpar a consciência de seus crimes, para encontrar a paz e a felicidade verdadeiras. O que não ocorre na vida corporal e sim na Vida espiritual.  

Existe o sofrimento para se vencer as barreiras do não saber, porque a conquista de conhecimento exige esforço e superação; mas, o dever cumprido enche o cumpridor de satisfação e reconhece que o sabor da vitória corresponde aos esforços dispendidos. É a luz que se faz na alma do vencedor de si mesmo.  

O sofrimento do rebelde é carregado de amargores e recidivas, sente-se revivendo dissabor, com o sentir refazer o que não foi bem feito, ou mal feito. Conviver com pessoas que não gozam de sua simpatia, depender de pessoa que não se gosta, arrastar dependência física grotesca, limitada, feia!  Sempre se encontra àqueles que foram abandonados, que não foram amados!  

Quando não, o rebelado, carrega disfunção mental, com lucidez prejudicada, ou, ainda, totalmente com escuridão mental, dependente integral da atenção de terceiros.  

Não há injustiça! Em nenhuma situação. No que se chama anomalia, doença irreversível, aleijão é somente o reencontro do criminoso consigo mesmo.  Trata-se de resgate da consciência maculada. Consequência da rebeldia contra a Lei Imutável de Deus, causando desarmonia na Casa do Pai!  Onde? Na própria consciência!  “A Lei de Deus está inscrita na consciência.”   

Suicídio, eutanásia, aborto…  Jamais! 

 

Dorival da Silva. 

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Aos Jovens

Mensagem 118  -  Obra: Minuto de Sabedoria - Autor: C. Torres Pastorino



      Você que é jovem, construa a sua felicidade em bases sólidas. 
      A felicidade não depende dos outros, mas de nós mesmos. 
      Se alguém quiser desviá-lo do bom caminho, não o acompanhe; siga a estrada reta do bem, pois só assim conseguirá ter alegria em seu coração.
       Estude o mais que puder, ouça os conselhos de seus pais, seja puro e sincero em suas afeições, pois assim construirá uma vida nobre e digna. 

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Reflexão

        O nascimento, a infância, a juventude são o caminho novo, o recomeço para se alcançar a felicidade real.  A oportunidade nova é a solicitude de Deus para com a criatura. O Espírito que saiu da mão do Criador, puro, ingênuo e ignorante, conquistando, depois de muitos séculos,  a liberdade de decidir suas ações e atitudes, a partir daí, sempre se portou por sua vontade. 
       No curso dos milênios, vivendo necessidades e experimentando possíveis saciedades, acertou e errou, no entanto, enquanto havia a ingenuidade, a inocência de seus atos nada lhe pesava além do resultado das experiências, que reconhecia boas ou más, satisfazia ou não suas necessidades. Vida após vida assim evoluía desenvolvendo a inteligência e a compreensão no que lhe era de alcance.
       Passados os milênios, muitos, a inteligência se aguçou, levando o Espírito a perceber que a conquista: de poder, de influência, de posse de bens -- algo especulativo, da necessidade geral -- poderia reverter em atendimento de seus interesses e posteriormente também dos seus agregados. A partir desse momento começam a aparecer os sinais da inveja, do orgulho, do egoísmo. Adquirindo o gosto pela posse, quase sempre em detrimento dos mais fracos.
       Desperto o poder pela posse, pela subjugação de outrem, desejou-se atravessar suas fronteiras e abarcar outras divisas, com o sentido de se tornar mais forte, daí em diante ficou aumentado o orgulho e egoísmo.
     Nessa busca de poder, também descobriu a sensação de seus sentidos, e quis usufruí-lo com mais intensidade, inicialmente da sexualidade, depois ampliando a experimentação de outros excitantes, tornando mais tarde vícios.
        Como tudo isso vem de tempo longínquo criou raízes profundas na alma e como oferece prazer, mesmo os excessos proporcionando sofrimentos, o indivíduo se compraz no sofrimento, formando assim um círculo vicioso, sendo que somente uma decisão firme do Espírito pode interromper a alimentação do vício dos sentidos. 
        Sendo o estágio evolutivo da criatura uma construção própria, que respeita a sua vontade; com isto o Criador oferece o tempo para o despertamento das ilusões geradas e que nelas se compraz.
           A organização da sociedade em família é ferramenta operosa pelos laços de afinidade onde os mais experientes auxiliam a orientação dos jovens que estão recomeçando a trajetória evolutiva, mostrando-lhes os perigos e as inconveniências, visando o asserto no novo a aprender e o reajuste do que é velho para que não experimente novamente o sofrimento com a consciência comprometida. 
          Filhos obedientes podem não concordar com os pais, no entanto, têm mais tempo para refletir e melhor decidir quando surgir a oportunidade de realizar os seus interesses, em conta o livre arbítrio. 
           Estudar sempre aumenta as possibilidades de refletir e tomar decisão mais justa, concernente ao planejamento da reencarnação. 
     A educação moral é a chave para a paz e a felicidade verdadeiras, porque permanecerá na eternidade, é conquista pessoal.
       O Evangelho de Jesus, bem compreendido, é a grande luz norteadora da vitória do Espírito na jornada dos tempos infinitos.



            Reflexão com base no texto inicialmente posto. 




                                                        Dorival da Silva

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

EXCEÇÃO



   Adicionamos a mensagem abaixo na integra, que recebemos via correio eletrônico, visando mostrar que nem tudo é como percebemos, ainda mais se olharmos sempre do mesmo ângulo. 

Conquanto o tema não seja específico sobre o espiritismo, vez que este é o foco central de nosso blog, mas a exceção que abrimos vemos como oportuna, trata-se de visão sobre o Brasil,  nosso  País,  nosso Povo, de um plano de observação diferente, com comparações com outros Países, que temos como meta a ser buscada nas questões sociais, econômicas e comportamentais. 

Seria a abundância de recursos?   A facilidade de relacionamento, em  face da maleabilidade do nosso Povo, constituída de uma miscigenação multirracial?  Ou, ainda, uma ingenuidade própria da sua juventude que ainda não aprendeu a valorizar o seu patrimônio? 

Conquanto a sua pouca idade, pouco mais de quinhentos anos, da chamada descoberta, o Povo Brasileiro tem muita facilidade para vencer desafios, e quando quer e fatores socioambientais favorecem um pouco, a impetuosidade da sua adolescência  revoluciona conceitos e modifica os preconceitos, aciona novas atitudes, e se transforma, transformando  o contexto, e alça-se a patamar que não previa. 

O texto abaixo mostra facetas que lidas com atenção nos leva à emoção, é como se fosse elogio ou reconhecimento pessoal, mas sabemos que são conquistas inconscientes de um Povo, que quer produzir e viver, sem a preocupação de exagerar valorização do que está conquistado, pois tem a confiança de que ainda alcançou pouco, tem força para avançar mais, tem  competências para desenvolver, valores para despertar,  contribuição para oferecer. A maior parte do seu  Povo ainda não se escolarizou, sabe poucas letras, titubeia na faixa social mais carente, precisa conquistar moradia, saúde, educação...   

Há esperança. É a mola propulsora no peito do mais simples homem do povo ao mais ilustrado senhor. É Povo rico de fé.  Daquela que remove montanhas de necessidades, de dificuldades, de opressão, de incompreensão...   

De excepcional tolerância e humildade, mas operante na vida, mesmo que fatos desdigam aparentemente,  vence sempre, porque se vence, saindo  da obscuridade do conhecimento, apagando gradativamente a ignorância, conquistando  saberes, construindo ricas realidades das quais desconhece o valor.   Somente dando-se a importância que lhe é justa quando uma estrangeira  resenha a verdade que desconhecia.  

Sou Brasileiro!

Dorival da Silva



Escritora holandesa falando do Brasil



O QUE UMA ESCRITORA HOLANDESA FALOU DO BRASIL 

LEIA COM BASTANTE ATENÇÃO  


     Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.



     Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do  serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.



     Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.



     Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.



     Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.



     Em Paris , os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de ' Como conquistar o Cliente'.



    Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.



   Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa.



   Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.



   Os dados são da Antropos Consulting:  

   1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
  2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
  3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
  4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.
  5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina .
  6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
  7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.
  8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.
  9.  Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.
  10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México , são apenas 300 empresas e 265 na Argentina .
  11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.



  Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?  

  1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?
  2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?
  3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?
  4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?
  5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?
  6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
  7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?



  Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.

  É! O Brasil é um país abençoado de fato.
  Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.
  Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
  Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
  Bendita seja, querida pátria chamada Brasil!!
  Divulgue esta mensagem para o máximo de pessoas que você puder. Com essa atitude, talvez não consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro, mas ao ler estas palavras irá, pelo menos, por alguns momentos, refletir e se orgulhar de ser... ...BRASILEIRO!!!  
  

-- 
Ludne Nabila de O. Barroso
Assessoria de Cerimonial
Tel: (63) 3212-42222
Cel: (63) 8412-7325

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Libertar-se!

       O homem é inteligência e emoção, razão e sentimento, dependendo dos resultados da aplicação desses atributos origina-se a felicidade ou a infelicidade, tanto na presente vida, como na vida no plano espiritual. Relutar em buscar a harmonia, o equilíbrio, o conhecimento e a vivência justa é plantar dor para futura colheita de desespero, que permanecerão com o indivíduo até que expie e refaça a sua trajetória.

      Libertar-se quer dizer tornar-se melhor, dominar as tendências inferiores e substituí-las por pensamentos e atitudes nobres, transformadoras para o bem.

       Confunde-se liberdade com libertinagem, o que está muito em voga na sociedade, em parcela considerável, isto porque a liberdade tem correspondência com a responsabilidade. Quanto mais responsável, mais senhor de si, mais liberdade de ação, realizações de maior envergadura para si e à comunidade. A libertinagem é o exercício do egoísmo, busca irracional dos gozos primitivos, retorno às questões tribais de eras recuadas, onde o uso pelo uso, o gozo pelo gozo, desconsideração com os ingênuos ignorantes, na verdade é a perversão; traz consequências danosas de difícil solução, principalmente quando já se tem noção da precariedade moral dos atos ignominiosos: a sexolatria, a corrupção, os vícios voluntários -- pela busca do prazer incontido, gozos irrefreáveis --, trarão dores na mesma intensidade das forças despendidas para comprometimento da harmonia consciencial. 

       A entrega do indivíduo voluntariamente a essa barbárie, diante de tantas informações que as religiões têm apresentado incansavelmente trará, seguramente, desdobramento penoso, além das dificuldades no refazimento do caminho à clareza da alma.

      Quando no evangelho de Jesus ensina que se deve: “por as mãos na charrua e não olhar para trás...”, é para esquecer o homem velho, quer dizer: deixar os vícios, as concepções más, a selvageria, a corrupção moral, os crimes; devendo-se renovar-se, mesmo com as dificuldades para levar a vida, que certamente tem espinhos, pedrouços, trilhas escarpadas, abismos a serem vencidos, inimigos a espreitas, dores que parecem perpetuar. É o trajeto que o homem em renovação encontrará, àquele mesmo que plantou, por longos anos, décadas..., até que dos insuportáveis remorsos e conscientização das responsabilidades de seus atos e gozos irrefletidos não deixarão outro caminho, a não ser retomar o trecho prejudicado e limpá-lo com seus esforços, mesmo a custo de muita dor.

      Como ninguém, que sinceramente retoma trajetória de libertação está desamparado, surgem mãos amigas para auxiliar no bom ânimo, no encorajamento, na esperança, até a vitória final. 
  
         Libertar-se das mazelas que atrelam o homem a Terra, à materialidade, é tarefa constante, desde as pequenas coisas. Manter a inteligência e a consciência ativas, a disciplina na vida, respeito a si mesmo, ao próximo, educar-se cada vez mais, principalmente com base no evangelho de Jesus, que é a regra do bem viver – sem extremismo e sem fanatismo. O Evangelho bem compreendido é libertador de consciência. 

   A felicidade é o objetivo da vida, mas exige responsabilidade, esforços no bem, harmonia com a lei Divina, que passa pela vivência do amor desinteressado ou, seja, o amor-altruístico.

Dorival da Silva

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Carências

            O homem ainda está afeito às carências das mais diversas ordens.  Carências são necessidades não atendidas. Como a fome, a ausência de alimento adequado -- da carência nutricional advém insuficiência orgânica -- traz a doença.  A complexidade do homem que se amplia infinitamente, quando além das necessidades do corpo percebemos a alma que na ânsia de descobrir e  progredir gera outras mais instigantes que almeja fluí-las, gerando novas e ampliadas carências. Atendidas umas, outras surgem. Existe, em decorrência disto a deturpação de necessidades, que produzem efeitos devastadores, os desequilíbrios, os vícios, que levam à insensatez.

            Os que se envolvem por esse caminho da loucura sofrerão graves consequências -- considerando os que engendraram a dependência viciosa pelo exemplo, ou interesse financeiro, ou de poder... Quando foi enunciado: “o plantio é livre, no entanto, a colheita é obrigatória”, a escolha ficou por conta de cada um, o indivíduo é o seu próprio juiz. E esse juízo quando julga e estabelece os meios de corrigenda é implacável, não aceita atenuante e justificativa. Não coloca o infrator dentro de grades, mas enjaula-lhe na sua intimidade, perturba-lhe até a loucura, infunde-lhe dores morais intensas, somente solucionáveis com o exsudar dos pesares da consciência pelo sofrimento. Muitas vezes por várias vidas físicas de busca incessante no atendimento de carência intensa que não sabe identificar exatamente, que somente é atendida com o amor a si mesmo e ao próximo, no exercício grandioso da autodescoberta e do autoperdão.

            Na busca frenética de novidades a ausência da crítica e da autocrítica, leva o indivíduo a despertar em si necessidades descabidas, impróprias à harmonização da vida, à saúde física e emocional. Na verdade são decisões irresponsáveis. A indiferença para com as implicações, desde que esteja gozando ou pressagiando gozo, quase sempre fugaz no seu intento imediatista, fugidio, mas que deixa rastro profundo na alma. O único cirurgião capaz de extirpar as consequências é o tempo, que não existirá sem aflição.

            As perturbações mentais e emocionais têm geralmente sua origem nas ações irresponsáveis e irrefletidas. O que requer especialização médica para a amenização dos seus efeitos, com eficácias individualizadas. O que é excelente para um não serve para outro, mesmo as pendências sendo similares, de características próximas.  Por quê?  As pessoas são diferentes, as consciências são exclusivas, é “a cada um segundo as suas obras”.

            O sofrimento alcança o infrator na intensidade do plantio, na potência da intenção, com o impacto dos efeitos produzidos em si mesmo e nos outros, e perdurará enquanto não cesse os desdobramentos de tais iniciativas. As carências das mais variadas formas encontradas no mundo, em grande parte, não são resultados de feitos de agora, mas têm suas raízes em épocas recuadas, em vidas passadas.

            Por isso, os casos de desajustes mais graves requerem cuidados médicos especializados, os medicamentos e os procedimentos outros são necessários. São colaboradores dos ajustes. Considerando-se que quando as cobranças da consciência não são remissíveis naquele momento servem de paliativos, são como água fria na fervura da alma, minora o sofrimento. É a misericórdia Divina atuando através da ciência e dos homens. O cuidado espiritual, o cultivo da fé e a ação no bem não podem ser esquecidos, porque potencializam os meios profissionais a favor do convalescente da alma.

Dorival da Silva


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Temperamento




        Christian Friedrich Samuel Hahnemann, nascido em 10 de abril de 1755, na Saxônia, um Estado alemão, foi o genial idealizador da Homeopatia, hoje reconhecida como especialidade médica em inúmeros países, inclusive no Brasil.

     Suas fórmulas dinamizadas atuam no perispírito, onde se origina a maior parte dos males humanos, conforme nos ensina a Doutrina Espírita.

       Hahnemann desencarnou em 2 de julho de 1843, aos 88 anos, após uma existência profícua, inteiramente devotada ao bem da Humanidade.

         Tão notável foi esse missionário da Medicina, que conquistou a honra de participar da Codificação da Doutrina Espírita, a partir das primeiras experiências de Kardec, em 1855, portanto apenas 12 anos após seu retorno à Espiritualidade.

          Em 1863, Hahnemann transmitiu, em Paris, breve e importante mensagem, inserida no capítulo IX, item 10, de O Evangelho segundo o Espiritismo (Ed. FEB), que transcrevo para apreciação do leitor:

        Segundo a ideia falsíssima de que lhe não é possível reformar a sua própria natureza, o homem se julga dispensado de empregar esforços para se corrigir dos defeitos em que de boa vontade se compraz, ou que exigiriam muita perseverança para serem extirpados.

          É assim, por exemplo, que o indivíduo, propenso a encolerizar-se, quase sempre se desculpa com o seu temperamento. Em vez de se confessar culpado, lança a culpa ao seu organismo, acusando a Deus, dessa forma, de suas próprias faltas. É ainda uma consequência do orgulho que se encontra de permeio a todas as suas imperfeições.

         Indubitavelmente, temperamentos há que se prestam mais que outros a atos violentos, como há músculos mais flexíveis que se prestam melhor aos atos de força. Não acrediteis, porém, que aí resida a causa primordial da cólera e persuadi-vos de que um Espírito pacífico, ainda que num corpo bilioso, será sempre pacífico, e que um Espírito violento, mesmo num corpo linfático, não será brando, somente a violência tomará outro caráter. Não dispondo de um organismo próprio a lhe secundar a violência, a cólera tornar-se-á concentrada, enquanto no outro caso será expansiva. 

          O corpo não dá cólera àquele que não a tem, do mesmo modo que não dá os outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito. A não ser assim, onde estariam o mérito e a responsabilidade? O homem deformado não pode tornar-se direito, porque o Espírito nisso não pode atuar; mas, pode modificar o que é do Espírito, quando o quer com vontade firme. Não vos mostra a experiência, a vós espíritas, até onde é capaz de ir o poder da vontade, pelas transformações verdadeiramente miraculosas que se operam sob as vossas vistas? Compenetrai-vos, pois, de que o homem não se conserva vicioso, senão porque quer permanecer vicioso; de que aquele que queira corrigir-se sempre o pode. De outro modo, não existiria para o homem a lei o progresso.

*********

             Hahnemann aborda uma questão vital: o temperamento, o conjunto dos traços psicológicos e morais que determinam a índole do indivíduo, o seu modo de ser.

            Por não aceitar a existência do Espírito – o ser pensante, que sobrevive à morte do corpo – as ciências médicas e psicológicas tendem a situar o temperamento comum fruto de condições orgânicas.

           A agressividade, a depressão, o suicídio, os transtornos mentais, os vícios, estariam relacionados com disposições neurocerebrais, como uma programação biológica a fluir nas iniciativas individuais.

            Até os deslizes extraconjugais entrariam nesse rol de calamidades atribuídas à Biologia. Segundo alguns cientistas, visando à perpetuação da espécie, nossos genes controlariam nossas ações, induzindo-nos ao adultério, visto que, quanto maior a promiscuidade, maior a possibilidade de gerar prole numerosa.

           Imagine, leitor amigo, a defesa para o adultério processado pela mulher que deseja o divórcio: -- Senhor juiz, não tenho culpa! São os genes que me atormentam! Induzem-me a prevaricar!

        No fundo tudo estaria relacionado com a genética, explicando até comportamentos anti-sociais, como roubo, assalto, assassinato, suicídio...

             Diante do delegado:

            -- Ah! Doutor, eu não queria ser assaltante, mas é incontrolável, está na minha natureza. Das profundezas de meu cérebro os neurônios repetem: Roubar! Roubar! Roubar!

             Algo semelhante ocorre com o comportamento vicioso.

           Pretendem alguns cientistas que o bebum tem na estrutura cerebral determinada área ativada, a estimular a tendência para o vício.

           Reclama o alcoólatra:

           -- Meu cérebro é uma esponja etílica! Se não o encharco de água que passarinho não bebe, não me dá sossego!

*********

         Hahnemann adverte que tais raciocínios são equivocados.

            O temperamento é um atributo do Espírito.

          E ainda que haja no corpo determinado arranjo genético que possa exercer certa influência, essa condição orgânica é efeito, não causa.

           O corpo não determina; apenas exprime.

          O mesmo acontece com relação às doenças que, geralmente, refletem problemas espirituais.

         No Espírito estão as causas mais frequentes de nossos desajustes físicos e psíquicos.

             A depressão, por exemplo, pode ter um componente genético, mas a origem do mal está no Espírito que, ao reencarnar, imprime na estrutura física algo de sua maneira de ser, resultante das experiências do pretérito, combinando no automatismo reencarnatório elementos hereditários compatíveis.

             Devemos, sim, tratar dos efeitos no corpo, buscando a Medicina da Terra.

            Mas é preciso, sobretudo, tratar das causas no Espírito, buscando a Medicina do Céu. Esta relaciona-se com a atividade religiosa, a partir de conceitos de ordem moral que trabalham em favor de nossa renovação.

          Nesse particular, o Evangelho é o grande compêndio médico da Alma, com prescrições perfeitas para mudar nossa maneira de agir, nosso temperamento, nossas tendências.

             Por falar nisso, leitor amigo, diante de problemas envolvendo ânimo exaltado e agressivo, desavenças e ressentimentos, doenças e limitações, pessimismo e desânimo, e tudo o mais que nos cause transtornos, você tem consultado o Evangelho?

            Talvez não haja nada disso com você.

           Se assim for, parabéns! Certamente houve engano das potestades celestes em localizá-lo neste vale de lágrimas.

            Mesmo assim, seria bom não dispensar uma reflexãozinha diária em torno das lições de Jesus, ainda que por mero exercício de discernimento.

          É o estímulo de que carecemos em favor de um comportamento capaz de sustentar a saúde da alma.

Richard Simonetti
(Transcrito da revista Reformador, FEB, ano 126, nº 2154, setembro de 2008)