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segunda-feira, 12 de março de 2018

Morte Assistida!?



Morte Assistida!?

Há poucos dias se lia nos meios de comunicação que uma pessoa iria a um País estrangeiro para se submeter à morte assistida para fugir do medo e da dor de uma doença autoimune de que era acometida. 

Conquanto o respeito à decisão particular de cada pessoa, mesmo em atitude extrema e definitiva com a própria vida, preciso é esclarecer, conforme a Doutrina Espírita, de que a vida do ser pensante é a alma, quando está envolvida num corpo carnal, para as experiências necessárias, que pode ser uma expiação ou prova, o que corresponde a liberação definitiva dessas aflições que faz parte de sua herança de outras existências.

A morte assistida, embora todas as justificativas técnicas, médicas e até filosóficas, moralmente corresponde a um suicídio, que terá severas consequências para o que se submete como para os que a sugerem e implementam, pois é impedir o cumprimento de planejamento que o próprio padecente implorou quando se encontrava em sofrimento atroz antes de adentrar a esta vida material, acovardando-se diante do compromisso consigo mesmo, desconsiderando que é a Lei Divina que se cumpre em seu favor, comprometendo-se em muito para as existências futuras, além de adentrar sofrimento bem maior que àquele que no corpo material se apresenta. 

Não há sofrimento por maior que possa parecer no corpo físico que não tenha correspondência com a condição espiritual do que sofre, na verdade, é a manifestação da mazela interior que se manifesta maculando a máquina de carne, que lhe serve de mata-borrão expungindo a nódoa espiritual. 

O sofrimento que se apresenta no corpo físico, com as limitações, dependências de terceiros, submissão a tratamentos incômodos, tem atenuantes, como os analgésicos e os medicamentos adequados a cada situação que a medicina do mundo aplica eficazmente, como recursos que a Divindade permite em favor da alma em ressarcimento de seus débitos, é acréscimo de misericórdia.  Para isso não é preciso se ter religião e nem acreditar na existência de Deus, pois a misericórdia Divina não depende do entendimento da criatura. No entanto, se o sofredor tem fé e crença verdadeiras no Criador de todas as coisas, terá melhores condições para superar os seus males com coragem, resignação, confiança e esperança que tudo vai passar, mesmo que o corpo físico sucumba à doença, mas que a sua alma se libertará do sofrimento. 

Não se justifica interromper uma vida voluntariamente para fugir de sofrimento, uma vez que não é o corpo que cria a doença, é a alma, com sua carga energética desequilibrada, em razão da consciência comprometida, que provoca a manifestação da doença no corpo, de acordo com o feito que causou tal comprometimento. Não basta eliminar o organismo doente, sem sanar o mal da alma.

A chamada morte assistida, apensar de todas as justificativas que se possa intentar, não passa de ilusão, pois tira dos olhos do Mundo a presença do sofrimento, mas não se dá nenhum suporte à alma que continuará padecendo enormemente longe dos olhos dos que ignoram que a vida não pertence ao corpo e que ela é independente e nunca se extingue, que somente sofre ou é feliz segundo as suas obras. Onde estaria a justiça de Deus se alguém sofresse o que não é de sua conta. Deus é justo! 

                                            Dorival da Silva

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Silêncio Perturbador



            A ignorância da sociedade contemporânea a respeito da vida espiritual surpreende, exatamente por causa dos altos níveis de conhecimento científico e tecnológico logrados, assim como daqueles que dizem respeito à comunicação.

            Os grandes veículos de divulgação da mídia mantêm um silêncio constrangedor em torno da imortalidade do Espírito e da realidade da vida além-túmulo.

            Excepcionalmente, uma ou outra notícia surpreende os indivíduos, que ficam fascinados, seja por tomarem conhecimento de películas sobre fenômenos mediúnicos ou de reencarnação, seja por apresentação dos mesmos em novelas e em espetáculos de teatro, dando a dimensão formosa do ser transpessoal e da imortalidade, surgindo, porém, explicações disparatadas, sem nenhuma consulta séria à doutrina espírita que dispõe dos recursos hábeis para os esclarecimentos indispensáveis.

            Pessoas inabilitadas são interrogadas, contumazes adversários do Espiritismo são convidados a opinar, resultando em uma babel de informações incorretas, que mais confudem os interessados do que os esclarecem.

            Noutras ocasiões, quando se realizam eventos de magnitude promovidos pelo movimento espírita, com admiráveis possibilidades de iluminação de consciências, convidada, a imprensa nega-se a participar dos mesmos ou noticia em pequeno espaço o acontecimento, mantendo um silêncio injustificável a respeito daquela promoção, aplicando, no entanto, volumoso material para a divulgação de crimes e vulgaridades perniciosas.  

            Muitas vezes, notícias esdrúxulas, heranças do misticismo e da desinformação, aparecem na mídia apresentando o Espiritismo como uma doutrina de bruxaria e de superstições, rica de fantasias e absurdos.

            Aqueles que assim se comportam, negam-se a ler as páginas iluminativas da codificação do Espiritismo, comprazendo em manter as ideias infelizes, distantes de qualquer comportamento ético e digno em relação ao povo.

            Felizmente, os Espíritos sopram onde querem, e ninguém os pode impedir de fazê-lo, comunicando-se em todos os segmentos sociais, produzindo fenômenos específicos que convidam à reflexão e ao estudo.

            Acontecimentos inesperados, desencarnação de seres queridos, transtornos obsessivos numerosos, angústias que tomam conta de muitas emoções, distúrbios de comportamento não regularizados pelas psicoterapias especializadas, convocam à observação a respeito da paranormalidade humana, da mediunidade, das comunicações espirituais...
            Todos vivem em um universo de ondas e mentes, mergulhados em vibrações compatíveis com o seu nível de desenvolvimento moral e mental, sintonizando com os semelhantes que lhes propiciam bem ou mal-estar.

            Mesmo ante a má vontade dos multiplicadores de opinião, os Espíritos chamam a atenção e contribuem para a divulgação dos ideais de beleza, de enobrecimento, de felicidade.

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            Cabe aos espíritas conscientes das suas responsabilidades a inadiável tarefa de promover a Doutrina Espírita em toda parte onde se encontrem, utilizando-se de maneira eficiente e nobre dos excelentes recursos da mídia em todos os seus aspectos, a fim de torná-la conhecida.

            Dentre outros, a INTERNET constitui-se num poderoso veículo de informação ao alcance de milhões de pessoas que navegam pelas suas ondas virtuais, tomando conhecimento do que se passa pelo mundo e do que ocorre no imo das demais criaturas.

            Lamentavelmente, muitos companheiros de lutas, interessados em servir, embora desequipados do conhecimento doutrinário, apresentam páginas que não retratam com fidelidade a grandeza da Codificação do Espiritismo, expondo ideias pessoais, nem sempre honoráveis, transmitindo informações mediúnicas que carecem de legitimidade, mais interessados na autopromoção do que na divulgação espírita. 

            Igualmente, outras páginas são apresentadas para censurar, denegrir, acusar, referindo-se aos erros de uns e de outros confrades, em terrível atividade de desmoralização, distante dos compromissos assumidos com o conhecimento espírita. Lamentavelmente, lançam calúnias e interpretações equivocadas, como se experimentassem grande prazer em difamar e afligir os corações que se encontram em esforço íntimo para tornar-se melhores.

            Quando se sentem no dever de defender a Doutrina Espírita, que dispensa esses novos Quixotes, porque ela paira acima dos indivíduos bons ou maus, ao invés de se dirigirem àqueles que são os responsáveis pela informação problemática, primeiro lançam o seu nome no rio da crueldade, de forma que o fermento da maldade se propague sem nenhum benefício para a claridade doutrinária do Espiritismo.

            Mensagens apocalípticas são apresentadas com datas previstas para a destruição do planeta, em verdadeiros projetos de apavoramento das criaturas, em nome de revelações destituídas de autenticidade.

            Existe muito sofrimento na Terra esperando orientação e consolo, terapia e libertação.

            O Espiritismo é O Consolador, sem dúvida, que Jesus prometeu. Veio para enxugar lágrimas, mas sobretudo para erradicar a causa das lágrimas, orientando as pessoas e promovendo-as, de modo que evitem comprometimentos negativos e comportamentos insensatos.

            Os livros, que constituem a Codificação, possuem um inesgotável manancial de luzes e de sabedoria, que deve ser oferecido aos sedentos pelos caminhos da evolução.

            Transcrevê-los, colocando-os ao alcance dos internautas e de todas as pessoas, é compromisso com a verdade que não pode ser esquecido, nem sequer postergado.

            O momento de divulgar a imortalidade da alma e a justiça divina através da reencarnação, é agora.

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            O mundo está repleto de acusadores, de cruéis censores, de discutidores perversos e vazio de servidores do bem e da caridade.

            Une-te a esses poucos trabalhadores da seara de luz que é oferecida pelo Mestre de Nazaré, fazendo da tua existência um exemplo de dignidade que haures no Espiritismo, e divulgando-o por todas as maneiras possíveis, porque há muita ignorância necessitada de esclarecimento e muito sofrimento aguardando libertação.

            O Espiritismo é a luz que não pode ficar sob o alqueire, mas deve ser colocada no velador para que esparza sua claridade por toda parte.

           
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco
Extraído da obra: Vitória Sobre a Depressão, cap. 24