Morte!
O que pensar sobre a morte? O que de verdade morre? A morte orgânica é a extinção do combustível, da energia vital, que mantinha toda a organização biológica em funcionamento.
Entendo, também, que a organização que morreu não era o sujeito! Tal como o carro acidentado, que ficou imprestável, não era o seu condutor.
No velório, quem os familiares e amigos choram? Certamente aquele que deixou o corpo, sendo que seus restos ainda o representa, mas o titular vai tomando outro rumo sem o seu equipamento que está exposto à visitação, depois este será inumado e desaparecerá.
Depois da morte, neste lado da vida, quase tudo vai retornando à rotina, o morto vai ficando na lembrança e até mesmo esquecido.
Do outro lado desta vida há recomeço ou continuidade? Creio que ambas as coisas acontecem.
Sempre haverá trabalho, o aprendizado nunca cessa, novas realidades surgem, despertamentos para verdades que apenas tínhamos notícias, ou mesmo não imaginávamos existissem.
Quando nascemos, chegamos de algum lugar em algum lugar; quando morremos, saímos de um certo lugar, para a amplidão da vida.
Assim, nasce-se da vida e morre-se para a vida. Para o ser pensante, sempre será vida.
Vida, vida sempre! Morte, nunca!
Dorival da Silva.