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segunda-feira, 23 de março de 2020

Pandemia

Pandemia 

 

 

Dores que percorrem o tempo. 

Valores equivocados que a humanidade se atribui, 

Inconscientemente, usufruem de prazeres que trazem infelicidade. 

Esqueceu-se da essência da vida. 

 

A crença cega de que alguém dará solução às aflições 

É motivo de mais sofrimento, 

Expectativa do impossível desvia-se do compromisso; 

Somos a solução dos próprios infortúnios. 

 

Há liberdade para realizar, usar e desfrutar, 

Alimentar ilusões é plantar desastre nos próprios passos. 

A colheita é de frutos do que se plantou, 

Ninguém ignora a sua semeadura. 

 

Coletivamente caminhamos como manada, 

Lidera-se inconsequência à guisa de verdade. 

Interesses ignóbeis a pretexto de produção lídima; 

Culpas retardatárias que fluem diante de catástrofe anunciada. 

 

Sempre é tempo de mudar as ânsias da alma, 

Parada abrupta na desenfreada correria desperta do sono, 

A vida existe e pede mudança de rumo. 

O interesse maior é a vida que não finda. 

 

Tudo que palpamos é importante, se soubermos avaliar; 

Torna-se tormento, caso venhamos abusar; 

O que é moral tem que prevalecer, 

A lucidez se faz aguardar. 

 

Sofrer por sofrer não altera o nosso estado de ignorância, 

A clareza do entendimento é resultado do pensamento, da meditação; 

A escuridão por séculos nos invadiu, somente interesses materializantes importavam; 

Agora, a alavanca do progresso nos impõe a dor que atormenta. 

 

Voluntariamente o incauto se aprisiona; 

O condenado que se penaliza. 

Aturdido, sem saber por onde atacará a criatura desconhecida, 

Criação inconsciente do próprio apenado. 

 

Há esperança. 

Alguém há mais de dois mil anos a trouxe, 

Ninguém está desamparado, a vida não se extinguirá; 

Somente se aguarda o despertar da consciência. 

 

O mal não durará mais do que o combustível que o alimenta; 

A fé que permite o raciocínio altera o estado de sofrimento; 

“Conhecereis a verdade e ela vos libertará.” 

Embora o sofrimento, a meta é a felicidade.


Dorival da Silva 



                            

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

A Lei de Amor

A Lei de Amor

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Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas.  (Mateus, 7:12.) 
- O Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo XI -Itens 8 e 9
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O amor não dá para racionalizar.
O amor não dá para medir.
O amor não dá para pesar.
O amor não dá para prender.
O amor não dá para dar.
O amor não dá para fazer.

O que se pode é amar, simplesmente.

O amor não tem cor, mas pode ter todas as cores.
O amor não tem perfume, mas pode ter todos os aromas.
O amor não tem tamanho, mas pode abranger o Universo.

Jesus demonstrou como amar o próximo, mas poucos O compreenderam.
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Reflexão: Aqui não é o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas (1).

Quando Jesus pronunciou a divina palavra — amor —, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo (2).

Chamo homem vicioso a esse amante vulgar, que mais ama o corpo do que a alma (3).

O amor está por toda parte em a Natureza, que nos convida ao exercício da nossa inteligência; até no movimento dos astros o encontramos. É o amor que orna a Natureza de seus ricos tapetes; ele se enfeita e fixa morada onde se lhe deparem flores e perfumes. É ainda o amor que dá paz aos homens, calma ao mar, silêncio aos ventos e sono à dor (3).

Entretanto, por mais que façam [os homens], não logram sufocar o gérmen vivaz que Deus lhes depositou nos corações ao criá-los. Esse gérmen se desenvolve e cresce com a moralidade e a inteligência e, embora comprimido amiúde pelo egoísmo, torna-se a fonte das santas e doces virtudes que geram as afeições sinceras e duráveis e ajudam a criatura a transpor o caminho escarpado e árido da existência humana (4).

                                           * * *

Quanto tempo precisaremos ainda para compreender o que está exposto deste a antiguidade longínqua, Sócrates, Platão, Jesus, a Doutrina Espírita, a Ciência Moderna, a Tecnologia, as experiências atuais esmiuçadas pela imprensa – positivas e negativas, que somente o amor, aquele da Lei de Amor, poderá apaziguar a volúpia dos corações e mentes egoístas da sanha de poder?

É certo que o Planeta tem governança espiritual, mas a humanidade tem o direito ao livre-arbítrio, o que se espera dos homens é o aprimoramento intelectual e moral.  O que diz adiantamento intelectual caminhou significativamente, no entanto, compromete-se no campo moral em grande monta, relevando-se parcela de exceção, que evolui no anonimato, eliminando de si mazelas de outras épocas, embora sofrendo as consequências do desgoverno, da violência, da escassez de tudo, compondo as misérias que os portentosos do poder não desejam ver e examinar, porque lhes traz incômodo, não lhes é produtivo, não lhes é alvissareiro.

Ilusão alimentada pelo egoísmo exacerbado, de duração ínfima na vida terrena, que trará sofrimentos inenarráveis quando despertar, após a morte física, no mundo espiritual, onde a ilusão deixa sua máscara e terá que encarar a consciência, o juiz implacável. Examinará as minúcias da existência passada no corpo físico e suas consequências, dará crédito no que for de direito e exigirá correção naquilo em que se desviou, qualificando-se a gravidade.
 
Nova oportunidade se clamará. Será nas mesmas condições como na vida anterior? Será no mesmo local? Com as mesmas pessoas? O mesmo círculo social? Certamente não! A reencarnação é recurso evolutivo. Precisa que o Espírito encontre as circunstâncias necessárias e justas para a sua condição. Normalmente encontrará as adversidades como colheita do plantio que realizou na vida anterior se a consciência carrega o traço da irresponsabilidade conveniente. Assim, não poderá reclamar de seu próprio veredito, porque não há na Lei Divina vingança, mas justiça, exatamente de acordo com cada necessidade.

Deus é amor (Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.), como sintetizou com grandeza o apóstolo João.  (1 João 4:8)

A Lei de Amor está em toda a Natureza. É a vibração permanente do próprio Criador de Todas as Coisas.  Ficar distante dela é estar em sofrimento. Harmonizar-se com ela é encontrar a paz e a felicidade.
                                                                   Dorival da Silva

1)- O Evangelho Segundo Espiritismo. Capítulo XI, item 8.
2)- Idem.
3)- Idem, Introdução, Resumo da Doutrina de Sócrates e Platão, item XVI.

4)- Idem, capítulo XI, item 9, pelos Espírito Fénelon (Bordeaux, 1861)