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domingo, 28 de novembro de 2021
quarta-feira, 22 de abril de 2020
Mudamente...
"Mudamente..."
Algo
mal que se expressa mudamente. Que transtorno tem trazido aos povos! Pessoas
que se afastam dos seus familiares e amigos. Profissionais que querem trabalhar, mas temem o vírus que não se vê. Proteções que apaziguam o medo sem a certeza
do contágio. Doentes declarados precisam aguardar, hospitais são esvaziados e
outros construídos para aguardar os que ainda não estão, mas com certeza
ficarão doentes, pois, silenciosamente o mal sinaliza e antecipa o futuro.
Os
grandes males do Planeta aconteceram através de agressividades ruidosas para
demonstrar força, tambores, farfalhar de espadas e escudos, gritos; tropel de
cavalaria, a voz troante do canhão de pólvora, a esgrima de estúpidos
cavaleiros; o roçar dos ares em asas apinhadas de mortíferos arranjos a
despenharem-se sobre casas, hospitais, escolas levando terror e morte, ainda, a
metralha disparada alhures.
Em
tempos passados, epidemias que matavam largamente eram noticiadas pelo
desespero de aldeia em aldeia, de cidade em cidade, aos gritos, alardeando o
pavor, vez que a morte era inevitável, considerando a inexistência de recursos
médicos.
Agora
é diferente!
Professores
e escolares paralisados, lojas e armarinhos fechados, oficinas quietas, meios
de comunicação em efervescência com opiniões e opiniões suas e de convidados
para explicar, sugerir, orientar à exaustão, sem nada conclusivo e que estanque
a enxurrada de...
Pesquisa
disto e daquilo, testes, buscas de medicamentos, tentativas, achismos e
promessas, interesses políticos e econômicos que se chocam, vaidades, egoísmos,
medos, inseguranças, decretos que não são respeitados e doentes que se contam
aos milhares e corpos mortos em número assustador.
E
os exércitos?
Estão
silentes, a luta não é de Nação contra Nação, mas das Nações contra o
invisível, que não teme nenhuma arma bélica, mesmo as mais sofisticadas, as
forças estão de um lado só e não veem a quem atacar, ou de quem se defender.
A
arrogância dos poderios desceu à insignificância. Uma grande mão educadora
semeia no Mundo as possibilidades do respeito ao outro, todos são de carne e
osso, têm fome, sede e adoecem; faz compreender que a vida é uma construção e
são peças a alfabetização, a cultura, a arte, a ciência, a espiritualização.
Para a vida com dignidade de todas as gerações das sociedades é indispensável
que quem sabe e pode mais colabore com o aprendizado dos menos sábios e
limitados em recursos.
Os
grandes males das eras passadas eliminaram a vida da Terra? Não. Estamos aqui.
Agora
também não se extinguirá a vida do Planeta; como as tormentas antigas causaram
modificação do pensamento, da cultura, da ciência, da filosofia... Também, o
mal invisível que arrasa nesses dias, findo o seu tempo educativo, deixará atmosfera
renovada com mudanças profundas nas relações humanas, pois deverá prevalecer a
fraternidade e solidariedade entre os indivíduos e os povos.
Depois
da perturbação viral a vida no Planeta será mais justa? A esperança que carregamos diz
que sim. Temos confiança que Alguém que considera seus filhos, os habitantes da
Terra, está no leme da nau que enfrenta as convulsões intestinas numa experiência
que aponta para uma Nova Era, Um Novo Tempo.
O
que podemos esperar?
Dorival
da Silva
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quinta-feira, 31 de março de 2016
Ouve a tua consciência
Ouve a tua consciência
A Lei de
Deus está escrita na consciência da criatura humana.*
Essa
lúcida contestação dos Mentores da Humanidade ao codificador do Espiritismo,
Allan Kardec, abre espaço à Psicologia para melhor entender os conflitos e os
comportamentos complexos que enfrenta.
Para que
a consciência possa contribuir saudavelmente em favor da conduta humana
torna-se indispensável o hábito da reflexão, a fim de que os níveis primários
em que se apresenta ceda lugar à iluminação em estágio mais avançado.
É
compreensível que o Espírito em condições aflitivas tenha dificuldade de identificar
a Lei de Deus nele ínsita. Porque predomina a matéria, as sensações mais
grosseiras na sua existência, permanece como solo crestado que não permite à
semente nele plantada romper-lhe a couraça, facultando
que desabrochem as potências adormecidas.
Em razão
da sensualidade e dos apegos aos prazeres imediatos e desgastantes, continua em
germe a essência divina nos refolhos dessa área superior da psique – a
consciência.
O hábito,
porém, de silenciar a ansiedade e os tormentos íntimos, de buscar entender-lhes
a procedência e a presença nos painéis mentais, faculta perceber os conteúdos
de que se constituem, para discernir com segurança o que é edificante e o que
lhe é prejudicial.
Acostumado
a agir por impulsos, quase automáticos, dá vigor à natureza animal de que se
reveste, quando deveria promover a espiritual, que germina e avança atraída
pelo Deotropismo no rumo da plenitude.
Condicionamentos
impostos pelos instintos básicos que governam a existência na sua fase inicial
de desenvolvimento intelecto-moral, à medida que adquire conhecimentos para a
lógica existencial, experiência os lampejos da consciência digna que libera a Lei de
Deus, que está sintetizada no amor.
Na razão
direta em que o amor sobrepõe-se à violência e aos fatores da agressividade, mais
valiosos contributos são cedidos com o consequente enriquecimento de paz e de
alegria de viver.
Ninguém
existe destituído de consciência, exceção feita àqueles que expiam graves
delitos em renascimentos assinalados pelas limitações e deformidades cerebrais...
Todos os
seres que pensam dispõem do auxílio da consciência para fazer o que pode e
deve, sempre quando se lhe torne lícita a realização.
A
acomodação defluente da preguiça mental em alguns indivíduos impedem-no de
avançar nos comportamentos corretos.
Deus, a
todos os Seus filhos concedeu consciência do dever, que proporciona as
habilidades indispensáveis à conquista da iluminação.
Essa sublime
herança vincula todos os membros da Criação ao Genitor Celeste.
*
Ouve a
tua consciência sempre que te encontres em conflito, em dificuldade de definir
rumos e comportamentos adequados.
Reflexiona
em silêncio e com calma, permitindo que a inspiração superior seja captada e o
discernimento te aponte a melhor conduta a seguir.
Evita o
costume doentio de transferir para os outros a tarefa de decidir por ti, de
viver sob os conselhos dos demais como se fosses um parasita psíquico.
Liberta-te
do morbo da queixa e desperta para entender que todos sofrem, têm problemas,
mesmo que os não demonstrem, porque a sabedoria que possuem ao aconselhar é
resultado dos caminhos percorridos, das aflições superadas e dos testemunhos
ultrapassados.
Por outro
lado, evita o costume de aconselhamentos e de orientações, de narrar as tuas
vivências, como se fossem as mais importantes do mundo.
O que
hajas vivenciado é importante para ti e nem sempre será regra geral de bom
proceder para todos.
Cada ser
humano é uma unidade muito complexa e especial, que faz parte da unidade
universal, com as características próprias e as conquistas positivas e
negativas adquiridas.
Quando
delegas a outrem aconselhar-te, não estás disposto realmente a seguires a
diretriz que te seja oferecida. Normalmente, buscas conselhos e bengalas
psicológicas até encontrares o que realmente gostaria que te dissessem aquilo
que te é agradável e compensador. Esse comportamento inconsciente é uma forma
autodefensiva, porque aquilo que te venha a acontecer não será somente de tua
responsabilidade.
O
crescimento intelectual, assim como o de natureza moral, é trabalhado
continuamente, sem interrupção nem saltos gigantes.
A cada
momento uma conquista nova, um descobrimento que se incorpora aos conteúdos arquivados
na mente.
Permitindo-te
ouvir a consciência, serás inspirado à oração que te fortalecerá o ânimo e te
auxiliará a fruir paz.
Quanto
mais auscultes a consciência e exercites a reflexão do pensamento, mais se
expandirão as possibilidades e os registros legais se te farão claros e
lúcidos, e te auxiliarão na conquista da felicidade e da harmonia interior,
estimuladoras para os avanços a níveis superiores da evolução.
Não te
detenhas, pois, em queixumes e rogativas de orientação, como se estivesses desequipado
dos instrumentos para alcançar a vitória sobre as circunstâncias e provações
necessárias.
Confia em
Deus, na proteção dos teus Amigos espirituais e também nos teus valores, esses
que vens amealhando durante a reencarnação.
*
Jesus,
que é o Guia da Humanidade, sempre buscava a solidão para reabastecer a
consciência com a Lei de Deus, e permanecer como o amor na expressão máxima que
se conhece, mesmo quando não amado.
Não
tenhas sofreguidão para tudo resolver sem pensar, sem aprofundar a concentração.
Diante de
todo e qualquer aconselhamento que peças e recebas, não deixes de consultar a
tua consciência.
Joanna de
Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na
reunião mediúnica da noite de 17 de março de 2014, no
Centro Espírita Caminho da Redenção, Salvador, Bahia.
Em 1.8.2014.
reunião mediúnica da noite de 17 de março de 2014, no
Centro Espírita Caminho da Redenção, Salvador, Bahia.
Em 1.8.2014.
*KARDEC,
Allan. O livro dos Espíritos, questão 621.
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Extraído do endereço: http://divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=371
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quinta-feira, 30 de julho de 2015
Necessário acordar
Necessário acordar
“Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos
e o Cristo te esclarecerá.” – Paulo. (Efésios, 5:14.)
Grande número de adventícios ou não aos círculos do
Cristianismo acusa fortes dificuldades na compreensão e aplicação dos
ensinamentos de Jesus. Alguns encontram obscuridades nos textos, outros
perseveram nas questiúnculas literárias. Inquietam-se, protestam e rejeitam o
pão divino pelo envoltório humano de que necessitou para preservar-se na Terra.
Esses amigos, entretanto, não percebem que isto ocorre,
porque permanecem dormindo, vítimas de paralisia das faculdades superiores.
Na maioria das ocasiões, os convites divinos passam por eles,
sugestivos e santificantes; todavia, os companheiros distraídos interpretam-nos
por cenas sagradas, dignas de louvor, mas depressa relegadas ao esquecimento. O
coração não adere, dormitando amortecido, incapaz de analisar e compreender.
A criatura necessita indagar de si mesma o que faz, o que deseja,
a que propósitos atende e a que finalidades se destina. Faz-se indispensável
examinar-se, emergir da animalidade e erguer-se para senhorear o próprio
caminho.
Grandes massas, supostamente religiosas, vão sendo conduzidas,
através das circunstâncias de cada dia, quais fileiras de sonâmbulos
inconscientes. Fala-se em Deus, em fé e em espiritualidade, qual se respirassem
na estranha atmosfera de escuro pesadelo. Sacudidas pela corrente incessante do
rio da vida, rolam no turbilhão dos acontecimentos, enceguecidas, dormentes e
semimortas até que despertem e se levantem, através do esforço pessoal, a fim
de que o Cristo as esclareça.
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O homem que aplica todo o tempo em conquistar coisas materiais e gozar insistentemente do que derivar disto, sem preocupação com as questões espirituais, pode-se afirmar que está dormindo. Não despertou para as finalidades de estar vivendo a experiência do corpo físico.
A conquista e desenvolvimento de bens materiais, todas as construções e os aperfeiçoamentos possíveis são meios de evolução, não restam dúvidas. Busca-se sempre a melhoria da condição de vida, qualificando-se o medicamento, o meio de transporte, a vivenda, o lazer, o esporte, a indústria, o comércio... Certo é que com isso o homem melhora a sua inteligência, aperfeiçoando a tecnologia e suas aplicações.
A vida não tem somente essa finalidade de desenvolver as coisas materiais que mais cedo ou mais tarde desaparecerão. Como a própria tecnologia vem mostrando que muitas criações que mal saíram da indústria se encontram superadas por outras, tendo um vida útil curtíssima.
Não foge a isso o cultivo excessivo da beleza exterior, cosméticos modernos para todas as finalidades, academias especializadas para melhorar as formas. Conquanto seja dever cuidar do equipamento carnal, para que funcione adequadamente o maior tempo possível e esteja bem apresentável, mas visando a sua utilidade para o trabalho na construção de um Mundo melhor.
Conquanto toda a tecnologia e as modernidades conquistadas pelo homem, não impedem que a experiência da vida física se finde, com a inevitável morte. Depois, o que vem? Nos dias atuais, com a disseminação dos ensinamentos da Doutrina Espírita, que amplia o entendimento da mensagem deixada por Jesus e seus apóstolos, permite antever o que se dará no outro plano da vida, após o cessar das ações orgânicas, a morte.
A vida não sofrerá descontinuidade, porque morre somente a máquina de carne que é o instrumento de manifestação da alma enquanto na vida material. Passando para a espiritualidade e a matéria não sendo mais necessária restará apenas o conteúdo que não é material. São os sentimentos, as lembranças, as intenções, enfim são as vibrações resultantes da vida material. É um estado próprio de alma, que corresponde à qualidade dessas vibrações. Que qualidade tem? Está feliz, com o sentimento do dever cumprido ou sofrendo a ânsia de atender necessidade que não pode ser atendida, porque era o cultivo da materialidade, do sensualismo e vício.
A mensagem de Jesus leva o homem a entender que a vida na Terra é um momento, porque a vida real e plena é a da espiritualidade. No entanto, é preciso desmaterializar-se e aprimorar-se espiritualmente. Em razão disso é necessário acordar. “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e o Cristo te esclarecerá.”
Reflexão a partir de inspiração com base no texto inicial.
Dorival da Silva
A conquista e desenvolvimento de bens materiais, todas as construções e os aperfeiçoamentos possíveis são meios de evolução, não restam dúvidas. Busca-se sempre a melhoria da condição de vida, qualificando-se o medicamento, o meio de transporte, a vivenda, o lazer, o esporte, a indústria, o comércio... Certo é que com isso o homem melhora a sua inteligência, aperfeiçoando a tecnologia e suas aplicações.
A vida não tem somente essa finalidade de desenvolver as coisas materiais que mais cedo ou mais tarde desaparecerão. Como a própria tecnologia vem mostrando que muitas criações que mal saíram da indústria se encontram superadas por outras, tendo um vida útil curtíssima.
Não foge a isso o cultivo excessivo da beleza exterior, cosméticos modernos para todas as finalidades, academias especializadas para melhorar as formas. Conquanto seja dever cuidar do equipamento carnal, para que funcione adequadamente o maior tempo possível e esteja bem apresentável, mas visando a sua utilidade para o trabalho na construção de um Mundo melhor.
Conquanto toda a tecnologia e as modernidades conquistadas pelo homem, não impedem que a experiência da vida física se finde, com a inevitável morte. Depois, o que vem? Nos dias atuais, com a disseminação dos ensinamentos da Doutrina Espírita, que amplia o entendimento da mensagem deixada por Jesus e seus apóstolos, permite antever o que se dará no outro plano da vida, após o cessar das ações orgânicas, a morte.
A vida não sofrerá descontinuidade, porque morre somente a máquina de carne que é o instrumento de manifestação da alma enquanto na vida material. Passando para a espiritualidade e a matéria não sendo mais necessária restará apenas o conteúdo que não é material. São os sentimentos, as lembranças, as intenções, enfim são as vibrações resultantes da vida material. É um estado próprio de alma, que corresponde à qualidade dessas vibrações. Que qualidade tem? Está feliz, com o sentimento do dever cumprido ou sofrendo a ânsia de atender necessidade que não pode ser atendida, porque era o cultivo da materialidade, do sensualismo e vício.
A mensagem de Jesus leva o homem a entender que a vida na Terra é um momento, porque a vida real e plena é a da espiritualidade. No entanto, é preciso desmaterializar-se e aprimorar-se espiritualmente. Em razão disso é necessário acordar. “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e o Cristo te esclarecerá.”
Reflexão a partir de inspiração com base no texto inicial.
Dorival da Silva
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Reencarnação!
Reencarnação!
O tema reencarnação precisa ser
reanalisado. Não é assunto que pertence a este ou aquele segmento religioso. É
da Natureza. É ciência. Allan Kardec cunhou essa expressão para diferenciar da
ressurreição, porque esta dá a ideia, pelo entendimento tradicional, de se
retornar a alma a reviver no mesmo corpo físico. O que a própria ciência e a
lógica dizem ser totalmente impossível, vez que os elementos constitutivos de um
organismo, com a decomposição após a morte, comporão outros organismos, tanto
de pessoas como de animais ou vegetais, assim inúmera vezes.
Diariamente convivemos com a
reencarnação, são nossos filhos, nossos parentes, nossos amigos e até nossos
inimigos que renascem em nossa casa ou ao nosso redor. Retornam próximo de nós
pela afinidade ou pelos laços da necessidade. Jesus mesmo fez referência a
isto, na conversa com Nicodemos: "Em verdade, em verdade, digo-te: Se um homem não
renasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. - O que é
nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. - Não te
admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo." (...) (S .JOÃO, cap. III, vv. 1 a 12.).
Como se explicaria os que nascem
com necessidades especiais, será que sofrem apenas das contingências da hereditariedade genética? Se nunca fizeram
nada de errado e não têm pendência em sua consciência, onde estaria a justiça? Se tudo é regido pela Lei Divina, que é
perfeita, como justificar esse desvio, porque alguém sofreria limitações sem
uma causa justa? Como admitir isto? E as doenças graves, nos nascituros? As
deformidades? As mortes logo após o nascimento? Os problemas neurológicos? As
doenças mentais?... Deus é justo!
Através da reencarnação, que quer
dizer: entrar na carne outra vez -- num novo corpo --, para nova oportunidade,
para refazer-se, reposicionar-se, aprender, provar, expiar o que de outra feita
não foi possível. Não aprendemos tudo de uma única oportunidade, precisamos de
muitas outras, é da Lei de Progresso, é o amor Divino em favor de suas
criaturas. Alcançarmos um dia o estado de plenitude, requer esforço. A
autoconstrução. Por isso a necessidade
de nascer de novo, de reencarnar –
muitas vezes.
Somos artífices de nós mesmos. Encontraremos o futuro nas condições que o
organizamos presentemente. Se rebeldes e viciosos, lá compareceremos com o
patrimônio que cultivamos e seus desdobramentos, porque toda semeadura dá
fruto e o multiplica. Continuaremos
depois da morte do corpo com a herança intelectual e moral que nos pertencem.
Neste caso, em sofrimento, sendo que não teremos o corpo de carne que mitiga as
ânsias dos vícios. Estaremos
possivelmente por décadas em conflitos íntimos contínuos vez que os hábitos
negativos não dão trégua, sempre exigindo do indivíduo o seu atendimento. Em se chegando à culminância do sofrimento,
roga a Deus uma nova oportunidade de retornar à matéria, através do
renascimento, caindo num estado de esquecimento, com a possibilidade de se
recompor das viciações através da educação, que os pais lhe podem dispensar. Fica sempre a expectativa de terminar a nova
jornada de maneira vitoriosa sobre si mesmo.
É a maior vitória.
Assim cada um encontrará paz e
felicidade ou não, de acordo com a sua condução na vida, nenhuma alma tem o
futuro igual, cada criatura humana é um mundo próprio, e de acordo com a Lei de
Justiça: a cada um de segundo as suas
obras.
Aceitar ou não aceitar a
reencarnação não altera em nada a nossa posição, é Lei Natural, ela sempre se
deu e continuará sempre, porque ninguém poderá impedir ou alterar o que não é
criação do Homem.
Dorival da Silva
Presidente
da 4ª União Regional
Espírita – Sede em Bandeirantes
Convidamos
acessar o blog: http://espiritismoatualidade.blogspot.com.br/sábado, 12 de março de 2011
Amizade
Amizade é alavanca para as melhores realizações do ser humano. Não há ninguém que siga a trajetória vitoriosa sem o apoio de outros. Não se é nada sozinho, não se constrói ou realiza grandes ideias sem os amigos.
Boas ideias sem ação não servem para nada, além de frustrações.
A amizade é uma confiança desinteressada, que releva gafe, tratamento inoportuno, porque é uma espécie de amor-doação-compreensão.
Por amizade sincera não se medem esforços, sacrifícios. Esse sentimento é acolhedor, faz vibrar o coração, não desconfia...
A amizade é mais que compromisso, que responsabilidade, é entrega consciente de como gostaria que lhe fizessem.
Reconhece-se a amizade nos momentos de aflições, de desesperos, quando o interesse, a bajulice, a hipocrisia, a covardia não têm lugar.
A amizade não tem parentesco, necessariamente não está próxima, na maior parte das vezes ela surge inopinadamente, de onde nunca se imaginava existir.
Quase sempre o fraco se faz forte para te atender, o calado-tímido se movimenta para te socorrer.
Não se deve relegar ou desprezar quem quer que seja. Um gesto pode significar uma conquista que se fará conhecida em momento mais inesperado.
A amizade conquistada no seu meio de ação irradia nos campos vibratórios espirituais, ampliando-a significativamente.
Os modos e atitudes que proporcionam vibrações amigas atraem muitos espíritos que se comovem com a amizade.
Amigos são todos aqueles que sentem vibração simpática por outrem, independentemente de lhes ter dirigido a palavra ou vivam na sua periferia de ação.
Ações nobres representam o seu responsável em qualquer parte, chegando sempre a sua frente, abrindo portas, tocando corações.
Ser amigo é amar incondicionalmente...
Dorival da Silva
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Calabouço dos Sentimentos
“Nos agregados pouco numerosos, todos se conhecem melhor e há mais segurança quanto à eficácia dos elementos que para eles entram. O silêncio e o recolhimento são mais fáceis e tudo se passa como em família.” O Livro dos Médiuns – cap. XXIX – item 335.
Contava-se na idade Média, em determinada região européia, que um suserano odiento tinha por vício separar homens apaixonados de suas mulheres amorosas, e deixá-los morrer em um calabouço, à míngua de água, pão e luz, para que pudesse amparar suas pobres viúvas solitárias e torná-las suas vassalas preferidas. Dizia-se que ele fez centenas de prisões, destruiu várias famílias e vivia refestelando-se na sexualidade e cortesias insaciáveis de suas companhias femininas.
Certo dia, no entanto, quando foi descoberta a trama, as mulheres revoltadas, informadas de que o suserano era o criminoso de seus esposos, em inteligente armadilha, trancafiaram também o senhor no calabouço. Entretanto, a partir daí passaram a viver de insatisfações e tristeza até a morte, porque sentiram-se presas de um passado infeliz que jamais lhes saía da memória, vivendo por entre o ódio, a insegurança e a saudade.
Conquanto dramática, é bem essa a história de quase todos nós em assuntos da vida sentimental: o narcisismo, a volúpia sexual, o egoísmo e o prazer gerando medo e frustração, culpa e mágoas, dilacerando corações e arruinando lares e sonhos.
Por completa insanidade da razão, em crises de paixões e libidinagem, bastas vezes espezinhamos o amor alheio em impiedosas atitudes de desrespeito, separando homens honrados de mulheres fiéis, em tramas passionais, desleais e injustas, para depois, bem depois, caindo em si no despertamento consciencial, verificamos os registros desditosos que instalamos no imo de nós próprios, em lances de sede de domínio e satisfação pessoal.
Temos um “calabouço de sentimento” como aquisição consciencial de nossas decisões malsinadas em forma de graves lesões afetivas.
Eis bem o retrato dessa expiação dolorosa: a prisão subterrânea do medo e da insegurança encarcerando os sentimentos de amor e esperança, penalizando a criatura com a sede de afeto não correspondido e com a tristeza de viver sempre à espera de alguém que não sabe se existe ou dormita em algum lugar, à sua espera também, assim como ocorreu aos homens trancafiados pelo suserano. Doutras vezes são as vivências da sexualidade embaladas pela luxúria, dissociada da satisfação que, geralmente, termina em revolta, golpes de revide e autodesvalorização.
Os sonhos amorosos, as fantasias da união afetiva, o desejo do lar feliz estão por trás das grades limitadoras da paixão que não se consegue expressar, tornando-se “estranho amor emudecido”. Nessa prova as criaturas permanecem acorrentadas à inibição, baixa autoestima, insatisfação com a vida, afiveladas a profundos e dolorosos sentimentos, tais como medo de amar, dúvidas e receios sobre suas emoções, descrença na felicidade, desmerecimento a seus ideais de amor e no sucesso afetivo. Pelos “odores psíquicos” que emanam, atraem assim outras criaturas perturbadas ou perturbadoras, em ambos os planos de vida, com as quais tecem elos de frustração e mágoas, dilatando sua solidão e exaurindo-se energeticamente em obsessões “cumulativas” ou mesmo abrindo portas mentais para “vinganças cruentas” de credores de outras épocas.
A origem de semelhante aferição reeducativa, portanto, está no menosprezo e indiferença de outrora recheados dos requintes de falsas promessas aos corações que permitiram confiar em nossos votos de fidelidade e carinho, que foram completamente desonrados.
O afeto não correspondido e o receio de amar no hoje são amargas doses de medicação preventiva ante as feridas emocionais acrisoladas no “centro de força” cardíaco do corpo espiritual, junto às sensíveis “engrenagens” da vida afetiva – verdadeira cirurgia de extirpação nos domínios da vida sentimental em razão das matrizes pré-existênciais e reminiscências de outras reencanações.
Enclausurado em tal quadro, a criatura passa a viver por entre a desmotivação e a instabilidade nos deveres da rotina, carpindo uma “revolta muda” contra tudo e todos, estabelecendo constantes complicações nos relacionamentos e nas amizades, e, em chegando aos píncaros da resistência, se não se armou da profilaxia adequada, tomba nas neuroses fóbicas, nas alterações cíclicas de humor ou em psicoses graves.
Para a psiquiatria humana são esquizofrênicos irreversíveis, para a medicina do Espírito são doentes que precisam sair de si mesmos e aprender a dar sem ter, amar mesmo sem serem amados. Não logrando, poderão estar iniciando um ciclo provacional de longa duração.
Alma constrangida a sanções, será sempre muito suscetível de rancor com pequenas falhas alheias e com grade dificuldade ao perdão e ao autoperdão, necessitando de muito apoio e carinho para suportar o peso de seu próprio narcisismo e da dor que carregará até reeducar-se nos temas do Amor e do sexo.
*******
O calabouço provacional de hoje quando bafejado pela luz do Espiritismo faculta ao “prisioneiro” o pão da misericórdia e a água da restauração, com os quais poderão as penas serem amenizadas e terem novas dimensões.
Aceita o amargo remédio da solidão e da abstinência no aprendizado da “saturação emocional”.
Não obtendo apoio familiar e social ante as imposições de tuas “penas reencarnatórias”, procura no grupo doutrinário a integração com a família espiritual que te será arrimo e suporte para os instantes mais difíceis.
Aprende as lições do respeito e do dever nos assuntos do Amor, porque também na casa das orações e estudos espirituais depararás inúmeras vezes com corações que ser-te-ão “príncipes de encanto” aos teus sonhos de afeto, podendo converter-se em “suseranos da ilusão”, mas cuida-te para não decepcionares a outros e a ti mesmo.
Confidencia a quem tenha condições de amparar-te, isso trará alívio e será o embrião de uma relação valorosa no teu recomeço; estarás assim confiando em alguém, e confiar em alguém é refazer os caminhos da libertação de ti próprio.
Apoia-te nessa família pelos laços do coração e vai “compensando” teus afetos com o esforço de amar, independentemente de ser amado. Muitas vezes terás tendência a exigir essa correspondência, contudo, vigia teu suserano que ainda teima em reinar e dilapidar, tenha siso e lucidez, e analisa o mal que te faz essa postura.
Caminha, chora, desabafa e prossegue sem desistires nunca. Se hoje está difícil, amanhã, se decidires por enfrentar corajosamente, poderá ser menos penoso intimamente, mesmo que não tenha teus anseios atendidos como gostarias. Talvez nada fique como queiras, entretanto, nem sempre terá que ser sofrido, ou infeliz a tua experiência renovadora. Deus espera-nos para a alegria e o Amor e pode promover infinitas formas de conduzir-nos a isso pelas sendas de Sua Inesgotável Misericórdia.
Misericórdia, porém, não é dispensada apenas por pura bondade Paternal, porque a Justiça Divina conta com as conquistas de seus filhos nos rumos do autoaperfeiçoamento.
***************
Estejamos todos atentos a semelhantes gêneros provacionais como os que assinalamos.
Em várias ocasiões temos ao nosso lado na faina doutrinária tais corações em semelhante sofrimento “purgatorial”, e carecemos de concepções mais intuitivas e de instrução mais lapidada para amealhar condições de orientação e apoio.
Jamais descuremos do amparo especializado da medicina humana, quando se fizer necessário.
Os avanços da psicoterapia com foco transpessoal, tomando por base o Espírito, é indicação para muitos deles.
Providencia a desobsessão como medida extensiva de amparo aos vitimados na expiação além túmulo, jamais esquecendo que são eles os prisioneiros de outra época, trancafiados nos calabouços da decepção pelo doente encarnado que hoje pede socorro em tuas reuniões, amando-os muito como vítimas, e não verdugos inconsequentes.
Chama sempre a atenção do reeducando quanto à vivência das lições evangélicas, das virtudes, e agrega-o aos esclarecimentos libertadores da Boa Nova.
Sê-lhes íntimo, mas ensina-lhes o limite. Sê-lhes afetuoso, mas ensina-lhes o amor fraternal.
Na condição de condutor de grupo ou integrante do mesmo, fazer-te um irmão muito disposto a aceitar, compreender e incentivar.
É tudo que eles precisam para continuar sua prova redentora em busca da quitação consciencial e de um pouco de paz e crença em um futuro menos sóbrio ante suas perspectivas, quase sempre, comprometidas pelas tenazes da amargura e do descrédito.
Médium: Wanderley S. de Oliveira, pelo espírito: ERMANCE DUFAUX, livro: Laços de Afeto, capítulo 23.
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