segunda-feira, 30 de abril de 2018

O Casamento


O Casamento

O que é o casamento sob o enfoque espiritual? Não se pretende fazer análise sobre o aspecto religioso de nenhuma denominação e tão pouco sob o aspecto legal, mas somente sob o aspecto espiritual e suas consequências. 

Não será possível que alguém surja no Mundo sem a participação de um pai e uma mãe, portanto, uma união inevitável para a perpetuação da espécie e a oportunidade que se dá ao ser pensante, que é o Espírito, que se encontra no campo extrassensorial, o que corresponde estar sem um corpo físico.

Esse indivíduo que está na vida espiritual tem necessidades evolutivas de retornar a viver, por um certo tempo, nas lides materiais, para isto depende de se envolver com um equipamento carnal, que lhe permita a manifestação entre os que estão reencarnados, ou seja, na sociedade humana como se conhece.

As necessidades do Espírito são os avanços intelectuais e morais, mas para essa tarefa precisa do relacionamento social para a consecução de empreendimentos planejados antes de seu nascimento, que visam adquirir novos conhecimentos e o desenvolvimento moral, no entanto, experimentando os seus efeitos e consequências, sedimentando na alma os valores que interessam ao ser em evolução. 

Outro ponto, são os comprometimentos de existências anteriores que lhe pesam na consciência, porque quando na vida espiritual, livre da influência do corpo material, a percepção é mais ampla, tanto quanto o sofrimento é maior, quando se analisa as suas atitudes danosas e suas consequências em relação a si mesmo e a outros Espíritos que sofrem em virtude das suas iniciativas de outras épocas. 

O apaziguamento da consciência somente acontece com o arrependimento e a solução dos problemas encetados, seja na mesma vida ou aguardará oportunidade em outra, que poderá demorar, mas o sofrimento não dará trégua. 

Em conta disso, grande parte dos casamentos são de resgate de consciências aviltadas, recebendo em seus braços os renascentes, em que a união proporcionou-lhes o corpo físico para a sua manifestação em nova existência. Trata-se de oportunidade para os indivíduos que ressurgem na vida física e para os pais saudarem suas dívidas, entre si e com terceiros. Pendências  que agora no corpo não se lembram, mas delas se libertarão, e no regresso à vida espiritual saberão das causas e  dos fatos que com os esforços da vida presente superaram ou não. 

A união de um homem e uma mulher para o compromisso conjugal,  em primeiro lugar precisa estar embasada pelos sentimentos, sendo isto a interação espiritual dos cônjuges, que proporcionará o surgimento da prole, compreendendo-se que os seus elementos genéticos fundidos constituem-se na origem do corpo físico no qual se vinculará um ser espiritual, que ao nascer precisará de cuidados especiais para a sua constituição material, tanto quanto para o hospede espiritual que se manifesta em nova existência. 

Se, pelas hostes religiosas e civis o casamento está eivado de responsabilidades, consorciar-se com o conhecimento da existência de compromissos de vidas passadas e os desdobramentos após a vida presente, torna essa decisão de maior vulto, fazendo dos consortes cocriadores com Deus, não só de um corpo físico, mas na condução educacional do ser que recebeu como filho e que em tudo que ajudar corrigir, quando de manifestação negativa, e incentivar quando nos aprendizados positivos, proporcionando ao Espírito paz e felicidade, dará aos pais a alegria do dever cumprido, merecedores do reconhecimento Divino.

As vitórias da vida conjugal na Terra são conquistas para sempre, porque todos os envolvidos carregarão os resultados na alma, servindo de lastro para outras vivências, assim sucessivamente sem fim. 

                                                                  Dorival da Silva

Nenhum comentário:

Postar um comentário