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sexta-feira, 18 de abril de 2025

Terapeuta essencial

                                                 Terapeuta essencial 

Vivemos um tempo de transição muito significativa nos modos de vida do planeta Terra. A rapidez no transporte em geral, a velocidade das comunicações por múltiplos meios tecnológicos e os avanços grandiosos no cuidado da saúde das pessoas, comparando-se esses segmentos da sociedade com os que existiam quatro ou cinco décadas, representam um salto extraordinário.  

Observando-se esses crescimentos, que correspondem aos desenvolvimentos intelectuais e tecnológicos nesse curto período, conquanto se observe muita evolução na qualidade de vida das pessoas, com sobra de tempo, também se evidencia a revelação da pobreza de espírito de número bastante elevado da presente geração.  

Grande parte das crianças, dos jovens, e já alcançando outras faixas etárias, está fascinada pelos oferecimentos inócuos das mídias móveis, entrando inconscientemente em hebetação. 

Pouquíssimos, aí incluindo os intelectuais, pensam e analisam quais são as razões para o progresso tão repentino. Quais seriam as razões para surgirem essas facilidades para as sociedades terrenas? Seriam para levá-las à falência intelectual e moral, arruinando uma grande quantidade de pessoas? Certamente não é isso!  

Para aqueles que têm lucidez quanto à realidade e às finalidades da vida na Terra, e à continuidade da vida no campo espiritual -- sendo essa a existência verdadeira, onde se guardam as consequências das ações da vida no corpo --, esses pensam ser tais artifícios promotores de evolução espiritual. E não há dúvidas de que o são. 

Existe um fio condutor do progresso, conectado ao mundo superior da vida, de onde fluem as ideias novas, materializando-se nesta vida objetiva, de acordo com a elevação intelectual de uma parte dos indivíduos -- os pesquisadores --, o que posteriormente contagia toda a população. Vejam que o homem não cria nada: ele percebe e revela o que é possível. Após dominar o entendimento do que descobriu, modifica e multiplica conforme seu interesse. É o processo natural da intelectualização do homem.  

Quais são as razões para a melhoria das condições de vida da humanidade da Terra? Além da intelectualização, há a oportunidade de elevação espiritual dos indivíduos. As facilidades geradas nos vários segmentos da vida material -- o conforto proporcionado, o menor esforço físico para a conquista do necessário à manutenção da vida -- proporcionam condições para a existência de tempo disponível, a ser utilizado em algo primordial para a felicidade real, ou seja, a espiritualização pessoal. Que a tecnologia, por si só, não fará.  

Essa espiritualização é uma iniciativa particular, um passo adiante, uma decisão voluntária.   É preciso buscar! Quem busca, acha. É preciso bater à porta! Para quem bate, a porta se abre. É preciso pedir! Sempre há atendimento para quem pede o que é justo. Tal como está no Evangelho de Jesus Cristo (Mateus, 7:7).    

Em outro momento, o Senhor diz: (), eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. (João, 10:10). Ele não diz que essa vida abundante se dará aqui, na Terra, porque Sua promessa acontecerá no Seu reino, o reino dos Espíritos. No entanto, a educação espiritual, a espiritualização, se iniciará aqui, na vida material. Eis a razão para se aproveitar todos os avanços intelectuais, tecnológicos e demais, para conquistas espirituais. O fator essencial é o tempo, que precisa ser aproveitado.  

Ludibriar o tempo, malversar essa riqueza recursal disponibilizada a nosso favor, é assinar nossa própria condenação ao ostracismo espiritual.  

É preciso que avancemos um passo a nosso favor, dedicando-nos à compreensão e à vivência da mensagem de Jesus Cristo. Se prestarmos bem atenção, é como se Ele dissesse, na intimidade de nossa alma: “Aqui está o caminho que deves percorrer, esse é o rumo para a liberação de todas as mazelas do mundo.  

Trilhar o caminho indicado pelo Mestre e Senhor é liberar-se de todas as patologias crescentes dos dias modernos: a depressão, o pânico, a obsessão perversa, a loucura, a drogadição, os desvios morais de muitas etiologias — enfim, do inferno buscado voluntariamente.  

Jesus Cristo é o terapeuta essencial. Ele previne, para quem desejar, os sofrimentos evitáveis; e propõe, aos vinculados aos males do mundo, quando verdadeiramente desejarem, a superação desses visgos fascinadores, para adentrar uma nova condição espiritual, ainda nesta vida. O caminho que ensina leva à plenitude espiritual. Sigamos! 

                                        Dorival da Silva 

Nota: As obras básicas da Doutrina Espírita (O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e A Gênese) podem ser baixadas gratuitamente do sítio da Federação Espírita Brasileira (FEB), através do endereço eletrônico abaixo:  

 


quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Por que “Amar o próximo como a si mesmo”?

Por que “Amar o próximo como a si mesmo”?

Nos dias que se correm observando os meios culturais através da música popular, das novelas televisivas, vídeos e textos espalhados pela internet, filmes e outros, certamente com exceções, denota-se que o substantivo amor é colocado como algo a ser exigido de alguém, o coletivo me deve amor, devo ser amado a todo custo, sou credor de todo amor, sou infeliz porque não me amam. É o egoísmo exacerbado e o orgulho ditando normas de comportamento. Distancia-se velozmente da humildade.

Grande parte da população do Mundo se diz cristã, portanto, seguidora da mensagem de Jesus, o Cristo, e Ele por solicitação do próprio homem, que se fazia representar pelos Fariseus, à época, que um de seus doutores, em nome da plêiade religiosa dominante, questiona, embora, não para aprender, mas com o intuito de condenar o intruso que incomodava por portar sabedoria contundente que não atendia aos interesses daquele poder mandatário, quando questiona:  “Mestre, qual o mandamento maior da lei?” — Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. (Mateus, 22:34 a 40.).   Jesus não deixa nenhuma dúvida quanto à maior Lei e não se referia à lei do Mundo, mas à Lei de Deus, sendo ela perfeita e imutável.

Em conta a exatidão do ensinamento do Mestre Divino, é de muita impropriedade, nos tempos chamados modernos, o desvirtuamento da palavra amor, para representar comportamento desregrado, dando a ideia de uso do próximo, na busca de sensações insaciáveis, abrindo na alma um grande campo de vazio impreenchível nesse rumo comportamental.

Situação que se dá nas relações afetivas, tanto como nos meios empresariais, governamentais, outras organizações, sempre ressalvadas exceções, porque sempre o bom senso existirá, mesmo momentaneamente em proporções menores.

Grassam a ansiedade, a depressão, o pânico e outras patologias emocionais nas mais variadas classes sociais -- a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta a depressão como o mal que atingirá grande parte da população mundial nas próximas décadas. Os melhores especialistas e os mais modernos medicamentos não são capazes de contornar esses males, conquanto a necessidade deles para a sua amenização, até que decisão particular, íntima e decisiva possa modificar no espírito a ideia de amar, amando, amando-se, aos moldes de Jesus, curando-se definitivamente.

Qual a importância de amar o próximo? É ampliar a compreensão do sentido da vida. É enxergar no próximo o espelho de si mesmo, buscando a compreensão de suas dificuldades, as percebidas, porque com a reflexão se reconhecerá que as dificuldades do próximo são as mesmas que se possui, e por vezes piores. Corrigindo em si mesmo as mazelas percebidas é amar-se, aperfeiçoar-se, crescer espiritualmente, harmonizar-se com a Lei Divina, ser feliz.

Jesus não ditou norma, apenas revelou o que não se compreendia, embora existisse, por que a Lei Divina sempre existiu, e é a mesma sempre. Existindo o desvirtuamento, por qualquer interesse, por mais se tente justificar, encontrará os efeitos contendores do seu desvio. Assim as dores morais, os sofrimentos, não cessarão enquanto o infrator não se corrigir, conscientizando de que é a criatura que precisará crescer para Deus, aperfeiçoando-se, jamais a imperfeição imperará, tal é a Lei.


                                                          Dorival da Silva