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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Por que “Amar o próximo como a si mesmo”?

Por que “Amar o próximo como a si mesmo”?

Nos dias que se correm observando os meios culturais através da música popular, das novelas televisivas, vídeos e textos espalhados pela internet, filmes e outros, certamente com exceções, denota-se que o substantivo amor é colocado como algo a ser exigido de alguém, o coletivo me deve amor, devo ser amado a todo custo, sou credor de todo amor, sou infeliz porque não me amam. É o egoísmo exacerbado e o orgulho ditando normas de comportamento. Distancia-se velozmente da humildade.

Grande parte da população do Mundo se diz cristã, portanto, seguidora da mensagem de Jesus, o Cristo, e Ele por solicitação do próprio homem, que se fazia representar pelos Fariseus, à época, que um de seus doutores, em nome da plêiade religiosa dominante, questiona, embora, não para aprender, mas com o intuito de condenar o intruso que incomodava por portar sabedoria contundente que não atendia aos interesses daquele poder mandatário, quando questiona:  “Mestre, qual o mandamento maior da lei?” — Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. (Mateus, 22:34 a 40.).   Jesus não deixa nenhuma dúvida quanto à maior Lei e não se referia à lei do Mundo, mas à Lei de Deus, sendo ela perfeita e imutável.

Em conta a exatidão do ensinamento do Mestre Divino, é de muita impropriedade, nos tempos chamados modernos, o desvirtuamento da palavra amor, para representar comportamento desregrado, dando a ideia de uso do próximo, na busca de sensações insaciáveis, abrindo na alma um grande campo de vazio impreenchível nesse rumo comportamental.

Situação que se dá nas relações afetivas, tanto como nos meios empresariais, governamentais, outras organizações, sempre ressalvadas exceções, porque sempre o bom senso existirá, mesmo momentaneamente em proporções menores.

Grassam a ansiedade, a depressão, o pânico e outras patologias emocionais nas mais variadas classes sociais -- a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta a depressão como o mal que atingirá grande parte da população mundial nas próximas décadas. Os melhores especialistas e os mais modernos medicamentos não são capazes de contornar esses males, conquanto a necessidade deles para a sua amenização, até que decisão particular, íntima e decisiva possa modificar no espírito a ideia de amar, amando, amando-se, aos moldes de Jesus, curando-se definitivamente.

Qual a importância de amar o próximo? É ampliar a compreensão do sentido da vida. É enxergar no próximo o espelho de si mesmo, buscando a compreensão de suas dificuldades, as percebidas, porque com a reflexão se reconhecerá que as dificuldades do próximo são as mesmas que se possui, e por vezes piores. Corrigindo em si mesmo as mazelas percebidas é amar-se, aperfeiçoar-se, crescer espiritualmente, harmonizar-se com a Lei Divina, ser feliz.

Jesus não ditou norma, apenas revelou o que não se compreendia, embora existisse, por que a Lei Divina sempre existiu, e é a mesma sempre. Existindo o desvirtuamento, por qualquer interesse, por mais se tente justificar, encontrará os efeitos contendores do seu desvio. Assim as dores morais, os sofrimentos, não cessarão enquanto o infrator não se corrigir, conscientizando de que é a criatura que precisará crescer para Deus, aperfeiçoando-se, jamais a imperfeição imperará, tal é a Lei.


                                                          Dorival da Silva

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Ressuscitará

Ressuscitará

“Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar.” - (João, 11:23.)

Há muitos séculos, as escolas religiosas do Cristianismo revestiram o fenômeno da morte de paisagens deprimentes.

Padres que assumem atitudes hieráticas, ministros que comentam as flagelações do inferno, catafalcos negros e panos de luto.

Que poderia criar tudo isso senão o pavor instintivo e o constrangimento obrigatório?

Ninguém nega o sofrimento da separação, espírito algum se furtará ao plantio da saudade no jardim interior. O próprio Cristo emocionou-se junto ao sepulcro de Lázaro. Entretanto, a comoção do Celeste Amigo edificava-se na esperança, acordando a fé viva nos companheiros que o ouviam. A promessa dEle, ao carinho fraternal de Marta, é bastante significativa.

“Teu irmão há de ressuscitar” - asseverou o Mestre.

Daí a instantes, Lázaro era restituído à experiência terrestre, surpreendendo os observadores do inesperado acontecimento.

Gesto que se transformou em vigoroso símbolo, sabemos hoje que o Senhor nos reergue, em toda parte, nas esferas variadas da vida. Há ressurreição vitoriosa e sublime nas zonas carnais e nos círculos diferentes que se dilatam ao infinito.

O espírito mais ensombrado no sepulcro do mal e o coração mais duro são arrancados das trevas psíquicas para a luz da vida eterna.

O Senhor não se sensibilizou tão-somente por Lázaro. Amigo Divino, a sua mão carinhosa se estende a nós todos.

Reponhamos a morte em seu lugar de processo renovador e enchei-vos de confiança no futuro, multiplicando as sementeiras de afeições e serviços santificantes.

Quando perderdes temporariamente a companhia direta de um ente amado, recordai as palavras do Cristo; aquela reduzida família de Betânia é a miniatura da imensa família da Humanidade.

Mensagem extraída da obra: Vinha de Luz, ditada pelo Espírito Emmanuel, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 151, em 1951.

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Reflexão: Jesus trouxe para a Humanidade, de forma atemporal, mensagem de esperança e renovação.  Seus ensinamentos não envelhecem e quanto mais se lhe compreende mais brilhante a Boa Nova se torna.

O Espírito Emmanuel, generosamente comenta o versículo registrado por João, 11:23 – “Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar.”, na parte que destacamos: “Gesto que se transformou em vigoroso símbolo, sabemos hoje que o Senhor nos reergue, em toda parte, nas esferas variadas da vida. Há ressurreição vitoriosa e sublime nas zonas carnais e nos círculos diferentes que se dilatam ao infinito.”, traz-nos o Senhor fato modificador de entendimento para quem deseja analisar com seriedade.

Seria morrer de fato se não houvesse a possibilidade de ressurgir, mas Jesus coloca para o mundo o reaparecimento de Lázaro, grandioso que transpôs os séculos, no entanto, somente agora, se consegue entender que o retorno do irmão de Marta era correspondente ao ressurgir de todos nós de nosso estado de morte espiritual transitório.

Sempre que colocamos todas as nossas forças para a conquista de bens materiais, poder, evidência social, esquecidos que estamos apenas vivendo uma experiência, com término em momento imprevisto, estamos mortos espiritualmente. É preciso ressuscitar, retornar ao compromisso que assumimos com a nossa consciência antes de reentrarmos no novo corpo físico, este que estamos agora utilizando (isto é a reencarnação).

Ressuscitar é tornar a condição anterior à ilusão de um período que deliberamos viver pela ganância, vaidade, orgulho, egoísmo...

Ressuscitar é, também, retornar à condição anterior do estado de depressão, pânico e tantos outros problemas psicológicos e psiquiátricos.

Ressurgir é voltar ao estado de normalidade espiritual, conquanto poderemos receber ajuda medicamentosa, profissional, amorosa, até que fiquemos novamente em pé, mas será a nossa vontade que nos fará andar, superando com clareza e coragem as nossas inferioridades naturais de quem está no caminho evolutivo. Embrenhar-se novamente nas ilusões e fantasias é morrer outra vez espiritualmente, embora fisicamente possa-se parecer normal.

Jesus nos trouxe a mensagem essencial, os Benfeitores Espirituais aclararam o entendimento, e cabe a cada um de nós o próprio salvamento das mazelas que cultivamos, utilizando-se das claridades que o Mundo Espiritual esparge sobre os homens. Onde estaria o mérito do aprendiz. Como chegaríamos a ser mestres se ainda não aprendemos a ser alunos?


                                               Dorival da Silva

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Depressão: na periferia do assunto

Crônicas e Artigos
Ano 6 - N° 294 - 13 de Janeiro de 2013


RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)



Depressão: na periferia do assunto

“A depressão é semelhante à noite inopinada em pleno dia. É nuvem ameaçadora que tolda o sol. É tóxico que envenena lentamente as mais belas florações do ser.” – Joanna de Ângelis.

A revista VEJA, edição 2297 de 28 de novembro de 2012, traz uma reportagem de capa intitulada DEPRESSÃO – A PROMESSA DE CURA. No interior da revista, às páginas 152 a 159, encontramos uma reportagem com uma análise da utilização de uma substância anestésica – cetamina – como uma nova arma para o combate à depressão.

Como todos os interessados no assunto já conhecem, não podemos confundir os momentos de tristeza normais perante determinados fatos, tais como, a perda de um ente querido, um plano muito desejado que seja frustrado, uma determinada enfermidade temporária que nos atinja interferindo na nossa rotina, com a doença depressiva. Os momentos de tristeza passageiros não traduzem essa última exatamente porque nela – doença depressiva – a amargura permanece por período indeterminado, sendo capaz de grandes tragédias – o suicídio – quando não devidamente tratada. A doença depressiva atinge a elevada cifra de 20% da população mundial. De 30 a 40% dos pacientes não encontram alívio algum com os recursos terapêuticos desenvolvidos até hoje. E é aí que entra a nova tentativa com essa substância utilizada em anestesia humana e no animal, a cetamina. Da utilização em soldados americanos na década de 60, na guerra do Vietnã, a alucinógeno ilícito nos anos 90, acena-se com ela uma nova possibilidade de tratamento da depressão. O grande problema é que, seja qual for a medicação em uso, ela visa sempre ao efeito que se estampa no corpo físico, não atingindo a causa que está no Espírito imortal com as suas mazelas morais não resolvidas. Discutem a periferia do problema e ignoram o centro, exatamente como quem fala do efeito acreditando tratar-se da causa.

Recorramos a Joanna de Ângelis: “A nostalgia reflete evocações inconscientes, que parecem haver sido ricas de momentos felizes que não mais se experimentam. Pode proceder de existências transatas do Espírito, que ora as recapitula nos recônditos profundos do ser, lamentando, sem dar-se conta, não mais as fruir; ou de ocorrências da atual.

A depressão é sempre uma forma patológica do estado nostálgico.

A depressão é acompanhada, quase sempre, da perda da fé em si mesmo, nas demais pessoas e em Deus... Os postulados religiosos não conseguem permanecer gerando equilíbrio, porque se esfacelam ante as reações aflitivas do organismo físico. Não se acreditar capaz de reagir ao estado crepuscular caracteriza a gravidade do transtorno emocional.

Do mesmo modo, a depressão tem a sua repercussão orgânica ou vice-versa. Um equipamento desorganizado não pode produzir como seria de desejar. Assim, o corpo em desajuste leva a estados emocionais irregulares, tanto quanto esses produzem sensações e inarmonias perturbadoras na conduta psicológica.

A situação se torna mais grave quando se acerca de uma idade especial, 35 ou 40 anos, um pouco mais, um pouco menos, e lhe parece que não conseguiu o que anelava, não se havendo realizado em tal ou qual área, embora noutras se encontre muito bem. Essa reflexão autopunitiva dá gênese a um estado depressivo com indução ao suicídio”. (Da obra: Amor, imbatível amor.)

Enquanto as medicações mais variadas percorrem o corpo físico na tentativa de solucionar o problema da depressão como de outras patologias graves, a consciência endividada cobra a si mesma a reparação do desequilíbrio em que alguém foi lesado. E sempre que lesamos a outrem recebemos o efeito bumerangue do mal praticado por livre e espontânea vontade. A consciência registra o fato e o submete ao porão do inconsciente acreditando ter deletado o fato criminoso. Nas futuras existências, por razões variadas, desse porão escapam fragmentos dos desequilíbrios praticados que passam a minar os dias daquela existência nova no corpo, mas velha em Espírito necessitado de obedecer ao alerta longínquo: vá e não peques mais. É o homem velho visitando o homem novo como o visitante não desejável, mas impossível de ser impedido. A nova substância em estudo – a cetamina – será a solução definitiva? Não acreditamos. Representará um curativo com gaze nova em feridas velhas. Feridas profundas abrigadas na consciência enferma perante si mesma. A cura definitiva de todo e qualquer mal que traga a dor ao ser imortal permanece nos ensinamentos que reverberam através dos séculos passados e dos tempos vindouros Daquele que estará conosco até a consumação dos séculos...


Extraída da Revista "O Consolador", no endereço:
http://www.oconsolador.com.br/ano6/294/ricardo_forni.html