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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Escritura individual


Escritura individual

“Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.” - (Mateus, 26:56.)
O desígnio a cumprir-se não constitui característica exclusiva para a missão de Jesus.
Cada homem tem o mapa da ordem divina em sua existência, a ser executado com a colaboração do livre-arbítrio, no grande plano da vida eterna.
Acima de tudo, nesse sentido, toda criatura pensante não ignora que será compelida a restituir o corpo de carne à terra.
Os companheiros menos educados sabem, intuitivamente, que comparecerão a exame de contas, que se lhes defrontarão paisagens novas, além do sepulcro, e que colherão, sem mais nem menos, o fruto das ações que houverem semeado no seio da coletividade terrestre.
Em geral, porém, ao homem comum esse contrato, entre o servo encarnado e o Senhor Supremo, parece extremamente impreciso, e prossegue, experiência afora, de rebeldia em rebeldia.
Nem por isso, todavia, a escritura, principalmente nos parágrafos da morte, deixará de cumprir-se. O momento, nesse particular, surge sempre, com múltiplos pretextos, para que as determinações divinas se realizem. No minuto exato, familiares e amigos excursionam em diferentes mundos de ideias, através das esferas da perplexidade, do temor, da tristeza, da dúvida, da interrogação dolorosa e, apesar da presença tangível dos afeiçoados, no quadro de testemunhos que lhe dizem respeito, o homem atende, sozinho, no capítulo da morte, aos itens da escritura grafada por ele próprio, diante das Leis do Eterno Pai, com seus atos, palavras e pensamentos de cada dia.
Mensagem extraída da obra: Vinha de Luz, ditada pelo Espírito Emmanuel e psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, capítulo 94,
REFLEXÃO: Como negar ao que consta instalado na consciência? O translado escritural dos compromissos assumidos diante da estância evolutiva é inegável, intransferível, cabendo ao compromissado dar contas sob pena das cominações inerentes ao inadimplente, podendo ser agravadas pela renitência no descumprimento de suas obrigações.
Uma multidão de Espíritos todos os dias deixa a vida do corpo físico, em incontável circunstância, e uma outra entra na vida corporal, os que retornam ao campo espiritual levam consigo o atendimento ou não de seus compromissos escriturados na alma, põem-se felizes ou magoados, revoltados o que corresponde aos seus feitos e ao atendimento ou não das cláusulas morais do seu contrato diante da vida; os que chegam, vem com os ajustados deveres a cumprir, na maioria, cheios de esperança e os melhores desejos, no entanto, no transcorrer da lida, no levantar da cortina dos oferecimentos do mundo poucos resistem à tentação de novamente usufruir das experiências conhecidas em vida anterior, que tendenciosamente acende o braseiro adormecido, lembrando-se intuitivamente de sensações, tais como: do poder degenerativo, do sensualismo, do sexualismo e outros “-ismos” depreciativos de comportamento digno diante da consciência,    dando aso ao descumprimento voluntário dos compromissos  escriturados  no próprio espírito.
O orientador espiritual Emmanuel, na página inicial, registra: “Em geral, porém, ao homem comum esse contrato, entre o servo encarnado e o Senhor Supremo, parece extremamente impreciso, e prossegue, experiência afora, de rebeldia em rebeldia”.  É a liberdade que o Criador dá à criatura, o livre-arbítrio. Aí reside o problema humano, que pode decidir por sua conta, o que fazer na vida; como está mais próximo da sua origem, do estado egoístico, próximo da animalidade, conquanto a conquista de alguns passos evolutivos, contrariar a própria consciência ainda lhe dá satisfação, tem prazer doentio, o prefere aos esforços do livramento de seu próprio mal.
Respeitar o escriturado espiritual, que geralmente exige reparação de desvios antigos, reorientação dos sentimentos, estabelecimentos em si de uma fé raciocinada, ações no bem geral, diminuição do orgulho e do egoísmo, exercício da verdadeira caridade, conquista de virtudes, não é tarefa cômoda, não é viagem de lazer, trata-se de esforço hercúleo.
O que se precisa entender, o que faria com que os esforços ficassem mais leves, é ter uma visão de futuro, futuro espiritual, entendendo que o espírito humano viaja no tempo, pela eternidade, e quanto mais rápido supera suas misérias e conquista virtudes mais leve se torna, fazendo com que a viagem que por ora é incômoda, pesada, dolorida, porque carrega-se uma montanha de quinquilharia emocionais sem nexo, em muito, somente atendendo os caprichos da própria escuridão moral que em nada importa para a felicidade e paz íntima. 
No final do último parágrafo do texto de Emmanuel, lê-se: “(...) o homem atende, sozinho, no capítulo da morte, aos itens da escritura grafada por ele próprio, diante das Leis do Eterno Pai, com seus atos, palavras e pensamentos de cada dia.”  Conquanto a rebeldia geral, considerando o não atendimento em nada do que foi combinado antes da entrada na carne, uma cláusula será cumprida fielmente, a da morte do corpo, essa não há como adiar; mesmo correndo num processo de mortes coletivas, cada espírito estará singularmente posto na forma “grafada por ele próprio”.
Por que não honrar o compromisso proposto e assumido voluntariamente diante da Lei Natural, sendo que todas as cláusulas são a favor do devedor?
                                             Dorival da Silva

domingo, 28 de setembro de 2014

MORTES VIOLENTAS – O QUE ACONTECE COM OS ESPÍRITOS?



MORTES VIOLENTAS – O QUE ACONTECE COM OS ESPÍRITOS?

Ontem e hoje, conversando e/ou teclando com muitas pessoas via internet, algumas delas me questionaram o que  acontece com as pessoas que desencarnam com os seus corpos destroçados, como foi o caso  do  presidenciável Eduardo Campos e das demais pessoas que estavam no avião com ele?  Como chegam ao mundo espiritual?  Sentem, no outro lado da vida,  as dores dos ferimentos e das rupturas do corpo físico? Sentem também destroçados?
Aprendemos com os Benfeitores Espirituais, que a morte do corpo físico, quase sempre, nem é notada pelo espírito, tamanha é a naturalidade da passagem de um plano para o outro.
Isso significa que muitos espíritos desencarnam e levam muito tempo para descobrir, perceberem que já deixaram o corpo material.
Aprendemos, também, com a doutrina espírita, que quando reencarnado, o espírito dispõe de  dois corpos de manifestação: o corpo físico e o perispírito (corpo espiritual), sendo o segundo, o elo de ligação da alma e do corpo físico.
Isso significa que quando estamos em vigília, o espírito se vale do corpo físico e quando está desdobrado pelo sono ou quando desencarna, se vale do corpo espiritual para as suas manifestações e atividades.
Quando acontece da pessoa ir, aos poucos, perdendo a vitalidade para a vida física, ou seja, vai envelhecendo o corpo material, o espírito vai também desprendendo naturalmente desse corpo, até a sua total ruptura com ele. Assim sendo, muitas vezes, a morte poderá significar para o espírito a libertação de suas aflições da vida material.
Já quando o ser humano está em plena força física e desencarna, entra em um estado de perturbação, não entendendo o que está lhe acontecendo, vindo a ser ajudado pelos amigos espirituais e  familiares que utilizam-se de hospitais ou casas transitórias para atender em suas primeiras necessidades. Geralmente os Benfeitores mantém o espírito em sono profundo pelo tempo que esse precisar, até que ele possa saber ou perceber a sua nova condição.
Em casos de morte violenta, onde o corpo físico se destroça por completo, como foi o caso dos ocupantes do avião acidentado em Santos, na questão de número 162 de O Livro dos Espíritos, os Benfeitores afirmam que, pelo fato, do homem, não raro, conservar a consciência de si mesmo durante alguns minutos até que a vida orgânica se extingui completamente, quase sempre, a apreensão da morte lhe faz perder a consciência antes do momento do suplício. Ou seja, essa apreensão pode durar alguns minutos, segundos, e nada mais ser observado pelo espírito. Casos existem que, por merecimento, a pessoa entra em sono profundo antes mesmo da sua morte física e nada vê ou percebe dela. Só  no Mundo Espiritual irá saber do ocorrido e observar que, apesar de ter sido da forma que foi,  seu corpo espiritual está intacto, sem nenhum arranhão sequer.
Lembro-me de uma noite de psicografia  na Casa da Prece em Uberaba, quando Chico Xavier começou a ler as mensagens que chegaram por seu intermédio, uma me tocou profundamente. Tratava-se de um jovem ciclista de Santa Catarina, estudante de medicina, que numa manhã de sol, como de costume,  saiu para pedalar e foi bruscamente atropelado por um caminhão. Sua mãe imaginava que pelos destroços de seu corpo físico, ele sofria muito no Mundo Espiritual. Em sua carta ele afirmava e acalmava sua mãe dizendo apenas lembrar-se de sua apreensão quando observou a aproximação do caminhão e nada viu e sentiu do acidente. Dizia:
- Mãe acredite em mim, cheguei aqui sem nenhum arranhão sequer. Foi tudo muito rápido. Fui carinhosamente envolvido pela vovó que me levou para um abrigo confortador. Não sofra minha mãe querida, pois não sofri nada como a senhora imagina.
Os Benfeitores afirmam que a única morte que lesa o perispírito e faz o espírito sentir a dor daquilo que exterminou a vida do corpo físico, é a morte pelo suicídio. Não é castigo, trata-se apenas do inicio do processo  reeducativo que o espírito suicida precisará experimentar, para valorizar as suas existências corpóreas futuras, como instrumento de sua evolução.
Seja qual for o tipo de morte que uma pessoa tiver, a única coisa que o seu espírito precisará, é do conforto das preces e da aceitação daqueles que aqui ficaram. A morte só existe para o corpo físico porque o espírito é imortal. Deus não tem nenhum dos seus filhos morto. Confiemos  mais na nossa imortalidade, pois com ela tudo mudará em nós.



Ismael Batista da Silva é natural de Guaxupé, Minas Gerais, onde reside atualmente.  Aposentado, espírita de berço, trabalha como médium e coordenador de cursos doutrinários no Centro Espírita Nova Era - instituição frequentada pela sua família materna,  a começar por sua bisavó – vovó Chiquinha.
Residiu por 33 anos na cidade paulista de São José do Rio Pardo, onde dirigiu, por 10 anos, a Sociedade Beneficente Espírita Paulo de Tarso e o Asilo Lar de Jesus. Nessa cidade fundou e construiu a Fundação Espírita Dr. Bezerra de Menezes, entidade que atende inúmeras pessoas nas suas múltiplas necessidades.
Foi Presidente e Diretor Doutrinário de USEs – intermunicipal  e regional.  Fundou e atualmente preside o IDEG – Instituto de Divulgação Espírita de Guaxupé.