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sexta-feira, 8 de março de 2019

"EU PROTESTO”



"EU PROTESTO”

#Artigo Divaldo Franco

Lamentavelmente, a liberdade é uma conquista que nem todos os seres humanos compreendem. Alguns setores da sociedade confundem-na com a libertinagem, a permissão que lhes faculta o direito ao desrespeito a tudo quanto lhes perturba ou lhes impõe disciplina moral. Cada dia acompanhamos a perversão dos costumes e os atentados de vária ordem, utilizados insensatamente por esses libertinos escudados no direito que negam aos outros.

Não há muito, em nome da cultura, vimos exibir-se despido um homem no Museu de Arte Moderna de São Paulo, que se dispôs permitir-se apalpar por crianças em nome da liberdade. Outras exposições perversas foram apresentadas em Porto Alegre e em Belo Horizonte, em nome da arte, em espetáculos chulos e de baixo padrão moral, numa apresentação psicopatológica, exaltada pelos mesmos representantes do chamado progresso cultural. Há poucos dias, em São Paulo, no desfile do Carnaval, a Escola de Samba Gaviões da Fiel exibiu um quadro horripilante, ironizando Jesus, que era apresentado semidespido, surrado por Satanás, que o martirizava com um tridente, matando-O, enquanto caveiras sambavam em Sua volta. O espetáculo vulgar e agressivo mereceu a revolta de muitos foliões e pessoas outras que não puderam compreender a razão pela qual esse extraordinário vulto, considerado o maior da humanidade, cujo berço dividiu a História, naquela situação profundamente vexatória e agressiva não somente à Sua memória, assim como a todos aqueles que O respeitamos e cultuamos em nosso comportamento.

Com que direito esses sambistas arbitrários se permitiram denegrir a figura do Homem de Nazaré, respeitado mesmo por aqueles que não Lhe seguem as diretrizes filosóficas e religiosas? Esse comportamento viola todos os valores morais que a liberdade concede, naturalmente exigindo consideração ao direito dos outros. Sou espírita-cristão que aprendi com Ele a respeitar todas criaturas, credos e ateísmo, impositivos sociais e morais, não me podendo calar ante a afronta vil e zombeteira dos carnavalescos embriagados pelas paixões subalternas... Não é a primeira vez que a crueldade ateísta de alguns indivíduos tenta macular a figura incorruptível de Jesus. Incomodados com a grandeza e excelência dos Seus ensinamentos, que eles não têm valor moral para vivenciar, dominados por conflitos sexuais e de outra ordem, buscam desacreditar o incomparável pensador e Mestre, que vem iluminando a consciência da sociedade desde há dois mil anos.

Tem-se insistido em informar que Jesus era gay, em tentativa de diminuir-lhe a dignidade, e advogam, ao mesmo tempo, que os gays merecem todo respeito e consideração. Claro que os gays são credores de nosso respeito, pois que são pessoas normais e dignas, mas aqueles que assim procedem visam diminuir-Lhe o conceito de honradez, o que não deixa de ser um paradoxo. Espero que outros cristãos decididos apresentem a sua recusa e protesto a esses adversários da dignidade humana, demonstrando-lhes que as suas demências não servirão de modelo moral à sociedade em construção neste momento quando iniciamos uma Era Nova de justiça e amor. Jesus não é apenas um símbolo do Mundo melhor, mas o exemplo que é guia para a conquista da plenitude."

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, de 7 de março de 2019.

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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

O Museu do Rio de Janeiro


O Museu do Rio de Janeiro

Todos nós, brasileiros, lamentamos profundamente o esperado incêndio do museu histórico do Rio de Janeiro, responsável por duzentos anos de brasilidade, sob vários aspectos.

Narra a imprensa que a questão de segurança vinha sendo debatida desde há muito, sem que as necessárias providências fossem tomadas com seriedade, o que facultou a terrível catástrofe.

Enquanto as labaredas consumiam parte da nossa história, não nos foi possível ficar indiferentes àquela consumpção decorrente da irresponsabilidade humana. Recordo-me de quando Hitler em 1933 celebrou com os seus asseclas a queima dos livros escritos por judeus, iniciava, dessa forma, a futura cremação de seres humanos nos seus campos de trabalhos forçados e câmaras de gás...

Visitando Dachau, lembro-me de uma frase de grande poeta ali exposta: Quando se queimam livros, mais tarde se queimarão seres humanos. Era uma profecia macabra que se fez real e chocou a humanidade.

A história de uma nação é a sua alma, são os seus feitos, suas glórias e quedas, suas experiências vitoriosas ou infelizes, páginas vivas que contribuirão em favor do seu e do futuro do povo.

Milhões de documentos valiosos transformaram-se em cinza, e hoje permanece o esqueleto carbonizado do edifício grandioso, que um dia foi residência da família real que governou o País.

Nunca mais será possível recuperar-se qualquer peça, porque nenhuma providência foi tomada, mesmo durante o incêndio, para ser salva.

Os que viram o fogaréu ficaram imobilizados...

Tive ocasião de visitar Oradour, cidade francesa que os nazistas destruíram durante a Segunda Guerra Mundial, por falso motivo de receber e esconder partisans (guerrilheiros patriotas), não deixando vivas sequer as plantas. A cidade fora cercada e aniquilada com todos os seus habitantes e animais. Posteriormente, o general Charles de Gaulle, ao tornar-se presidente da França, tornou-a patrimônio da humanidade através da UNESCO, como lição viva da barbárie humana.

Quantos extraordinários documentos desapareceram para sempre, fotografias, pinturas, trabalhos científicos e peças de arte foram consumidos, deixando-nos ignorantes da própria história.

As futuras gerações estarão órfãs desde agora de poderosas e legítimas fontes de informações a respeito do belo país em que renasceram.

O Brasil, dizem muitos notáveis periodistas, é um país sem história, o que se torna lamentável, considerando-se a sua grandeza e o seu destino espiritual e cultural.

Que a infeliz ocorrência pelo menos sirva de advertência às autoridades responsáveis por outros patrimônios vivos desta grandiosa pátria do Cruzeiro do Sul, fadada à construção de uma sociedade justa e plenamente feliz.

Divaldo Pereira Franco.
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 6.9.2018.
Em 6.9.2018.