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segunda-feira, 21 de julho de 2025

Um grande mal da atualidade: o ódio

                           Um grande mal da atualidade: o ódio 

É raro o dia em que não se veem, nos meios de comunicação, manifestações de ódio. O ódio é um sentimento cego, que nasce de uma alma doente, como um estopim que, repentinamente, se acende e incendeia, causando males irreversíveis. O gesto tresloucado de alguém contagia outras almas igualmente enfermas, tal como a suagerando desastres coletivos e prejudicando pessoas, entidades e organizações governamentais. 

A agilidade e o alcance dos meios virtuais de comunicação levam a influência do ódio a todas as pessoas que os acessam, despertando tal sentimento naqueles que têm a alma em desalinho e incomodando aqueles que não aderem a tais iniciativas nocivas, mas as contestam ou lamentam a infelicidade dos que assim se expressam e agem. É como uma onda que inflama os odientos contra alguma pessoa, causa ou fato e que incomoda toda a sociedade, gerando indignação, medo e receios dos males incompreensíveis lançados irresponsavelmente. 

Todos somos seres humanos; assim, somos espíritos imortais, embora grande parte ainda não compreenda isso.  Mesmo os que carregam o fermento do ódio -- que é uma faceta da personalidade -- e, quando alimentada, ainda que inconscientemente, avoluma-se, tomando conta de todo o ser e comprometendo-o, às vezes, por toda vida, geralmente extrapolando para a existência após a morte.  

Quando o indivíduo se reconhece odiento, mesmo que seja em virtude das consequências de atos gerados pelo seu ódio -- que trazem sofrimentos para si, para os seus familiares e para outras pessoas --, pode realizar uma mudança significativa em seu estado espiritual, caso compreenda que tal sentimento sempre se agravará se continuar sendo alimentado. No entanto, ao tomar a resolução de modificar seus ânimos perniciosos, cultivando pensamentos e ações positivas e refletindo sobre as consequências de quaisquer fatos que surjam, permite-se dar sequência apenas àquilo que possa produzir o bem, neutralizando, na origem, qualquer manifestação de ódio.  

Quando ocorre essa mudança, com a neutralização do sentimento odioso e o desenvolvimento do amor ao próximo -- e, portanto, a si mesmo --, a vida interior do indivíduo se transforma extraordinariamente, proporcionando-lhe, inicialmente, um vislumbre do estado de paz espiritual. Isso impede novos comprometimentos danosos para sua vida, nesse aspecto, e lhe dá forças para superar dívidas morais de atos odientos anteriores. Assim, essa personalidade vai se ressarcindo de suas pendências morais e implementando uma nova vida, cheia de esperança em um futuro melhor.  

A educação moral recebida desde o berço e a evangelização das pessoas na infância neutralizam ou minoram muito os vícios -- as feridas da alma — e, no caso do nosso tema, o ódio, evitando-se grandes transtornos para a vida e da sociedade em que estão inseridas. Essa condição educativa deveria ser encontrada por todas as pessoas ao renascerem, pois a educação espiritual e a melhoria do estado anterior são os objetivos de estarmos todos nesta existência temporária.  

um ensinamento de Jesus Cristo à humanidade: Conhecereis a verdade e ela vos libertará. (João, 8:32) 

Todos precisamos buscar a verdade sobre tudo, mas não se trata de verdades a seu modo. É preciso buscar as verdades como realmente são. E elas não têm origem, nem são comandadas ou controladas pelo homem. As verdades às quais o Mestre se refere têm o seu fulcro no Criador de Todas as Coisas: Deus. São perfeitas e imutáveis.  

O caminho para essa busca se inicia no próprio indivíduo, com o autoconhecimento. Isso exige, naturalmente, o desenvolvimento intelectual e moral, bem como a compreensão das Leis Divinas e a Sua justiça. Nessa trajetória, superam-se o egoísmo, a presunção, a vaidade e o orgulho exacerbado, que comutam em virtudes como a humildade, a bondade e a compreensão. Nesse estágio evolutivo, o sentimento de ódio já não fará parte da personalidade.  

As orientações vindas dos Céus, por meio de Jesus Cristo, são universais; no entanto, a acolhida, a compreensão e a vivência dessas verdades são pessoais. 

A quem serve o sentimento de ódio? 

                              Dorival da Silva. 

sexta-feira, 1 de março de 2024

Viver bem e bem viver

 Viver bem e bem viver. 

    Às vezes ouvimos ou lemos essas expressões. Elas além de serem parecidas na forma também se confundem no sentido. Mas, não queremos fazer análise linguística sobre tais expressões. Queremos fazer uma reflexão sobre a trajetória espiritual de uma personalidade quando no campo material e posteriormente à sua morte no ambiente dos desencarnados. 

    Embora uma situação hipotética, mas que não deixa de ter um fundo de realidade, em conta que baseamos nas vivências narradas em centenas de atendimentos mediúnicos a espíritos de todos os níveis de entendimento.  Esse todos os níveis de entendimento, vamos limitá-los à faixa equivalente à minha e à sua condição espiritual, porque acima disso fica fora de nossa possibilidade de analisar.   

    Suponhamos a condição de vida de apenas viver bem! Um indivíduo, um casal ou uma família. Ganhar dinheiro e gerar patrimônio com o fim único de satisfazer todas as expectativas da vida, no que concerne ao lazer, viagens, festas, luxos, excessos e extravagâncias a título de boa vida. Ilusoriamente busca-se a felicidade. Mas, todos esses episódios da vida passam e restam vazios na alma. Falta algo!  

    O dinheiro farto, a riqueza de coisas e muito lazer faz a vida ficar fastidiosa. Conquanto, conquistar as coisas materiais é próprio do desenvolvimento das atividades de qualquer indivíduo. O problema está em pensar somente nisso. E estamos nos referindo a tudo de maneira honesta. Assim mesmo sentimos que existe um vazio que não nos permite uma satisfação completa, embora materialmente estejamos sem nenhuma necessidade.  

    Existe uma necessidade em nós que não se preenche com coisas adquiridas com dinheiro. É preciso despertar para isso. Primeiro, saber que não somos matérias, na essência somos espíritos. A matéria atende necessidades de suporte para a vida ter condições de ser vivida com produtividade intelectual e moral. Nem a moral e nem o intelecto são matérias. São atributos do espírito. No entanto, para a experiência nesta vida orgânica precisa atender suas necessidades para não sofrer impedimentos para o exercício evolutivo espiritual. A composição orgânica precisa estar vitalizada, os neurônios ativados e competentes para as interações do ser imortal, com os afazeres cotidianos da jornada na presente vida.  

    Trata-se de equipamento canal a serviço temporário do ser espiritual.  

    O mais importante é saber que somos espíritos, não somos temporários tal como o corpo. Mas, é importante saber que as consequências de tudo o que se dá na vida no corpo também ocorre na vida do espírito. Sendo que o corpo uma ora sucumbe, mas o espírito continua e carrega toda a responsabilidade. 

    Mas, com a consciência de que somos espíritos e de que não nos livraremos das consequências de todas as atitudes, boas ou não, podemos melhor nos posicionarmos nesta vida. Sabendo que todo uso precisa ser no necessário, porque o que passar disso fará falta a alguém. Apesar de não ser possível dizer para quem está fazendo falta isso ou aquilo, é sempre alguém da humanidade que não tem. Veja quanta miséria existe na nossa cidade ou no mundo. Falta água potável, falta nutrição adequada. E os outros problemas sociais. Muitos têm muito e desperdiçam, outros…  

    Bem viver é ter consciência de como vivemos. Consciência de que não estamos sozinhos, somos muitos. Indistintamente, todos somos necessitados. Por isso, estamos aqui. A finalidade é a aprendizagem.  

    Bem viver é saber que não estamos passando pela vida terrena para lazeres e gozos, essas coisas são necessidades num padrão de restabelecimento das forças físicas, visando novos embates evolutivos. Vez que logo deixaremos o corpo pelo tempo transcorrido, pelo desgaste, pela doença…  

    O que ficou de tudo isso, veremos logo após deixarmos esta vida. A consciência estará livre das peias densas da massa carnal. Fará um balanço contábil, apurando o resultado, entre os acertos e os erros. E avaliará se o resultado atendeu as suas expectativas, pois antes de adentrar aquele corpo que lhe serviu à experiência tinha um planejamento e os objetivos a serem alcançados. Ninguém adentra numa experiência, num corpo físico, para errar, sempre o que se espera é a vitória, é o acerto. Muitas vezes se esquece disso. Daí a frustração. O arrependimento. A infelicidade. O tormento de recomeçar, no futuro, em nova vida material, as mesmas experiências, possivelmente em ambiente adverso, vez que desperdiçou a oportunidade. 

    Bem viver é cuidar de si, cuidar dos seus, cuidar do próximo sem se apossar de ninguém. Amar é libertar. Podemos orientar, podemos assistir, podemos socorrer, mas não podemos tirar a liberdade dos outros. Como gostaríamos que nos cuidassem? 

    Às vezes pensam que cuidar dos outros é carregar alguém no colo. O entendimento não é esse. Cuidamos dos outros quando utilizamos com moderação a água, o alimento, a energia elétrica, o combustível automotivo; quando separamos o lixo orgânico do reciclável, quando contribuímos com organizações de socorro humanitário… Mesmo não sabendo qual indivíduo estamos atendendo, mas sabemos que a humanidade está sendo atendida. Assim, muitos estão fazendo isso e nos atendendo, sem saberem que existimos. “Amar ao próximo como a si mesmo.” 

    Viver bem e bem viver são as mesmas palavras, mas se pode tirar conclusões bem distintas. O importante é saber que o agente desses contextos de vida somos nós mesmos. Os feitos, as decisões e os resultados e consequências nos pertencem. Apenas nos cabem as reflexões sobre: Viver bem e bem viver. 

Dorival da Silva.