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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Ele existe, é verdade!

                                                             Ele existe, é verdade! 

Esse Ser surgiu no mundo depois de anunciado por milênios. A história antiga e os livros sagrados fazem os registros. Os guias da humanidade anteriores ao seu surgimento referiam-Lhe as virtudes, as novidades que o acompanham, as mudanças que são seu fanal. Uma proposição de novo tempo. Uma modificação no mundo íntimo de cada criatura, mesmo que não entendida inicialmente, mas o tempo carrearia a compreensão. O desconhecimento, o medo de saber, a resistência em mudar o estado concebido e as ideias antigas tornam-se patrimônios difíceis de renovar na alma humana. 

Ele chegou ao mundo da forma mais simples possível, não foi em nenhuma maternidade de referência, seus pais não tinham casas adornadas, e nem bagagens suntuosas, o ambiente daquele momento era hostil, os riscos de morte eram grandes, assim o melhor era a própria Natureza, em campo aberto, sob o Céu de estrelas, no recanto preferido de animais, no ponto de maior culminância, a manjedoura. A simplicidade e a pureza da circunstância, como uma catapulta Divina, lançaram-no sobre a humanidade, impregnando mentes e corações com os seus valores nobres e poderes renovadores de conteúdos espirituais. Existe tal como uma nuvem invisível, dispondo tudo o que é mais grandioso para aqueles que conscientemente O desejarem. A interação com os seus valores é livre; basta, verdadeiramente, querer.  

A rebeldia de uma parte considerável da população mundial moderna, que relega a fé por conveniência ou por comodismo, distraída pelos artefatos e recursos modernos que incessantemente oferecem novidades para distrair os sentidos. As facilidades e o pronto atendimento das necessidades artificiais, que não durarão, levam a massa humana esquecer que sua vida espiritual é eterna, enquanto a material é finita. A importância que se atribui à vida material não é a mesma que encontrará após o seu término, que poderá ser a qualquer momento. No entanto, os valores consideráveis do outro lado da vida não são os mesmos que aqui recebem tanta distinção. Os interesses puramente passageiros e materiais permanecem neste ambiente; o que segue com quem vai para o outro lada da vida não é material. A riqueza espiritual, composta de virtudes, permanecerá, assim como as responsabilidades por omissões, más intenções e tudo mais que for negativo. O que é virtuoso sustentará uma vida de paz e felicidade, em algum nível. Caso isso não esteja presente, a responsabilidade no espírito proporcionará frustração e arrependimento, que não deixam de ser sofrimento. 

Em algum momento de Sua vida, Ele ensina: "Conhecereis a verdade e ela vos libertará (João, 8:32)."  Apesar dos meios de comunicação abrangentes e disponíveis, da escolarização acessível e dos meios religiosos alcançáveis a qualquer hora do dia, Jesus Cristo, esse Ser grandioso de quem estamos tratando, tem encontrado o distanciamento de número considerável de pessoas, mesmo entre os religiosos. A forma como O consideram é comparável a ideia de uma ficção antiga ou uma personagem mitológica.  

Com um pensamento superficial sobre sua importância, que não leva à convicção, pois não se dá o crédito necessário nem a dedicação ao estudo profundo das verdades que Ele trouxe ao mundo. Verdades que estão nos fundamentos das ciências, da justiça, das organizações sociais, dos comportamentos, da moral e da ética, e da salvação do estado de ignorâncias sobre a vida espiritual.   

Jesus não é uma fantasia, é tão real como qualquer um de nós. Somente que alcançou há muito tempo um estágio evolutivo que todos devemos buscar, o de pureza espiritual. Ele, o Senhor, veio do futuro para se apresentar como o objetivo que devemos desejar. Tendo trilhado todos os caminhos evolutivos e alcançado a perfeição, veio ao mudo e está presente para oferecer condições ao nosso entendimento sobre a questão maior da vida: o aprimoramento espiritual.  

"Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo. (Mateus, 11:28 a 30.)” Esses versículos mostram que Seu objetivo é estender condições a todos na Terra, independentemente do estágio evolutivo. Não importa se é ignorante, inocente ou grande criminoso. O relevante é o interesse pela busca consciente da melhoria espiritual, não sobre a ótica ou julgamento do mundo, mas através de um esforço íntimo, onde ninguém poderá analisar. Ele mesmo informou que não veio para os sãos, mas para os doentes.  Todos que estamos neste mundo somos doentes espirituais em algum ponto, uma das razões de estarmos aqui. O orgulho não nos permite reconhecer a nossa doença. Quando as circunstâncias nos colocarem no nosso devido lugar, entenderemos o quanto estamos doentes espiritualmente e recorreremos a quem verdadeiramente poderá nos socorrer.  

Vejamos que no ensinamento acima existem condições: " (...) aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, (...)".  Com arrogância, exaltação orgulhosa ou imposição, não se poderá alcançar os benefícios ensinados no versículo. "Aprendei comigo que sou brando e humilde..."  Não se trata de nada exterior, mas sim, de uma profundidade na alma.  

O Senhor, quando estava caminhando neste mundo, disse: "Vinde a mim, todas vós que estais aflitos e sobrecarregados, que Eu vos aliviarei. (...)". Disse isso há dois mil anos, e suas palavras ressoam em nossos dias e continuarão pelos séculos adiante, pois se trata de verdade inderrogável.  

Antes de adentrar este mundo em um traje físico, fez-se anunciar pelos profetas antigos, após milênios de muito trabalho até a sua chegada. Ele já era o Cristo, administrava o planeta, cuidando de todos os espíritos que Lhe foram confiados por Deus.  Jesus veio até nós pessoalmente e retornou à espiritualidade através da imposição da cruz. Posteriormente, retorna em Espírito para certificar seus ensinamentos aos apóstolos. Depois, por cerca de dezoito séculos, muitos trabalhadores abnegados ao cristianismo relembraram as Suas lições. 

Jesus Cristo, respondendo às indagações de Tomé e Filipe, inconformados com a revelação do Mestre de que retornaria ao Pai. Ele, o Senhor, promete: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre (João, 14:16)".  Assim surge em 18 de abril de 1857 a Codificação Espírita, compilada pelo professor Allan Kardec. Trata-se da Doutrina dos Espíritos, denominada a terceira revelação, sendo a 1ª por Moisés e a 2ª por Jesus. Uma se complementa com a outra, sucessivamente. Os Espíritos reveladores, prepostos de Jesus, são muitos e compõem a alta hierarquia espiritual. Para informação, nomeamos alguns: João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito de Verdade, Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg, entre outros (esses nomes encontram-se em Prolegômenos, em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec) 

Assim, Jesus Cristo tem trabalhado para a humanidade da Terra desde seus primórdios. Fez-se presente no mundo corporal como ênfase evolutiva para todos os Espíritos aqui confiados e continua desenvolvendo meios de elevação espiritual para todos deste Planeta.  

Seu trabalho é gigantesco, mas Ele não impõe sua vontade. Respeita a Lei Maior, que deu às criaturas o livre-arbítrio, mas não deixa de apresentar alternativas e oportunidades para o despertamento e o progresso no programa evolutivo para quem desejar.  

Seus ensinamentos são divinos e todo processo busca levar as criaturas ao Criador. Por isso, Ele ensinou: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim (João, 14:6). 

Jesus Cristo existe, é verdade! 

                                          Dorival da Silva 

Nota: As obras básicas da Doutrina Espírita (O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e A Gênese) podem ser baixadas gratuitamente do sítio da Federação Espírita Brasileira (FEB), através do endereço eletrônico abaixo:  

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Ano Novo

 

Ano Novo 

Sempre há esperança! Logo, logo é o Ano Novo. Sempre é momento de recomeço. Embora, nem tudo foi concluído no ano que se finda. Mas, como um oásis no caminho em terra árida, sempre propõe renovação de forças, reflexão sobre o trecho percorrido, às vezes se muda de rumo. Pode-se também remodelar as emoções, reprogramar os passos, rever os objetivos.  

É importante avaliar o contexto exterior. E qual a significância para a vida. Examinar honestamente o contexto interior, como se está: feliz, mais ou menos, infeliz! Como se relaciona com o próximo? Os mais próximos, mesmo! Pai, mãe, irmãos, esposo, esposa, filhos, patrão, chefe, empregados…!? E o cão, o gato…!? E você, com você mesmo, como se trata?  

Muitos se dão muito bem diante do espelho, cuidando da aparência, que nunca está a contento, preocupando-se com a impressão dos outros, o chamado empoderamento! O poder inútil. Tão passageiro como o lampejo do vaga-lume.  

Assim, infinitos modos de pretensamente expressar alguma coisa, que muito se valoriza a título de empoderamento. 

Tantas ilusões! Ausência de reflexão. Tudo o que se externa está fadado ao desaparecimento e não tem mais valor do que aquele que se lhe atribui. 

Nesse degrau do calendário, porque se vai subir ao patamar do novo ano, chamado Ano Novo, cabe muito bem a reflexão. O que sou? Um corpo! Será? Tão exigente, envelhece, apesar dos cuidados, finito! Será que não sou algo maior, utilizando temporariamente esse equipamento trabalhoso? 

Quando essa máquina silenciar, o que pode ocorrer daqui a alguns dias, poderá passar dez anos ou cem anos, mas não há dúvida que irá aquietar em algum tempo. Certamente não sou ele. Não irei ao pó. Seria inútil. O ser inteligente, o ser sentimento, o ser consciente não poderá rumar para o nada.  

De algum lugar vim! Todas as experiências não poderão ser vãs. Algo melhor me espera. Sou algo maior que a minha roupagem carnal. Então, o que sou? 

Viajante do tempo! Ser essencial! A Vida.  

O Ano Novo é oportunidade de se postar melhor no caminho evolutivo, ainda nesta jornada. É o degrau ascendente, ou não. Sempre a escolha é particular.  

Ano Novo e novo ano para quem o desejar! A Vida agradece. 

Dorival da Silva. 

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Encontrando Caminho

                                                       Encontrando Caminho 

 

Aqui, neste mundo, até um certo tempo, somos guiados porque não sabemos caminhar. Somos direcionados para os caminhos que parecem ser os melhores, quase sempre o possível, diante dos costumes, da cultura, da formação e da tradição daqueles que cuidam de nós. São nossos pais, ou tutores, ou certa entidade assistencial, conforme a situação social de cada indivíduo.  

Acontecem nesses caminhares, às vezes excessos para alguns e escassez para outros, desde recursos básicos de sobrevivência, escolaridade, lazeres, condições de saúde, padrões sociais que vão da opulência até a miséria; para uma parte muito mais que o necessário, para outra quase nada do indispensável à sobrevivência.  

São caminhos e descaminhos que percorremos ao longo do tempo. Temos o livre-arbítrio, que é um poder muito grande que não sabemos como utilizar para nosso melhor proveito, e o utilizamos de maneira  aleatoria, gerando transtornos para a própria vida.  

Como podemos aprender se não conhecemos as consequências do direito de errar?  No entanto, junto ao livre-arbítrio, existe a inteligência, mas ela não consegue discernir se não adquiriu conhecimentos e vivências suficientes para isso. Ainda existem os elementos de orgulho e egoísmo, sem se esquecer da presunção de poder. Não se trata de poder temporal, mas de um poder ilusório que invade o íntimo, muito particular, com a magnitude que se permite, até encontrar os contrapontos das vivências com os semelhantes de mesma natureza, enchendo-se de frustrações e loucuras.  

Todos nós carregamos isso com algum grau de controle ou de descontrole, considerando o estado de desenvolvimento moral particular, adquirido ao longo do tempo, não somente na presente vida. Assim, não podemos dispensar a reflexão sobre o que sentimos diante das circunstâncias que nos afetam, seja em relaçao aos fatos positivos ou negativos. A exacerbação de um ou de outro sempre traz algum prejuízo e arrependimento. 

O que precisa ser analisado é o poder que cada indivíduo tem sobre si mesmo. Como um ponto ativo no Universo, quando consciente disso, o indivíduo tem dois contextos infinitos a considerar: 1.º, a amplidão cósmica incomensurável a contemplar e analisar, com os infindáveis mundos particulares das criaturas de todos os Mundos; e 2.º, o universo íntimo de si mesmo.  

A compreensão do Cosmo exterior é feita com a inteligência e as tecnologias desenvolvidas até o limite das potencialidades alcançadas. Medem-se, pesam-se, avaliam-se a distância, velocidade, constituição de cada elemento que se consegue conhecer no infinito cósmico. No universo particular somente o próprio indivíduo pode varrer e aprofundar pesquisa de acordo com as antenas morais construídas a partir de valores conquistados com muitos esforços. Da mesma forma que o infinito existe para o Cosmo exterior existe também para o cosmo íntimo.  

Dentro desse universo particular tem-se os poderes, em todas as intensidades, tanto quanto em qualidades.  

Tudo o que se apresenta no Universo exterior é passível de exaustão, de implosão, de desfazimento, embora nada se perca. Isso dependerá de universos íntimos construídos de inteligência e senso moral altamente desenvolvidos, ávidos de sentimentos nobres e virtudes consagradas para novas construções universais sob o comando da Força Irresistível, o Poder Divino.   

O centro de força particular aprimorado,  que corresponde ao Espírito perfeito, é a alavanca que move o Universo, pois é preciso que se interpretem as forças da Natureza, ou seja, que se comungue do pensamento Divino e trabalhe sem cessar, consciente da corresponsabilidade universal.   

Em razão disso, a presença de bilhões de Espíritos em diversos  níveis evolutivos no Planeta Terra -- além da infinidade de outros Planetas com a mesma finalidade -- é notória. Uma multidão se arrasta, outros andam, alguns alçam voos na escala do progresso; são os estágios dos universos particulares que formam as plêiades dos seus correspondentes. No entanto, todos chegarão ao estado de perfeição. Os esforços e os tempos são por conta de cada individualidade.  Aqueles que trabalham nas grandes construções universais outrora surgiram do átomo, se arrastaram, andaram e voaram até a perfeição. Agora, constroem novos mundos na Casa do Pai, com a matéria universal, utilizando a força do Espírito, para dar oportunidade àqueles que estão na esteira evolutiva do tempo sem fim.  

Qual o caminho a seguir? 


                                          Dorival da Silva