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sábado, 31 de dezembro de 2022

Ano Novo

 Ano Novo 

 

Na vida tudo é cíclico! 

O calendário se renova. 

Para alguns o ciclo se encerra, 

Para outros se inicia. 

 

O Ano Novo poderá ser novo para alguns 

Ou a permanência, no velho, para outros. 

Muitas aflições ficam no Ano que termina, 

Tantas outras fluem para o Ano Novo. 

 

O Ano Novo é ciclo que se inicia para àqueles que se renovam. 

É a mesmice para quem se rebela e prefere os ressentimentos. 

O calendário está na parede, no celular... 

O tempo real se conta nos sentimentos, nas emoções e na importância que se lhe dá. 

 

Para muitos, o Ano Novo é a mudança de calendário; 

Para outros é um novo tempo, a esperança, a concretude. 

O Ano Novo é novo ou não, conforme se vive. 

Viver um novo tempo ou se limitar a permanecer no passado é condição do estado de Espírito, lucidez ou escuridade, o que corresponde à felicidade ou a sua ausência. 

 

Embora a felicidade seja relativa na Terra, 

Viver com bom ânimo e clareza de seu destino, 

A confiança no Criador, a fé, o desejo de acertar e se renovar são sempre impulsos para um novo tempo. 

O otimismo, o pensar no bem são estímulos para construção de novo tempo na alma de cada indivíduo, assim, sempre haverá um Ano Novo... 

 

Dorival da Silva 

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Amigo? Amigo!

                                     Amigo?  Amigo! 

         

    Amigo é aquele que se interessa pelo amigo. Não vê cor, classe social, nível cultural, se é jovem ou idoso, se é saudável ou tem comorbidades. Amigo é amigo! 


    Quando esse Amigo conhece o amigo de milênios e possivelmente de outra casa do Pai, que pulula no Espaço Sideral, e propõe oportunidade de progresso, sem imposições e exigências, suportando todos os queixumes, má vontade, rebeldia… Quem seria esse Amigo? Amigo da Humanidade! Todos sabem quem é Jesus.

  

O problema é que o beneficiado de longo tempo da amizade do Amigo Divino não Lhe retribui a amizade com o mesmo interesse dispensado pelo Amigo. Ele, numa metáfora lendária, carregou o amigo no colo por muito tempo. Tanto é que, ao prestar um pouco mais de atenção, percebeu que na praia havia apenas marcas de dois pés, e não eram suas, porque eram do Amigo que o trazia nos braços

 

A figura da praia é a jornada da vida. Agora que começa a acordar se rebela por ter que fazer suas próprias marcas nas areias da vida.  


Quando os sentimentos e a inteligência do reencarnado permitem, Ele faz arranjos pedagógicos para que seu tutelado possa avançar, apresenta orientadores, encaminha lições, propõe desempenho voluntário e aguarda com paciência, os passos vacilantes ou até o estacamento do viajante do tempo infinito.  

 

Quando há estagnação na caminhada evolutiva, proporcionando devaneios luxuriosos, arbitrariedades, desmandos e infração da Lei que tudo rege, é preciso uma motivação mais enérgica, que surge das próprias consequências de suas obras. “A cada um segundo as suas obras”.


Trata-se do anjo da dor, nascido de seu próprio interesse, sendo o seu cultivo, o sofrimento, capaz de reestruturar o rumo à continuidade do caminho desejado para toda a criatura, a perfeição.

  

O Amigo excelente não pode fazer a parte do beneficiário da oportunidade. Não seria bom mestre. O aprendiz da perfeição precisa inteirar-se das verdades reveladas por Jesus, entender as essencialidades mensageiras e delas abstrair valores que lhe impregne na Alma, sedimentando as experiências e comprovando as virtudes conquistadas. Não há evolução sem estudo, meditação e esforço.  


É uma ilusão frustrante para quem espera que alguém faça a sua parte na elevação espiritual e lhe entregue os louros da vitória. Quem espera que isso aconteça só encontrará frustração.  


O Mundo está cheio de frustrações, é comum hoje representar as insatisfações reinantes com a expressão “Alma vazia, ou vazio da Alma”, apesar do aturdimento do dia a dia de cada pessoa. São os esforços para a conquista de coisa material, que proporciona prazer e satisfação tão passageiras quanto o imediatismo para a sua conquista. 

  

Toda conquista que o Amigo Jesus nos ajuda angariar é patrimônio incrustado na Alma, conquista definitiva pertencente exclusivamente ao ser humano que percorreu as pegadas orientativas do Mestre dos Mestres. O Senhor da Cruz, que pelo amigo iniciante na jornada para Deus, doou a própria vida, na sua trajetória de despertamento da Humanidade, ofereceu lições vivas que percorreram dois mil anos e chegaram no século XXI tão atuais como se tivessem sido lançadas sobre a Terra nestes dias. Seus ensinamentos, na essência, jamais serão superados, pois, são a síntese do pensamento Divino. 

 

É responsabilidade de cada Espírito, que agora veste uma indumentária carnal, buscar através dos ensinos de Cristo, abrir seus horizontes, aprimorando-se intelectualmente e expandindo as suas luzes. Isso corresponde a fazer eclodir os  recursos espirituais potenciais que são inatos, mas que aguardam o desabrochar com os esforços de embelezamento de si mesmo. Estes brilhos que nunca se perderão e se tornarão a sua identidade. 


O Amigo, Amigo da Humanidade, exclamou: “Faça-se a vossa luz!”.   A maior parte da multidão ainda não O ouviu, embora, ouçam insistentes pregações evangélicas, carreguem e manuseiem os Evangelhos. No entanto, 'é como aquele que carrega a noz e não quebra a casca para encontrar a amêndoa'. Quebrar a noz é responsabilidade de cada um.  Jesus não fará isso, porque seria tirar a oportunidade que Deus estabeleceu para a criatura encontrar o mérito evolutivo. 

 

Amigo? Amigo! Jesus. 

 

                                 Dorival da Silva 

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Fraternidade!

 

Fraternidade!

       “Mas, infelizmente, meus amigos, não pudestes compreender ainda a grande significação da palavra -- Fraternidade!

        Não é um termo, é um fato; não é uma palavra vazia, é um sentimento, sem o qual vos achareis sempre fracos para essa luta que vós mesmos não podeis medir, tal a sua extraordinária grandeza! ”

        O registro em destaque foi extraído de uma mensagem psicografada em 1899, por Allan Kardec, com o título: Instruções aos Espíritas do Brasil, sendo que outras referências colheremos no texto; não é exagero considerar como carta direcionada pessoalmente a cada liderança espírita, de qualquer nível, tanto quanto a todos os espíritas conscientes de suas responsabilidades diante de si mesmos e do Movimento Espírita.

        Chama a nossa atenção a ênfase dada à “Fraternidade”, dizendo que “Não é um termo” e, sim, “que é um fato”.   Um fato é algo verdadeiro e definitivo.

        À época lamentava que não se tinha compreendido a “significação da palavra Fraternidade”, que não era “um termo” e nem “uma palavra vazia”, mas “um sentimento”.  Depois de mais de um século do recebimento desta mensagem e dos esforços do Mundo Espiritual e das lideranças de maior vulto no Movimento Espírita é lamentável que o sentimento de fraternidade ainda não faz morada no coração da maioria dos que se denominam espíritas. Sentimento é vivência, é consciência, é fazer parte – não como um elemento – mas como uma força resultante de aprimoramento moral e intelectual no bem, que se torna luz, que clareia e incentiva que outros também se encandeçam.  Onde essa luz-consciência chega o mal não faz morada.

                                               *  *  *

       “Ismael tem o seu Templo, e sobre ele a sua bandeira – Deus, Cristo e Caridade! Ismael tem a sua pequenina tenda, onde procura reunir todos os seus irmãos – todos aqueles que ouviram a sua palavra e a aceitaram por verdadeira: chama-se Fraternidade!

        Pergunto-vos: Pertenceis à Fraternidade? Trabalhais para o levantamento desse Templo cujo lema é: Deus, Cristo e Caridade? ”

        O espírito Allan Kardec vem falar do Templo do Anjo Ismael, que no Brasil se conecta à organização da Federação Espírita Brasileira, como canal que permite fluir as orientações do Mundo Espiritual para a Terra. Agora Ismael tem uma pequenina tenda”, uma referência espiritual percebida no Mundo material.   Naquele momento, fazia pouco tempo que a Federação havia tomado forma, mesmo que inicialmente como federativa.

        O Anjo Ismael, como o Espírito do Codificador, anuncia: “onde procura reunir todos os seus irmãos – todos aqueles que ouviram a sua palavra e a aceitaram por verdadeira: chama-se Fraternidade! ”.

        O que pesa nos ombros dos espíritas vacilantes é o questionamento: “Pergunto-vos: Pertenceis à Fraternidade? Trabalhais para o levantamento desse Templo cujo lema é: Deus, Cristo e Caridade?“

“Como, e de que modo?

        Meus amigos! É possível que eu seja injusto para convosco naquilo que vou dizer: o vosso trabalho, feito todo de acordo – não com a Doutrina – mas com o que interessa exclusivamente aos vossos sentimentos, não pode dar bom fruto. Esse trabalho, sem regime, sem disciplina, só pode, de acordo com a doutrina que esposastes, trazer espinhos que dilacerem vossas almas, dores pungentes nos vossos Espíritos, por isso que, desvirtuando os princípios em que ele assenta, dais entrada constante e funesta àquele que, encontrando-vos desunidos pelo egoísmo, pelo orgulho, pela vaidade, facilmente vos acabrunhará com todo o peso da sua iniquidade. ”

        A tenda de Ismael, que era pequenina no final do século XIX, hoje se espalha por todo o Território Nacional, por meio da rede das Federativas Estaduais e seus departamentos, ramificando-se pelas Casas Espíritas em grande parte das cidades do País.

        No entanto, o questionamento: Como, e de que modo? “ -- ainda não encontra resposta satisfatória, apesar dos grandes esforços realizados em treinamentos e orientações emanadas da Casa Mater do Espiritismo e das Federativas Estaduais.  O Movimento Espírita Nacional sofre com a interpretação equivocada da Doutrina Espírita, com estudos que não têm abrangência, ou mesmo sem estudos, adicionando por achismo pensamentos que não são condizentes com os ensinamentos colhidos pelo Codificador, desfigurando a unidade doutrinária. Kardec é categórico na orientação: “(...): o vosso trabalho, feito todo de acordo – não com a Doutrina – mas com o que interessa exclusivamente aos vossos sentimentos, não pode dar bom fruto. “

        Na própria argumentação: Esse trabalho, sem regime, sem disciplina, só pode, de acordo com a doutrina que esposastes, trazer espinhos que dilacerem vossas almas, dores pungentes nos vossos Espíritos, por isso que, desvirtuando os princípios em que ele assenta, dais entrada constante e funesta àquele que, encontrando-vos desunidos pelo egoísmo, pelo orgulho, pela vaidade, facilmente vos acabrunhará com todo o peso da sua iniquidade. ”  -- mostra que a desatenção à orientação doutrinária, apresenta risco para os que a abraçam, com o propósito de levar à Humanidade a Terceira Revelação das verdades Divinas, ou seja, ampliar os conhecimentos da Boa Nova trazida por Jesus e desvelando a vida do Mundo Espiritual, a reencarnação… Existem forças contrárias, perseguidoras do Cristo, que utilizam de todos os meios para desacreditá-Lo, infiltrando ideias que destoam dos ensinamentos divinos entre seus seguidores, principalmente entre os líderes.

        A união de sentimentos sinceros dos Espíritas com os objetivos Doutrinários é a argamassa da Fraternidade que produz o fortalecimento seguro do Movimento Espírita, congregando corações que se renovam porque buscam se conhecer, aplicando a si mesmos as lições do Crucificado.  Esses formam a família-sentimento, que faz o bem e sabe reconhecer o mal, não se iludindo e nem  permitindo-se cair em engano.

                                          *   *    *

        “Entretanto, dar-se-ia o mesmo se estivésseis unidos? Porventura acreditais na eficiência de um grande exército dirigido por diversos generais, cada qual com o seu sistema, com o seu método de operar e com pontos de mira divergentes? Jamais! Nessas condições só encontrareis a derrota, porquanto – vede bem --, o que não podeis fazer com o Evangelho: unir-vos pelo amor do bem, fazem os vossos inimigos, unindo-se pelo amor do mal!

        Eles não obedecem a diversas orientações, nem colimam objetivos diversos; tudo converge para a Doutrina Espírita – Revelação da Revelação – que não lhes convém e que precisam destruir, para o que empregam toda a sua inteligência, todo o seu amor do mal, submetendo-se a uma única direção!

        A luta cresce dia a dia, pois que a vontade de Deus, iniciando as suas criaturas nos mistérios da vida de além-túmulo, cada vez mais se torna patente. Encontrando-se, porém, os vossos Espíritos em face da Doutrina, no estado precário que acabo de assinalar, pergunto: Com que elemento contam eles, os vossos Espíritos, na temerosa ação em que se vão empenhar, cheios de responsabilidade? “

        O lema é: união.  União de sentimentos convergentes é para o que está exarado na Doutrina Espírita. Por que ela é o fulcro da verdade, é o ponto de intersecção da compreensão entre os dois mundos, por onde flui a promessa de Jesus. Isso é o mesmo que dizer que o Mestre, através de sua luz, faz rebrilhar a essência de seus ensinamentos, que cada um colhe com a ânfora de sentimentos que interagem com àqueles.  

        A mensagem é a do Cristo, na carne a verbalizou e a demonstrou. No possível, visou retornar no futuro, quando os homens tivessem mais condições. Ele se fez presente no tempo próprio, apresentou a “Revelação da Revelação”  e não deixou de ampliá-la através de seus mensageiros, que utilizam a ferramenta mediúnica para verter revelações complementares, e o fará constantemente de acordo com as possibilidades dos homens.

        O Anjo Ismael grafou em sua bandeira o signo da unidade: “Deus, Cristo e Caridade” -- Deus, a origem de tudo; Cristo, o caminho por onde a verdade percorre  para chegar ao Mundo, límpida; e a Caridade, a virtude-meta, que todos deverão alcançar, certificando ao Criador o estágio de lucidez da consciência espiritual de cada criatura, reconhecimento e coroamento dos esforços de Jesus e seus prepostos de todos os tempos.

        Não é hora de tirar os olhos e os sentidos do estandarte do Anjo Ismael, que está fincado na Federação Espírita Brasileira. Este é o manancial das orientações do Cristo que se irradia para os Estados, chegando aos Centros Espíritas para encontrar os corações e mentes sedentos das claridades Divinas, que lhes proporcionem paz e esperança.   

        A obediência doutrinária é a direção norteadora para os Espíritas. Não há razão para acolher ou atender sugestões estranhas a título de modernidade ou de atualização da codificação espírita. Mesmo porque, no necessário, os próprios mensageiros do Cristo fazem com frequência as ampliações necessárias, através de obras complementares. A direção é a de Jesus.

        Qual a razão de se comprometerem com novidades que deslustram a verdade Doutrinária: Com que elemento contam eles, os vossos Espíritos, na temerosa ação em que se vão empenhar, cheios de responsabilidade? “

        Que contas prestar à própria consciência? Como enfrentar Aquele que trouxe a Boa Nova e cumpriu a promessa de que rogaria ao Pai e Ele mandaria o Consolador para relembrar o que tinha ensinado e colocar à disposição de todos aquilo que não pôde ensinar, porque faltava ao homem recursos suficientes para a compreensão.  

 *  *  *

Nota: Os excertos de cor azul e em itálico que foram colhidos da mensagem do  Espírito Allan Kardec, recebida pelo médium Frederico Pereira da Silva Junior, na Sociedade Espírita Fraternidade, no Rio de Janeiro-RJ, em 1889. A mensagem integral foi publicada no Jornal Mundo Espírita, da Federação Espírita do Paraná, nas edições de abril (n.º 1629), maio (n.º 1630) e junho (n.º 1631) do ano de 2020.

     A mensagem em referência é ampla em orientações. Mesmo as partes que separamos poderiam embasar muitos outros comentários pela sua profundidade doutrinária e psicológica, mas o nosso objetivo foi enfatizar a  "Fraternidade".

                                               Dorival da Silva