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sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Esquecimento do Passado

 Aflições! Justiça e causas das aflições IV 

 

Neste item de O Evangelho segundo o Espiritismo, os Espíritos reveladores trouxeram luz sobre a questão do esquecimento do passado, as razões por que não temos lembranças de vidas passadas. Com esses conhecimentos encontramos entendimento para muitas indagações, que mesmo a Ciência Acadêmica, apesar de todas as contribuições que oferece ao mundo, consegue satisfazer. Os estudos técnicos que atendem sob o enfoque material e deixa em suspenso as questões espirituais, que somente o Espiritismo conseguiu solucionar.   

 

Esquecimento do Passado  

11. É em vão que se aponta o esquecimento como um obstáculo ao aproveitamento da experiência das existências anteriores. Se Deus considerou conveniente lançar um véu sobre o passado, é que isso deve ser útil. Com efeito, a lembrança do passado traria inconvenientes muito graves. Em certos casos, poderia humilhar-nos estranhamente, ou então exaltar o nosso orgulho, e por isso mesmo dificultar o exercício do nosso livre-arbítrio. De qualquer maneira, traria perturbações inevitáveis às relações sociais. O Espírito renasce frequentemente no mesmo meio em que viveu, e se encontra em relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes tenha feito. Se nelas reconhecesse as mesmas que havia odiado, talvez o ódio reaparecesse. De qualquer modo, ficaria humilhado perante aquelas pessoas que tivesse ofendido. Deus nos deu, para nos melhorarmos, justamente o que necessitamos e nos é suficiente: a voz da consciência e as tendências instintivas; e nos tira o que poderia prejudicar-nos. O homem traz, ao nascer, aquilo que adquiriu. Ele nasce exatamente como se fez. Cada existência é para ele um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi: se está sendo punido, é porque fez o mal, e suas más tendências atuais indicam o que lhe resta corrigir em si mesmo. É sobre isso que ele deve concentrar toda a sua atenção, pois daquilo que foi completamente corrigido já não restam sinais. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, que o adverte do bem e do mal e lhe dá a força de resistir às más tentações. De resto, esse esquecimento só existe durante a vida corpórea. Voltando à vida espiritual, o Espírito reencontra a lembrança do passado. Trata-se, portanto, apenas de uma interrupção momentânea, como a que temos na própria vida terrena, durante o sono, e que não nos impede de lembrar, no outro dia, o que fizemos na véspera e nos dias anteriores. Da mesma maneira, não é somente após a morte que o Espírito recobra a lembrança do passado. Pode dizer-se que ele nunca a perde, pois a experiência prova que, encarnado, durante o sono do corpo, ele goza de certa liberdade e tem consciência de seus atos anteriores. Então, ele sabe por que sofre, e que sofre justamente. A lembrança só se apaga durante a vida exterior de relação. A falta de uma lembrança precisa, que poderia ser-lhe penosa e prejudicial às suas relações sociais, permite-lhes haurir novas forças nesses momentos de emancipação da alma, se ele souber aproveitá-los. 

 

                               Dorival da Silva  

 

Notas: 1. A parte do texto que está grafada na cor azul, foi retirada da obra: O Evangelho segundo o Espiritismo, que compõe as obras básicas da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, foi publicada em 1864. Esta obra tem a tradição de J. Herculano Pires, editora LAKE. 

2. As obras básicas do Espiritismo podem ser baixadas gratuitamente do sítio da Federação Espírita Brasileira (FEB), através do endereço eletrônico abaixo:  

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Caminhos

               Que infinidade de caminhos há para todas as cosias, o que é também natural quando se trata de questões fora da matéria. Para a solução de problemas materiais existem muitas possibilidades, então o que dizer às problemáticas espirituais?
            Cada ser é um mundo todo particular, uma construção única no tempo, por isso que as dificuldades que lhe são inerentes têm solução em si mesmo, a partir da tomada de consciência de suas precariedades. Entra nesse contexto a questão da fé, que necessariamente não é a fé religiosa, mas a fé em Deus, a confiança que brota na sua intimidade, portanto que não vem de fora.
            Quando o Espírito de Verdade enuncia: “conhecereis a verdade e ela vos libertará”, é um caminho extraordinário, porque essa busca ocorre no entendimento do próprio sofredor, amplia sua lucidez e a sua percepção de realidade, assumindo responsabilidades que anteriormente não atinava.
            Nenhum ser, por mais pervertido que seja, por mais que demonstre desinteresse pela regularidade da vida, alcançará modificações. A Lei de Progresso sempre impera, e o indivíduo é levado de roldão pelas circunstâncias, fazendo-o transitar pelos caminhos de purificação através das experiências da vida material com os recursos compatíveis ao despertamento da sua consciência.
            Não existe violência para a imposição evolutiva, mas oportunidade a seu favor. Às vezes acompanha o sofrimento, já que sem este não há estímulo para o recalcitrante que não toma iniciativa de melhoria.
            A conquista no mundo pede que escolhamos rota e objetivo, esforcemo-nos para alcançá-lo. Atingido o intento, conquistamos a realização e percebemos que foi bom, mas existe muito mais para se buscar. A nossa perspectiva ampliou-se, a abrangência agora é outra, a percepção é mais aguda, precisamos de mais e mais.  A busca tornou-se necessidade.
            Quando analisamos a aquisição espiritual, aproximação com o Criador, vemos que nos oferece muitos caminhos e todos, por mais variados sejam, desaguarão no aprimoramento de si mesmo, em feituras não materiais, permanentes, imperecíveis.  São estabelecimentos que despertarão outros caminhos para maiores feitos, conquanto mais sutis, no entanto mais sublimados. Os caminhos espirituais são sempre infinitos, pois suas realizações são infindáveis, sendo as alegrias também grandiosas, que não se perdem. São inalienáveis.
            Que Deus nos ampare para que possamos conquistar a lucidez que ainda se encontra embotada em nós mesmos. A paz e a felicidade sem jaça aguardam a todos...