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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Libertar-se!

       O homem é inteligência e emoção, razão e sentimento, dependendo dos resultados da aplicação desses atributos origina-se a felicidade ou a infelicidade, tanto na presente vida, como na vida no plano espiritual. Relutar em buscar a harmonia, o equilíbrio, o conhecimento e a vivência justa é plantar dor para futura colheita de desespero, que permanecerão com o indivíduo até que expie e refaça a sua trajetória.

      Libertar-se quer dizer tornar-se melhor, dominar as tendências inferiores e substituí-las por pensamentos e atitudes nobres, transformadoras para o bem.

       Confunde-se liberdade com libertinagem, o que está muito em voga na sociedade, em parcela considerável, isto porque a liberdade tem correspondência com a responsabilidade. Quanto mais responsável, mais senhor de si, mais liberdade de ação, realizações de maior envergadura para si e à comunidade. A libertinagem é o exercício do egoísmo, busca irracional dos gozos primitivos, retorno às questões tribais de eras recuadas, onde o uso pelo uso, o gozo pelo gozo, desconsideração com os ingênuos ignorantes, na verdade é a perversão; traz consequências danosas de difícil solução, principalmente quando já se tem noção da precariedade moral dos atos ignominiosos: a sexolatria, a corrupção, os vícios voluntários -- pela busca do prazer incontido, gozos irrefreáveis --, trarão dores na mesma intensidade das forças despendidas para comprometimento da harmonia consciencial. 

       A entrega do indivíduo voluntariamente a essa barbárie, diante de tantas informações que as religiões têm apresentado incansavelmente trará, seguramente, desdobramento penoso, além das dificuldades no refazimento do caminho à clareza da alma.

      Quando no evangelho de Jesus ensina que se deve: “por as mãos na charrua e não olhar para trás...”, é para esquecer o homem velho, quer dizer: deixar os vícios, as concepções más, a selvageria, a corrupção moral, os crimes; devendo-se renovar-se, mesmo com as dificuldades para levar a vida, que certamente tem espinhos, pedrouços, trilhas escarpadas, abismos a serem vencidos, inimigos a espreitas, dores que parecem perpetuar. É o trajeto que o homem em renovação encontrará, àquele mesmo que plantou, por longos anos, décadas..., até que dos insuportáveis remorsos e conscientização das responsabilidades de seus atos e gozos irrefletidos não deixarão outro caminho, a não ser retomar o trecho prejudicado e limpá-lo com seus esforços, mesmo a custo de muita dor.

      Como ninguém, que sinceramente retoma trajetória de libertação está desamparado, surgem mãos amigas para auxiliar no bom ânimo, no encorajamento, na esperança, até a vitória final. 
  
         Libertar-se das mazelas que atrelam o homem a Terra, à materialidade, é tarefa constante, desde as pequenas coisas. Manter a inteligência e a consciência ativas, a disciplina na vida, respeito a si mesmo, ao próximo, educar-se cada vez mais, principalmente com base no evangelho de Jesus, que é a regra do bem viver – sem extremismo e sem fanatismo. O Evangelho bem compreendido é libertador de consciência. 

   A felicidade é o objetivo da vida, mas exige responsabilidade, esforços no bem, harmonia com a lei Divina, que passa pela vivência do amor desinteressado ou, seja, o amor-altruístico.

Dorival da Silva

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Realidade


            A vida é uma realidade. A sua continuidade após o decesso do equipamento físico é uma verdade. E que nos encontraremos, isto é, faremos encontro conosco mesmo.  Não teremos dúvida sobre tudo o que realizamos no período da vida física, pois está gravado em nós mesmo, está no perispírito.
            Encontrar-nos-emos desvestidos de qualquer subterfúgio ou ilusão.  Estaremos felizes se vencermos as pendências morais, os vícios e adquirirmos outros valores nobres; constrangidos se não fizermos os esforços necessários e que tínhamos plena condição para fazê-los a fim de suplantar os maus pendores e se ainda não acumularmos outros.
            Vamos nos colocar exatamente na faixa vibratória que nos é própria. Estaremos aí estabelecidos sem a interferência de ninguém, pois é a da Lei Natural que assim ocorra. Constataremos que os iguais, as vibrações similares se atraem, e estaremos num aglomerado dos que são parecidos como nós mesmos.  Se somos equilibrados, estaremos num padrão equivalente; se viciosos, encontraremos comunidades de mesmo teor de interesses.
            Não há céu e nem inferno. Mas realidade, a nossa realidade. Se formos perversos, encontraremos perversidade. Se sensualistas, sensualismo. Se caridosos, encontraremos caridade. Essa construção do vir a ser, do que se dará, já começou há muito tempo. Agora estamos tendo a oportunidade de redirecionar a nossa realidade, transformando-a ou ampliando-a.
            A vida espiritual é a continuidade da vida, porque a vida não cessa, só continua. O que perece é o equipamento físico. O trânsito na vida material é  de curto tempo e indefinido.  É experiência, que pode ser resgate, expiação ou aquisição. Na verdade, ocorre tudo ao mesmo tempo. Somos nós que qualificamos as experiências e as vivências, que proporcionamos o saldo de qualidade ou não da passagem pelo mundo corpóreo.
            É pura ilusão a vida desregrada, os usos e gozos demasiados, em qualquer situação. A vida existe para conquistas nobres, valores que permanecerão no ser espiritual, servindo de base para sua elevação cada vez mais ampla, porque é infinita. Cultivar as bagatelas correntes dos dias atuais, drogadição, alcoólicos, outros inebriantes da consciência, o sensualismo, a sexolatria, os consumismos inúteis, excesso de lazer, opulência..., é fator que nos atrai para aferrar ao materialismo, distanciando-nos da paz, da saúde consciencial.
            Os fatores negativos cultivados na vida material têm desdobramentos, pois tudo o que plantado cresce dá frutos. Não fosse a necessidade e a obrigatoriedade  da colheita, quer dizer, todos os nossos feitos têm consequências, e se não forem nobres trarão desdobramentos funestos, dores, aflições, refazimentos..., se forem positivos ampliarão nossa felicidade. Não podemos descurar que sempre encontraremos aqueles que prejudicamos em qualquer tempo.  Nesta ou em outra vida. As dívidas terão que ser ressarcidas, segundo a justiça da Lei de Deus. Ninguém foge desta realidade.
            Por que persistir no que não é bom. Deus não nos deu a inteligência, não nos deu o sentimento? Na trajetória dos milênios não nos deu como exemplo os profetas, Moisés, Jesus e muitos outros expoentes da Humanidade? Se existe alguma dificuldade para entender esses mensageiros e suas mensagens, permitiu, conforme promessa de Jesus, o Consolador, que é a Doutrina Espírita - grandiosa e que se amplia em novas luzes permanentemente.  É canal seguro para os que se dão ao trabalho de estudá-la e aplicá-la em suas vidas, pois nada mais é que a mensagem de Jesus, na simplicidade vivida nos primeiros tempos do cristianismo.
            Os tempos de agora são chamados modernos.  Há conhecimentos em todos os setores da vida, crescidos alcances tecnológicos, que facilitam a vida, as inteligências ampliadas, e para quê tudo isto?  Pensam que é para buscar gozos infinitos à exaustão? Estão enganados. A dor vem  logo depois para lhes informar que são seres em construção, que os pequenos avanços são apenas aumento de responsabilidades morais para consigo e para com a sociedade toda.
            Tudo o que estiver além do necessário é abuso, e esse desvio do necessário é irresponsabilidade, com preço certo e será exigido, não monetariamente, mas moralmente, ainda agora nesta vida ou depois em outra.

Dorival da Silva