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quarta-feira, 20 de março de 2013

Os tempos são chegados -- 1/5

Em conta o momento grave em que a Humanidade convive com altos e baixos nos diversos segmentos da organização mundial: sociais, políticos, econômicos, religiosos..., entendemos de muita importância rever os argumentos do Codificador da Doutrina Espírita, o Sr. Allan Kardec,  contidos na Revista Espírita do mês de outubro de 1866, sobre "Os tempos são chegados".  Conquanto transcorridos 146 anos, a sua reflexão sobre o tema chega aos nossos dias com o mesmo frescor de que quando de sua composição.  Traz-nos a lucidez de quem vivia além do seu tempo. Sabia perfeitamente interpretar os assinalamentos coados do Mundo Espiritual, através dos diversos médiuns de variadas partes do Planeta.    Cabe-nos, indistintamente, a todos os homens do Século Vinte e Um exercitar a meditação sobre os grandes problemas do Mundo,  principalmente daqueles mais próximos, onde se pode fazer diretamente algum esforço de solução. Os "Tempos Novos" são transformadores da alma humana, exigindo coparticipação de cada indivíduo consciente, pois preconiza senso de responsabilidade.  

O texto por ser muito longo vamos publicá-lo em cinco etapas, para facilitar a análise e a reflexão do tema, que em nada prejudicará o entendimento do seu conteúdo, o que faremos sempre às quintas-feiras.  Isto também visa não realizarmos nenhuma redução do texto ou montarmos um  mosaico de fragmentos, com  o que  haveria muito prejuízo sobre a qualidade e a abrangência do que ensina o Codificador no referido escrito.   


                       Bandeirantes (PR), 20 de março de 2013.
         
                                     Dorival da Silva


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Os tempos são chegados (parte 1)

Os tempos marcados por Deus são chegados, dizem-nos de todos os lados, nos quais grandes acontecimentos vão realizar-se para a regeneração da Humanidade.

Em que sentido devem ser entendidas essas palavras proféticas? Para os incrédulos não têm a menor importância. Aos seus olhos não passam da expressão de uma crença pueril sem fundamento. Para a maioria dos crentes elas têm algo de místico e de sobrenatural, que lhes parece ser o precursor da perturbação das leis da Natureza. Essas duas interpretações são igualmente errôneas: a primeira, por implicar na negação da Providência e porque os fatos realizados provam a veracidade dessas palavras; a segunda, por não anunciar a perturbação das Leis da natureza, mas a sua realização. Procuremos-lhes, pois, o sentido mais racional.

Tudo é harmonia na obra da Criação, tudo revela uma previdência que não se desmente nem nas menores, nem nas maiores coisas. Em primeiro lugar, devemos afastar toda ideia de capricho inconciliável com a sabedoria divina; em segundo lugar, se nossa época está marcada pela realização de certas coisas, é que elas têm sua razão de ser na marcha geral do conjunto.

Isto posto, diremos que o nosso globo, como tudo o que existe, está submetido à lei do progresso. Progride fisicamente pela transformação dos elementos que o compõem, e moralmente pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que o povoam. Esses dois progressos se seguem e marcham paralelamente, porque a perfeição da habitação está em relação com o habitante. Fisicamente, o globo sofreu transformações, constatadas pela Ciência, e que sucessivamente o tornaram habitável por seres cada vez mais aperfeiçoados; moralmente a Humanidade progride pelo desenvolvimento da inteligência, do senso moral e do abrandamento dos costumes. Ao mesmo tempo que se opera a melhoria do globo, sob o império das forças materiais, os homens a isso concorrem pelos esforços de sua inteligência: saneiam regiões insalubres, tonam mais fáceis as comunicações e a terra mais produtiva.

Esse duplo progresso se realiza de duas maneiras: uma lenta, gradual e insensível; outra por mudanças mais bruscas, em cada uma das quais se opera um movimento ascensional mais rápido, que marca, por caracteres distintos, os períodos progressivos da Humanidade. Esses movimentos, subordinados nos detalhes ao livre-arbítrio dos homens, são de certo modo fatais em seu conjunto, porque estão submetidos a leis, como os que se operam na germinação, no crescimento e na maturação das plantas, considerando-se que o objetivo da Humanidade é o progresso, não obstante a marcha retardatária de algumas individualidades. Eis por que o movimento progressivo algumas vezes é parcial, isto é, limitado a uma raça ou a uma nação, outras vezes geral. O progresso da Humanidade se efetua, pois, em virtude de uma lei. Ora, como todas as leis da Natureza são a obra eterna da sabedoria e da presciência divinas, tudo quanto seja efeito dessas leis é o resultado da vontade de Deus, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável. Então, quando a Humanidade está madura para transpor um degrau, pode-se dizer que os tempos marcados por Deus são chegados, como se pode dizer também que em tal estação eles chegaram para a maturação dos frutos e para a colheita.

Pelo fato de o movimento progressivo da Humanidade ser inevitável, porque está na Natureza, não se segue que Deus a isso seja indiferente, e que, depois de ter estabelecido leis, tenha entrado em inação, deixando as coisas ir sozinhas. Suas leis são eternas e imutáveis, sem dúvida, mas porque sua própria vontade é eterna e constante e seu pensamento anima todas as coisas sem interrupção; seu pensamento, que tudo penetra, é a força inteligente e permanente que mantém tudo na harmonia; se esse pensamento deixasse de agir um só instante, o Universo seria como um relógio sem o pêndulo regulador. Deus vela incessantemente pela execução de suas leis, e os Espíritos que povoam o espaço são seus ministros encarregados dos detalhes, conforme as atribuições relativas ao seu grau de adiantamento.

O Universo é, ao mesmo tempo, um mecanismo incomensurável, conduzido por um número não menos incomensurável de inteligências, um imenso governo em que cada ser inteligente tem sua parte da ação, sob o olhar do soberano Senhor, cuja vontade única mantém a unidade por toda a parte. Sob o império desse vasto poder regulador, tudo se move, tudo funciona numa ordem perfeita; o que nos parece perturbações são movimentos parciais e isolados, que só nos parecem irregulares porque nossa visão é circunscrita. Se pudéssemos abarcar o seu conjunto, veríamos que essas são apenas aparentes e que se harmonizam no todo.

A previsão dos movimentos progressivos da Humanidade nada tem de surpreendente para os seres desmaterializados, que veem o fim para onde tendem todas as coisas, alguns dos quais possuem o pensamento direto de Deus, e que julgam, pelos movimentos parciais, o tempo na qual poderá realizar-se um movimento geral, como se julga previamente o tempo necessário para uma árvore dar frutos, como os astrônomos calculam a época de um fenômeno astronômico pelo tempo requerido por um astro para fazer a sua revolução.

Mas, certamente, nem todos os que anunciam tais fenômenos, os autores de almanaques que predizem os eclipses e as marés, por exemplo, estão em condições de fazer os cálculos necessários. Não passam de ecos. Assim, há Espíritos secundários, cuja vista é limitada, e que apenas repetem o que aos Espíritos superiores aprouve lhes revelar.


Allan Kardec - Revista Espírita - outubro de 1866


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Flexibilidade

Flexibilidade

Todo comportamento extremista responde por danos imprevisíveis e de lamentáveis consequências, por se sustentar na intolerância e no desrespeito à inteligência e ao discernimento dos demais. 
A consciência equilibrada busca sempre o comportamento mais saudável, expressando-se de maneira gentil, mesmo nas circunstâncias mais severas e afligentes. 
A flexibilidade é medida de cometimento edificante pela faculdade de compreender a postura do outro, aquele que nem sempre sabe expressar-se ou agir como seria de desejar, mas, nada obstante, pensa e tem ideias credoras de respeito e de consideração, que devem ser levadas a sério. 
 Quando se assume uma atitude de dureza, destrói-se a futura floração do bem, porque nenhuma ideia é irretocável de tal maneira que não mereça reparo ou complementação, e diversas mentes elaborando programas são mais eficazes do que apenas uma. 
Ademais, essa imposição representa alta presunção decorrente da vaidade de se deter o conhecimento total ou mesmo a verdade plena. 
 Quando se age dessa maneira, gera-se temor e animosidade por se bloquear as possibilidades dos demais, igualmente portadores da faculdade de pensar, de discernir. 
Uma atitude flexível contribui para o somatório das realizações dignificantes que são confiadas a todos. 
 Não obstante reconhecer o equívoco da mulher surpreendida em adultério, o Mestre foi-lhe flexível, dando-lhe nova oportunidade, embora não concordando com a sua conduta desrespeitosa aos estatutos morais e legais. 
Entre dois ladrões no momento extremo, solicitado por um deles, que se arrependera de existência de erros, concedeu-lhe a bênção da esperança de que também alcançaria o paraíso. 
Obras expressivas e honoráveis de serviço social e de edificações do bem no mundo soçobram e desaparecem em ruínas, quando alguns dos seus membros apresentam-se detentores de inflexibilidade em suas proposituras e comportamentos diários. 
A harmonia do conjunto exige que todos contribuam com a sua parte em favor do equilíbrio geral, mesmo que ceda agora, a fim de regularizar no futuro. 
Se alguém discorda e mantém-se inflexível na sua óptica ocorre o desastre no grupo, que se divide, dando lugar a ressentimentos e queixas, amarguras e dissabores. 
Assevera milenária sabedoria oriental que a floresta exuberante cresce em silêncio e discrição, mas quando tomba alguma árvore é com estrondo que o faz, como a significar que o bem, o lado edificante de tudo, acontece com equilíbrio, enquanto a queda, a destruição, sempre se dá de maneira ruidosa e chocante. 
Todo grupamento humano necessita do contributo valioso da tolerância, da paciência, da compreensão. 
A prepotência é geradora de desmandos e tormentos incalculáveis, que poderiam ser evitados com um pouco de fraternidade. 
Sê flexível, mesmo que penses diferente, que tenhas ideias próprias, felizes, facultando aos outros também serem ouvidos e seguidos.
 
*   *   *
No vendaval, a árvore que não deseja ser arrancada verga-se, para depois retornar a postura. Se pretender manter-se ereta, sofrerá a violência que a derrubará na sucessão das horas. 
O bambu é um dos mais belos exemplos de flexibilidade, pois que se recurva, submete-se com facilidade às imposições que lhe são dirigidas, sem arrebentar-se, mantendo-se vigoroso.
Consciente das responsabilidades que te dizem respeito, não te imponhas pela rigidez. Os teus valores morais serão a tua identificação e o cartão de crédito da tua existência. 
Estás convidado a servir, não a estabelecer diretrizes estritas para os outros, especialmente se te encontras servindo na Seara de Jesus, que sempre te proporciona chances novas, mesmo quando malbarataste aquelas que te foram anteriormente concedidas. 
Fácil é ser inflexível para com o próximo e difícil é submeter-se a situação equivalente, quando se altera a circunstância e mudam-se os padrões apresentados. 
Dialogando, ouvindo e abrindo-se novos conceitos e proposituras, adquire-se a faculdade da gentileza, indispensável ao êxito de todo e qualquer empreendimento humano. 
No dia a dia da existência sempre ocorrem fenômenos inesperados, que alteram a programação mais bem estabelecida, exigindo mudanças de rumo, formulações novas e necessárias.
 
O imprevisto é uma forma de intervenção das leis soberanas, ensejando diferente opção para o comportamento saudável. 
Não sejas, desse modo, aquele que cria embaraços, embora as abençoadas intenções de que te encontras revestido. 
Todos são úteis numa equipe e importantes no conjunto de qualquer realização.
 
Sê, portanto, dócil e acessível, porque sempre há alguém mais adiante, portador de aspereza que, com certeza, suplantará a tua. 
Nunca sentirás prejuízo por ceder em favor do bem comum, da ordem geral, abrindo espaço para outras experiências e atitudes.
 
*   *   *
A flexibilidade é dileta filha do amor, que se expande e enriquece a vida com esperança e paz. 
Todos aqueles que se fizeram temerários e se impuseram não fugiram de si mesmos, do envelhecimento, das enfermidades, da desencarnação. 
Pacientemente e com flexibilidade, Jesus espera por ti e te inspira sem descanso. 
Medita e age conforme gostarias que assim procedessem em relação a ti.
 
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão
mediúnica de 26 de setembro de 2012, no Centro Espírita
Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia

Extraída do endereço eletrônico: .http://www.divaldofranco.com/mensagens.php?not=316

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Libertar-se!

       O homem é inteligência e emoção, razão e sentimento, dependendo dos resultados da aplicação desses atributos origina-se a felicidade ou a infelicidade, tanto na presente vida, como na vida no plano espiritual. Relutar em buscar a harmonia, o equilíbrio, o conhecimento e a vivência justa é plantar dor para futura colheita de desespero, que permanecerão com o indivíduo até que expie e refaça a sua trajetória.

      Libertar-se quer dizer tornar-se melhor, dominar as tendências inferiores e substituí-las por pensamentos e atitudes nobres, transformadoras para o bem.

       Confunde-se liberdade com libertinagem, o que está muito em voga na sociedade, em parcela considerável, isto porque a liberdade tem correspondência com a responsabilidade. Quanto mais responsável, mais senhor de si, mais liberdade de ação, realizações de maior envergadura para si e à comunidade. A libertinagem é o exercício do egoísmo, busca irracional dos gozos primitivos, retorno às questões tribais de eras recuadas, onde o uso pelo uso, o gozo pelo gozo, desconsideração com os ingênuos ignorantes, na verdade é a perversão; traz consequências danosas de difícil solução, principalmente quando já se tem noção da precariedade moral dos atos ignominiosos: a sexolatria, a corrupção, os vícios voluntários -- pela busca do prazer incontido, gozos irrefreáveis --, trarão dores na mesma intensidade das forças despendidas para comprometimento da harmonia consciencial. 

       A entrega do indivíduo voluntariamente a essa barbárie, diante de tantas informações que as religiões têm apresentado incansavelmente trará, seguramente, desdobramento penoso, além das dificuldades no refazimento do caminho à clareza da alma.

      Quando no evangelho de Jesus ensina que se deve: “por as mãos na charrua e não olhar para trás...”, é para esquecer o homem velho, quer dizer: deixar os vícios, as concepções más, a selvageria, a corrupção moral, os crimes; devendo-se renovar-se, mesmo com as dificuldades para levar a vida, que certamente tem espinhos, pedrouços, trilhas escarpadas, abismos a serem vencidos, inimigos a espreitas, dores que parecem perpetuar. É o trajeto que o homem em renovação encontrará, àquele mesmo que plantou, por longos anos, décadas..., até que dos insuportáveis remorsos e conscientização das responsabilidades de seus atos e gozos irrefletidos não deixarão outro caminho, a não ser retomar o trecho prejudicado e limpá-lo com seus esforços, mesmo a custo de muita dor.

      Como ninguém, que sinceramente retoma trajetória de libertação está desamparado, surgem mãos amigas para auxiliar no bom ânimo, no encorajamento, na esperança, até a vitória final. 
  
         Libertar-se das mazelas que atrelam o homem a Terra, à materialidade, é tarefa constante, desde as pequenas coisas. Manter a inteligência e a consciência ativas, a disciplina na vida, respeito a si mesmo, ao próximo, educar-se cada vez mais, principalmente com base no evangelho de Jesus, que é a regra do bem viver – sem extremismo e sem fanatismo. O Evangelho bem compreendido é libertador de consciência. 

   A felicidade é o objetivo da vida, mas exige responsabilidade, esforços no bem, harmonia com a lei Divina, que passa pela vivência do amor desinteressado ou, seja, o amor-altruístico.

Dorival da Silva

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Dias difíceis

Há dias que parecem não ter sido feitos para ti.
Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que chegas a pensar que conduzes o globo do mundo sobre os ombros dilacerados.
Desde cedo, ao te ergueres do leito, pela manhã, encontras a indisposição moral do companheiro ou da companheira, que te arremessa todos os espinhos que o mau humor conseguiu acumular ao longo da noite.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.
Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e te defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-te imbecil. Mesmo assim, admites que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.
Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma. Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.
São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade. Se falas, ou se calas, desagradas.
Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de autopiedade.
No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.
São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas ações e reações à frente das mais diversas situações da existência.
Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som desarmônico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom senso. Instrui-te com as situações e acumula o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que melhor entendas, para que, enfim, evoluas.
Não te olvides de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há distanciados dois milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...
Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenha-se deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania. Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com tranquilidade, passado o momento difícil.
Há, de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações indispensáveis ao teu processo de evolução. A ti, porém, caberá erguer a fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poderes afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-te firme, mesmo assim.
Nos dias difíceis da tua existência, procura não te entregares ao pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.
Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.
Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.
Confia na ação e no poder da luz, que o Cristo representa, e segue com entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos teus dias.

                                                                                              Camilo.
Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 30.12.2002, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ.