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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Aflições! Quem não as têm?



Aflições! Quem não as têm?

No Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, no capítulo V, das “causas atuais das aflições”, que nos leva a indagação colocada no título desta página, em conta a grandeza dos esclarecimentos ali anotados pelos Espíritos orientadores da Humanidade, que por se tratar de verdades inquestionáveis transcendem os tempos, pois a base é a Lei Divina que não sofre alternância, considerando a fonte perfeita que produziu norma definitiva que jamais será objeto de reparo.

Atualmente se verifica uma necessidade fictícia de usufruir de tudo, num imediatismo avassalador, levando os indivíduos a um estado estapafúrdio de comportamento, que a vida se torna uma constante aflição, geradora de aflições, pois tudo se multiplica quando cultivado.

Os meios de comunicação, por onde chegam às pessoas o “marketing” de produtos objeto das indústrias e que o comércio quer vender vislumbrando o lucro, na variedade e utilidade nem sempre ao alcance financeiros da maioria, no entanto, gera necessidade aonde não existia, tornando uma aflição a muitos dentro da massa insistentemente bombardeada pela propaganda, agravando quando o produto é da área infantojuvenil, ampliando a ansiedade por possuir e equiparar-se àqueles que têm disponibilidade financeira para adquirir e exibirem as suas conquistas nem sempre necessárias. 

Os meios de transporte público não atende a contento as necessidades da população, gerando aflições de toda ordem: atrasos ao trabalho, a compromissos, a insegurança na lotação e com o próprio veículo, situações imprevistas no transcurso de casa até o local objetivado da viagem. Quando de veículo próprio, o risco se mostra grande com a irresponsabilidade de alguns, a imperícia de outros, produzindo mortes, ferimentos e perdas materiais, promovendo aflições a muitos, multiplicando-se nos familiares. 

Além dessas situações existe o consumismo injustificável do que poderia ser evitado, tais como: compras por impulso, por outras razões emocionais, de roupas, calçados, eletrônicos e outras coisas. Como tudo o que seria dispensável, portanto, desnecessário, além do problema financeiro, gera desconforto emocional, um estado de culpa, logo se aflige, prejudicando a vida do indivíduo, desarmonizando, quando não comprometendo a harmonia da família toda.

Acrescenta-se nessa fieira o alcoolismo, as drogas ilícitas e as lícitas, conquanto nocivas à saúde, além da viciação medicamentosa, que servem de muleta emocional para tudo o que se pretende justificar, embora injustificável, porque ninguém consegue ludibriar a consciência e quanto mais demora em tomar resolução firme de reversão de hábitos e viciações  para o trabalho regenerador através do bem em favor de si mesmo e do próximo, mais se afundará num estado espiritual pernicioso, que exigirá grandíssimo esforço para retornar ao um estado de normalidade.

Assim, muitas outras situações que são nascedouro de aflições, cabendo a cada um a análise, principalmente, no ambiente em que se situa a sua convivência. 

O Evangelho de Jesus ensina: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Ninguém poderá duvidar dessa assertiva do Mestre, no entanto, seus efeitos não ocorrem sem o esforço da análise, da reflexão, da observação e da vivência da verdade extraída desse processo evolutivo. 

No estado atual da Humanidade a aflição é mecanismo de evolução, sofre-se menos quem tem fé que permite o raciocínio, a compreensão dos fatos e deles, das consequências que percebe, adquire aprendizado e valores que o liberta dos medos e das fantasias.

                                                            Dorival da Silva

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A Nova Literatura Mediúnica

Crônicas e Artigos
Ano 9 - N° 433 - 27 de Setembro de 2015



JOSÉ PASSINI
jose.passini@gmail.com
Juiz de Fora, MG (Brasil)





A Nova Literatura Mediúnica


“E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.” Paulo (I Cor,14:29)

As palavras de Paulo – inegavelmente a maior autoridade em assuntos mediúnicos dos tempos apostólicos – deveriam servir de
 alerta àqueles que têm a responsabilidade da publicação de obras de origem mediúnica.

A literatura mediúnica tem aumentado de maneira assustadora. Diariamente aparecem novos médiuns, novos livros, alguns bem redigidos, se observados quanto ao aspecto gramatical, mas de conteúdo duvidoso, se analisadas as revelações fantasiosas que iludem muitos novatos, ainda sem conhecimento doutrinário que lhes possibilite um exame criterioso daquilo que leem.

Muitos desses livros se originam de Espíritos ardilosos que, de maneira sutil, se lançam no meio espírita como arautos de novas revelações capazes de encantarem leitores menos preparados, aqueles sem um lastro de conhecimento doutrinário que lhes possibilite um exame lúcido, capaz de os levar a conclusões esclarecedoras.

Muitas pessoas que conheceram recentemente a Doutrina, antes de estudarem Kardec, Léon Denis, Gabriel Delanne e outros autores conceituados; antes de lerem as obras de médiuns como Francisco Cândido Xavier, Yvonne A. Pereira, Divaldo Franco, José Raul Teixeira, estão se deparando com obras fantasiosas, escritas em linguagem vulgar, contendo o que pretendem seus autores – encarnados e desencarnados – sejam novas revelações.

Bezerra de Menezes, Emmanuel, André Luiz, Meimei, Manoel Philomeno de Miranda, Joanna de Ângelis e tantos outros Espíritos se tornaram conhecidos e respeitados pelo conteúdo sério, objetivo, seguro, esclarecedor de suas obras, sempre redigidas em linguagem nobre.

Esses Espíritos conquistaram, pouco a pouco, o respeito, a credibilidade e a admiração do público espírita pelo conteúdo de seus escritos, na forma de mensagens ou de livros, publicados espaçadamente, como que dando tempo a um estudo sereno e criterioso do seu conteúdo.

Nos dias que correm, infelizmente, o quadro se modificou. Muitos médiuns, valendo-se de nomes já conhecidos pelo valor de suas obras, tentam impor-se aos leitores espíritas, não pelo valor das mensagens em si, mas escorados em nomes respeitáveis.

Sabendo-se que nomes pouco importam aos Espíritos esclarecidos, é de se perguntar por que os benfeitores que se notabilizaram através de Francisco Cândido Xavier haveriam de continuar usando seus nomes em mensagens transmitidas através de outros médiuns? Se o importante é servir à causa do Bem, por que essa continuidade na identificação, tão pessoal, tão terrena? Não seria mais consentâneo com a impessoalidade do trabalho dos Servidores do Bem deixar que o valor intrínseco da mensagem se revele, sem estar escorado num nome conhecido? Por que não deixar que a mensagem se imponha pelo valor de seu conteúdo? Por que escudar-se em nomes respeitáveis, quando o texto não resiste a uma comparação, até mesmo superficial, de conteúdo e, às vezes, até mesmo de forma?Por que essa ânsia insofreável de publicar tudo o que se recebe – ou que se imagina ter recebido – dos Espíritos? Onde o critério, a sobriedade tantas vezes recomendada na obra de Kardec? Será que o público espírita já leu, estudou, analisou, entendeu toda a produção mediúnica produzida até agora?Ao dizer isso não se está afirmando que a fase de produção mediúnica está encerrada.

Sabe-se que a Doutrina é dinâmica, que a revelação é progressiva. Progressiva, e não regressiva, pois há obras que estão muito abaixo daquilo que se publicou até hoje, para não dizer que há aquelas que nunca deveriam estar sendo publicadas.

Infelizmente, os periódicos espíritas, de modo geral, não publicam análises dessas obras que estão sendo comercializadas, ostentando indevidamente o nome da Doutrina.

Impera, no meio espírita, um sentimento de falsa caridade, um pieguismo mesmo, que impede se analise uma obra diante do público. Essas atitudes é que encorajam médiuns ávidos de notoriedade à publicação dessa verdadeira avalanche de obras que vão desde aquelas discutíveis a outras verdadeiramente reprováveis.

Nesse particular, é justo se chame a atenção dos dirigentes de núcleos espíritas, sejam centros, sejam livrarias, a fim de que avaliem a responsabilidade que lhes cabe quanto ao que é dado a público em nome do Espiritismo.

O dirigente – ou o grupo responsável pela direção de uma casa espírita – responderá perante o Alto, sem a menor dúvida, pela fidelidade aos princípios doutrinários de tudo o que se divulga em nome do Espiritismo, seja na exposição oral, num livro, ou simplesmente num folheto. O mesmo se diga relativamente àqueles responsáveis pelas associações intituladas “clube do livro”. 
 
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Extraído da Revista Eletrônica "O Consolador", que poderá ser acessada através do endereço: http://www.oconsolador.com.br/ano9/433/ca5.html