quarta-feira, 3 de junho de 2020

O que se depreende da pandemia?


O que se depreende da pandemia?

         Passados dois milênios das lições trazidas por Jesus, que se precisa enaltecer foram mensagens vivas, significativamente demonstradas com a própria vida, vivas permanecem, pois, em nada se alteraram em conteúdo, tratando-se de verdades imutáveis.

          Foram muitos estágios na esteira desse tempo, interpretações e concepções incontáveis, torcidos e retorcidos a interesses temporais, esbarrando no poder soberano e político, que encetaram guerras e atrocidades inacreditáveis.

          Passados os dois séculos iniciais da era Cristã, o movimento iniciado com o Mensageiro Divino foi perdendo as características originais de simplicidade, do trato fraterno, da convivência familial ampla. Era na simplicidade que a fé tinha o seu valor. As lições recebidas do Mestre eram de compreensão que a criatura tinha contato direto com o Criador, e Ele era o Caminho, que ensinou e demonstrou.

         A comunicação com a Divindade era caminho livre através da consciência limpa, com os esforços realizados para o próprio aperfeiçoamento moral e de entendimento, vivendo-se de forma justa, sem se esquecer da prática do bem, do socorro aos mais fracos, aos doentes e aos dementados, ou seja, espiritualmente comprometidos pelos males praticados em existência anterior, se não tivesse sido naquela própria, embora não se conhecesse claramente as questões reencarnatórias.

         Com o interesse de governantes, a partir do século III, e a organização clerical, com pompa e circunstância, sobrepondo normas de interesses particulares, desvirtuando entendimentos originários, sobrelevando à força as modificações de pontos da fé cristã inicial, que não correspondiam aos objetivos oficiais e de mando, sobre o povo, desvirtuou-se à custa do sangue humano as verdades límpidas instaladas pelo Cristo entre os humildes de coração que as acolheu.

         Embora a pressão oficial sobre os crentes, que durou muitos séculos, a fé é um estado individual e imaterial, pode-se eliminar o organismo de sua manifestação, mas não será possível exterminar o pensamento e o Espírito imortal.

         O Tempo tem seu curso, as gerações se substituem no mundo, novas experiências, a Cultura se modifica, a Ciência avança, a Tecnologia imprime velocidade renovatória sobre si mesma, as inteligências tomaram mais corpo, no entanto, a educação, a do berço, ficou, com as exceções devidas, muito prejudicada, nas últimas décadas, com a liberalização dos costumes, a título de direito disso ou daquilo, desse ou daquele conjunto social organizado, ou não, que são apoiados por interesses dos interesses, sem visar o essencial aprimoramento moral do Espírito, que todos o são.

         Os usos e costumes nos vários sentidos da vida ficaram exacerbados: a vaidade, o sensualismo, o consumismo irresponsável; as governanças egoísticas, disseminadoras  do ódio, da concorrência desleal, da incitação aos crimes hediondos, de guerras a qualquer pretexto para apoiar o comércio bélico, o uso das Nações mais fracas para extrair-lhes as suas riquezas, mantendo-se suas populações em estado de miséria e penúrias, são as iniquidades que exigem reparação.

         O mal, alimentado por muito tempo, sem que haja um reconsiderar voluntário por aquele ou aqueles que o implementam, não faltará o remédio que o tratará, com observância da lei de respeito ao próximo e à Natureza. Todos têm consciência dos ensinamentos do Cristo, se não diretamente através de suas mensagens, por não ser cristão, sendo que outros desdobramentos religiosos ou filosóficos foram entregues ao mundo pelos precursores da antiguidade, os Profetas, os Sábios do oriente, e os Pensadores modernos,  que sempre trouxeram orientações de respeito às pessoas e ao meio ambiente.

         A taça da iniquidade, que são as forças negativas geradas pelos seres humanos, com o seu comportamento imoral, veneno corrosivo da vida, que vem se acumulando de longo tempo, transbordou-se dando aso ao surgimento de elemento vibratório, que carrega característica nociva ao organismo humano, o tal vírus pandêmico.

         Tal elemento desequilibrante, atinge indivíduos em todas as classes sociais, por ora não tem medicamento que o combata e nem vacina que detenha a invasão, sendo implacável por onde passa.

         Seus efeitos causam paralisia e distanciamento sociais, embates de governantes e autoridades responsáveis pela saúde nos Países por onde campeia, com incalculável perda econômica pública e privada, desempregos em enormes números, causando desesperos à multidão de pequenos empresários que veem seus negócios ruírem, pressagiando grandes dificuldades a curto prazo nas cidades de todos os portes.

         Os Templos religiosos de todas  as denominações estão mudos, grande parte da população está dentro de casa, as escolas não estão sendo frequentadas, precariamente se tenta aula à distância, visando diminuir os prejuízos estudantis. Os estabelecimentos comerciais permanecem com as portas cerradas ou em funcionamento muito diferente que o de hábito, em conta o distanciamento de funcionários entre si e dos clientes em números contados por vez, vislumbrando a possibilidade de se evitar a contaminação pelo vírus que poderá ser fatídico, para si e para os seus familiares.

         O que se pode deduzir de tudo isso? A Humanidade está sofrendo as consequências de atitudes coletivas que se arrastam desequilibradas há muito tempo, incluindo aí o uso descontrolado, ganancioso e egoísta, dos recursos naturais, desestruturando as defesas, permitindo o aparecimento de miasmas nocivos no seu habitat.

         Não se pode esquecer que o pensamento negativo, imoral, criminoso, ambicioso doentio, sensualista..., formam uma atmosfera vibratória perniciosa favorável à afinidade com os mundos espirituais inferiores, permitindo a interação com esses campos de energias negativas e infestados de vibriões maléficos desconhecidos na Terra. Com isso, surgem as doenças novas, no entanto, a responsabilidade pela ocorrência é da própria sociedade terrena, que por sua conta afastou-se de Deus, muito embora O carregue nos lábios e nas insígnias junto a si, até mesmo na forma de tatuagem epidérmica, que estão longe de estar no coração.

         É hora de parar, não somente os passos, o ir e vir; é preciso asserenar a alma, fazer vigorosa análise, mudar o estado interior, refrear a ansiedade e os desejos que não sejam nobres, a cobiça disto ou daquilo, não importa o que seja, se não estiver na bandeja moral não serve. Não basta não ter realizado o mal que se pensa, só de o desejar insistentemente a alma já estará comprometida, tal como se efetivado.

         “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.”.   A verdade Divina foi revelada por Moisés e reavivada por Jesus. “Fora da caridade não há salvação.”.  “Onde está escrita a Lei de Deus? Na consciência.”. “A consciência é um juiz implacável.”.

         Por que duvidar dos ensinamentos que vieram da fonte, Deus, com o objetivo de salvar o Homem da ignorância e dar-lhe a chave das bem-aventuranças? É hora de pensar no Céu, que é um estado  de espírito, de paz e felicidades, esteja onde estiver.

         Que Jesus! O Cristo de Deus, abençoe a Humanidade, aliviando os infortúnios pelos quais se passam neste momento de pandemia, que a fé embasada num raciocínio educado no bem seja passaporte para dias melhores.

         Jesus é o governador do Planeta, os seus habitantes precisam acolher a sua autoridade e respeitar às suas orientações,  trabalhar pelo seu próprio melhoramento espiritual e estender a mão amiga  àqueles que ainda têm alguma dúvida dessa verdade, que não está longe dos olhos, se quiserem ver. 

                                         Dorival da Silva

sábado, 30 de maio de 2020

Um olhar


Um olhar

Um olhar não é só a captação da luz pela retina.
Carrega os valores de quem olha.
O que olha, como vê.
É fortuito?
O que encontrou?
É bom, ruim, comprometedor, insólito!
O que aproveitar desse olhar?
Merece silêncio, ou devo contar?
Salva, condena, compromete?
Que intenção carrega?
Tem a vibração de quem olha.
É intencional? Premeditado!
A responsabilidade aumenta.
Encontrou outro olhar?
O que se conclui?
Um pedido, confissão, condenação…
Olhar existe que cura, adoece, condena…
Qual olhar prevalece?
De análise, crítica, julgamento…
Nunca será diferente das qualidades do coração.
O que reserva no coração?
Deveria ser amor, perdão, compreensão, fraternidade, caridade…
Como imaginar seja o olhar de Jesus?
É Ele que precisa ser imitado.
Amor, caridade...
Um olhar Santo!

Dorival da Silva

terça-feira, 26 de maio de 2020

A Beleza


A Beleza 

Desde os primórdios da existência, o homem sempre buscou expressar a beleza nas suas muitas formas de manifestação. Foram as pinturas primitivas da face e do corpo, os arranjos com roupas coloridas, acessórios diversos de ossos, penas e outros objetos retirados da natureza, adereços de mão, cabeça e pés, que enfeitavam a personalidade e davam a sua importância. 

Adveio, com a evolução cultural e dos costumes, a pedraria e os metais, o que ensejou a especialização de ourives e posteriormente a industrialização dos artefatos de enfeites pessoais e ambientais de múltiplos materiais, com formas e finalidades muito variadas, para atender gostos e intenções, desde os mais comedidos até os escândalos espetaculares. 

Há algumas décadas, a indústria diversificou os produtos de beleza, particularizando o uso, atendendo às particularidades do corpo, cabelo, rosto, braços e mãos, pernas e pés, com uma miscelânea de aplicações e propósitos de melhor embelezamento e de apresentação. 

Embora o reconhecimento da utilidade de toda a panaceia embelezadora do ser humano, da higiene, tudo para melhor figuração pessoal, sem se descurar das vantagens econômicas, há excessos e muitas fantasias, entorpecendo a percepção da beleza interior que se precisaria buscar, primacialmente.

A vida é lição ao alcance de todos os indivíduos, demonstra que o viço da forma física é notável na infância, na juventude, ainda numa parte da fase adulta, depois o curso natural é a decadência interna e externa do organismo. Chega um momento em que as forças exânimes se extinguem e a máquina carnal imobiliza-se, o seu condutor não tem alternativa, precisa abandoná-la.  Se a preocupação foi sempre se apresentar bem na sua indumentária, agora que ela não mais o acompanha, qual a apresentação?

Pela falta de conhecimento sobre a vida espiritual, uma parcela pequena da Humanidade entende que a preocupação maior deveria ser com a beleza da alma, embora o cuidado e o comedido aformoseamento do corpo demonstrar prerrogativas evolutivas, no entanto, se dá muita ênfase para o que perecerá em detrimento daquilo que é perene, sendo as qualidades intelectuais e morais que a luzirá. 

O embelezamento da alma precisa fazer parte dos movimentos da vida, em todos os instantes, pois, nas decisões diante de cada fato, precisa-se  lembrar que os resultados trarão consequências, não somente no campo das percepções habituais. Vai além, o registro favorável, ou não, permanecerá na alma, vez que  é ela que decide e realiza, utilizando-se do seu corpo no estado de vigília, no entanto, tem-se a impressão de que passado o caso nada mais existe.

Toda ação tem resultado, mesmo que permaneça no anonimato.  Não se pode esquecer de que é um Espírito, momentaneamente reencarnado, que vive o estágio material e espiritual ao mesmo tempo, embora tenha consciência, por ora, do primeiro. O Apóstolo dos Gentios informa aos Hebreus (12-1): “Estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas”

Os movimentos da vida que proporcionam desavença, acarretando mágoa, rancor, ódio, ou quaisquer prejuízos a quem quer que seja, enfeia a alma do responsável; os atendimentos aos desejos desnecessários, ou mesmo dos necessários, mas com excessos, abuso ou má-intenção, maculam a consciência, com desdobramentos lamentáveis que pedem reparação. 

O estudo e a meditação constante do Evangelho de Jesus, que retira das letras o essencial conteúdo para a modificação da vida, leva em conta o refazer-se consciente através das verdades acolhidas sem imposição, mas com o adentrar voluntário e sutil no terreno para além dos limites dos sentidos ordinários. Assim, avançando pelo mundo imaterial,  alcançável, por agora, nas asas do pensamento que levam a sensibilidade a acolher as claridades que farão o embelezamento do Espírito.

Deixando-se o indumento corporal, o seu morador será liberado para retornar ao mundo de onde veio, se apresentando com as qualidades intelectuais e as virtudes que conquistou, a beleza; ou, caso contrário, a fealdade; ambas poderão destoar consideravelmente da máscara que se habituara às ilusões alimentadas na Terra, que lá ficara.

A beleza da Alma é construção de todos os momentos da vida. 

                                 Dorival da Silva.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

NA ESCOLA TERRESTRE




NA ESCOLA TERRESTRE

“Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo: aí a causa das guerras e das calamidades que estas acarretam, das dissensões, das injustiças, da opressão do fraco pelo forte, da maior parte, afinal, das enfermidades. Deus promulgou leis plenas de sabedoria, tendo por único objetivo o bem; em si mesmo encontra o homem tudo o que lhe é necessário para cumpri-las; a consciência lhe traça a rota, a Lei Divina lhe está gravada no coração e, ao demais, Deus lha lembra constantemente por intermédio de seus messias e profetas, de todos os Espíritos encarnados que trazem a missão de o esclarecer, moralizar e melhorar e, nestes últimos tempos, pela multidão dos Espíritos desencarnados que se manifestam em toda parte. Se o homem se conformasse rigorosamente com as Lei Divinas, não há duvidar de que se pouparia aos mais agudos males e viveria ditoso na Terra. Se assim não procede, é por virtude do seu livre arbítrio: sofre então as consequências do seu proceder.”
(Allan Kardec, A Gênese, Cap. III, item 6)


Considerando que o planeta Terra é a obra do Criador elaborada através de Jesus Cristo para acolhimento de quantos Espíritos nela se depurariam para sua incursão nos planos divinos da Imensidade, todos os fenômenos que infelicitam e atormentam a família humana encarnada no globo, além de todas as almas que permanecem escravizadas à Crosta em situações desequilibradas e desequilibrantes são de sua responsabilidade, tendo em vista o livre arbítrio já conquistado por cada um.

Existem dois meios efetivos de influenciação do habitat terrestre: a ação direta do homem em a Natureza, dizimando-a ou viciando-a por efeito de suas ambições e desconhecimento das leis que a regem, e através das emissões mentais de seus pensamentos diários, constantemente repetidos. O efeito da ação humana sem estudo e por mero interesse comercial intoxica as fontes naturais e perverte a ordem harmônica da cadeia hoje denominada ecossistema. Esse, em termos objetivos, visível e previsível é o motivo material das catástrofes que se abatem sobre todos os países e todos os povos, com variantes segundo a natureza do meio em que sobrevivem. O outro motivo é a densidade e o teor venenoso dessa densidade laborada pelo conjunto de pensamentos liberados pela maioria ainda viciada ou pervertida pela manipulação inescrupulosa de governos, mídias e religiões sem alma, que apenas visam o interesse pessoal e de grupos elitistas, completamente entregues ao desrespeito pela obra do Criador.

No elenco das calamidades físicas, vemos o desequilíbrio das águas das chuvas, dos mares, das secas, do ar pela poluição, das terras intoxicadas e empobrecidas, da extinção de espécies vegetais e animais e a proliferação de pragas que respondem pelo excesso, já que a cadeia harmoniosa e controladora dessas ocorrências foi quebrada pelo homem, e daí por diante. Na outra órbita de ação nefasta, encontramos a psicosfera favorável à proliferação de obsessores desencarnados que estimulam a violência e o desnível moral entre os encarnados, autorizando enfermidades e mesmo a loucura, pois há vibriões e larvas psíquicas em atuação sobre as mentes humanas por efeito desse conluio tóxico e imoral entre desencarnados e encarnados. O poder variante e mutável de vírus diversos, de bactérias e congêneres – já bastantes estudados pela ciência do mundo – é efeito da proliferação desses elementos astrais que a psicosfera doentia e pesada do mundo, geralmente alimentada por ódios, ciúmes, invejas, sensualismo irresponsável, leviandade moral, indiferença, cupidez e todas as aberrações nascidas do egoísmo e do orgulho.

Os surtos psíquicos, quando coletivos, são expressões dessas intoxicações deletérias que, como ondas poderosas e avassaladoras, carregam consigo as almas empedernidas e folgadamente entregues à frouxidão moral, como forma de intensificar a sua enfermidade e obriga-la a providências saneadoras pelos sofrimentos impostos. Aí funcionam as obsessões e essas obsessões, se criteriosamente estudadas, revelarão a natureza moral em decadência e todas as consequências disso, envolvendo as forças orgânicas do indivíduo e as forças fisiopsíquicas do meio terreno, onde se poderá identificar os vibriões psíquicos e as larvas por matrizes dos vírus letais que assombram a História Humana de tempos a tempos.

A eugenia e todos os estudos científicos do mundo são importantes e válidos para coibir as proliferações danosas e inesperadas, mas o moral dos homens e mulheres da Terra será responsável efetivo por sanear a psicosfera tão doentia e permitir o verdadeiro progresso e bem-estar de todos, em todas as nações, porque então a justiça e a humanidade real serão implantadas, como plataforma ideal para o florescimento do Evangelho vivo!

YVONNE A. PEREIRA

(Mensagem psicografada por Wagner Paixão, em Mário Campos, MG, em 18/04/2020).