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terça-feira, 26 de maio de 2020

A Beleza


A Beleza 

Desde os primórdios da existência, o homem sempre buscou expressar a beleza nas suas muitas formas de manifestação. Foram as pinturas primitivas da face e do corpo, os arranjos com roupas coloridas, acessórios diversos de ossos, penas e outros objetos retirados da natureza, adereços de mão, cabeça e pés, que enfeitavam a personalidade e davam a sua importância. 

Adveio, com a evolução cultural e dos costumes, a pedraria e os metais, o que ensejou a especialização de ourives e posteriormente a industrialização dos artefatos de enfeites pessoais e ambientais de múltiplos materiais, com formas e finalidades muito variadas, para atender gostos e intenções, desde os mais comedidos até os escândalos espetaculares. 

Há algumas décadas, a indústria diversificou os produtos de beleza, particularizando o uso, atendendo às particularidades do corpo, cabelo, rosto, braços e mãos, pernas e pés, com uma miscelânea de aplicações e propósitos de melhor embelezamento e de apresentação. 

Embora o reconhecimento da utilidade de toda a panaceia embelezadora do ser humano, da higiene, tudo para melhor figuração pessoal, sem se descurar das vantagens econômicas, há excessos e muitas fantasias, entorpecendo a percepção da beleza interior que se precisaria buscar, primacialmente.

A vida é lição ao alcance de todos os indivíduos, demonstra que o viço da forma física é notável na infância, na juventude, ainda numa parte da fase adulta, depois o curso natural é a decadência interna e externa do organismo. Chega um momento em que as forças exânimes se extinguem e a máquina carnal imobiliza-se, o seu condutor não tem alternativa, precisa abandoná-la.  Se a preocupação foi sempre se apresentar bem na sua indumentária, agora que ela não mais o acompanha, qual a apresentação?

Pela falta de conhecimento sobre a vida espiritual, uma parcela pequena da Humanidade entende que a preocupação maior deveria ser com a beleza da alma, embora o cuidado e o comedido aformoseamento do corpo demonstrar prerrogativas evolutivas, no entanto, se dá muita ênfase para o que perecerá em detrimento daquilo que é perene, sendo as qualidades intelectuais e morais que a luzirá. 

O embelezamento da alma precisa fazer parte dos movimentos da vida, em todos os instantes, pois, nas decisões diante de cada fato, precisa-se  lembrar que os resultados trarão consequências, não somente no campo das percepções habituais. Vai além, o registro favorável, ou não, permanecerá na alma, vez que  é ela que decide e realiza, utilizando-se do seu corpo no estado de vigília, no entanto, tem-se a impressão de que passado o caso nada mais existe.

Toda ação tem resultado, mesmo que permaneça no anonimato.  Não se pode esquecer de que é um Espírito, momentaneamente reencarnado, que vive o estágio material e espiritual ao mesmo tempo, embora tenha consciência, por ora, do primeiro. O Apóstolo dos Gentios informa aos Hebreus (12-1): “Estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas”

Os movimentos da vida que proporcionam desavença, acarretando mágoa, rancor, ódio, ou quaisquer prejuízos a quem quer que seja, enfeia a alma do responsável; os atendimentos aos desejos desnecessários, ou mesmo dos necessários, mas com excessos, abuso ou má-intenção, maculam a consciência, com desdobramentos lamentáveis que pedem reparação. 

O estudo e a meditação constante do Evangelho de Jesus, que retira das letras o essencial conteúdo para a modificação da vida, leva em conta o refazer-se consciente através das verdades acolhidas sem imposição, mas com o adentrar voluntário e sutil no terreno para além dos limites dos sentidos ordinários. Assim, avançando pelo mundo imaterial,  alcançável, por agora, nas asas do pensamento que levam a sensibilidade a acolher as claridades que farão o embelezamento do Espírito.

Deixando-se o indumento corporal, o seu morador será liberado para retornar ao mundo de onde veio, se apresentando com as qualidades intelectuais e as virtudes que conquistou, a beleza; ou, caso contrário, a fealdade; ambas poderão destoar consideravelmente da máscara que se habituara às ilusões alimentadas na Terra, que lá ficara.

A beleza da Alma é construção de todos os momentos da vida. 

                                 Dorival da Silva.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Superioridade


      O que é superioridade espiritual?: “Quem quiser ser maior no reino dos Céus, seja aquele que serve...”

        
        Existe dificuldade para se entender o gesto que Jesus demonstrou lavando os pés dos apóstolos; significativamente se fez como o menor, pois somente os mais desclassificados daquela sociedade, os escravos, se davam a tarefa de lavar pés.

         Conquanto o gesto demonstre materialmente o que se queria ensinar era o exercício espiritual de humildade, a alma desprendida dos paradigmas canhestros do homem da Terra.  

          O gesto de servir em qualquer situação, mesmo naquela considerada menor, demonstra que o Espírito está livre das peias preconceituosas, tem clarificado as suas condições morais, seu intelecto é brilhante, sua lucidez não encontra barreiras.

“Conhecereis a verdade e ela vos libertará”, é Jesus indicando o caminho, no entanto, o homem perpetua-se preso às letras, preferindo decorar versículos, metodicamente, quando é no entendimento espiritual, que transcende o próprio “ser”, onde está a liberdade. 

           Já foi ensinado pela espiritualidade que: “existem mais pessoas presas nas suas próprias grades emocionais: preconceituosas, orgulhosas e egoístas, que os condenados nas prisões oficiais”. 

         É preciso que o grilhão absurdo de si mesmo se arrebente, se a vontade não consegue, as próprias forças Divinas existentes no cerne da alma o farão, como um parto demorado e de muitas dores.

         A teimosia, o medo da mudança, a falta de coragem para a busca em si mesmo, abafa a planta maravilhosa que quer desenvolver-se na própria alma, por isso o homem num artifício de fugir de si mesmo busca todo tipo de distração fora do seu contexto espiritual, para não perceber-se e iludir-se voluntariamente.

         As escamas, como em Saulo de Tarso -- o São Paulo --, elas existiam somente nos olhos, em nós outros as temos em todos os sentidos espirituais.

Não deixemos os fatores mundanos nos anular espiritualmente, poderemos andar mais depressa e com menos sofrimento. Certo é que o erro e as experiências infelizes também ensinam, mas há o resgate e a provação de que o mal exercitado não retornará, o que exige sacrifícios e dores dispensáveis.

Jesus promete que aliviaria os sofredores, pois que sua condição é simples, é apenas o exercício do amor e da caridade, tudo o mais estará resolvido. 

Dorival da Silva