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terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Onde o egoísmo?

 Onde o egoísmo? 

Tomamos por inspiração um capítulo escrito por Autora Espiritual, que ao final do texto daremos a referência, que com nossas pobres letras também desejamos caminhar, mesmo com análise rasa, em tema significativo para a Humanidade. É nossa gotícula no Oceano da Vida.

 A Autora intitula o capítulo de "Os Adversários Cruéis"¹, quem o ler verá que não caberia outro título, pois esse dá a exata ideia do que se pretende ensinar. 

A Orientadora Espiritual que nos inspira através de sua página relata com vistas colhidas do Mundo Espiritual em registros vibratórios lá acessíveis para quem tem essas possibilidades, movimentos de Jesus quando aqui na Terra lançava as revelações que transitam há dois milênios tocando as sensibilidades de todos que prestam atenção à mensagem viva que ressoa na acústica da Alma.  

"As dúlcidas vibrações que emanaram do Mestre, à medida que cantava o poema das bem-aventuranças, impregnaram a Natureza para todo o sempre e envolveram os ouvintes emocionados, preparando-os para as refregas do futuro."  Neste parágrafo deixa-nos expresso algo relevante para entendimento de como a mensagem do Mestre chegou até os nossos dias, mesmo não tendo sido escrita no ato de sua alocução. São as "(...) vibrações que emanaram do Mestre, (...), que impregnavam a Natureza para todo o sempre (...)". 

Embora registros posteriores feitos pelos Evangelistas, como marcos referenciais, que nos chamam a atenção, no entanto, são os impactos vibracionais alcançados pelas nossas Almas que nos afiançam a verdade expressada e certificam a assertiva evangélica.  Não se trata de confiança em alguma retórica anotada, mas sim de verdades sentidas na acústica do próprio Espírito, existentes independentemente do escrito bíblico.   

"Nunca mais seria ouvida musicalidade similar. Divisor das águas e dos tempos, a Canção de Esperança abriu perspectivas dantes jamais conhecidas para entender-se o Reino de Deus. (...)"  Jesus veio do futuro, abriu caminho no rumo da Divindade, de onde todas as verdades fluem para o Universo, aqui na Terra a vertente é o Mestre de Nazaré, em conta disso informa: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida"². 

(...). "As multidões que O ouviram permanecem inebriadas, porque, além de Ele haver exalçado a humildade, a pobreza em espírito, a fidelidade, o apoio à Justiça e à Verdade, também propusera o novo código que deveria viger no porvir da Humanidade."  "O amor deveria ocupar lugar de destaque nos códigos do futuro, mas não o amor interesseiro e servil, (...) Vejamos, "As multidões que O ouviram...", os que estamos envolvidos com a sua mensagem nesses tempos novos, também captamos suas ondas musicadas de verdades, que começamos decifrar. Toda a Humanidade precisa perceber a sonoridade na profundidade da alma, correspondendo a se ter entendido a mensagem modificadora do "homem velho", estruturando, pelas próprias percepções, uma consciência individual divinizada, compondo um todo social harmônico.   

A questão é a "pobreza de espírito", o que em nada está relacionada a miséria, mas sim, à desnecessidade emocional de coisas materiais, de poder, de ter, de acumular para formar riqueza inútil, que apenas traz sofrimento e verdadeiras misérias para a Humanidade, tal é a grandeza de valores que se dá a tudo que é finito, ou seja, o egoísmo doentio, de onde derivam o orgulho, a vaidade, a ganância e a prepotência do ser humano. 

A Mentora Espiritual conta no capítulo em referência que um cidadão "cultor das belas letras clássicas e das tradições de Israel (...)", portanto, pessoa com entendimento, encontrou com Jesus, em sequência travou o seguinte diálogo com o Mestre: (...). "-- Atormento-me, procurando identificar quais são os piores adversários do ser humano. (...). Onde se travará a terrível batalha contra esses inimigos e quais as armas de que poderemos dispor para a luta?" -- Jesus, reponde-lhe: "-- Bartolomeu, rogo ao Pai que te abençoe as conquistas e as expectativas que acalentas. Interrogas quais são os maiores e mais perversos adversários do ser humano e como, onde combatê-los?!  Eu te direi que todos eles se encontram no imo do ser e trabalham ali pela sua infelicidade. Todos os indivíduos apontam-nos fora deles mesmos, supondo que as aflições que produzem vêm do exterior, de outras pessoas, e, por consequência, tornam-se inamistosos, rebeldes, vingativos. Isso ocorre, porém, porque vigem nas paisagens da alma esses insaciáveis perturbadores da paz e de todos os seres humanos. Escondendo-se e mascarando-se, mudam de atitude e a forma de crueldade, permanecendo inatingidos no seu reino secreto, que é o coração. O mais impiedoso entre todos é o egoísmo, monstro devorador das alegrias alheias, que termina por autodestruir-se também, quando já tem a quem se impor. É responsável pela existência de todos os demais que lhe fazem corte."  

Continua Jesus: "Logo depois, apresenta-se, voluptuoso, com privilégio e honrarias que não se fazem justificáveis. Da mesma forma, a arrogância que humilha os demais e se considera digna de destaque, constitui arbitrário déspota que espalha desditas e sofrimentos contínuos. 

"Simultaneamente, os apegos doentios e pessoas e a coisas, propiciando à avareza amealhar tudo quanto é possível de reter, em detrimento dos demais, esmagados como se encontram pelas necessidades prementes. O avaro é prepotente e vingador, caracterizando-se pelo despotismo e pela indiferença em relação ao seu próximo." 

O Mestre silenciou por um pouco..., deu curso à resposta:  

-- A inveja, a maledicência, o ódio, o ciúme, a ambição desmedida, o ressentimento são tiranos da alma que impedem o avanço do ser pela estrada da evolução, gerando tormentos inomináveis. Porque originários do mundo interno, a luta para vencê-los deve ser travada no campo da consciência, mediante a transformação das tendências inferiores e dos sentimentos para a adoção da conduta rica de misericórdia, de compaixão, de entendimento fraternal, de caridade... 

"O homem e a mulher que pretendem ser realmente felizes e anelam por conquistar a Terra, devem superar esses impenitentes que vivem no mundo íntimo, e que são desafiadores e renitentes." 

Registramos alguns trechos do texto, pois, a fonte verte para as letras o pensamento de Jesus,  base quente de todos os ensinamentos que fluíram para Humanidade naquele instante divisor dos tempos evolutivos da Terra.   

O que o Senhor expõe a Bartolomeu, cidadão do mundo interessado na solução dos maiores problemas dos homens e das sociedades, que com a sua postura representava todas as gerações futuras da Terra, permitindo que coasse das Hostes Celestiais, através do Médium de Deus, o que é a solução para todos os conflitos individuais e coletivos, que passam pelas Ciências Psicológicas e Psiquiátricas, com trânsito por todas as áreas do comportamento humano. Repetimos propositadamente o trecho:   "O homem e a mulher que pretendem ser realmente felizes e anelam por conquistar a Terra, devem superar esses impenitentes que vivem no mundo íntimo, e que são desafiadores e renitentes."  O mal do Mundo somente se encontra no próprio ser humano, a solução passa pelo conhecer-se e lutar por vencer-se, eliminando os seus inimigos maiores presos nas suas próprias entranhas vibratórias, pois destruído o corpo eles permanecem no Espírito aguardando a iniciativa a seu próprio interesse, de quem quer ser feliz e ter paz.  

Jesus é um ser presente, há milênios mostra para o Mundo o caminho a trilhar para o salvamento da alma humana dos males que estão no próprio ser, mas pela força do materialismo os indivíduos olham para o lado escuro da vida, vez que habituados à escuridão e se comprazem com isso, ao invés de olharem para o rumo indicado pelo Mestre, mas esse não favorece o estado egoico, pede esforços, e a luz que entreveem incomoda e causa certo medo.  

Todo encontro com a mensagem do Senhor de Nazaré traz incômodo ao interessado em adentrar o verdadeiro conceito transformador, enquanto se olha apenas as letras molda os conceitos ao seu estado de interesse e justificativas das próprias mazelas. 

O rumo das bem-aventuranças está colocado para a humanidade, a verdade dos Céus está brilhante para quem quiser ver, o aperfeiçoamento pessoal depende de esforços decisivos.  

Jesus nos aguarda! Atrasarmos na tarefa da plenitude espiritual é por nossa responsabilidade.

 

Dorival da Silva.   

 

1. Obra: A Mensagem do Amor Imortal, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Franco, capítulo 6, 1ª edição, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador, 2008.  

2. João, 14:6 

quinta-feira, 30 de junho de 2016

A inspiração pode ser um recurso precioso

Editorial                                                                                                                                                         
Ano 10 - N° 471 - 26 de Junho de 2016






 
 
A inspiração pode ser um recurso precioso

A inspiração faz de todos os homens médiuns. Allan Kardec, n´O Livro dos Médiuns, estabelece a diferença entre intuição e inspiração. Diz que esta é uma variedade da intuição, mas sem uma imposição por parte do comunicante. Sua característica é a espontaneidade, ou seja, sua manifestação é livre, sem constrangimento; o médium responde com suas próprias palavras, apenas estimulado por uma ideia, por uma percepção ou por um sentimento. Assim, é realmente muito difícil distinguir se o pensamento provém de si mesmo ou de uma inteligência comunicante.

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A inspiração é o principal meio de comunicação dos Espíritos protetores; e essa manifestação constitui aquilo que denominamos a voz da consciência. Não há nenhuma utilidade em buscar discernir pensamentos próprios dos alheios. O que ocorre é a opção por esse ou aquele raciocínio, resguardando a capacidade de escolha.

“Os Espíritos exercem alguma influência nos acontecimentos da vida? Certamente, pois que vos aconselham.” (O Livro dos Espíritos, questão 525.)
Kardec diz que, de ordinário, a inspiração é um meio utilizado pelos bons Espíritos, mas, como qualquer mediunidade, pode servir a um Espírito impuro. Nossos pensamentos podem ser dirigidos para determinado fim, com ou sem acréscimo de novas ideias do Espírito comunicante. Com o mecanismo das associações, o próprio cérebro do encarnado pode produzir novas ideias. Neste caso, um mesmo conteúdo pode manifestar-se por arranjos diferentes. Manipulando esse mecanismo, o Espírito comunicante pode fazer surgir ideias que não participavam da memória do médium, sem que seja tolhido seu livre-arbítrio.

“Os Espíritos influem em nossos pensamentos e em nossos atos? Muito mais do que imaginais, pois frequentemente são eles que vos dirigem.” (O Livro dos Espíritos, questão 459.) 
                                                    
O livre-arbítrio consiste nas opções que fazemos reiteradamente num caminho pleno de alternativas. Nós podemos rejeitar a influência. Ninguém está fadado a seguir determinada inspiração. Somos livres. Mas, dependendo da afinidade e do grau do conúbio entre o encarnado e os Espíritos, pode dizer-se que o médium se comporta como um fantoche, tendo reduzido drasticamente seu livre-arbítrio.

“Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus.” (2 Cor 3:5.) 
                                                    
Referindo-se às ideias cristãs, e a todo conteúdo elevado, Paulo afirma-se incapaz de gerar os pensamentos que constituem sua pregação, cuja fonte está em Deus. Sua humildade não permite que se considere uma pessoa capaz de engendrar o conteúdo da boa nova. De certa forma ele está com a razão, porque a doutrina cristã é uma fonte de água cristalina que fecunda nossos vasos de barro, ressentindo-se das impurezas que trazemos conosco. Por outro lado, sua humildade o impede de considerar-se capaz de ser um instrumento adequado para a transmissão da boa nova. E talvez esteja com a razão  quando considera sermos incapazes, por nós mesmos, de produzirmos algo de bom, pois é em Deus que está nossa capacidade. Diz Emmanuel: “De Deus vêm a semente, o solo, o clima, a seiva e a orientação para o desenvolvimento da árvore, como também dimanam de Deus a inteligência, a saúde, a coragem e o discernimento do cultivador, mas somos obrigados a reconhecer que alguém deve plantar.” (Ceifa de Luz, cap. 39.)

Há, todavia, pessoas mais maleáveis pela sua humildade e seus conhecimentos e, portanto, mais aptas a desenvolverem os recursos da palavra e do comportamento, que merecem a simpatia dos mensageiros, e se tornam instrumentos adequados ao trabalho no bem. 
                                  
Mesmo com as limitações inerentes, a inspiração pode ser um recurso precioso nas mãos dos protetores, se eles encontram médiuns suficientemente humildes e, portanto, capazes de ser bons instrumentos.


O original poderá ser acessado na Revista Eletrônica "O consolador", através do endereço:
http://www.oconsolador.com.br/ano10/471/editorial.html