Enfermidades saneadoras - Joanna
de Ângelis
Toda enfermidade que aflige o ser humano possui as suas nascentes no
cerne do Espírito. Ainda imperfeito, necessita depurar-se enfrentando a
lapidação das suas arestas morais perniciosas.
Herança do passado evolutivo, quando os instintos básicos dominavam todas
as suas ações, eles permanecem vigorosos e geram dificuldades nos momentos de
decisões que devem ultrapassar as barreiras do ego, em benefício da
sociedade.
Não fosse a necessidade do crescimento interior, a fim de lhe permitir
o desabrochar dos valores de enobrecimento que jazem no seu íntimo, e o
sofrimento não existiria.
A sua finalidade precípua é proporcionar o respeito às soberanas leis
da Vida e ampliar-lhe a capacidade intelectual e o desenvolvimento moral.
Portanto, em vez de ter apenas um caráter punitivo, a enfermidade
possui o objetivo terapêutico libertador dos males que insistem em permanecer
dominantes.
Toda deficiência moral produz no perispírito um sinal que o organismo
decodificará no momento próprio, para dar lugar à enfermidade.
Nos fenômenos graves das expiações decorrentes dos delitos de alta
significação, apresentam-se as manifestações genéticas na imensa gama de
deformidades que constituem o recurso depurativo necessário à libertação, à
conquista da harmonia. Como não se pode fugir do cárcere imposto pela
reencarnação, desde muito cedo o Espírito vivencia a evolução a que se negou,
comprometendo-se com severidade.
Noutras vezes, as dificuldades de outro gênero - moral, social,
econômica, emocional e psíquica - constituem elementos de redenção por
aprimorarem os sentimentos e ensejarem a autoiluminação.
Há, no entanto, o recurso do bem fazer ao alcance de todos, que
propicia a sua reabilitação com perspectivas de crescimento espiritual.
Graças à lei de evolução, a ciência médica alcançou na atualidade
elevado patamar que proporciona com a sua tecnologia alterações profundas
para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Certamente, esses recursos estão distantes da grande maioria dos
comprometidos espirituais. No entanto, quase todos desfrutam dos benefícios
da assepsia, da anestesia, de cirurgias extraordinárias, que os auxiliam na
recuperação ou na atenuação das doenças.
Indispensável, todavia, que se operem também transformações internas
para que ocorra o resgate do erro, o conhecimento da verdade, a consideração
pela existência, tornando menos áspera a jornada.
A ausência, porém, do conhecimento espiritual responde pelo
prolongamento dos processos degenerativos, degradantes da matéria e,
principalmente, aqueles que dizem respeito à emoção.
Em qualquer situação, a preservação do equilíbrio mental é responsável
pela atividade reparadora, especialmente quando impulsiona o paciente para a
introspecção, a autodescoberta e a identificação da imortalidade de que se
constitui.
Não ocorrendo essa experiência valiosa, transfere-se de uma para outra
problemática, mantendo-se o quadro enfermiço que aparece e retorna com
frequência.
Seja qual for a problemática que te aflija ou desconserte na área da
saúde ou de tudo o que possa te constituir infortúnio, não te entregues à
ansiedade e ao desespero, visto que a tranquilidade favorecerá o teu
restabelecimento.
As ondas mentais de aceitação e o contínuo direcionamento para o bem
auxiliarão com vigor o processo de restauração da saúde e da manutenção da
paz.
* * *
É fenômeno natural o desgaste orgânico, assim como as complexidades
emocionais e psíquicas pertencem ao mesmo esquema de harmonia ou desajuste.
A inevitabilidade da morte ronda a existência e sempre aguarda que
sejam propiciados os fatores de instalação das doenças.
Ninguém há que atravesse a existência terrena em barcas de exceção.
Observa antigos atletas que apenas cuidaram do corpo, ora consumidos
pelos excessos que os induziram a manter-se no clímax ilusório do altar da
vaidade.
Alguns foram vitimados por tormentos emocionais que não souberam
controlar, enquanto expressivo número de triunfadores de um dia recorreram a
drogas perversas que os ludibriaram e se encontram inutilizados.
Cada fase da existência possui sinais de beleza, de resistência, de
valores inapreciáveis, que permitem um canto de gratidão a Deus.
A velhice, por mais postergada, é inevitável, e as características que
a assinalam são irremovíveis.
Desse modo, acende a luz do amor no imo e deixa-te incendiar pela
alegria de viver.
Estabelece o teu programa de educação íntima e preservarás o estado
saudável em todos os períodos existenciais, mesmo naqueles em que sejas
visitado por alguma ocorrência doentia.
Busca no trabalho de auxílio fraternal a sustentação da tua utilidade
de viver, e faze a tua existência valiosa para todos aqueles que se te
acerquem com necessidades.
Não te atormentes com as doenças nem com os desafios existenciais.
Constituem esses recursos bênçãos que Deus oferece àqueles que O
buscam e necessitam de alcançar a plenitude.
Quando, porém, as dificuldades se te fizerem mais severas, recorre à
oração que te vinculará aos dínamos superiores da Vida de onde haurirás forças
e resistência para superar a fase angustiante.
Quem ora fortalece-se na captação das vibrações harmoniosas espalhadas
pelo Universo.
Doença é sinal de imperfeição em processo de aprimoramento.
Não recalcitres, pois, contra a dor, nem ao natural fenômeno do
desgaste orgânico .
* * *
Jesus, que é perfeito, jamais se apresentou, durante a sua existência,
assinalado por qualquer distúrbio.
Saudável e jovial, apresentou o
reino de ventura num momento de aridez dos sentimentos e de desesperos
morais, tornando-se modelo de coragem ante a dor e a incompreensão dos seus
coevos, a fim de que tu, por tua vez, transformes qualquer doença em bênção
reparadora.
Joanna de Ângelis.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 25 de novembro de 2015, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. Em 5.10.2016.
Mensagem extraída do endereço abaixo:
http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=436
|
Blog: espiritismoatualidade.blogspot.com.br - Este blog tem a finalidade de publicar exclusivamente assuntos espíritas ou relacionados com o espiritismo. Sua plataforma são as obras básicas da Doutrina Espírita e demais obras complementares espíritas.
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domingo, 23 de outubro de 2016
Enfermidades saneadoras - Joanna de Ângelis
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quinta-feira, 16 de abril de 2015
Curas
Curas
“E curai os enfermos que nela houver
e dizei-lhes: É chegado a vós o reino
de Deus.” – Jesus. (Lucas, 10:9.)
e dizei-lhes: É chegado a vós o reino
de Deus.” – Jesus. (Lucas, 10:9.)
Realmente Jesus curou muitos enfermos e recomendou-os, de
modo especial, aos discípulos.
Todavia, o Médico Celestial não se esqueceu de requisitar ao
Reino Divino quantos se restauram nas deficiências humanas.
Não nos interessa apenas a regeneração do veículo em que nos
expressamos, mas, acima de tudo, o corretivo espiritual.
Que o homem comum se liberte da enfermidade, mas é imprescindível
que entenda o valor da saúde. Existe, porém, tanta dificuldade para
compreendermos a lição oculta da moléstia no corpo, quanta se verifica em assimilarmos
o apelo ao trabalho santificante que nos é endereçado pelo equilíbrio orgânico.
Permitiria o Senhor a constituição da harmonia celular apenas
para que a vontade viciada viesse golpeá-la e quebrá-la em detrimento do
espírito?
O enfermo pretenderá o reajustamento das energias vitais,
entretanto, cabe-lhe conhecer a prudência e o valor dos elementos colocados à
sua disposição na experiência edificante da Terra.
Há criaturas doentes que lastimam a retenção no leito e
choram aflitas, não porque desejem renovar concepções acerca dos sagrados
fundamentos da vida, mas por se sentirem impossibilitadas de prolongar os
próprios desatinos.
É sempre útil curar os enfermos, quando haja permissão de
ordem superior para isto, contudo, em face de semelhante concessão do
Altíssimo, é razoável que o interessado na bênção reconsidere as questões que
lhe dizem respeito, compreendendo que raiou para seu espírito um novo dia no
caminho redentor.
Obra: Pão Nosso, capítulo 44, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Espírito Emmanuel.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
HORA DA DIVULGAÇÃO ESPÍRITA
Na
gênese dos males que afligem o homem e a Humanidade, permanece a ignorância.
Seja
por desconhecimento da verdade ou se expresse em forma de desprezo por ela, a
ocorrência é a mesma.
O
único antídoto eficaz e mais imediato para esse mal é o ensino, que acende a
luz do discernimento com que o homem descobre e adota os princípios hábeis para
a felicidade, mediante os comportamentos coerentes em relação à vida.
A
dor, irrompendo devastadora, no organismo individual ou social, é uma
metodologia rápida para o despertamento da consciência, terapêutica promotora
de revolução grave, que traduz a mudança de atitude, renovando as paisagens
íntimas sob o clamor da afeição, linguagem de momentâneo efeito, que predispõe
para o conhecimento libertador.
O
amor, em doação espontânea, promove os fatores que ensejam a abertura do
sentimento e da razão para o saber, através do qual se logram os valiosos
tesouros para a conduta equilibrada.
A
fome, a enfermidade, a carência de recursos financeiros sensibilizam,
convidando-nos ao auxílio.
Na
matriz, porém, dessas afligentes conjunturas, jaz a ignorância das Divinas
Leis, desrespeitadas por precipitação ou má fé, nos vários estados de rebeldia
galvanizadora.
Na
etiopatogenia das alienações de natureza psiquiátrica ou por obsessão, está
viva e atuante a ignorância, que aguarda a terapia do esclarecimento, como
medida de socorro imediato para posterior ou simultâneo atendimento que
favoreça a libertação.
O
conhecimento é luz acesa na noite da ignorância, clareando os rumos.
A
Doutrina Espírita, porque representa a mais completa expressão do divino
pensamento, que pode ser examinado e vivido pela razão, não deve enclausurar-se
em chavões ultrapassados, aprisionando-se em limites que atendam a paixões e
“pontos de vista”, por mais respeitáveis se apresentam.
Doutrina
de livre exame, também o é de livre ação, convidando cada consciência a assumir
responsabilidades, após iluminada pelo ensino espírita, de cujos resultados
responderá, hoje ou depois, sem mecanismos de evasão, nem justificações urdidas
por meio de maquiavelismo de qualquer natureza.
Há
muita angústia aguardando a contribuição espírita, e muita loucura necessitando de socorro espírita.
Todos
os nobres contributos lavrados na Codificação Kardequiana – viga mestra,
inconfundível e indispensável, do edifício do Espiritismo – independentes da
ação de grupos ou consensos humanos, são de valiosa e urgente necessidade de
aplicação.
Obviamente,
a ação em grupo, o trabalho em equipe, resultando da permuta de experiência
como dos estudos bem dirigidos, torna-se de alto significado.
Todavia,
não somente através de tal metodologia, senão, também, pela atividade
individual, abnegada e rica de devotamento de cada espírita.
O
apóstolo Paulo encontrou Jesus, e, não obstante sofrendo as suspeitas da grei,
doou-se à tarefa do esclarecimento e da iluminação de consciência, até a morte,
já então amado pelos companheiros, escrevendo com sabedoria e renúncia a
história da doutrina cristã nas paisagens ermas dos corações e das terras que
percorreu...
Pedro
levantou-se do delíquio moral da negação, saindo a ensinar e a viver o Cristo,
tornando-se o maior exemplo de fé viva do colégio Galileu, que conheceu e viveu
com o Mestre...
Allan
Kardec, sofrendo calúnias, e acusações indébitas, permaneceu fiel aos ditames
da “Vozes dos Céus”, trazendo à Terra o Consolador
, sem excogitar da conveniência de pessoas ou de grupos que o apedrejaram e
feriram com todas as armas da covardia e da inveja, fazendo o legado do Pentateuco
insuperável e sempre atual, porque elaborando com os metais da verdade,
trabalhados no fogo da dedicação e do sacrifício integral.
Não
há, portando, por que malbaratar-se recursos nem desperdiçar tempo, enquanto os
desafios permanecem vitimando e destruindo vidas.
Todos
os espíritas sinceros, estudiosos e afeiçoados ao bem, encontram-se convocados
para o ministério do auxílio, através da difusão dos postulados espíritas, que,
propiciando perfeito entendimento das lições evangélicas, representam a medicação
oportuna e urgente para a massa desesperada, o homem aturdido...
Sem
complexidades nem estruturações estapafúrdias, trabalhemos na sã divulgação do
Espiritismo.
Não
basta apontar erros. Indispensável saná-los.
Muito
cômodo é estabelecer e impor diretrizes para os outros. Urgente, no entanto,
vivê-las.
Fácil
é condenar e agredir. O desafio, porém, é mudar a situação.
O
conhecimento espírita objetiva reformular as atuais conceituações e transformar
as estruturas vigentes, facultando felicidade às criaturas, sem o que perde a
finalidade.
Esta
é, por consequência, hora de decisão espírita.
Uma
página espírita breve é carta de alento ao homem em depressão.
Uma
palestra espírita é classe de otimismo e ensino para a ignorância em
predomínio.
Um
livro espírita é curso de profundidade para despertamento e conduta dos que se
atêm no desconhecimento dos valores e da oportunidade da vida.
Uma
conferência espírita é fecundo veio aurífero de informação e roteiro, ao
alcance de quem pensa.
Um
debate espírita é intercâmbio de
esclarecimentos com que se reformulam conceitos.
A
ação espírita, em qualquer lugar, é vida nova, atraente, chamando a atenção
para a liberdade e a saúde.
Firmar-se
no contexto da revelação espírita para ensinar e informar é fundamental, nos
momentos que vivemos.
Na
hora da Informática com os seus valiosos recursos, o espírita não se pode
marginalizar, sob pretexto pueris, em que disfarça a timidez, o desamor causa
ou a indiferença pela divulgação, porquanto o único antídoto à má Imprensa, na
sua vária expressão, é a aplicação dos postulados espíritas, hoje ainda
ignorados e confundidos com as superstições, crendices, sofrendo as velhas conotações infelizes com que o caluniaram no
passado, aguardando ser despojado das mazelas que lhe atiraram os frívolos e os
déspotas, os fanáticos e os de má fé, quanto os que se apoiavam nos interesses
subalternos inconfessáveis...
Hora
de mentalidades abertas às informações de toda ordem, este é o nosso momento de
programar tarefas, fomentar a divulgação por todos os meios, tornando-se cada
companheiro honesto e dedicado, nova “carta-via” para a estruturação de um
homem melhor, portanto, de uma sociedade mais justa, uma humanidade mais feliz.
Caridade
para com o Espiritismo é dever de todos que nele haurem paz e vigor, sendo
nossa maneira de exercê-la, divulgá-lo, levá-lo à ignorância e àqueles que
sofrem a férrea prisão, sem desânimo e
nem tergiversação de nossa parte. (*)
(*)
A presente mensagem foi escrita com a participação do espírito Hugo Reis. Nota
do médium.
Extraído
da obra mediúnica Reflexões Espíritas, capítulo 28, pelo espírito Vianna de
Carvalho, psicografia de Divaldo Pereira Franco.
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