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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Canção da Imortalidade

Canção da Imortalidade

Os teus afetos que desencarnaram vivem e prosseguem conforme eram enquanto na vilegiatura carnal. Não os pranteies em desespero, porque obedeceram à Soberana Lei biológica, a qual estabelece que tudo quanto nasce, morre.
Morrer, no entanto, não significa consumir-se, desintegrar-se no nada. Tudo se transforma, inexistindo o aniquilamento da vida.
Qual seria a finalidade da existência, o seu significado, se a fatalidade da evolução a destruísse, dessa nada restando?
Olha em derredor e acompanha o desdobramento do existir, a multiplicidade de experiências no laboratório do globo terrestre.
Tudo é movimento, organização, equilíbrio, e mesmo aquilo que se apresenta como desordem ou caos obedece a leis inflexíveis que o acionam, a fim de que alcance a finalidade a que se destina.
A semente intumesce-se, e o vegetal triunfa enquanto ela se desintegra, transforma-se e aparentemente morre, facultando perpetuar-se a espécie que surgirá no momento adequado, após os impositivos indispensáveis ao seu desenvolvimento, numa fatalidade que nunca deixa de acontecer.
Observa a luta de todas as áreas, desde o vírus insignificante às amebas na ansiosa e célere multiplicação com que exaltam o fenômeno de viver.
O ser humano caminha no rumo da imortalidade, desde quando vencidas as ásperas etapas. Agora, sob a nobre conquista da inteligência e dos sentimentos, avança para a angelitude. Esse percurso que se deu naturalmente na sucessão dos milhões de anos obedeceu a uma planificação anterior, sem pressa nem alteração na ordem do seu desenvolvimento.
Eles, os teus afetos, acercam-se de ti com imensa ternura e inspiram-te em tentativas de serem percebidos, ansiosos por oferecer-te notícias do que sucedeu com eles, a fim de que não incidas nos mesmos equívocos e perturbações.
Se te amaram, continuam afeiçoados e zelosos, muito se esforçando para que as tuas horas terrestres sejam abençoadas pela alegria de viver e pela oportunidade de trabalhar em favor da autoiluminação, assim como da fraternidade com as demais pessoas.
Têm nítida visão da imortalidade e anelam convidar-te à compreensão elevada dos objetivos essenciais.
Faze silêncio interior, aquieta as ansiedades e harmoniza as emoções para que os possas ouvir e sentir.
Eles te amam ainda e têm os mesmos sentimentos de saudade, ternura, anelos de convivência, aspirações de progresso.
É natural que sintas saudade e a ausência deles produza tristeza ou amargure o teu coração.
Não te constitua motivo de desnorteamento a falta da convivência física. É temporária, porque também, no momento próprio, rumarás pelo estreito corredor da morte, enquanto eles te aguardam com emoções inauditas.
A vida é de sabor indestrutível. Desde que se apresenta em qualquer forma, prosseguirá com mais complexidade até alcançar a finalidade a que se destina.
Em todos os tempos, o fenômeno da morte constituiu uma fatalidade perversa, quase incompreensível no seu contínuo ceifar de existências.
Considera que se não houvesse essa abençoada interrupção, como seria a sua continuidade na Terra? O prolongamento sem fim, assinalado por tormentos inauditos e sem a esperança da sua sucessão?
A morte é o veículo que faculta a cessação momentânea dos fenômenos físicos, materiais, sem qualquer prejuízo para a essência - a alma imortal!
Vive, porém, de maneira saudável, para que os teus sejam dias bem-aventurados e a edificação do futuro seja segura para coroar-se de paz.
Utiliza-te de cada momento no carreiro orgânico para aprimorar-te e desenvolveres a divina essência de que te constituis.
Abandona os adornos grotescos de que te utilizas para as condições existenciais e faze-te sutil e transparente como um delicado raio de luar.
O sentido da existência terrestre é o de autoiluminação, prolongando-se pelos sem-fins da imortalidade.
Tudo o que é material experimenta mudanças.
O tempo, na sua voracidade, utiliza-se dos elementos da Natureza para tudo alterar e reduzir à poeira original.
Não, porém, a vida.
Maior concessão de Deus, recorre-lhe a oportunidade para enriquecer-te de bênçãos, que esparzirás pelo caminho percorrido, transformadas em sinais luminosos.
A dor provinda da ausência desses amores que voltaram ao Grande Lar através da morte deve ser superada pelas cálidas lembranças da convivência com eles.
Revive-os pela memória, nos acontecimentos que te alegraram, as mil nonadas dos sorrisos, mas também as experiências de dor e de aflição que te fortaleceram no convívio com eles.
Jamais te iludas com a ideia absurda do nada.
Vivem aqueles que já morreram.

*

A lagarta que se arrasta, graças à histólise e à histogênese, transforma-se em falena leve que flutua no ar.
O ser espiritual que se reveste de carne, quando essa transformação ocorre e desveste-o, ascende com leveza aos páramos celestes.
Abençoa a tua existência física mediante o respeito aos fatores que a reencarnação coloca para viver. Não têm caráter punitivo ou afligente, nem são considerados plenificadores como concessões ímpares, mas resultado dos comportamentos.
Todos que se encontram na roupagem física estão em aprendizagem na escola redentora. Ninguém privilegiado, pessoa alguma na condição de condenado. As experiências de crescimento são as mesmas para todos os seres.
A sabedoria do amor inspirará a cada qual o melhor rumo a percorrer. Mantém-te atento no momento da escolha, fazendo o investimento seguro da renúncia e da abnegação hoje para a sublime compensação amanhã.
Quando se adquire consciência do significado existencial, nada a macula, porque se transforma em lição, e nada a diminui, porque a Lei é de evolução.

*

Diante do esquife dos que morreram, aprende a respeitá-los.
Alguns permanecem ao lado dos próprios corpos, ouvem-te, veem-te e sentem as tuas boas ou más emoções.
Recorda de momentos agradáveis que eles captarão e os felicitarão.
Faze com eles como gostarás que te façam quando chegar a tua vez.

Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite
                                               de 5 de setembro de 2016, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 9.1.2017.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Requisitos para o Médium Seguro - João Cleofas


A fim de colimar êxito no empreendimento das comunicações espirituais inteligentes, deve o médium que se candidata ao ministério socorrista preencher, no mínimo, as seguintes condições:

Equilíbrio – Sem uma perfeita harmonia entre a mente e as emoções, dificilmente conseguem, os filtros psíquicos, coar a mensagem que provém do Mundo Maior.

Conduta – Não fundamentada a vida em uma conduta de austeridades morais, só mui raramente logra, o intermediário dos Espíritos, uma sintonia com os Mentores Elevados.

Concentração – Após aprender a técnica de isolar-se do mundo externo para ouvir interiormente, e sentir a mensagem que flui através das suas faculdades mediúnicas, poderá conseguir, o trabalhador honesto, registrá-la com fidelidade.

Oração – Não exercitando o cultivo da prece como clima de serenidade interior, ser-lhe-á difícil abandonar o círculo vicioso das comunicações vulgares, para ascender e alcançar uma perfeita identificação com os Instrutores da Vida Melhor.

Disposição – Não se afeiçoando à valorização do serviço em plena sintonia com o ideal espírita, compreensivelmente, torna-se improvável a colheita de resultados satisfatórios no intercâmbio medianímico.

Humildade – Escasseando o autoconhecimento, bem poucas possibilidades o médium disporá para uma completa assimilação do ditado espiritual, porquanto, nos temperamentos rebeldes e irascíveis a supremacia da vontade do próprio instrumento anula a interferência das mentes nobres desencarnadas.

Amor – Não estando o Espírito encarnado aclimatado à compreensão dos deveres fraternos em nome do amor que desculpa, do amor que ajuda, do amor que perdoa, do amor que edifica, torna-se, invariavelmente, medianeiro de Entidades perniciosas com as quais se compraz afinar.

O ministério do intercâmbio mediúnico é, sobretudo, um labor de auto-burilamento, no qual o encarnado mais se beneficia.

Quem não pretende domar-se, não consegue ajudar os que se debatem na indocilidade, sob as vergastadas da frustração e do equilíbrio.

Aquele que se recusa ascender por esta ou aquela razão, na teimosia das paixões em que se demora, sincroniza mentalmente com os Espíritos rebelados que o martirizam, e cuja companhia se lhe torna habitual.

Mediunidade é faculdade psíquica que se pode considerar meio, instrumento, ponte que faculta o intercâmbio entre duas situações vibratórias.

Aquele que não prepara este meio convenientemente, jamais logra sair de si mesmo, tão vencido se encontra pela predominância da personalidade em desalinho.

Ofertemos as nossas disposições a Jesus Cristo, o Amigo Operante, que soube transformar-se no excelente Médium de Deus, deixando que a suprema vontade do Pai se lhe fizesse a própria vontade, até o momento do holocausto por amor a todos nós.

Se não formos capazes de manter o nosso concurso mediúnico em forma de testemunho de amor pelo nosso próximo, na esfera física, não teremos condição de abrir a alma em flor ao sol da misericórdia divina, em benefício dos nossos irmãos infelizes do Mundo Espiritual, que esperam por nós.

Pelo Espírito de: João Cléofas
Psicografado por: Divaldo Pereira Franco
Livro: Intercâmbio Mediúnico – Salvador, BA: LEAL, 1986, cap. 12

Mensagem copiada do endereço: http://mediunato.com.br/

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Enfermidades

Agradece as bênçãos da saúde que te facultam laborar com eficiência, ampliando-te os horizontes do desenvolvimento intelecto-moral.

Uma organização fisiológica saudável é bem de valor inestimável que deve ser preservado a qualquer sacrifício. Para que o logres, faz-se indispensável o balanço harmônico entre o espírito e a matéria, o que equivale dizer, entre a mente e o corpo.

És tudo quanto elaboras mentalmente e vivencias nas internas paisagens do ser profundo.

Aquilo que cultivas interiormente condensa-se nos arquipélagos celulares, produzindo os efeitos correspondentes.

No curso largo da evolução antropossociopsicológica, a desnecessidade de alguma função eliminou o órgão que a produzia, substituindo-a por outro mais eficiente e delicado, no que têm resultado as admiráveis conquistas do sentimento e da emoção. Dos instintos primevos à razão, e dessa à consciência, a vida investiu grandiosos valores que o Espírito consegue mediante esforço de depuração. A sensibilidade vegetal, a sensação animal em caminho da emoção humana, como um passo avançado no rumo da intuição e logo da sublimação espiritual.

Saúde, portanto, é bem-estar, harmonia psicofísica, equilíbrio dos sentimentos e dos anseios.

Nada obstante, periodicamente ocorrem desajustes na maquinaria, que necessitam ser corrigidos na sua fonte de origem.

Em face das admiráveis conquistas da ciência médica, farmacológica e da tecnologia de ponta, já é possível reequilibrar diversos fatores de perturbação orgânica geradores das enfermidades, corrigindo o ritmo da mitose celular. Não obstante, o sistema imunológico prossegue como o grande defensor da excelente organização em relação aos agentes externos destrutivos.

Para a sua preservação torna-se inevitável o contributo mental, de modo a ser-lhe facultados os hábeis recursos para as lutas ingentes e contínuas a que se encontra submetida.

Vibrações delicadas interferem nos campos celulares proporcionando-lhes vitalização ou desgaste, defesas ou perdas...

Em todo esse conjunto se manifestam as heranças espirituais que procedem das existências pela formação dos equipamentos de que se constituem os glóbulos brancos, assim como as hemácias e demais órgãos. No fenômeno da fagocitose, por exemplo, as energias da mente oferecem os recursos para que os defensores do organismo sejam protegidos na luta contra os agressores de fora...

Enfermidade, portanto, é resultado de comportamentos incorretos que favorecem a distonia emocional com as suas consequências perniciosas.

Ademais, o corpo na sua constante transformação é perecível, encontrando-se, portanto, em processo contínuo de transformações, e cada uma das peças que o constituem apresenta-se dentro de um prazo de ação útil, logo substituída em mecanismo de automático funcionamento.

As enfermidades fazem parte da programação natural da vida.

À exceção das expiações mais confrangedoras, os processos de envelhecimento orgânico acompanhado das carências de energia facultam a manifestação de muitas doenças que fazem parte das necessidades evolutivas do Espírito.

Na sua condição de veste transitória, a matéria é a forma que conserva as marcas inscritas no perispírito em decorrência das atitudes morais e comportamentais transatas. Em consequência, momento chega em que essas matrizes abrem o seu sacrário e liberam os impositivos depuradores dos erros, expressando-se, não raro, em enfermidades de diagnóstico difícil e complexo, em doenças degenerativas, irreversíveis, em transtornos neuróticos e psicóticos variados, sempre de acordo com as necessidades evolutivas do ser.

Ao mesmo tempo, as pesadas cargas morais negativas facultam a interferência de inimigos desencarnados que se imantam psiquicamente àqueles que anteriormente os infelicitaram, em lamentável processo de cobrança, dando lugar ao surgimento de obsessões espirituais e de doenças simulacros.

À medida que o tempo transcorre, em razão da incidência das emissões das ondas mentais destrutivas do agente infeliz sobre os delicados tecidos orgânicos da sua vítima, os mesmos podem sofrer danos que se convertem em campo propício à instalação de microorganismos deletérios, ensejando a presença de enfermidades de vária etiologia.

Muitos problemas na área da saúde, porém, são decorrência da intemperança humana, dos hábitos viciosos, da alimentação desorientada, do abuso das forças e da aplicação descontrolada das energias.

Igualmente, os costumes permissivos, o abuso da ingestão de bebidas alcoólicas, o tabagismo, a sexolatria, as drogas aditivas são de relevante importância para o surgimento de muitas doenças.

Descuidos com o corpo respondem sempre por equivalentes distúrbios que podem ser evitados mediante o zelo que se lhe deve dedicar, dever a todos imposto pelas Leis da Vida.

Ninguém abusa das divinas concessões sem incorrer em graves compromissos que passa a conduzir até o momento em que se lhe anuncia a liberação através dos sofrimentos de uma ou de outra natureza.

O processo de crescimento pessoal é inadiável e pessoal. Ninguém é convidado a responder por problemas que lhe não dizem respeito. Todos aqueles que experimentam doenças e desafios de qualquer natureza encontram-se colhendo a insensatez que semearam oportunamente.

Em realidade não existem vítimas, porque todos são responsáveis pela sua sementeira...

* * *

Os biógrafos de Jesus nunca referiram que Ele houvesse adoecido, experimentando transtornos emocionais ou psíquicos, por ser perfeito como o Pai é perfeito.

A busca, portanto, da saúde é o caminho para a perfeição relativa que a todos está destinada.

Deter-se na lamentação ou na revolta, no ressentimento ou na amargura, constitui demonstração de inferioridade que o sofrimento se encarregará de modificar, ensejando renovação interior da qual surgirão os fatores para o equilíbrio e a felicidade.

Joanna de Angelis
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na noite de 5 de dezembro
de 2009, em Calpe, Espanha, onde se realizou o XVII Congresso Nacional Espírita.
 Texto extraído do site Divaldo Franco, conforme endereço abaixo: