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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Canção da Imortalidade

Canção da Imortalidade

Os teus afetos que desencarnaram vivem e prosseguem conforme eram enquanto na vilegiatura carnal. Não os pranteies em desespero, porque obedeceram à Soberana Lei biológica, a qual estabelece que tudo quanto nasce, morre.
Morrer, no entanto, não significa consumir-se, desintegrar-se no nada. Tudo se transforma, inexistindo o aniquilamento da vida.
Qual seria a finalidade da existência, o seu significado, se a fatalidade da evolução a destruísse, dessa nada restando?
Olha em derredor e acompanha o desdobramento do existir, a multiplicidade de experiências no laboratório do globo terrestre.
Tudo é movimento, organização, equilíbrio, e mesmo aquilo que se apresenta como desordem ou caos obedece a leis inflexíveis que o acionam, a fim de que alcance a finalidade a que se destina.
A semente intumesce-se, e o vegetal triunfa enquanto ela se desintegra, transforma-se e aparentemente morre, facultando perpetuar-se a espécie que surgirá no momento adequado, após os impositivos indispensáveis ao seu desenvolvimento, numa fatalidade que nunca deixa de acontecer.
Observa a luta de todas as áreas, desde o vírus insignificante às amebas na ansiosa e célere multiplicação com que exaltam o fenômeno de viver.
O ser humano caminha no rumo da imortalidade, desde quando vencidas as ásperas etapas. Agora, sob a nobre conquista da inteligência e dos sentimentos, avança para a angelitude. Esse percurso que se deu naturalmente na sucessão dos milhões de anos obedeceu a uma planificação anterior, sem pressa nem alteração na ordem do seu desenvolvimento.
Eles, os teus afetos, acercam-se de ti com imensa ternura e inspiram-te em tentativas de serem percebidos, ansiosos por oferecer-te notícias do que sucedeu com eles, a fim de que não incidas nos mesmos equívocos e perturbações.
Se te amaram, continuam afeiçoados e zelosos, muito se esforçando para que as tuas horas terrestres sejam abençoadas pela alegria de viver e pela oportunidade de trabalhar em favor da autoiluminação, assim como da fraternidade com as demais pessoas.
Têm nítida visão da imortalidade e anelam convidar-te à compreensão elevada dos objetivos essenciais.
Faze silêncio interior, aquieta as ansiedades e harmoniza as emoções para que os possas ouvir e sentir.
Eles te amam ainda e têm os mesmos sentimentos de saudade, ternura, anelos de convivência, aspirações de progresso.
É natural que sintas saudade e a ausência deles produza tristeza ou amargure o teu coração.
Não te constitua motivo de desnorteamento a falta da convivência física. É temporária, porque também, no momento próprio, rumarás pelo estreito corredor da morte, enquanto eles te aguardam com emoções inauditas.
A vida é de sabor indestrutível. Desde que se apresenta em qualquer forma, prosseguirá com mais complexidade até alcançar a finalidade a que se destina.
Em todos os tempos, o fenômeno da morte constituiu uma fatalidade perversa, quase incompreensível no seu contínuo ceifar de existências.
Considera que se não houvesse essa abençoada interrupção, como seria a sua continuidade na Terra? O prolongamento sem fim, assinalado por tormentos inauditos e sem a esperança da sua sucessão?
A morte é o veículo que faculta a cessação momentânea dos fenômenos físicos, materiais, sem qualquer prejuízo para a essência - a alma imortal!
Vive, porém, de maneira saudável, para que os teus sejam dias bem-aventurados e a edificação do futuro seja segura para coroar-se de paz.
Utiliza-te de cada momento no carreiro orgânico para aprimorar-te e desenvolveres a divina essência de que te constituis.
Abandona os adornos grotescos de que te utilizas para as condições existenciais e faze-te sutil e transparente como um delicado raio de luar.
O sentido da existência terrestre é o de autoiluminação, prolongando-se pelos sem-fins da imortalidade.
Tudo o que é material experimenta mudanças.
O tempo, na sua voracidade, utiliza-se dos elementos da Natureza para tudo alterar e reduzir à poeira original.
Não, porém, a vida.
Maior concessão de Deus, recorre-lhe a oportunidade para enriquecer-te de bênçãos, que esparzirás pelo caminho percorrido, transformadas em sinais luminosos.
A dor provinda da ausência desses amores que voltaram ao Grande Lar através da morte deve ser superada pelas cálidas lembranças da convivência com eles.
Revive-os pela memória, nos acontecimentos que te alegraram, as mil nonadas dos sorrisos, mas também as experiências de dor e de aflição que te fortaleceram no convívio com eles.
Jamais te iludas com a ideia absurda do nada.
Vivem aqueles que já morreram.

*

A lagarta que se arrasta, graças à histólise e à histogênese, transforma-se em falena leve que flutua no ar.
O ser espiritual que se reveste de carne, quando essa transformação ocorre e desveste-o, ascende com leveza aos páramos celestes.
Abençoa a tua existência física mediante o respeito aos fatores que a reencarnação coloca para viver. Não têm caráter punitivo ou afligente, nem são considerados plenificadores como concessões ímpares, mas resultado dos comportamentos.
Todos que se encontram na roupagem física estão em aprendizagem na escola redentora. Ninguém privilegiado, pessoa alguma na condição de condenado. As experiências de crescimento são as mesmas para todos os seres.
A sabedoria do amor inspirará a cada qual o melhor rumo a percorrer. Mantém-te atento no momento da escolha, fazendo o investimento seguro da renúncia e da abnegação hoje para a sublime compensação amanhã.
Quando se adquire consciência do significado existencial, nada a macula, porque se transforma em lição, e nada a diminui, porque a Lei é de evolução.

*

Diante do esquife dos que morreram, aprende a respeitá-los.
Alguns permanecem ao lado dos próprios corpos, ouvem-te, veem-te e sentem as tuas boas ou más emoções.
Recorda de momentos agradáveis que eles captarão e os felicitarão.
Faze com eles como gostarás que te façam quando chegar a tua vez.

Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite
                                               de 5 de setembro de 2016, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 9.1.2017.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Espiritismo & Evolução

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br 
Muriaé, MG (Brasil)

 
Rogério Coelho
Espiritismo & Evolução

O grande objetivo da evolução é ascender espiritualmente

“O Espiritismo nos leva a aprender a viver as dimensões humanas com equilíbrio e segurança, sem conflitos com a consciência de nossa natureza espiritual.”-  Adenáuer 
Novaes[1]

A vivência lúcida do Espiritismo nos induz a desembocar no delta do autoconhecimento, que, por sua vez, enseja a ação que alavanca a nossa evolução, como se fosse uma reação em cadeia...

Para que possamos demonstrar, e mais bem compreender esta questão, compulsemos as páginas finais do livro “Psicologia e Espiritualidade”, onde o confrade Adenáuer Novaes desenvolve o tema com muita propriedade:
(...) O ser humano deve cada vez mais tornar holístico o seu conhecimento sobre a vida, isto é, procurar ampliar sua visão sobre o mundo, acumulando o saber já alcançado. A cada dia deve perceber cada vez mais como as leis espirituais se processam, com o intuito de viver bem em sociedade...

O grande objetivo da evolução é ascender espiritualmente e isso se dá pelas aquisições dos paradigmas das Leis de Deus e da capacidade de distinguir emoções em si mesmo, quando estas ocorrem.  Esse conhecimento implica em saber e em vivenciar, em conhecer e praticar as Leis de Deus, através do amor à vida. Conhecem-se as leis pela convivência e participação social, mas conhecer não é saber, tanto quanto gostar de alguém não é amar. É preciso aprender a usar as Leis de Deus, como também a distinguir sentimentos.
O impacto de uma nova encarnação, o contato com o mesmo ou um novo grupo familiar, a constituição de novas relações, a reconstrução de uma nova identidade social, as transformações sociais, as pressões internas das memórias de vidas passadas, os desafios das provas e expiações, bem como a necessidade de progredir, levam o Espírito à tomada de atitudes e a comportamentos cada vez mais complexos, estabelecendo-se, no seu somatório, o que chamamos de personalidade integral.   Ela é o conjunto constituído de sua essência individual e das reações a essas motivações.   Por uma delas apenas não se pode reconhecer o nível de evolução em que se encontra o Espírito. 
   
O Espiritismo nos permite conhecer as Leis de Deus 

Um comportamento não é suficiente para revelar uma personalidade. A cada encarnação ele vai aprendendo algo mais acerca das leis de Deus, sendo-lhe sempre uma surpresa voltar ao corpo físico, e seu passado reencarnatório, então inconsciente, será como um propulsor latente, lembrando-lhe a todo o momento seu potencial já acumulado. Viverá movido por ele, pelos estímulos externos, pelo progresso inevitável e por sua vontade interna.  As provas e expiações por que tenha de passar estarão presentes a dinamizarem sua vida, não lhe permitindo ultrapassar uma fronteira sem o devido saber.

(...) Quando afirmamos que o Espiritismo nos permite conhecer as Leis de Deus, é preciso que entendamos que lei é um processo pelo qual o que é desconhecido se realiza, isto é, tudo que ocorre se dá dentro dos limites de leis. As leis de Deus, ou leis espirituais, dão sentido à vida. Leis são processos de criação e de materialização da própria vida.  Podemos dizer que as Leis de Deus, longe de serem apenas morais, são leis gerais ou espirituais, num sentido mais amplo, nas quais a vida acontece.

(...) O Espiritismo não é uma camisa de força para o comportamento humano. Por ser um saber que liberta, deve levar à felicidade e não ao degredo. Proibições não pertencem aos seus princípios, porém, assumir conscientemente responsabilidades pelos próprios atos representa norma de conduta espírita. O ser humano, em sua caminhada evolutiva, deve ter direito a escolhas, devendo buscar aquilo que lhe convém de acordo com seu momento de vida. As diretrizes básicas podem ser encontradas no Evangelho do Cristo.

(...) Conhecer-se é um processo que tem o limite da capacidade da consciência em reter o conteúdo a ser conhecido. A consciência é limitada, pois exclui, divide, discrimina, concentra e focaliza... Nossa vida consciente não é capaz de tudo perceber a respeito do Espírito. Mesmo o desencarnado, pertencente ou não a um plano espiritual mais elevado que o nosso, possui limitações quanto ao que sabe sobre si mesmo e sobre o universo do qual faz parte.  

Se o Espiritismo vale para o além, valerá também para o aquém?

Chegará o momento em que a consciência que já se expandiu ao limite de sua capacidade, precisará transcender e buscar mudanças e transformações fundamentais para o próprio desenvolvimento psíquico. Ainda não conhecemos o funcionamento psíquico o suficiente para entender os processos quando o Espírito está liberto do corpo e em níveis evolutivos superiores, porém, é preciso entender que por julgarmos a partir do paradigma encarnado, sem similaridade para a necessária compreensão real, não conseguimos penetrar em sua totalidade.

Nossas escolhas na vida são também, e principalmente, consequência da visão de mundo que temos. Quanto mais ampliamos nossa percepção da realidade, mais opções de aprendizado vislumbramos. O desconhecimento da personalidade integral, do Espírito em sua totalidade, acarreta dificuldades no processo evolutivo, criando barreiras, provocando o prolongamento de situações repetitivas e, às vezes dolorosas...

(...) Embora o Espiritismo seja uma doutrina eminentemente consoladora de alcance moral, cabe-lhe também o caráter de implementadora da felicidade do ser humano, não só na vida futura, como Espírito desencarnado, como também ainda encarnado. Falar em felicidade na Terra não exclui a consciência de sua relatividade e da pequenez da vida material em relação à espiritual.  Mas, se o Espiritismo vale para o além, deve valer também para o aquém.

Vivenciar o Espiritismo não se trata apenas de exercitar práticas doutrinárias, muito embora possam elas ser imprescindíveis. Esse exercício serve como profilaxia e como aprendizagem, porém é necessário incorporar Verdades eternas que devem ser utilizadas na convivência social, nos diversos papéis da vida.

Nem sempre é clara ao Espírita a percepção de seu verdadeiro caminho. Muitas vezes ele confunde o seu com o de missionários, espíritos de escol, que trilham seu próprio destino, vivendo um processo pessoal que não deve ser imitado. Imitar o caminho do outro é distanciar-se do seu próprio. 

Somos embriões do amor de Deus... 

Certamente que o Espiritismo conseguirá levar o ser humano ao estado de felicidade que ele almeja, não apenas após a morte, mas ainda quando encarnado, por intermédio das transformações libertadoras que enseja. Esse talvez seja o grande trunfo para uma doutrina que se propõe à regeneração da humanidade.

O Espiritismo nos ensina a cultivar a semente do Bem em nós mesmos e no nosso próximo, não apenas como norma de conduta religiosa, mas como princípio de vida.   A vida nos apresenta processos que podem fortalecer esse princípio interno. Ensina-nos a doar energia à vida; a doar com desapego as coisas: um objeto, uma palavra ou uma oração; a sermos sempre agradecidos, primeiro às pessoas e depois à própria vida. Dessa forma crescemos e fazemos os outros crescerem. Mostra-nos que ser agradecido não implica apenas no gesto de manifestar retribuição, mas ser grato também sem que o outro o saiba. Leva-nos à descoberta da importância da empatia e da amorosidade para com as pessoas.

Somos embriões do amor de Deus, criados para desenvolver nossas potencialidades e para, conhecendo Suas Leis, ampliá-las e construir um mundo melhor. O Espiritismo vivenciado possibilita que, um dia, alcancemos isso.  Ele nos enseja o conhecimento e a descoberta da natureza essencial, singular, única e indecifrável do Espírito. Com ele começamos a penetrar nos intricados mecanismos da “psiquê” humana e da essência divina que se constitui o Espírito. Ele abre caminho para as ciências da Alma e para a decifração dos códigos que estruturam a vida; ele permite que nossa mente se liberte da casca do corpo físico, fazendo aparecer o fruto espiritual, livrando-nos dos preconceitos e medos que atrasam nossa marcha ascensional.

O Espiritismo é uma espécie de luneta com a qual se pode observar além das nuvens do corpo, a vida verdadeira e exuberante do Espírito. Ele nos possibilita alcançarmos a condição de seres evoluídos e preparados para o nosso futuro e eleva o ser humano da categoria de simples animal dotado de razão para a condição de Espírito, senhor das emoções.  

O Espiritismo permite que nos conheçamos como Espíritos Imortais  

O ser humano evoluído é aquele que descobriu sua singularidade e trabalha em favor dos objetivos de Deus.

(...) Bem compreendido, o Espiritismo nos permite sair da fantasia de que a transformação pessoal é mágica ou deverá ser proporcionada instantaneamente por uma Entidade espiritual.  Retira-nos da condição de crianças imaturas para adultos conscientes de nossas responsabilidades para conosco e para com o mundo. Ele nos ensina a não nos tornarmos simples seguidores de líderes carismáticos e alienados do processo pessoal de crescimento espiritual. Não se apoia em pessoas, ídolos, ou em ideias cuja autoridade não se confirma pela Universalidade. É uma doutrina dinâmica que se permite releitura a cada época da humanidade [sem prejuízo de sua estrutura doutrinária, cujos pontos básicos estão monoliticamente firmados no Pentateuco Kardequiano].

Ensina-nos a nos humanizarmos antes ou ao mesmo tempo em que buscamos nos espiritualizar, para que não venhamos a dar passos tão largos que nossas pernas não possam alcançar; coloca-nos em condições de poder identificar nossos erros com seriedade e responsabilidade e a transcender a dialética maniqueísta bem/mal, alcançando a consciência das próprias ações com equilíbrio, assumindo as consequências naturais dela decorrentes. Auxilia a eliminar as culpas conscientizando-nos do valor pessoal de crescer com o próprio passado sem nos prendermos às suas amarras, porém assumindo os equívocos cometidos”.

Enfim, o Espiritismo permite que nos conheçamos – holisticamente – como Espíritos Imortais que somos e revela a Verdade cujo conhecimento nos liberta da cela estanque da ignorância e do egoísmo, onde vivemos por séculos incontáveis, e segundo Emmanuel, lá continuaríamos a viver se a misericórdia divina não nos tivesse enviado Jesus e Kardec para resgatar-nos.                                
 
[1] - NOVAES, Adenáuer Marcos F. de. Psicologia e Espiritualidade. 3ed.  Salvador: Lar Harmonia, 2003. p. 152-176.

Matéria extraída da Revista Eletrônica "O Consolador", que poderá ser acessada através do endereço: http://www.oconsolador.com.br/ano10/491/especial.html

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

QUANDO PERCEBER A IRRITAÇÃO

QUANDO PERCEBER A IRRITAÇÃO

Meu irmão, não creia em milagre. Procure compreender que cada homem vive, sofre o resultado de sua própria evolução. Para alcançar o equilíbrio é necessário alcançar o autoconhecimento que permite a disciplina pessoal.

Não estrague o seu dia; coragem, o seu mau humor, a sua ira, o seu ódio, não fazem outra coisa senão destruir, criar desolação, angústia, provocando insegurança em todos os que o cercam.

Não esqueça que para vencer a dor o homem precisa conhecer os seus objetivos, saber administrar o seu interior, pois assim fará sublimação com dignidade. A provação aumenta a visão interior, abre os horizontes da alma, liberta o ser.

Mostre a sua boa vontade em qualquer situação. Revele-se, colabore, seja solidário, trabalhe em benefício de todos; guarde a calma, faça a paz, seja sensato.

Intensifique a consciência do bem, estude, pesquise, trabalhe, não reclame, não se deixe amedrontar pelo desânimo; esteja sempre preparado para não perder o sentido inteligente da vida.

O acadêmico da espiritualidade tem certeza de que o exercício do bem se traduz pela luz no espírito, na qual a visão interior amplia os horizontes, elucida, promove grandes transformações.

Na escolaridade da Terra, aquele que compreendeu o seu significado é solidário, respeitoso e justo com o seu igual; está sempre pronto à renúncia do “EU”, portanto sua vida significa dedicação ao trabalho, compreensão, serenidade, esperança, resignação, calma, perdão, amor, paz, humildade, permanente renovação, alegria constante.

O homem que faz autoconhecimento percebe que o silêncio interior é a celebração plena da vida, o encontro do ser com o SER em todo o Universo, dentro de cada um, num processo constante de aprendizado.

Quando você perceber que a irritação está tomando conta de sua pessoa, reaja, procure em seu interior os momentos de alegria vividos, revise os seus ideais, não lastime, caminhe com determinação. A prece e a vilegiatura respondem a todas as questões humanas, são responsáveis pelo equilíbrio.

O homem marca o seu lugar na Terra pela força de seu trabalho, pelo desprendimento, pela renúncia moral, pelo caráter, pela consciência de seus objetivos; a dignidade humana está sempre presente quando a intenção é boa.

Aquele que crê na justiça do Criador é paciente, benigno, aplicado ao bem, caritativo, esperançoso; sabe suportar, esperar, sofrer as provações com altruísmo; reconhece que não há efeito sem causa, tem perene juventude, é feliz sem exigências.

Amor, trabalho, evolução.


Mensagem extraída do livro "Na luta do cotidiano, A força do amor"  pelo espírito Leocádio José Correia
Psicografado pelo médium  Maury Rodrigues da Cruz
Mensagem extraída do endereço:

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O que faço comigo?



               
O que faço comigo?

Desafios não são adversários;são como continentes
 que nos   compete desbravar e conquistar


Iniciaremos este estudo com a citação do evangelista Mateus, 5:24: “Reconcilia-te depressa com o teu adversário”. Então perguntamos: Quem são nossos adversários? O patrão, o vizinho, o lanterneiro, a cozinheira, o dirigente... E assim vai, por uma infinidade de pessoas e circunstâncias que dia a dia ombreiam conosco ao longo do caminho e podem nos perturbar a paz. Sabemos que não temos o direito nem a possibilidade de mudarmos quem quer que seja. Estamos todos, como diz Fritjof Capra, “... na teia da vida, interagindo mutuamente, interdependentes e individuais ao mesmo tempo”. Neste bailar de acontecimentos não nos cabe imputar a ninguém os espinhos que porventura nos atingem. Os espinhos são, antes de qualquer coisa, companheiros adequados aos nossos momentos. Sabemos que nesta “Teia da Vida” estamos construindo e destituindo simultaneamente. Destituindo complexos emocionais perniciosos que, assomando do nosso inconsciente, perturbam o consciente obrigando-o, em muitos casos, a situações e comportamentos indesejados. Ao mesmo tempo estamos construindo o nosso futuro, a partir de posturas outras, ligando-nos a avanços intelecto-morais, de conformidade com o que nos aconselha Kardec quando diz: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pelo muito que faz para domar suas más inclinações”.

Ora, se não posso imputar no outro minhas agruras e se devo domar minhas más inclinações, devo, pois, reconciliar-me comigo mesmo, quem sabe, meu maior adversário. Para tal necessito conhecer-me melhor, a partir da minha constituição mental e dos arquivos que trago, que cultuo ou que incomodam. Estamos vindo de um passado gigantesco onde paulatinamente avançamos, num caminhar lento, progressivo e espetacular. Dormimos no mineral, como disse Léon Denis. A questão 540 de “O Livro dos Espíritos” cita que: “... É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou por ser átomo”. Virtuosamente viemos evoluindo, passando depois pelo reino vegetal, sonhando com algo que nos tornasse coesos e prontos a vivermos com consciência. Movimentamo-nos, a seguir, pelo reino animal, desde os primeiros instantes nos oceanos até a grandiosa marcha pelas montanhas, vales e reinos outros que nos capacitaram ao despertamento, quando chegamos ao homem. Imaginamos aí a gama de arquivos que construímos ao longo deste período a partir de um arquétipo primordial. 

O sentimento de culpa é sempre um colapso
da consciência

André Luiz no livro Evolução em Dois Mundos, encerrando o terceiro capítulo, nos diz, após uma análise do tempo de viagem da mônada divina pelos reinos atrás, que: “Contudo, para alcançar a idade da razão, com o título de homem, dotado de raciocínio e discernimento, o ser, automatizado em seus impulsos, na romagem para o reino angélico, despendeu para chegar aos primórdios da época quaternária, em que a civilização elementar do sílex denuncia algum primor de técnica, nada menos de um bilhão e meio de anos”. Agora, no homem, estamos nos construindo para chegar à santidade – caminho natural. Assim sendo e com os apontamentos espíritas que nos remetem ao Evangelho de Jesus, necessitamos parar as correrias para fazer uma análise de nós próprios no tocante ao que já conseguimos de bom e ao que necessitamos realizar para que nossas vivências sejam proveitosas em termos de aprimoramento ético-moral de consequências religiosas. Ideal religião professada no íntimo de cada um de nós numa relação direta com o Pai.

Não raro encontramos nessas pesquisas pessoais os complexos das culpas e dos medos. Segundo Joanna de Ângelis, ínsito em seu livro “Conflitos Existenciais”, no capítulo seis: “A culpa é o resultado da raiva que alguém sente contra si mesmo, voltada para dentro, em forma de sensação de algo que foi feito erradamente”. Ainda a própria mentora e no mesmo livro, capítulo três, diz: “A raiva é um sentimento que se exterioriza toda vez que o ego sente-se ferido, liberando esse abominável adversário que destrói a paz no indivíduo”. Aproveitando o ensejo, citamos André Luiz que, no livro Entre a Terra e o Céu – cap. 23, anotou: “O sentimento de culpa é sempre um colapso da consciência e, através dele, sombrias forças se insinuam”.

Raiva, culpa e ego. Sabemos que o ego representa um conjunto de ideias, vontades e pensamentos que movem a pessoa e desenvolvem a sua perspectiva diante da sua própria vida. O ego provoca aceitação e admiração própria. Isto, dentro das informações correntes em vários compêndios principalmente da psicologia analítica. Joanna de Ângelis informa que o ego é o “Responsável pela diferenciação que o indivíduo é capaz de realizar entre seus próprios processos internos e a realidade”. Então, a culpa por algum comportamento infeliz vai gerar raiva e afetará sobremodo o ego, gerando reações no campo individual de relações consigo mesmo ou com outrem. Em contrapartida e, por excelência, existe a perspectiva de despertar o Self; ou seja: o Deus em si, o Eu interno. 

Errar é do homem, persistir no erro é atitude infantil

Continuando nossas análises, não fica difícil concluir que os medos gerados pela culpa e pela raiva podem nos tornar seres violentos e agressivos, tanto fisicamente quanto verbalmente, motivados por inseguranças. Inseguranças geram desproteções próprias e naqueles que estão à nossa volta. Passamos assim a viver de forma incompleta, sempre observando as reações dos outros a nosso respeito e nos defendendo, acuados, de adversários visíveis e invisíveis, pessoas ou circunstâncias. Daí assomam as personas (máscaras) nas quais nos escondemos temerosos de enfrentar os adversários criados e nem sempre reais que vão surgindo à medida que não os combatemos. É sabido que nos é cobrado segundo nossas possibilidades. Errar é do homem, persistir no erro é atitude infantil.

Enquanto estamos aprendendo, experimentando, aprimorando, o Espírito vai-se ajustando para viver dentro das Leis Naturais instituídas por Deus. Quando passamos a repetir os erros dentro das lições já aprendidas e consolidadas em nosso cognitivo, passamos a nos culpar por aquelas ações. Exemplos disso são os destemperos da sexualidade, dos vícios da ingestão de drogas alucinógenas, do álcool, do tabaco, de alimentos em demasia, falácias infelizes, julgamentos de outrem e uma infinidade de atitudes incoerentes com o homem espiritual que precisa despertar em si o Self.

Não raro passamos a ser manipulados por pessoas e situações que nos constrangem e constrangem a quem nos quer bem. Chegados a este ponto, necessitamos repensar os efeitos danosos de todo esse envolvimento psicológico infeliz que nos trazem aborrecimentos, dificultando-nos uma marcha saudável e eficaz. Daí surge a questão dos enfrentamentos.

Muito interessante quando lemos no livro: “Triunfo Pessoal” da citada mentora, capítulo cinco: “A maturidade psicológica induz o ser humano aos enfrentamentos sucessivos do seu processo de individuação”.  Segundo Jung, “A individuação é um processo através do qual o ser humano evolui de um estado infantil de identificação para um estado de maior diferenciação, o que implica uma ampliação da consciência”. Importante quando nos colocamos como observadores do nosso processo de libertação das ideias e posturas antigas, transformando-as em hélices em movimento, autoaspirando-se para melhor nos conduzir no processo da evolução. 

É bom que aprimoremos o caráter,
sublimando os sentimentos

Antes, renascíamos, crescíamos, trabalhávamos e desencarnávamos em sucessivas ocasiões, sem o conhecimento exato do que aqueles eventos nos proporcionavam. Dessa forma andávamos, ríamos, trabalhávamos em algo e exaltávamos nossas personas e nos comprazíamos com suas empedradas formações e consolidações. A individuação, contudo, ficava fora do contexto ou, quando muito, era realizada de maneira lenta nem sempre consciente. Agora, com as aberturas que “O Livro dos Espíritos” nos oferece, vamos observar que a dinâmica da vida nos exige participação consciente. Na questão 23 do referido livro, somos informados de que “O espírito é o princípio inteligente do universo”. Quando pensamos em universo, algo superior aflora em nossas mentes e logo vem a reflexão: o que é o universo, para que serve em nossas vidas? Por que os monges orientais se ligam tanto a ele? E um campo imenso de pesquisas se apresenta a nós dentro do nosso processo de crescimento pela individuação.

Para entendermos tudo isto que se nos oferece por novos desafios é bom que enfrentemos todas as nossas imperfeições morais. É bom que aprimoremos o caráter, sublimando os sentimentos. “Os enfrentamentos são campos de luta, nos quais o ser cresce e desenvolve os inestimáveis recursos adormecidos no Self, que se encontram à sua espera para oferecerem a contribuição da paz do Nirvana” – apontamentos de Joanna de Ângelis no livro “Triunfo Pessoal”. Vemos, às vezes, pessoas estáticas perante suas culpas. O medo de enfrentá-las faz com que o tempo passe e elas nunca saiam dos estados infelizes nos quais estão projetadas. Vivem iludindo-se. Vivem perambulando em torno de si mesmas, buscando ali e acolá o próximo momento satisfatório que as farão rir e se divertir das suas risadas, para logo em seguida retornarem ao estado quase, se não completo, de depressão pela imersão dos sentidos no vale escuro de cavernas mentais. Ei-las, pois, amedrontadas. Segundo Victor Hugo, no livro Párias em Redenção: “O medo é verdugo impiedoso dos que lhe caem nas mãos. Produz vibrações especiais que geram sintonia com outras faixas na mesma dimensão de onda, produzindo o intercâmbio infeliz de forças deprimentes, congestionantes”. Daí, muitas vezes a pessoa agride para se defender ou foge para não lutar. Sabemos que o Espírito não tem fim, conforme consta na questão 83 de “O Livro dos Espíritos”. Viveremos infinitamente neste cômputo de inseguranças? Seria um destronar do Projeto Divino que nos criou para vivermos com Deus, na glória eterna da Luz.

O temor não é boa companhia de jornada

Se ainda não fez, é hora de enfrentar seus adversários, que não estão lá fora e sim dentro de cada um. É hora de reconciliar-se com eles, como nos aconselha Jesus. O temor não é boa companhia de jornada. Os cuidados sim. Estes o são. Desta forma devemos nos preparar para enfrentarmos com galhardia e bom senso nossas culpas, medos e inseguranças. De acordo com Joanna de Ângelis: “Faz-se necessária uma vinculação profunda com o Self, que adquirirá maior conscientização dos relacionamentos indispensáveis com o seu núcleo na psique”. Bom pesquisarmos nossas companhias, aquelas para as quais abrimos sorridentes as portas das nossas casas ou as visitamos contentes, trocando presentes e informações, brindando em festas convulsas isto ou aquilo. A elas estamos também abrindo as portas dos nossos corações e mentes, arquivando fatos que irão gerar reações. Que bom preservarmos nossos lares!

Lembramo-nos de que conhecemos uma pessoa que dizia existir em sua cidade natal um menino que falava com Deus, na intimidade do seu quarto. Todos riam de tal afirmativa. Um dia paramos para pensar na validade daquela história. Ora, se Deus está dentro de nós, se Seu Reino é semente plantada, necessitando rega, como nos disse Jesus na Parábola do Semeador, então podemos, dentro das nossas particularidades espirituais, conversar sim com o Pai. Ele nos responderá de acordo com nossos entendimentos e, desta forma, estaremos nos vinculando ao Self que nos dirá a melhor forma de proceder para sairmos vencedores em nossas lutas, vencendo os vícios e entronizando as virtudes. Fazendo silêncios para que eles possam nos aconselhar.

O conteúdo religioso é de vital importância na psicoterapia do enfrentamento. Conhecer a Verdade para, através dela, libertar-se. Lutar contra as paixões primitivas, transformando impulsos inferiores em emoções de harmonia. Não fugir, ocultar-se dos demais ampliando a mágoa contra a sociedade e contra si próprio.” Além destas sábias orientações, Joanna de Ângelis ainda nos informa: “À medida que o ego se faz consciente dos valores ínsitos no Self torna-se factível uma programação saudável para o comportamento, trabalhando cada dificuldade, todo desafio, mediante a reconciliação com sua realidade eterna”.

Agora podemos nos perguntar: O que faço comigo? Vergasto-me ante adversários ou os transformo em continentes que devo desbravar e conquistar? É bom que nos amemos, nos respeitemos. Que nos tornemos unos com a Criação, pois somos partes integrantes de um todo de luz, portanto, somos luzes. É bom que enfrentemos com sensatez nossos limites, estendendo-os com prazer, sendo vitoriosos e, por isso, virtuosos. Nada de carregar o mundo nas costas e sim caminharmos nele de olhos fixos nos céus das nossas consciências superiores.

GUARACI LIMA SILVEIRA
glimasil@hotmail.com
Juiz de Fora, MG (Brasil)




sábado, 9 de janeiro de 2010

NA EXALTAÇÃO DO AMOR

A folha ressequida que cai, anônima, do pedúnculo em que nasceu, é bem o símbolo do poder oculto de Deus em a Natureza.

Poder que é força, vida e amor...

Quem recolheu?

O Sol? Não. O Vento? Não. O Homem? Não.

A folha desceu por si mesma, segundo os ditames preestabelecidos pelas leis gerais do Universo, para o seio fecundante da Terra que a transforma em novo elemento no laboratório da incessante renovação.

Assim também se movem as criaturas e os destinos.

A folha cai... Os mundos caminham... O homem evolve...

Brilha o Sol, naturalmente, mantendo a Família Planetária nos domínios da Casa Cósmica.

Avança o Vento, sem esforço, nutrindo a euforia das plantas.

Em princípios de soberana espontaneidade, constrói o Homem a própria existência.

Saber não é tudo.

Só o amor consegue totalizar a glória da vida. Quem vive respira. Quem trabalha progride. Quem sabe percebe.

Quem ama respira, progride, percebe, compreende, serve e sublima, espalhando a felicidade.

Siga, pois, seu roteiro, louvando o bem, esquecendo o mal e edificando sem repouso.

Se o caminho é áspero e sombrio, prossiga com destemor.

Lembre-se de que na vanguarda há mais amplo local para a sua esperança.

Busque ouvir a mensagem do amor, onde passe.

Estude amando.

Responda aos imperativos da evolução, amando onde esteja.

Atenda ao semelhante, amando com alegria.

Satisfará, em tudo, a você mesmo, amando sempre.

Na marcha ascendente para o Reino Divino, o Amor é a Estrada Real. As outras vias chamam-se experiências que a Eterna Sabedoria, ainda por amor, traçou à grande viagem das almas para que o espírito humano não se perca.

Antes de você, o amor já era.

Depois de você, o amor será.

Isso, porque o Amor é Deus em tudo.

Viva, assim, a vida, amando-a para entendê-la.

Viver e amar...

Amar e compreender...

Compreender e viver abundantemente...

Ângulos de uma verdade só – a Vida Eterna.

No entanto, viver sem amar é respirar sem trabalho digno; querer com exclusivismo entontecente é contemplar situações e circunstâncias com aprimorismo que geram a enfermidade e a morte.

Se você sabe, portanto, o que é viver, por que não vive?

Só vive realmente quem ama.

Só ama efetivamente quem age para o bem de todos.

Só age, sem dúvida, para o bem de todos, quem compreende que o amor é a base da própria vida.

Fora dessa verdade, há também movimento e ação, mas movimento e ação de sombra que tornará fatalmente à luz em ciclos determinados de choro, provações e martírio.

Nada novo, sempre a Lei, que funciona compassiva, mas inexorável, restituindo a cada sementeira a colheita certa.

Comande a embarcação de seu destino e não atribua a outrem os erros que as suas mãos venham a cometer.

De você mesmo depende a própria viagem.

Instrua a você, sem procurar encobrir, ante a própria consciência, as faltas que lhe arrojam a alma ao desencanto ou alo agravo das próprias necessidades do espírito.

Ainda que a noite lhe envolva o passo, alente, no imo do ser, o dia eterno da fé.

Não se confie ao sabor da invigilância, para que a invigilância não lhe arraste a existência ao sabor do sofrimento.

Antes de nós, o Universo era o Santuário da Glória Divina.

Lembremo-nos, pois, de que Deus nos criou para acrescentar –Lhe a grandeza

Não Lhe diminuamos o esplendor, cultivando a treva...

Enganaremos a forma.

Jamais enganaremos a vida que palpita, triunfante, em nós mesmos.

Aprenda a buscar aquilo de que você carece no próprio aperfeiçoamento, antes que alguém lho ensine a preço de aflição.

Busque o roteiro exato, antes que outros se lhe ofereçam, no dia de sua perturbação, para guias de sua dor.

Força é poder. Ideia é força.

Mas só o amor condiciona o poder para a vitória da luz.

Ame e caminhe. Caminhe e vença.

Anote hoje os seus movimentos, no ritmo do trabalho e da oração, e o amanhã surgirá com brilho sempre novo.

Sorria para os lances mais difíceis da estrada e os panoramas próximos e remotos descerrar-se-ão sorrindo à sua alma.

Não pare senão para refazer o fôlego atormentado.

Mais além, é a estrada de destino.

Não escute o murmúrio das sombras senão para socorrer as vítimas do mal, a fim de que os gemidos enganadores do nevoeiro não lhe anestesiem o impulso de elevação.

A fraternidade ser-lhe-á o anjo-sentinela entre os pântanos da amargura.

Cante o poema da caridade, seja onde for, e as criaturas irmãs, ainda mesmo quando algemadas ao crime, responder-lhe-ão com estribilhos de amor.

Guarde compaixão e a paz ser-lhe-á doce prêmio.

Exemplifique a fé que lhe honra a inteligência e o mundo abençoar-lhe-á todas as palavras.

Amanheça cada dia no serviço que lhe compete e o dever retamente cumprido manterá você, invariavelmente, na manhã luminosa da vida.

Antes de amparar a você, ampare aqueles que, desde muito, suspiram pela migalha de seu amparo.

Antes de nossa vontade, a vontade do Senhor.

Antes do bem para nós, o bem necessário aos outros.

Seja para você a justiça que observa e corrige e seja para o irmão de jornada a bondade que ajuda e absolve sempre.

Sobretudo, guarde a certeza de que o maior se emoldura na humildade que nunca fere.

Coloque você em último lugar e a vida encarregar-se-á de sua própria defesa em qualquer parte.

Ainda mesmo com sacrifício, sob chuvas de fel e gritos de calúnia, renda diariamente o seu culto ao amor e o amor na própria vida brilhará em sua alma, convertendo-a em estrela para a Glória Sem-Fim.

André Luiz
Psicografia de Waldo Vieira, da obra:
O Espírito da Verdade, mensagem
nº 78, publicada em 1961.