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terça-feira, 9 de janeiro de 2024

O Planeta Terra

 O Planeta Terra 

Gostaria de fazer uma análise sobre o nosso Planeta. Mas, não com conotação científica, e nem política, e nem mesmo econômico-financeira. Apenas um pensar mais livre. 

Considerando os demais planetas do nosso sistema solar, a Terra é dos menores, com relação aos Sóis e Estrelas, seu porte é quase inexistente. Diante do Cosmo, certamente, equipara-se a um grão de poeira.  

Para nós, os seus habitantes, é um mundo imenso. Que serve a uma população de oito bilhões de indivíduos. Contém grande extensão de área sólida e maior ainda de espaço líquido. Ambas oferecem recursos para a manutenção da vida planetária. 

O inorgânico e o orgânico compõem os reinos mineral, vegetal e animal, estendendo-se deste o hominal (o animal que possui inteligência contínua e consciência de si mesmo, o homem).  

Apenas abordando o ser hominal, que é de   composição excepcional, vez que, o que é visível, a carne, na conformação humana, tem origem na união dos gametas fornecidos pelos pais. Para tal conformação, existem mais dois elementos essenciais, que dão os característicos de cada ser humano, além das heranças hereditárias do pai e da mãe. 1º, o Ser Espiritual — que não é material, com todos os atributos evolutivos doados pelo Criador, em estado latente — sendo que no estágio atual há muitos atributos relativamente desenvolvidos --; 2º, o corpo fluídico -- que é semimaterial--, denominado pela Doutrina Espírita de perispírito, é o conector entre o ser divinal e a matéria densa (Espírito ⇾ perispírito ⇾ corpo de carne). Aí está formado o homem que se apresenta na vida do corpo carnal.  

O Planeta oferece todas as condições para a constituição do corpo humano e a sua manutenção. Tudo o que proporcionou a formação do corpo foi extraído do seu ambiente. Os minerais, as proteínas, as vitaminas, os carboidratos, o oxigênio… Havendo insuficiência no organismo desses elementos ocorrerá a degenerescência do equipamento carnal.  

A Terra foi gerada com um propósito, tal como todos os Planetas e os Astros são criados com uma finalidade. Mas, vamos ficar centrados na Terra. 

Os fundamentos de nosso pensamento são os ensinos exarados na Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, mais as inspirações que colhemos de Amigo Espiritual, que nos ajuda.  

Este Planeta é o laboratório excelente para a evolução do Espírito que vem nele habitar. Vejamos que o habitante não é o corpo, este é o equipamento que permite o Espírito viver um certo tempo as experiências evolutivas fora do ambiente espiritual. Aí, além dos recursos naturais, que são imprescindíveis a manutenção do veículo, conviverá com outros habitantes com os mesmos propósitos de desenvolvimento. Uma das razões da existência da sociedade, começando pela sua família.  

A família é o ponto crucial para a evolução espiritual. Degenerar a família é criar empecilho evolutivo. Tudo no Espírito culmina com responsabilidade e consequência. Aqui é o laboratório onde os elementos do cadinho são os Espíritos, que vivem experiências e sofrem os resultados de suas iniciativas e decisões. A conquista de virtudes é a meta essencial.  

Um organismo carnal pode servir para experiências de algumas décadas, mesmo que alongada a sua duração, a evolução espiritual é pequena; por conta disso, a necessidade de se reencarnar muitas vezes. Há existência em que se realiza mais débitos morais que valores evolutivos salutares. Quantos vivem realizando crimes? Quantos usam o tempo para engendrar o mal? E as vidas fingidas e hipócritas? 

Lemos no Espiritismo que a Terra se equipara a uma grandiosa escola de oportunidades para a evolução espiritual, mas não dispensam em orientar que existem os departamentos correspondes à prisão, ao hospital, ao hospício…  Porque existem espíritos maus, outros doentes, outros ensandecidos. Existe ambiente adequado para cada necessidade.  

No entanto, não somente nos ambientes determinados existem espíritos em serviço de melhoramento, tais como no hospital, prisão ou hospício…   Quantos estão atrelados ao leito? Quantos existem cultivando preconceitos e mono ideias, chumbados a aflições inúteis? E aqueles que trazem seus corpos incapazes de movimentos e da manifestação do pensamento?  

Conforme a classificação espiritual registrada pela Doutrina Espírita, a Terra é considerada um Planeta de provas e expiações. Razão da miscelânea de sofrimentos existentes. Sofrem pobres e ricos! Mas, é bom anotar que entre os pobres não há sofrimentos iguais, nem entre os ricos. O sofrimento é condição particular. As alegrias, quando ocorrem, também são exclusivas em cada indivíduo. Ninguém sofre o que não lhe pertence, nem tem satisfação do que não conquistou. 

Cada indivíduo que está no Planeta carrega consigo um patrimônio particular, são os resultados de todas as vivências das outras vidas experienciadas nos milênios transcorridos. Vivemos muitas vezes!   Não lembramos agora, mas, o que nos incomoda e causam sofrimentos são os feitos que feriram a nossa consciência, a mácula a ser sanada, para nos libertar nesse ponto.  

A ausência da lembrança de fatos que nos oprimem, de vidas passadas, é um recurso da sabedoria Divina em nosso favor. Porque, na maior parte das vezes, o mal que praticamos foi contra o próximo, e para sanar a pendência é necessário conquistar o ofendido, o seu perdão, a sua amizade. Isso se dá com a convivência, com a reversão da antipatia, com o suportar de suas revoltas, embora o antigo ofendido também não se lembre do ocorrido.  Até que o amor surja no lugar do ódio adormecido, que se manifesta de algum modo. Amor de pai, de mãe, de irmão… Se lembrássemos das mazelas das vidas passadas como seria? Será que acolheríamos no colo, como filho, um infeliz que nos assassinou em alguma das existências antigas? Será? Muitas vezes ocorrem situações semelhantes a essa!  

Essa herança espiritual, de nós mesmos, não registra somente as mazelas, mas as conquistas virtuosas também, embora esquecidas, por ora, elas fluem da profundidade do 'Eu', através da intuição, para o nosso proveito na trajetória evolutiva, como conquistas de esforços de existências passadas. Percebe-se isso com a presença nos indivíduos das facilidades encontradas para as Ciências, a Matemática, a Música, a Pintura, a Literatura… Embora, em muitos casos, a convivência trabalhosa com um ou outro em casa, é a oportunidade de ajuste para a felicidade real.  

Uma coisa é certa, ninguém usufruirá do que não conquistou.  

Todo desrespeito à Natureza é desrespeito ao próximo, portanto, ao Criador. O homem tem a liberdade, o livre-arbítrio, mas, não pode esquecer a responsabilidade e as consequências. Tudo o que é digno, honesto e justo lhe pertence, mas o que desajustar na Natureza por ganância, egoísmo e outros males, sendo isso desarmonia na 'Casa do Pai', terá o homem o dever de harmonizar, ficando com a sua consciência quite com a Consciência Cósmica.  Poderão correr séculos e séculos, mas não se eximirá de trabalhar para a harmonização na parte que lhe toca.  

A Terra é o laboratório do Espírito. Todos somos Espíritos. Aqui retornaremos muitas vezes. Sempre encontraremos com a nossa própria herança. O Mundo que depararemos no futuro será o mesmo que estamos ajudando construir. O ódio que gerarmos exigirá o esforço de reversão para o amor. Assim, é melhor que amemos indistintamente, mesmo que nos desprezem. O amor não exige justificativa, mas o ódio exigirá o trabalho da reversão para o amor.  

Amemos o Planeta Terra, é o laboratório onde laboramos a nossa paz e felicidade espirituais.  Toda conquista espiritual no bem é definitiva.

                                  Dorival da Silva. 

 Nota: As obras básicas do Espiritismo (O Livro dos Espíritos, O Livros dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e A Gênese) podem ser baixadas gratuitamente do sítio da Federação Espírita Brasileira (FEB), através do endereço eletrônico abaixo:  

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Canção da Imortalidade

Canção da Imortalidade

Os teus afetos que desencarnaram vivem e prosseguem conforme eram enquanto na vilegiatura carnal. Não os pranteies em desespero, porque obedeceram à Soberana Lei biológica, a qual estabelece que tudo quanto nasce, morre.
Morrer, no entanto, não significa consumir-se, desintegrar-se no nada. Tudo se transforma, inexistindo o aniquilamento da vida.
Qual seria a finalidade da existência, o seu significado, se a fatalidade da evolução a destruísse, dessa nada restando?
Olha em derredor e acompanha o desdobramento do existir, a multiplicidade de experiências no laboratório do globo terrestre.
Tudo é movimento, organização, equilíbrio, e mesmo aquilo que se apresenta como desordem ou caos obedece a leis inflexíveis que o acionam, a fim de que alcance a finalidade a que se destina.
A semente intumesce-se, e o vegetal triunfa enquanto ela se desintegra, transforma-se e aparentemente morre, facultando perpetuar-se a espécie que surgirá no momento adequado, após os impositivos indispensáveis ao seu desenvolvimento, numa fatalidade que nunca deixa de acontecer.
Observa a luta de todas as áreas, desde o vírus insignificante às amebas na ansiosa e célere multiplicação com que exaltam o fenômeno de viver.
O ser humano caminha no rumo da imortalidade, desde quando vencidas as ásperas etapas. Agora, sob a nobre conquista da inteligência e dos sentimentos, avança para a angelitude. Esse percurso que se deu naturalmente na sucessão dos milhões de anos obedeceu a uma planificação anterior, sem pressa nem alteração na ordem do seu desenvolvimento.
Eles, os teus afetos, acercam-se de ti com imensa ternura e inspiram-te em tentativas de serem percebidos, ansiosos por oferecer-te notícias do que sucedeu com eles, a fim de que não incidas nos mesmos equívocos e perturbações.
Se te amaram, continuam afeiçoados e zelosos, muito se esforçando para que as tuas horas terrestres sejam abençoadas pela alegria de viver e pela oportunidade de trabalhar em favor da autoiluminação, assim como da fraternidade com as demais pessoas.
Têm nítida visão da imortalidade e anelam convidar-te à compreensão elevada dos objetivos essenciais.
Faze silêncio interior, aquieta as ansiedades e harmoniza as emoções para que os possas ouvir e sentir.
Eles te amam ainda e têm os mesmos sentimentos de saudade, ternura, anelos de convivência, aspirações de progresso.
É natural que sintas saudade e a ausência deles produza tristeza ou amargure o teu coração.
Não te constitua motivo de desnorteamento a falta da convivência física. É temporária, porque também, no momento próprio, rumarás pelo estreito corredor da morte, enquanto eles te aguardam com emoções inauditas.
A vida é de sabor indestrutível. Desde que se apresenta em qualquer forma, prosseguirá com mais complexidade até alcançar a finalidade a que se destina.
Em todos os tempos, o fenômeno da morte constituiu uma fatalidade perversa, quase incompreensível no seu contínuo ceifar de existências.
Considera que se não houvesse essa abençoada interrupção, como seria a sua continuidade na Terra? O prolongamento sem fim, assinalado por tormentos inauditos e sem a esperança da sua sucessão?
A morte é o veículo que faculta a cessação momentânea dos fenômenos físicos, materiais, sem qualquer prejuízo para a essência - a alma imortal!
Vive, porém, de maneira saudável, para que os teus sejam dias bem-aventurados e a edificação do futuro seja segura para coroar-se de paz.
Utiliza-te de cada momento no carreiro orgânico para aprimorar-te e desenvolveres a divina essência de que te constituis.
Abandona os adornos grotescos de que te utilizas para as condições existenciais e faze-te sutil e transparente como um delicado raio de luar.
O sentido da existência terrestre é o de autoiluminação, prolongando-se pelos sem-fins da imortalidade.
Tudo o que é material experimenta mudanças.
O tempo, na sua voracidade, utiliza-se dos elementos da Natureza para tudo alterar e reduzir à poeira original.
Não, porém, a vida.
Maior concessão de Deus, recorre-lhe a oportunidade para enriquecer-te de bênçãos, que esparzirás pelo caminho percorrido, transformadas em sinais luminosos.
A dor provinda da ausência desses amores que voltaram ao Grande Lar através da morte deve ser superada pelas cálidas lembranças da convivência com eles.
Revive-os pela memória, nos acontecimentos que te alegraram, as mil nonadas dos sorrisos, mas também as experiências de dor e de aflição que te fortaleceram no convívio com eles.
Jamais te iludas com a ideia absurda do nada.
Vivem aqueles que já morreram.

*

A lagarta que se arrasta, graças à histólise e à histogênese, transforma-se em falena leve que flutua no ar.
O ser espiritual que se reveste de carne, quando essa transformação ocorre e desveste-o, ascende com leveza aos páramos celestes.
Abençoa a tua existência física mediante o respeito aos fatores que a reencarnação coloca para viver. Não têm caráter punitivo ou afligente, nem são considerados plenificadores como concessões ímpares, mas resultado dos comportamentos.
Todos que se encontram na roupagem física estão em aprendizagem na escola redentora. Ninguém privilegiado, pessoa alguma na condição de condenado. As experiências de crescimento são as mesmas para todos os seres.
A sabedoria do amor inspirará a cada qual o melhor rumo a percorrer. Mantém-te atento no momento da escolha, fazendo o investimento seguro da renúncia e da abnegação hoje para a sublime compensação amanhã.
Quando se adquire consciência do significado existencial, nada a macula, porque se transforma em lição, e nada a diminui, porque a Lei é de evolução.

*

Diante do esquife dos que morreram, aprende a respeitá-los.
Alguns permanecem ao lado dos próprios corpos, ouvem-te, veem-te e sentem as tuas boas ou más emoções.
Recorda de momentos agradáveis que eles captarão e os felicitarão.
Faze com eles como gostarás que te façam quando chegar a tua vez.

Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite
                                               de 5 de setembro de 2016, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 9.1.2017.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O fenômeno da morte


O fenômeno da morte

Presente e constante na existência humana, o fenômeno da morte constitui uma fatalidade da qual ninguém consegue eximir-se.
Ocorrendo a cada momento nas células, que também se renovam, ocasião chega em que a anóxia cerebral se encarrega de parar as funções do tronco encefálico, interrompendo a ocorrência biológica da vida física.
Todos os seres que nascem morrem, dando prosseguimento ao milagre da vida em outra dimensão, aquela de onde tudo procede.
O objetivo essencial da existência física, em consequência,  é a construção e a vivências dos valores éticos responsáveis pelo progresso incessante do Espírito até o momento em que alcança a plenitude.
Mesmo nos reinos vegetal e animal, o processo de nascimento e morte obedece à planificação do desenvolvimento evolutivo da essência divina presente em tudo e em toda parte como fundamental manifestação da vida.
Desde quando criado o ser, o deotropismo atrai-o com força dinâmica inescapável...
Ao atingir a fase do instinto, desenham-se-lhe no psiquismo, pelas experiências, os pródromos da razão, passo gigantesco no rumo da angelitude.
Fixar os valores que dignificam e elevam, que o libertam das heranças grosseiras da fase antropológica primitiva, torna-se-lhe, portanto, imposição inevitável que o arrasta no rumo da ascese, que se lhe constitui meta a ser conquistada.
Passo a passo, experiência após vivência, a ânsia de alcançar a paz e a sabedoria estimula-o ao prosseguimento, mesmo quando sob ações penosas do sofrimento, decorrente da desatenção e da rebeldia ante as leis que regem o universo.
Parte integrante do Cosmo, essa unidade minúscula que é o ser humano, à semelhança de uma micropartícula que forma a unidade atômica, deve manter a sua constância sob o comando da consciência lúcida que reflete o estágio em que se encontra.
As ocorrências desastrosas por falta de discernimento, por teimosia dos instintos agressivos, retardam-lhe a marcha, sem dúvida, porém, não impedem que ocorram novas oportunidades vigorosas em provações ou expiações pungitivas que se encarregam de corrigir as anfractuosidades morais e os desvios comportamentais, impondo a conduta correta como a solução adequada para o equilíbrio e o bem-estar.
Viver é automático, porém, bem viver, selecionando as questões que promovem os sentimentos e a inteligência em níveis mais elevados, para a conquista da sabedoria, deve ser o objetivo de máxima importância para todo viajante na indumentária carnal.
Sócrates, totalmente lúcido e decidido a demonstrar a sua grandeza moral em fidelidade a tudo quanto ensinou e viveu, recebeu a morte como um grande bem.
Instado a fugir por Críton, que houvera organizado um plano audacioso com os seus demais amigos, surpreendeu-se e o repreendeu, demonstrando que as leis, mesmo quando injustas, devem ser obedecidas, de modo que a sociedade aprenda a estabelecer códigos de nobreza.
Caso fugisse, evidenciaria que era realmente o que dele diziam os inimigos, especialmente aqueles que o levaram ao tribunal com infâmias grosseiras.
E sofismando a respeito da existência, qual fizeram antes os juízes, anuiu com tranquilidade à sentença infame, demonstrando que a existência física é uma experiência de iluminação e não uma pousada para o prazer infinito.
Buda, de igual maneira, despedindo-se dos discípulos que aguardavam mais informações, a fim de darem continuidade à divulgação dos seus pensamentos, informou que lhes legava o dharma – a ordem universal imutável – e, serenamente abandonado por muitos que antes o assistiam, silenciou a voz e retornou à pátria da imortalidade.
Jesus é o exemplo máximo, porque no auge dos sofrimentos pôde pronunciar frases que assinalariam com vigor a sua despedida, desde o perdão aos crucificadores que não sabiam o que estavam fazendo (Lucas, 23:34), até entregar a mãezinha aos cuidados do discípulo amado e este ao seu carinho (João, 19:26-27), rompendo os laços da consanguinidade terrestre em favor da fraternidade universal.
Foi mais além, dialogando com o ladrão que lhe suplicava ajuda e socorrendo-o com a resposta da sublime esperança da sua entrada no reino dos Céus (Lucas, 23:43), assim que se desvencilhasse das asperezas dos erros, e se cumprisse tudo para quanto viera, num inolvidável silêncio após o tudo consumado(João, 19:30).
Logo mais, porém, retornava em júbilo na madrugada esplendente de sol e de beleza, confirmando a imortalidade e o triunfo da vida sobre contingência material, de modo que os amigos e quantos outros que o viram pudessem superar a injunção corpórea e voar nos rumos do Infinito.
Francisco de Assis, sofrido pela ingratidão de alguns dos melhores companheiros, ferido e maltratado, sem forças nem resistências orgânicas, exauriu-se lentamente, cantando sempre até o último hausto, a ponto de ser censurado por tanta alegria...
Todos aqueles que descobriram a imortalidade enfrentaram o fenômeno da consumpção dos tecidos orgânicos com estoicismo e naturalidade, alegrando-se com o término da tarefa terrestre abraçada, de modo a retornarem vitoriosos ao grande Lar de onde partiram no rumo do planeta terrestre.

*

Reflexiona diariamente a respeito da tua partida em direção à imortalidade, preparando-te, a fim de que não te fixes em interesses mesquinhos retentivos da retaguarda material.
Treina o pensamento em considerações constantes em torno da desencarnação, porquanto ela chegará, talvez, quando menos a esperes.
Se tiveres a felicidade de enfermar por longo prazo, diluindo os liames retentivos do corpo físico, isto será uma bênção.
Mas se fores convocado repentinamente, deixa-te conduzir com alegria, certo de que viverás.
Nada obstante, prepara-te conscientemente para enfrentar esse fenômeno terminal, agradecido ao corpo que te vem servindo de instrumento para a evolução, bem como a tudo quanto te ocorre na atual conjuntura evolutiva.
 
                                                                    Joanna de Ângelis.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na tarde de
2 de junho de 2014, na residência de Dominique e
Armandine Chéron, em Vitry-sur-Seine, França.
Em 8.12.2014.
A mensagem acima foi copiada do sítio:
http://divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=287