Mostrando postagens com marcador felicidade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador felicidade. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 23 de março de 2023

A política de Jesus

 A política de Jesus 

A política de Jesus é aquela na qual o amor predomina sobre todas as imagináveis possibilidades, Amor à ordem estabelecida pelas Divinas Leis que devem viger como diretrizes de segurança para todas as situações que se apresentem no transcurso existencial.

 

Amor aos deveres de fomentar o progresso e estimulá-lo por meio de um perfeito equilíbrio entre as diferentes linhas de pensamentos e de ideias. 


Considerando-se que cada indivíduo é um universo especial, cumpre a todos o dever de respeito pela diferença de opiniões, fruto natural do estágio evolutivo do seu próximo. 


O amor permite tidas as condições que existem e trabalha em favor do equilíbrio entre as diferenças que se apresentam. 


Tenha-se em vista que ideias são combatidas com outras melhores e nunca em forma de pugilato entre os idealistas. 


Toda vez quando o debate de ideias descamba para a agressividade contra o seu portador, o amor falha no seu mister de união e de fraternidade. Passa-se da política do bem, que deve ser a estrutura de todos os esforços, para a da força, da imposição do desrespeito aos Soberanos Códigos da Vida. 


Tal ocorrência demonstra a fragilidade da razão ante os fatos, do exame exaustivo que se deve aplicar antes de divergir e dissentir, sendo-se vítima de paixões egóicas e ditador da maneira de conviver e de trabalhar. 


Não é a questão de o outro estar certo ou não, mas da essência do seu pensamento poder resistir a tudo aquilo que se lhe oponha como fenômeno natural do ato de compreender-se, de vivenciar-se. 


Experimenta-se, na atualidade, o período em que o poder da força pelos benefícios que proporciona ao seu portador se faz válido, em flagrante desconsideração pelos objetivos que facultam a construção da paz e do progresso no mundo, um lamentável caminho que se inicia em forma de desentendimento entre os membros da sociedade. 


Em todas as circunstâncias, porém, Jesus demonstrou, diferentemente, que a política do Bem não defrauda a legislação universal da harmonia que deve viger entre o que se pensa e como se comporta. 


Não poucas vezes, nesta circunstância, a Justiça é posta à margem pela força desnecessária do indivíduo não acostumado a obedecer às regras básicas da conduta social existente desde os primórdios da evolução. 


Sucede que o respeito à Lei vigente deve ser aceitar as determinações que se encontram exaradas como consequência das experiências culturais anteriores, e o seu combate ocorra mediante o comportamento afável e digno, embora não concordando com o opositor.

 

Eis por que se faz imprescindível a vivência da conduta teocêntrica, embora sem a submissão a organizações humanas que lhes facultam adquirir o poder, impor a soberania de forma absolutista. 


*   *   * 


Não têm sido poucas ou reduzidas as interferências das religiões organizadas em instituições trabalhadas em favor de padrões sociais estabelecidos em cada época, a ponto de se tornarem dominadoras, ao lado de governantes infelizes e perversos, que destruíram totalmente os objetivos a que se devem dedicar todas as doutrinas que tenham a ver com a questão espiritual da Humanidade. 


A aceitação dos Divinos Códigos em sua essência, num respeitoso cuidado de observação e vivência, eis a maneira ideal de ter-se uma existência religiosa ou viver-se religiosamente, graças aos vínculos de segurança com Deus, com a imortalidade do Espírito e com as seguras regras de comportamento que proporciona a evolução. 


O ser humano é imortal, tendo a sua vida real além da carne, onde se origina e prossegue, após os fenômenos do berço e do túmulo. 


O corpo é uma veste temporária, própria para os objetivos de desenvolvimento da centelha espiritual que dele se utiliza, qual ocorre com a semente que se dilui no solo onde se encontram os fatores indispensáveis ao seu processo de germinação.

 

Nesse sentido, a reencarnação oferece o seu encantador poder de transformação, qual buril na lapidação da aspereza de qualquer material, aplainando-lhe as anfractuosidades no seu largo processo de embelezamento.

 

Intuído e inspirado a vencer as torpezas do percurso na busca da felicidade, a criatura encontrou na política o mais eficaz instrumento para conduzir as massas, sempre necessitadas de equilíbrio e paz.

 

Filosofando com base em princípios nem sempre elevados, efeito natural das ambições pessoais ainda um tanto primitivas, os indivíduos mais astutos normalmente utilizam as forças das habilidades interiores para impor-se ao grupo social e seduzi-los politicamente. 


Desse movimento algo sórdido surgiram os partidos dominadores para encarregar-se das suas ambições, conseguindo-as a benefício pessoal em detrimento dos grupos saudáveis aos quais deveriam servir.

 

Pessoas honestas, portadoras de tesouros morais inalienáveis, compreendendo a necessidade de dedicar-se às campanhas de crescimento social e de elevar-se para as conquistas plenificadoras, são normalmente vencidas nos pleitos eleitorais periódicos que as comunidades executam. 


Utilizando-se dos métodos da honestidade e da transparência, são ainda vencidas pelas intrigas e perseguições dos seus adversários, que se fazem campeões da intriga e da corrupção. 


Todos têm, porém, seu modelo em Jesus, que durante a jornada terrestre enfrentou os perversos e exploradores que dominavam o povo submisso e esmagado pelos sofrimentos.

 

A vida humana exige ética de comportamento, a fim de ajustar-se à programação universal. 


Todas as vezes em que Ele foi perseguido pelos políticos e religiosos do seu tempo, que exploravam e extorquiam a plebe e as classes menos privilegiadas, encontrava os recursos na Lei de Amor, ou Lei Natural, para demonstrar justiça e sabedoria. 


Em face desta realidade – a do Bem -, é indispensável que a força ceda suas resistências violentas aos impositivos do divino poder do amor. 


*   *   * 


Seja qual for a circunstância, lugar ou posição em que te encontres, nunca postergues a ação do amor em tua conduta.

 

Faze sempre conforme gostarias que te façam, quando estiveres em situação idêntica. 


Assim sendo, em vez da política do poder extravagante e destruidor, o Bem como recurso intermediário para a solução de todas e quaisquer dificuldades. 


 

Joanna de Ângelis 

Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 24.10.2022, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. 

Em 18.1.2023. 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Viver Feliz

 Viver Feliz 

Quem não quer viver feliz? Como?!  “No Mundo tereis aflições”¹. Para situarmos bem o que estamos indagando, será necessário sabermos quem somos e o que estamos fazendo no Mundo.  

Primeiramente, somos um ser indestrutível. Para esta existência, este período de vida adquirimos um corpo. Não somos o corpo, o utilizamos para nos manifestarmos. Esse corpo é destrutível. Esgota-se com o tempo e com o uso. Depende de cuidados e é frágil às concorrências do meio ambiente. Depende de nutrição e de higiene. Cuidado ou desleixo proporciona conforto, ou desconforto. Exige vestimenta e calçados adequados para cada estação do clima. Somos o timoneiro dessa embarcação.  

Para o início desta existência, foram necessários um ser masculino e um feminino que nos proporcionaram o aparecimento nesse corpo, através do mecanismo de perpetuação da espécie, gerando laços de afeto, de amor, compondo uma família. Até que o corpo pudesse dar condições de integral manifestação do seu condutor, o ser pensante, nos cuidaram, nos protegeram, ensinaram a educação que temos, levaram à escola para que adquiríssemos conhecimento e cultura.  

Chegada a maioridade, assumimos a responsabilidade da condução do nosso equipamento de carne e osso, porque adquirimos autonomia de ação. Somos responsáveis de nossos atos. Agora o equipamento temporário apresenta todas as condições para as ações do seu senhor, você mesmo! Nós mesmos! 

A partir deste ponto, certamente procurará um indivíduo de sexo oposto para constituir família, é princípio do processo evolutivo. É atávico. O elo conjugal e a perpetuação da espécie é modelo natural de formação e manutenção das gerações. Delas dependemos para vir e ir (nascer e morrer). Nascemos porque existíamos. Com a morte do corpo, vamos para algum lugar, esse lugar é de onde viemos. Voltarmos para um novo corpo se chama no espiritismo reencarnação. Isto, porque neste Mundo já estivemos muitas outras existências.  

Agora temos um retrato aproximadamente do que somos. Um Espírito viajante do tempo, conquistando experiências, que se transformarão em valores espirituais.  

E a tal de felicidade!  

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.² Jesus, quando no Mundo, ensinou muitas vezes aos doutores da Lei, no entanto, o orgulho e a dureza de coração não admitiam a compreensão. Tudo o que era ensinado e não estava condizente com os escritos antigos e as tradições, não encontravam ressonância naqueles espíritos endurecidos. Mas, o Mestre lançou sementes da verdade dos Céus nos mais diversos terrenos, mentes e corações, alcançando êxito entre os mais simples, entre doentes, pobres e desprezados daquela sociedade.  

Assim, não é difícil compreender que a felicidade real não é a deste Mundo. Neste Mundo é onde estão os recursos, os meios, as oportunidades, as vivências, o cadinho que nos levará à depuração do metal preciosos que somos. Pois, o metal bom com jaças não tem bom valor.  

Quando Deus nos criou, éramos simples e ignorantes (incultos), espíritos puros, sem mácula; dessa forma, saímos de Suas mãos, do Seu amor. Puros tal a grandeza do Criador. Inatos, todos os recursos a serem desenvolvidos.  

Conduziu-nos todos tal como fazemos com as crianças. Ensinando-nos as primeiras coisas, permitindo-nos descobrir outras, apoiando-nos, ora carregados no colo, ora segurando pelas mãos, até que o discernimento autorizasse o uso do livre-arbítrio. 

A inteligência com algum desenvolvimento, os sentimentos em despertamento, fomos experimentando, certo e errado, sentindo os efeitos bons ou ruins de cada iniciativa, comprazendo ou sofrendo com os desdobramentos. 

Aprendemos que nossas atitudes podem atender aos interesses das demais criaturas ao nosso redor ou desagradá-las. Assim, vamos aprendendo a respeitar os nossos limites e o direito dos que conosco ombreiam a vida de evolução na Terra.  

Aqui, a felicidade são os momentos: conquista de algo muito almejado, o encontro de amor sincero, o nascimento de um filho, amizade sadia e desinteressada. Quem possui um sentimento mais espiritualizado, que vive com confiança, mesmo suportando revezes, às vezes com a saúde prejudicada, mas, que tem certeza da continuidade da vida depois da morte do corpo, que ninguém ignora que acontecerá, vive uma felicidade interior, que poucos podem entender. Fora parece o caos, na alma, apesar de tudo, a calma, a suavidade, a confiança, a felicidade.  

A felicidade está na pureza da alma, mas cheia de sabedoria, superações, riquezas morais, reconhecimentos que todos são irmãos na caminhada evolutiva para a perfeição, mas cada um tem o seu tempo para alcançar tal estágio feliz. Embora, demandar esforços e lágrimas, que por ora não compreendam que a felicidade exige busca permanente de domínio de si mesmo, da autoeducação, num exercício paciente da própria conquista.  

Repetindo -- Jesus, o Cristo: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará” --, pois, sem a consciência de que viveremos para sempre, embora a entrada e a saída num corpo de carne, com o esquecimento temporário das experiências passadas. Essas experiências continuam registradas no nosso patrimônio espiritual, e, assim, agimos com todas as conquistas dos diversos tempos, em cada momento de nossa existência. Quando os resultados dessas vivências estiverem depurados, é o Espírito que brilhará e a felicidade estará presente, vez que é a sua própria construção. 

Ninguém encontrará a felicidade sem a construir! Jesus, antes que o Planeta existisse, cuidava para que todos sob sua tutela nos milênios sem fim um dia encontrasse a felicidade de verdade. Uma das razões de seus sacrifícios, inclusive tomando um corpo pesado, que deixou na cruz dos homens, que ignorantes pretenderam apagar a Luz que clareia os caminhos seculares para o encontro da própria felicidade.   

Viver feliz é espiritualizar-se. Viver a mensagem de Jesus. Antecipar em alguma filigrana as alegrias dos Céus. 

Para encerrar, deixamos algo que merece ser meditado: “(…) vivemos todos em plena eternidade, somos cidadãos do infinito, e para a eternidade o que existe é o momento presente, sem ocasos! sem lapsos! Ela, a eternidade, vive dentro do presente, porque justamente é esta a sua particularidade!"³ 


1. João, 16:33 

2.João, 8:32 

3. Fragmento de aula do Espírito Epaminondas de Vigo, na Universidade da cidade espiritual Esperança, conforme consta do livro Memórias de Um Suicida, no capítulo 18, página 429, ditada pelo Espírito Camilo Cândido Botelho, pela médium psicógrafa Yvonne A. Pereira.  

 

  Dorival da Silva