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terça-feira, 7 de setembro de 2021

Nascer e progredir...

 Nascer e progredir...

Quando nascemos nós desembarcamos na vida, como numa estação de trem, de metrô...  Descemos em um ponto para dar sequência à viagem que iniciamos antes.  Caso não estivéssemos viajando como pararíamos numa estação? Num berço?  Antes de chegarmos ao berço, tomamos um veículo na intimidade de nossa mãe com a fusão dos gametas masculino e feminino, originando um corpo que o próprio viajante molda, imprimindo-lhe as características próprias às suas necessidades para atender à programação objetivada para tal empreendimento, respeitando a força da carga genética herdada dos pais.  

Onde estávamos?  É bom notar que antes desta viagem fizemos muitas e muitas outras acumulando as experiências, as habilidades, a cultura, a educação, mas também os defeitos, os vícios; e não deixamos de adicionar na bagagem dívidas que nos maltratam, tiram-nos a paz, nublam nossa mente, mesmo inconscientemente nos causam constrangimento emocional, uma insatisfação... 

 Nas reentrâncias da bagagem  estão os focos dos sofrimentos emocionais que se refletem na presente viagem.  São questões antigas que não foram resolvidas e que trouxemos para dar solução.  Como solucioná-las se não estiverem presentes ou não se manifestarem em algum momento?  Assim que muitas situações emocionais estão presentes na infância e outras se apresentam no curso da vida. São os nossos próprios arranjos.  

 Caminharmos na vida física significa estar em uma nova oportunidade de melhoria espiritual, por a viagem ser do Espírito, a bagagem lhe pertence, aí estão os méritos e também as dívidas, sendo que a consciência impõe o compromisso do resgate.  Assim, precisamos nos fortalecer para encontrar solução para as pendências que vieram conosco, não devemos descurar da  ajuda profissional, e procurar ser merecedores de forte apoio familiar.  

Ninguém vem a este mundo com missão impossível. Para darmos conta de nossa jornada, mesmo que considerada difícil, é fundamental o senso de responsabilidade, a fé, o respeito por si mesmo e aos outros, o bom relacionamento, a amizade sincera, ferramentas dos vencedores da vida. 

 

* * * 

Existem viajores que fogem do comum, porque não tiveram condições de planejar a sua reencarnação, são os que tiveram sua entrada nesta vida compulsoriamente, devido à ausência de lucidez para decidir, considerando o comprometimento espiritual que apresentavam e demonstram no corpo as sequelas do seu estado.  O corpo disforme pede cuidados e emoções positivas ao seu habitante, que o auxiliará na superação da deformidade espiritual.  

Alguns apresentam corpos deficientes, outros com a mente em desalinho, e outros ainda com o corpo e mente desajustados.  Isso não é por acaso, têm fatos causais e grande parte do problema nasce num suicídio implementado em vida anterior.  

Como nos elucida a Doutrina Espírita, existem os suicídios consciente e o inconsciente, o primeiro quando se tira a própria vida num fato extraordinário com arma de fogo, enforcamento, atirando-se em águas profundas ou sob rodas de trem, ou outras situações análogas; e o segundo, quando o indivíduo caminha pelos vícios morais ou de aditivos químicos, que solapam o organismo comprometendo a sua vida.  Ambos os modos de suicídio provocam consequências correspondentes às que arruinaram a existência interrompida.  

Se o que se deu ao uso de drogas viciantes, comprometendo o estado de consciência, maculando o cérebro, possivelmente trará essa sequela na próxima existência. O que esfacelou parte da massa encefálica com projetil de arma de fogo, em algum grau de comprometimento o próximo organismo se ressentirá.  Assim, àqueles que se deixaram afogar, trarão refletidas dificuldades com a área respiratória. Sendo justa a lei Divina, nem sempre para situações idênticas às consequências sejam exatamente iguais, pois, existem variantes e atenuantes que estão fora de alcance de análise dos mortais. No entanto, toda ação terá reação e a consciência assumirá o que disto resultar. Em se tratando de suicídio sempre os desdobramentos serão de frustração, dor, insatisfação...   

O arrependimento sincero é o início da concertação do suicida com a consciência, mas terá que resgatar-se das fragilidades emocionais e provar a si mesmo que a loucura praticada se tornou algo totalmente superado.  Poderá demorar mais de uma vida.  

* * * 

Duas situações são relevantes para a jornada na Terra, primeiro sabermos que somos Espíritos; e, em segundo lugar, que estamos cercados de possibilidades para o bom êxito.  

É oportuno ressaltar que o maior entrave para o sucesso está na descrença, na dúvida, na fé vacilante. Os mais necessitados da autoconfiança, buscam-na no ambiente externo, desejosos que alguém os assista, que um ídolo os guie, mesmo que nas fantasias, permitindo-se como fantoches sonhadores de realização que nunca os preencherá com emoções que desconhecem, embora delas necessitem o amor.   

Sabermos que somos Espíritos e jamais morreremos, que a vida no corpo é uma experiência, como alguns anos escolares; ou mesmo alguns momentos numa casa de saúde, para sanarmos alguns males; ou uma prisão educativa para nos protegermos de nós mesmos; ou, ainda, uma oficina de trabalho em experimentos preparatórios para outros passos na esteira evolutiva da alma, assim, vamos encontrar um antídoto contra o suicídio, em que pesem as turbulências da viagem por esta vida.  

Fugir da vida não oferece nenhuma solução dos males que sofremos, porque vivemos a realidade que construímos nas muitas vidas que tivemos anteriormente (nas reencarnações sucessivas), mas que sabemos que a Vida do Espírito nunca sofreu interrupção, uma vez que chamamos vidas aquilo que se compreende como entrada num corpo e depois a saída (nascimento e morte), no entanto, é sempre um retornar à Vida Ampla (a que um dia foi criada por Deus e jamais terá fim).  

No início do texto registramos: "Como solucioná-las se não estiverem presentes ou não se manifestarem em algum momento?"   São as dívidas que trouxemos na nossa bagagem de viagem, estas são as emoções que nos incomodam, estão intrínsecas em nós mesmos, sobrepõem pelo incômodo a parte da bagagem que se compõem de coisas positivas. Há uma preferência inconsciente pelo que nos chama a atenção, e o mal ainda sensibiliza os nossos sentidos, nos traz aflições, angústias, tormentos que não definimos; trata-se da ausência de uma força moral positiva trabalhada pela fé, mas uma fé que nos admita o raciocínio, que levanta o nosso nível de discernimento, que nos permita avançar além dos limites da matéria e adentrarmos os valores da Espiritualidade Superior.  

Jesus, o Cristo, recitou: "Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento."¹    O Mestre nazareno é a porta, o Seu saber revelado ao mundo é o das "Bem-aventuranças", o que não acontecerá no corpo, mas na alma, e se comprovará no Mundo Espiritual.  A luta é aqui, com os recursos que temos e com aqueles que buscamos com nossos esforços.  

Fugir desta vida é atrasar-se no caminho da paz e da felicidade.  

Nunca seremos um ideal que não vivemos.  

Suicídio! Jamais.  

                                  Dorival da Silva  

¹ Marcos, 2:17  



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quinta-feira, 9 de maio de 2019

Prece em seu lar

Prece em seu lar 

Você sabe como o bafio pestilento que vem dos pântanos consegue desaparecer com as rajadas do vento perfumado dos prados e jardins.
  
Você já pode observar o modo como a sombra noturna fica desfeita sob a ação da luz solar a cada manhã. 

Você conhece os fenômenos da natureza por meio dos quais a rocha é cortada pelo filete d’água permanente, que passeia sobre o seu corpo pétreo, ou como ela é lixada, pouco a pouco, pelos ventos pacientes que vêm e que vão.  

Dentro desses enforques, podemos meditar sobre o efeito dos pensamentos elevados, quando agem sobre as incontáveis ocorrências da existência.  

Nas atividades do lar, não são poucos os dias de penumbra ou de sombra intensa motivados pelos temperamentos exasperados, irascíveis, odientos, ou por mil e uma tormentas que invadem a vivência da família, que podem até provir de motivos externos ao grupo doméstico, mas que o apanham no lance da surpresa.  

Não são poucos os corações endurecidos, os sentimentos rochosos de almas demarcadas por muitas frustrações, por profundas amarguras ou decepções alimentadas que se converteram em seres empedernidos que oscilam da indiferença à crueldade no seio da família. 

Os problemas variados somam-se a variadas bênçãos que todos, quase sem exceção, costumam viver dentro dos lares, sem atinar muitas vezes quanto aos caminhos que lhes permitam romper a teia das dificuldades.  

Introduza a prece em casa, caso essa providência ainda não tenha sido tomada. A prece em casa é como a brisa leve, dúlcida e perfumada, desfazendo fétidos que se insinuam aqui ou ali. 

A vibração da mente que ora tem o poder de iluminar consciências, de clarear discernimento, trazendo solução para diversos problemas de difíceis aparências. 

Quem ora no lar vai, aos poucos, sensibilizando as almas de todos, mesmo aquelas que, aborrecidas consigo mesmas, desforram na vida e nos outros, como se todos devessem suportar seus impulsos venenosos ou suas posturas de chumbo. 

Você que costuma ter cuidados com a qualidade dos alimentos de uso familiar, que se esmera em oferecer o melhor aos de casa, em todos os sentidos, não deverá esquecer ou menosprezar a eloquente contribuição da prece como aroma inebriante que desponta no jardim do lar, ou como medicação formidável frente às enfermidades morais em curso.   

Reúna quem se disponha, sem nenhuma pressão que não seja a fraterna persuasão, e de maneira descontraída, como quem se prepara para receber um querido e íntimo amigo, ore. Abra o coração e deixe que sua pulsação sensibilizada chegue à boca. Agradeça as alegrias e tristezas do dia vivido ou por viver, caso você ore à tarde, à noite ou pela manhã.  

Abra uma pequena página, seja de O Novo Testamento, onde se acham os fatos e feitos de Jesus, seja de O Evangelho segundo o Espiritismo, onde encontramos os ensinamentos da moral de Jesus sob a visão de luminosos Mentores da vida planetária, ou de qualquer outro trabalho inspirado nas leis de Deus, sobre a felicidade humana. Leia um pequeno trecho que lhe permita fácil entendimento, rápidos comentários que lhe atestem a utilidade para todos.  Banhe a alma nessas mensagens felizes e conclua esses momentos de sublime evocação das bênçãos divinas dirigindo ao Senhor a sua gratidão.
  
Evite utilizar esses instantes renovadores para “puxar orelhas” dos afetos, ou para fazer “sermões” despropositados e cansativos, ou, ainda, para o excesso de recitações que simulam preces, mas que são falatórios ditados por forte ansiedade de contar com privilégios indevidos, diante da imparcialidade das leis de Deus. 
Estabeleça um comentário fraterno em torno das lições lidas, no qual quem quiser possa colaborar, sem constrangimento, até porque todos sabem onde os calos lhes doem e onde as orientações de Jesus lhes servem às íntimas necessidades. 

Se for do seu interesse, para maior aproveitamento do ensejo, disponha sobre um móvel qualquer um vaso com água para uso individual ou de todos, após a oração, guardando a certeza da atuação benfazeja da prece sobre ela e da colaboração invisível dos Mensageiros Celestes que virão em atendimento a sua busca. 

Instale esse regime de prece em seu lar, e, enquanto em toda parte a desordem perturbe, o crime negreje e a dor faça sucumbir, junto a você e aos seus, pela ação da prece, tudo se torne construção da harmonia, cultivo da virtude e explosão de esperança. Ao longo dos dias você experimentará os resultados venturosos da sua iniciativa.  

                                                                   Joanes 
                                               (Psicografia de J. Raul Teixeira) 


  O Evangelho no lar 

O EVANGELHO NO LAR é a reunião fraterna dos componentes do lar, sob o amparo de Jesus.

Maneira de realizar o EVANGELHO NO LAR: 

Reunir os componentes do lar uma vez por semana, em dia e hora pré-           determinados; 
Iniciar com uma prece simples e espontânea; 
  •     Ler um trecho de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, 
  • comentando-o de forma acessível;  
  •  Em desejando, pode-se completar a leitura com outras obras espíritas, como por exemplo livros de mensagens psicografadas        pelos médiuns Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco        ou J. Raul Teixeira; 
  •     Em havendo crianças, quando presentes, aproveitá-las para fazer    uma prece, declamar uma pequena poesia ou ler um pequeno            trecho evangélico; 
  •     Encerrar com prece de agradecimento, rogando pela paz no            Mundo, pelas criaturas carentes de toda sorte, pelas pessoas com      quem temos dificuldades de ajustamento, pelo incentivo e                proteção dos trabalhadores do Bem e da Verdade, por nós                  próprios.  

Lembretes: 
  • A duração não deve ultrapassar uma hora; 
  • Cautelar-se para não transformar a reunião em trabalho mediúnico; a mediunidade e a assistência espiritual devem ser atendidas em Sociedade Espírita idônea; 
  • Não suspender a reunião em virtude de visitas ou eventos adiáveis. As visitas podem participar da reunião.  


A mensagem e as orientações para a realização do Evangelho no Lar foram retiradas do folheto informativo da FEP-Federação Espírita do Paraná, Al. Cabral, 300 – 80410-210 – Curitiba, PR, fone: 41 3223-6174, feparana.com.br, momento.com.br, mundoespirita.com.br, fep@feparana.com.br, livraria@mundoespirita.com.br.