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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Suicídio Assistido

Suicídio Assistido

Lemos na imprensa que jovem de 29 anos, americana, com um câncer no cérebro e a expectativa da doença avançar rapidamente, com o fim de livrar-se de possíveis sofrimentos,  programou morrer no dia primeiro de novembro de 2014, pelo suicídio assistido.

Em “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec,  encontramos na questão 957: – Quais são, em geral, com relação ao estado do Espírito, as consequências do suicídio?
“As consequências do suicídio são muito diversas. Não há penas fixadas e, em todos os casos, são sempre relativas às causas que o produziram. Há, porém, uma consequência à qual o suicida não pode escapar: o desapontamento. Ademais, a sorte não é a mesma para todos; depende das circunstâncias. Alguns expiam sua falta imediatamente, outros em nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam. ”

A doença surge por uma necessidade do Espírito, que ora está reencarnado, sendo que o corpo físico funciona como um mata-borrão da alma que está maculada com os erros de vidas passadas.  Não temos lembrança, é certo, mas se estudamos com afinco a Lei da Reencarnação compreendemos sem dificuldades essas questões, que tanto aturdem as pessoas nos dias atuais.

As consequências dos atos antigos, que não aconteceram nessa vida, grassam na consciência exigindo reparação, pagamento, para liberá-la de seu sofrimento.  Isso é muito vivo, intensivamente presente quando estamos na vida errante, fora da matéria, depois do falecimento do corpo, quando o Espírito está livre e sofre constantemente com a lembrança de suas pendências. Sendo que fora da matéria os fatos são uma realidade e estão no próprio indivíduo, por isso o sofrimento intenso.

Quando se pretende resolver a suas aflições, toma resolução, e solicita aos orientadores Espirituais responsáveis pelo progresso de cada um de nós o retorno à vida material, isto é, renascer em um novo corpo, para esquecermos, através do processo da reencarnação, quando teremos a oportunidade de vivenciar uma nova realidade, nos aperfeiçoando através dos esforços no bem.

Sendo que na nova existência material, muito se aprende, há renovação de sentimentos, conquistamos virtudes, no entanto, existem situações que não somos capazes de nos livrar, dada a gravidade; e é objetivo da vida física proporcionar condições, mesmo que haja dificuldades no campo físico, tais como as doenças graves, para sanear a nossa consciência das perturbações que eram superlativas quando da vida na espiritualidade. Lá está a vida real, para lá retornaremos, seja na juventude ou na velhice; aqui, na vida física é a oportunidade de resolvermos as nossas dificuldades mais rapidamente, se soubermos vivenciar as circunstâncias geradas pelo planejamento que fizemos, ou pelo menos concordamos com ele, antes da atual existência aportarmos.

Repetimos, a doença é uma necessidade do Espírito para solucionar seus problemas de consciência. Assim não existe justificativa de buscar diante dos momentos decisivos a nosso favor, quer dizer a favor do saneamento de nossa consciência, nos liberando do sofrimento, que é mais aturdidor do que quaisquer sofrimento no campo material – porque o sofrimento espiritual é ininterrupto --, sendo que por maior seja o  sofrimento causado com a doença física isso pode ser minorado com os medicamentos e procedimentos médicos disponíveis, mesmo que não seja em sua totalidade, mas sempre há recurso para diminuir-se o sofrimento, é a misericórdia de Deus em favor do devedor da Lei Divina imutável e justa.

Pretender escapar às consequências libertadoras da alma, através do suicídio, independentemente do método, é pura ilusão, é agravar imensamente o estado espiritual doente. Como alerta! os Espíritos reveladores da Doutrina Espírita, na questão citada inicialmente, ao suicida virá o desapontamento; pois, a morte para o Espírito não existe, restando-lhe o remorso diante das consequências do suicídio, que ao invés de sanar a dor que era remediada, agora se tornou irremediável com a oportunidade jogada fora, podendo os sofrimentos se tornarem superlativos.

A morte é fato natural, mas se faz necessário que trabalhemos, quer dizer: que façamos tudo ao nosso alcance para cumprir com o nosso dever, em todas as circunstâncias da vida, mesmo a de lutar para nos manter vivos no corpo físico, até quando o Anjo libertador, que cumprindo ordem Divina, venha nos desobrigar dessa tarefa regeneradora da alma.

É bom relembrar de que não somos o corpo, somos a vida que o utiliza para se cumprir a Lei de Progresso Espiritual, não é o corpo o responsável pela doença é o Espírito que está doente, eliminar o corpo não soluciona o sofrimento, na verdade amplia a dívida.


                                                                        Dorival da Silva

terça-feira, 1 de maio de 2012

Níveis de Consciência



São muitos os fatores que parecem conspirar contra o sadio esforço de quem deseja ascensão e plenitude.

Paixões disfarçadas de direitos pessoais assomam no palco da vida, exigindo consideração, gerando conflitos e dificultando o processo de elevação moral.

O egoísmo dominador, predominante em a natureza humana, escamoteia os seus propósitos inferiores e surge, a cada momento, em expressão nova, perturbando o programa iluminativo de quem se propõe à felicidade em padrões dignos, portanto, ideais.

O instinto de sobrevivência do corpo, em atavismo dissolvente, coopera com as heranças primevas, apresentando-se sob justificativas equívocas com caráter de nobreza.

O homem ainda instável, desacostumado às lutas íntimas de santificação, diante das sortidas de que se vê preso por parte desses algozes internos, posterga o trabalho de evolução, ou para, caso nele se encontre, ou abandona os propósitos abraçados, sob os tóxicos do desânimo e do desconforto moral.


Propõe o mundo: -- Triunfa a qualquer preço, sem te preocupares com os outros, que aguardam ocasião para te submeterem.

Estabelece Jesus: -- Se alguém te pedir a capa, dá-lhe também a manta, e se te solicitarem seguir mil passos, vai, tranquilo, dois mil.

Programa o século: -- Não cedas o teu lugar, haja o que houver.  Disputa a tua posição, pois que outros estão batalhando por tomar-te a em que te encontras.

Argumenta Jesus: -- Não te afadigues pela posse indevida. Tudo quanto cederes, terás, e aquilo que tomares, perderás.

Promete a Terra: -- Os vitoriosos gargalham e recebem apreço. Trinfa no mundo, tendo a glória como sendo a meta que deves alcançar.

Aclara Jesus: -- Todo apogeu terrestre nivela na tumba as criaturas umas com as outras.  A glória que ensoberbece passa, e o homem se encontra vazio e só, logo após.

Reclama a sociedade: -- Impõe a vontade, a fim de te fazeres respeitar, e armazena moedas para adquirires tudo quanto ambicionas.

Responde Jesus: -- Reúne tesouros no “reino dos céus” e coleta os recursos da paciência, da humildade, do perdão, da caridade nos cofres do amor, e serás rico de paz.  

Impõe a tradição: -- A vida espiritual será examinada na velhice. Frui e usa o corpo enquanto são moças as tuas carnes.

Contrapõe Jesus: -- Louco, hoje te tomarão a alma, sem indagarem a idade que tens.

Aconselham as técnicas do bem-estar imediato: -- Reage a qualquer agressão. Arma-te para te defenderes, tomando o outro de surpresa.

Orienta Jesus: -- Age com elevação sempre e equipa-te com os recursos do amor que vence tudo e amortece todos os golpes que sejam desferidos contra ti.

Determina a ilusão:  -- Embriaga-te no prazer, que é tudo quanto tens ao alcance das mãos.

Repete Jesus: -- Vence o mundo, educando-te e crescendo para a realidade da tua consciência superior.

***

O homem do mundo vive em nível de consciência inferior. É fisiológico, automatista, primitivo.

O homem espiritual transita em faixa de consciência elevada e se apercebe da realidade da vida. É psicológico, idealista, compreensivo, racional, porque alcançou a dimensão intecto-moral lúcida.

***

Se transitas no nível intermediário, atado ao primarismo e anelando pela emoção enobrecida, exercita os valores morais e vivências espirituais, adquirindo forças para o passo decisivo, que te fará escolher Jesus em detrimento do mundo, embora a permanência nas conjunturas carnais. 

JOANA DE ÂNGELIS, pisicografia de 
Divaldo Pereira Franco, capítulo 3 do opúsculo
Momentos de Esperança.