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quarta-feira, 14 de junho de 2023

Fragilidade! Quem não a tem?

 Fragilidade! Quem não a tem? 

       Gostamos de ser fortes.  Certamente é um ideal comum, ser forte! Suportar os vendavais da vida; dar de ombro às frustrações; nem se importar com as ofensas... É verdade? ou ...? 

Sem fugir à honestidade, somos fracos!  

A condição física, mesmo possuindo uma montanha muscular, folego que permite correr léguas e a intelectualidade invejável, a verdadeira fortaleza do indivíduo não reside nesses requisitos.  

Os maiores problemas do ser humano são resolvidos em ambiente extra material, geralmente com condição física bastante prejudicada, em momento que tudo o que está fora desse contexto nenhuma falta faz.  

São os problemas emocionais, portanto os problemas da alma, nessa esfera não material que residem os fatos mais graves do Ser.  Existe uma infância emocional, uma fragilidade espiritual que leva muitas pessoas mourejarem o inusitado, a título de justificativas particulares, que as levam a perdas, seja:  de amizade, de tempo para construção de coisas úteis, de oportunidades várias de progresso moral e intelectual, porque se fecham na inutilidade. Além disso, se vinculam a "muletas" emocionais, com dependência de medicamentos, ou outras coisas viciosas.   

Existem pessoas com muita sensibilidade diante de circunstâncias negativas, segundo o seu modo de sentir as coisas, como: qualquer palavra, que para uma pessoa mais madura nenhuma importância tem, para ela é um sentimento de ofensa, motivo de grande alarde, ou quietude, mas de sofrimento intenso. Assim, com os fatos negativos que presencia, que não é com a sua pessoa, no entanto, guarda ressentimento, como se fosse consigo, sofrendo com tal ocorrência. Inexplicável, sem o conhecimento espiritual revelado pela Doutrina Espírita. Devemos entender que todo desequilíbrio emocional é, também, desequilíbrio espiritual, e vice-versa, logo, do próprio indivíduo.  

O desarranjo emocional traz componente de influência espiritual.  Como somos seres que produzimos vibrações eletromagnéticas, e as emoções são vibrações, dessa forma existem ondas que emitimos que carregam carga de teor negativo, gerada por nervosismos, ódio, desejo do mal...  

Com isso, podemos sofrer por afinidade vibracional, assimilando influências negativas, que potencializam nossas dificuldades, vez que a permanência nesse estado faculta a permuta de energia de mesmo teor, sem que a percebamos.  Assim, construindo círculo vicioso, causador de sofrimento intenso, que parece não haver esperança de solução, em que pesem os esforços dos melhores profissionais da saúde e os mais modernos medicamentos que se conhece.  

A solução tem início com a mudança de postura da criatura, além dos tratamentos médicos que não pedem ser abandonados, pois o organismo físico precisa de suporte para dar conta da carga de energias em desequilíbrio da própria alma. A mudança salutar é a busca de atividade útil, que proporcione otimismo, esperança, com melhoria do estado moral. Se possível, que busque a confiança em Deus, através da religiosidade, sendo este o melhor tratamento, quando compreendido e exercido com sinceridade.  

Também, existem as vibrações de valores positivos, proporcionadas pela realização do bem, da caridade, e todas os feitos felizes... Tal como a oração.  

As boas vibrações proporcionam o fortalecimento do indivíduo em convalescença emocional, que ressoam no organismo físico que é a sua casa de manifestação, dando-lhe equilíbrio e retorno à saúde. 

Tratar dos efeitos é uma necessidade, vez que o corpo ressente e pode sucumbir, mas a causa está na alma, o seu desequilíbrio desarmoniza a organização física, pois é ela que alimenta com suas vibrações a vida das células, em composição com os recursos nutrientes extraídos da ingesta de alimentos e da respiração. Grande parte das doenças surge pela carga tóxica gerada pela própria alma.  

A fé bem cultivada proporciona o respeito a si, ao próximo, à Natureza, leva o indivíduo a ser seletivo nos seus interesses. A predisposição espiritual positiva, sempre buscará o que é bom e nobre, mesmo nas pequenas coisas, sendo que aquelas negativas não têm lugar em seus pensamentos.  Considerando este estado de espiritualização positiva, sempre que se deparar com algo ou circunstância desfavorável o seu sentimento se direciona na busca de solução, e não se importará com a negatividade da situação. Superando, com isso, os fatos desagradáveis, sem se envolver emocionalmente com eles.  

A Alma somos nós mesmo, é a vida, o corpo é o nosso instrumento de manifestação. Ela, nós mesmos, somos imortais, ele (nosso corpo) perecível.  

Ser forte, estar forte, é ser humilde, entender a realidade da vida, no entanto, ser otimista, alegre e com esperança, mas não com ilusões, cultivando a certeza de que a felicidade é construção permanente. 

...! 

Dorival da Silva. 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

A Reflexão Mental

 

Nota:  Esta página foi extraída da obra Vozes do Grande Além, capítulo 10, de psicografia de Francisco Cândido Xavier. Conforme a nota informativa da abertura do livro, informa que as mensagens que formaram a referida obra se davam por diversos espíritos, espontaneamente, após as  reuniões mediúnicas de desobsessão, como relata o Sr. Arnaldo Rocha, em 30 de maio de 1957, em Pedro Leopoldo (MG).

 

Entendemos que para os que estudam as relações humanas e desejam compreender as relações entre encarnados e desencarnados e vice-versa, além das questões mediúnicas conscientes ou inconscientes, relativamente às influenciações, têm aqui um bom material para análise.

 

Boas reflexões.   

 

                                                                    Dorival da Silva

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A Reflexão Mental

 

Alberto Seabra

 

Na noite de 7 de julho de 1955, fomos surpreendidos por imenso reconforto, porquanto, pela primeira vez, recolhemos a palavra do Dr. Alberto Seabra, abnegado médico e distinto escritor espiritista, que nos falou com respeito ao mundo mental.

* * *

 

Quando os Instrutores da Sabedoria preconizam o estudo, não desejam que o aprendiz se intelectualize em excesso, para a volúpia de humilhar os semelhantes com as cintilações da inteligência, e, quando recomendam a meditação, decerto não nos inclinam à ociosidade ou ao êxtase inútil.

Referem-se à necessidade de nosso aprimoramento interior para mais vasta integração com a Luz Infinita, porque o reflexo mental vibra em tudo.

Nossa alma pode ser comparada a espelho vivo com qualidades de absorção e exteriorização.

Recolhe a força da vida em ondas de pensamento a se expressarem através de palavras e atitudes, exemplos e fatos.

Refletimos, assim, constantemente, uns nos outros.

É pelo reflexo mental que se estabelece o fenômeno da afinidade, desde os reinos mais simples da Natureza.

Vemo-lo nos animais que se acasalam, no mesmo tom de simpatia, tanto quanto nas almas que se reúnem na mesma faixa de entendimento.

Quando se consolida a amizade entre um homem e um cão, podemos registrar o reflexo da mente superior da criatura humana sobre a mente fragmentária do ser inferior, que passa então a viver em regime de cativeiro espontâneo para servir ao dono e condutor, cuja projeção mental exerce sobre ele irresistível fascínio.

É desse modo que Espíritos encarnados podem influenciar entidades desencarnadas, e vice-versa, provocando obsessões e perturbações, tanto na esfera carnal como além-túmulo.

As almas que partem podem retratar as que ficam, assim como as almas que ficam podem retratar as que partem.

Quando pranteamos a memória de alguém que nos antecede, aí no mundo, na viagem da morte, atiramos nesse alguém o gelo de nossas lágrimas ou o fogo de nossa tortura, conturbando-lhe o coração, toda vez que esse Espírito não for suficientemente forte para sobrepor-se ao nosso infortúnio. E quando alguém se ausenta da carne, carreando aflições e pesares procedentes de nossa conduta, arremessará da vida espiritual sobre nossa alma os dardos magnéticos da lembrança infeliz que conserva a nosso respeito, prejudicando-nos o passo no mundo, caso não estejamos armados de arrependimento para renovar a situação, criando imagens de harmonia restauradora.

Em razão disso, convém meditar nos ideais, aspirações, pessoas e coisas que refletimos, porque todos nos subordinamos, pelo reflexo mental, ao fenômeno da conexão.

Estamos inevitavelmente ligados a tudo o que nos merece amor.

Essa lei é inderrogável em todos os planos do Universo.

Os mundos no Espaço refletem os sóis que os atraem, e a célula, quase inabordável do corpo humano, reflete o alimento que lhe garante a vida. Os planetas e os corpúsculos, porém, permanecem escravizados a leis cósmicas e organogênicas irrevogáveis.

O Espírito consciente, no entanto, embora submetido às leis que lhe presidem o destino, tem consigo a luz da razão que lhe faculta a escolha.

A inteligência humana, encarnada ou desencarnada, pode contribuir, pelo poder da vontade, na educação ou na reeducação de si própria, selecionando os recursos capazes de lhe favorecerem o aperfeiçoamento.

A reflexão mental no homem pode, assim, crescer em amplitude e sublimar-se em beleza para absorver em si a projeção do Pensamento Superior.

Tudo dependerá de nosso propósito e decisão.

Enquanto nos comprazemos com a ignorância ou com a indiferença para com os princípios que nos governam, somos cercados sem defensiva por pensamentos de todos os tipos, muitas vezes na forma de monstruosidades e crimes, em quadros vivos que nos assaltam a imaginação ou em vozes inarticuladas que nos assomam à acústica do espírito, conduzindo-nos aos mais escuros ângulos da sugestão.

É por isso que notamos tanta gente ao sabor das circunstâncias, aceitando simultaneamente o bem e o mal, a verdade e a mentira, a esperança e a dúvida, a certeza e a negação, à maneira de folha volante na ventania.

Eduquemo-nos, estudando e meditando, para refletir a Divina Inspiração.

Lembremo-nos de que o impulso automático do braço que levanta a lâmina homicida pode ser perfeitamente igual, em movimento, ao daquele que ergue um livro enobrecedor.

A atitude mental é que faz a diferença.

Nosso pensamento tem sede de elevação, a fim de que a nossa existência se eleve.

Construamos em nós o equilíbrio e o discernimento.

Rendamos culto incessante à bondade e à compreensão.

Habitualmente contemplamos no espelho da alma alheia a nossa própria imagem, e, por esse motivo, recolhemos dos outros o reflexo de nós mesmos ou então aquela parte dos outros que se harmoniza com o nosso modo de ser.

Não bastam à nossa felicidade aquisições unilaterais de virtude ou valores incompletos.

Todos temos fome de plenitude.

O desejo é o imã da vida.

Desejando, sentimos, e, pelo sentimento, nossa alma assimila o que procura e transmite o que recebe.

Aprendamos, pois, a querer o melhor, para refletir o melhor em nossa ascensão para Deus.


(Mantida a página nas mesmas condições de sua publicação original, com regras ortográficas da época)


quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Sinos da Vida

                                                         Sinos da Vida 

Sinos existem em muitos lugares para despertar a atenção de algo, para sinalizar horário de algum acontecimento, para convidar fieis aos ofícios de um templo, para comunicar fatos à população conforme os sons convencionados, para se iniciar uma competição, carrilhões que sonorizam músicas tradicionais e até orquestra de sinos que executam belas composições musicais.  

Na orquestra da vida existem sinos, no entanto, seus toques são pouco percebidos, seus sinais não são compreendidos, pois, poucos prestam atenção em si mesmos.  Esses sons não são audíveis aos ouvidos externos, mas sentidos na própria Alma.  

Ninguém chega a uma existência sem a equipagem necessária para o bom êxito do planejamento estabelecido, visando retorno vitorioso, apesar de não se saber como será a partida e nem a hora. Embora o objetivo seja sempre encerrar a jornada com sucesso, a ausênia de auto-observação pode impmedir a percepção dos sinos de alerta que indicam perigos e inconveniências, desviando-nos do objetivo a ser alcançado. 

As sinalizações exteriores são muito fortes, muitas vezes agressivas, a propaganda mercantilista é muito bem estudada, sempre para explorar as ansiedades do consumidor, além de gerar necessidades desnecessárias, e persistir por todos os meios para se atingir os interesses monetários de seus idealizadores.  

Considerando que a propaganda metódica faz parte dos negócios  modernos, é exigida uma análise cuidadosa do transeunte da vida. É necessário refletir e não permitir que sua influência tenha mais importância do que o bom senso indica, caso contrário, deve ser descartada.  

Todos vivem dois estágios existenciais ao mesmo tempo, sendo um finito, com início no berço e término no túmulo, a chamada vida material; o outro, o espiritual, que registra em si mesmo as experiências colhidas com a ajuda dos feitos dos dias transcorridos até que se liberte do veículo de carne com a sua morte, assumindo a sua condição de "Ser" espiritual livre das limitações do corpo.   

Viver esses estágios evolucionários é possível porque o "Ser" viajante, o Espírito, era existente no plano espiritual e senhor de inúmeras outras existências materiais, sendo espiritualmente sempre o mesmo, mas com as experiências colhidas no tempo, entre vindas e idas, idas e vindas.  

Dessa forma, construímos a inteligência, a moral e o discernimento.  Apesar do esquecimento das experiências anteriores quando se entra num novo corpo -- o que se denomina reencarnação, assim, muitos corpos e muitas existências -- isso é uma  oportunidade para s experiências negativas que causaram sofrimento e  danos a si mesmo ou a outros,  facilitando a convivência com desafetos de outros tempos. Homens e mulheres de todas as épocas evoluem através desse mecanismo. 

Quando existe uma ofensa, ou um crime, tanto quanto conquista nobre e feitos felizes, é no Espírito que repercute, ficando aí instalados os registros.        

As mágoas, ressentimentos, e infelicidades propositais causados a outrem geram sentimentos negativos com consequências danosas ao equilíbrio do "Ser", a consciência não descansa enquanto o infrator não corrige as mazelas e seus desdobramentos, não importando quantas vidas serão necessárias na carne. É Lei Natural, de Deus, e todas as criaturas lhe são submissas, está escrita na própria consciência de cada um.  

Na espiritualidade também se paga as pendências da consciência, embora seja muito maior o sofrimento, mas a misericórdia Divina socorre tanto o infrator como a vítima em nova oportunidade, onde podem conviver como família, pelo trabalho ou nos diversos fazeres da sociedade, harmonizando as diferenças, embora não lembradas são intuídas indelevelmente pelas antipatias e divergências relacionais.  Assim, encontram-se divergências entre filho e pai, filha e mãe, entre colegas de trabalho, professor e aluno... Apesar das reações inamistosas entre eles, eles não se distanciam, devido às ligações emocionais antigas que se atritam na busca de harmonização. Quando as partes cedem e reconhecem os  valores mútuos,  a amizade e o respeito surgem. É o amor ao próximo que gradualmente substitui o ódio e o rancor de outros tempos.  

Quando se é ofendido, não importa em que monta, não havendo perdão, também é motivo de sofrimento e de desdobramentos emocionais danosos, causando pendência que a consciência aguardará se solucione, não importando o número de existências. O perdão das ofensas estanca o sofrimento de quem perdoa. Jesus ensinou a Pedro, que era preciso perdoar não somente sete vezes, mas setenta vezes sete vezes, o que significa perdoar sempre todos os erros de outrem. 

Os sinos da vida soam na Alma, para auscultá-los é preciso silêncio íntimo, um conhecer-se, uma fé trabalhada, para entender que as dificuldades encontradas pelo caminho são oportunidades de solução de pendências de outros tempos.  Quem tem dificuldade para o estudo certamente o relegou em outro tempo que não se lembra quando, mas ela está presente para ser resolvida.  Aquele que foi, outrora, irresponsável na condução da família, e isto gerou descaminhos de filhos e filhas e até mesmo do cônjuge, sem dúvida os encontrarão pelo caminho das existências, hora como pai, mãe, em outro momento como filho ou filha, ou ainda como esposo, ou esposa, com as consequências derivadas da atuação desastrosa do passado. As carências doentias, a desconfiança, os problemas emocionais, saúde precária, vícios, até mesmo deformidades físicas.   As dificuldades são os pedidos de solução dos efeitos das inconsequências.   

Fugir de um problema hoje é apenas adiar o encontro com ele no futuro, provavelmente em condições mais complexas, que exigirão muito mais esforço, considerando as consequências e o  enraizamento na alma de quem sofre.  

Toda atitude boa, que proporciona felicidade verdadeira, não exige justificativa em tempo nenhum, porque o objetivo da Vida é a felicidade e a plenitude da criatura.   

Boa parte da população do mundo prefere viver ilusões consumistas, de aparências e sensualistas... São falsas felicidades. As tristezas que corroem a intimidade, quando distante do burburinho das conveniências, são sinetes que repicam surdamente na alma até produzir lágrimas no iludido para que acorde do pesadelo que alimenta com as suas aflições.  

É necessário lidar com os poderes materiais com sabedoria, para que esses poderes, gerados pelos homens, não se tornem seus senhores e os esmaguem, como aqueles produzidos pelo dinheiro, pela força econômica, política e outras.  A sabedoria está em utilizar todas essas forças para produzir o bem comum, com benefícios para a educação, a cultura, a saúde... Enriquecendo a alma humana em todos os sentidos, libertando-a do materialismo, com a clareza de que transitamos pela matéria para nos libertarmos da materialidade, rumando para o estado de plenitude espiritual. Jesus lecionou: "Faça-se a vossa luz!"   

Os sinos da vida dobram na profundidade da Alma... 

 

                            Dorival da Silva 

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Amigo? Amigo!

                                     Amigo?  Amigo! 

         

    Amigo é aquele que se interessa pelo amigo. Não vê cor, classe social, nível cultural, se é jovem ou idoso, se é saudável ou tem comorbidades. Amigo é amigo! 


    Quando esse Amigo conhece o amigo de milênios e possivelmente de outra casa do Pai, que pulula no Espaço Sideral, e propõe oportunidade de progresso, sem imposições e exigências, suportando todos os queixumes, má vontade, rebeldia… Quem seria esse Amigo? Amigo da Humanidade! Todos sabem quem é Jesus.

  

O problema é que o beneficiado de longo tempo da amizade do Amigo Divino não Lhe retribui a amizade com o mesmo interesse dispensado pelo Amigo. Ele, numa metáfora lendária, carregou o amigo no colo por muito tempo. Tanto é que, ao prestar um pouco mais de atenção, percebeu que na praia havia apenas marcas de dois pés, e não eram suas, porque eram do Amigo que o trazia nos braços

 

A figura da praia é a jornada da vida. Agora que começa a acordar se rebela por ter que fazer suas próprias marcas nas areias da vida.  


Quando os sentimentos e a inteligência do reencarnado permitem, Ele faz arranjos pedagógicos para que seu tutelado possa avançar, apresenta orientadores, encaminha lições, propõe desempenho voluntário e aguarda com paciência, os passos vacilantes ou até o estacamento do viajante do tempo infinito.  

 

Quando há estagnação na caminhada evolutiva, proporcionando devaneios luxuriosos, arbitrariedades, desmandos e infração da Lei que tudo rege, é preciso uma motivação mais enérgica, que surge das próprias consequências de suas obras. “A cada um segundo as suas obras”.


Trata-se do anjo da dor, nascido de seu próprio interesse, sendo o seu cultivo, o sofrimento, capaz de reestruturar o rumo à continuidade do caminho desejado para toda a criatura, a perfeição.

  

O Amigo excelente não pode fazer a parte do beneficiário da oportunidade. Não seria bom mestre. O aprendiz da perfeição precisa inteirar-se das verdades reveladas por Jesus, entender as essencialidades mensageiras e delas abstrair valores que lhe impregne na Alma, sedimentando as experiências e comprovando as virtudes conquistadas. Não há evolução sem estudo, meditação e esforço.  


É uma ilusão frustrante para quem espera que alguém faça a sua parte na elevação espiritual e lhe entregue os louros da vitória. Quem espera que isso aconteça só encontrará frustração.  


O Mundo está cheio de frustrações, é comum hoje representar as insatisfações reinantes com a expressão “Alma vazia, ou vazio da Alma”, apesar do aturdimento do dia a dia de cada pessoa. São os esforços para a conquista de coisa material, que proporciona prazer e satisfação tão passageiras quanto o imediatismo para a sua conquista. 

  

Toda conquista que o Amigo Jesus nos ajuda angariar é patrimônio incrustado na Alma, conquista definitiva pertencente exclusivamente ao ser humano que percorreu as pegadas orientativas do Mestre dos Mestres. O Senhor da Cruz, que pelo amigo iniciante na jornada para Deus, doou a própria vida, na sua trajetória de despertamento da Humanidade, ofereceu lições vivas que percorreram dois mil anos e chegaram no século XXI tão atuais como se tivessem sido lançadas sobre a Terra nestes dias. Seus ensinamentos, na essência, jamais serão superados, pois, são a síntese do pensamento Divino. 

 

É responsabilidade de cada Espírito, que agora veste uma indumentária carnal, buscar através dos ensinos de Cristo, abrir seus horizontes, aprimorando-se intelectualmente e expandindo as suas luzes. Isso corresponde a fazer eclodir os  recursos espirituais potenciais que são inatos, mas que aguardam o desabrochar com os esforços de embelezamento de si mesmo. Estes brilhos que nunca se perderão e se tornarão a sua identidade. 


O Amigo, Amigo da Humanidade, exclamou: “Faça-se a vossa luz!”.   A maior parte da multidão ainda não O ouviu, embora, ouçam insistentes pregações evangélicas, carreguem e manuseiem os Evangelhos. No entanto, 'é como aquele que carrega a noz e não quebra a casca para encontrar a amêndoa'. Quebrar a noz é responsabilidade de cada um.  Jesus não fará isso, porque seria tirar a oportunidade que Deus estabeleceu para a criatura encontrar o mérito evolutivo. 

 

Amigo? Amigo! Jesus. 

 

                                 Dorival da Silva