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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Aborto delituoso


358. Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?

“Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.”
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Por ser o tema “aborto” recorrente, buscamos a mensagem do Espírito Emmanuel, que através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, analisa o assunto tratado na questão 358 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, conforme transcrevemos acima. A página em referência consta da obra: Religião dos Espíritos, no capítulo 2. Vejamos abaixo o esclarecimento feito há 55 anos, que atende perfeitamente as ocorrências dos dias atuais, porque a Lei de Deus não se alterou. Era crime, continua crime.

Aborto delituoso

Reunião pública de 9/1/59
Questão nº 358

Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes tragédias que agitam a opinião.
Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam largas equipes policiais...
Furtos espetaculares que inspiram vastas medidas de vigilância...
Assassínios, conflitos, ludíbrios e assaltos de todo jaez criam a guerra de nervos, em toda parte; e, para coibir semelhantes fecundações de ignorância e delinquência, erguem-se cárceres e fundem-se algemas, organiza-se o trabalho forçado e em algumas nações a própria lapidação de infelizes é praticada na rua, sem qualquer laivo de compaixão.
Todavia, um crime existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza...
Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação.
Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios filhos, asfixiando-lhes a existência, antes que possam sorrir para a bênção da luz.
Homens da Terra, e sobretudo vós, corações maternos chamados à exaltação do amor e da vida, abstende-vos de semelhante ação que vos desequilibra a alma e entenebrece o caminho!
Fugi do satânico propósito de sufocar os rebentos do próprio seio, porque os anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência, assomantes no lar em vosso próprio socorro, e, se não há legislação humana que vos assinale a torpitude do infanticídio, nos recintos familiares ou na sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos contemplam do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se vos expurgue da consciência a falta indesculpável que perpetrastes.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Aborto (II)


Em outro artigo falamos sobre a descriminalização do aborto pelo Superior Tribunal Federal (para os casos de anencefalia), não temos a pretensão de analisar a questão jurídica; mas, sim a situação espiritual que é de muita importância a sua compreensão para que, mesmo que os Códigos Legais autorizem,  não venhamos a nos comprometer espiritualmente;  vez que as leis dos homens atendem situações sociais e buscam a ordenação de fatos tangíveis dentro da  estrutura de sua influência, não alcançando a continuidade da vida além do túmulo.  No entanto, a existência da alma é infinita.

Mesmo sob o prisma da legalidade, será que estaremos livres das consequências no campo moral – a nossa consciência --, se deliberarmos pelo aborto, ou a eutanásia, ou a pena de morte?  Ledo engano. 

Fiquemos, por ora, com a análise do aborto. Considerando que o único caminho para corrigirmos erros que nos confrange a intimidade é o retorno no campo de ação onde ocorreram os infaustos, ou seja, a convivência com os credores, os desafetos.  Para isto, se faz necessário um véu sobre o passado, o esquecimento de quem fomos e com quem convivemos e cometemos desajustes.  Enganamos, ludibriamos, falseamos, assassinamos...   São muitas vidas, muito fizemos de errado...   O egoísmo,  sempre o  mantivemos como imperativo em nós mesmos.  Tudo é meu!

As oportunidades dadas pelo Criador à criatura são inúmeras,  sendo que as responsabilidades são medidas de acordo com a capacidade de discernimento. E os pais são coautores com Deus, oferecendo seus recursos biológicos, os gâmetas, para a formação do corpo para um ente espiritual que irá utilizá-lo na nova experiência e expiação, junto de seus credores, embora não se lembre exatamente do que fez ou lhe fizeram. Ficam os pendores, que se manifestam no transcorrer do desenvolvimento da criança, demonstrando sinais de maldade, agressividade ou de generosidade, aptidões diversas...  Têm os pais o dever de corrigir as que se apresentam negativas e incentivar as positivas, através da educação, àquela que se diz “de berço”.

A ligação da alma se dá no momento da concepção, porque a alma possuindo  o elemento modelador do futuro instrumento de manifestação, o corpo físico,  o preparará de acordo com as suas necessidades; muito embora, a ação natural do automatismo genético,  por atavismo,  àquela está atrelado sofrendo a sua influência.

Em virtude disso, a anencefalia é a condição em que o Espírito se apresenta, em virtude de atitude deliberada contra si mesmo, como, possivelmente, ter destruído seu cérebro com arma de fogo, em suicídio, deixando em grande estado de desarranjo vibratório o órgão espiritual, correspondente no físico  ao cérebro  material destruído, em vida passada.

Os pais e demais envolvidos têm comprometimento com tal fato pretérito, que agora têm a oportunidade de reparação, caso não venham a desistir da materpaternidade de expiação, curando suas feridas morais com  dedicação,  renúncia de si mesmos, através da doação de amor, amando sem nenhum outro propósito que não seja amar, mesmo que seja por um período muito curto,  para solucionar problema espiritual que pode, de outra forma, perdurar por séculos, como esclarece a Doutrina Espírita.

 Dorival da Silva

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Aborto



Há pouco tempo o Supremo Tribunal Federal descriminalizou o aborto de feto anencéfalo, ampliando a autorização que já existia para a interrupção de gravidez oriunda de estupro e àquela que indica risco à vida da mãe. Excetuando a gestação que coloca a mãe em risco de morte, haverá de sã consciência justificativa para o impedimento da continuidade da vida de um ente indefeso? Apesar de ocorrência adversa?

Vendo o fato simploriamente como um procedimento técnico qualquer é banalizar a vida de outrem, pois a criança em formação, independentemente do estágio embrionário, não pertence à mãe, é uma individualidade outra com uma história de milênios buscando oportunidade de aprimoramento intelectual e moral numa nova vida, num novo corpo físico.  Mas, se é anencéfala é provável que tenha uma existência breve, no entanto, existem exceções, com a continuidade da existência física por tempo indeterminado, como qualquer outra criança tida  de formação normal.

Considerando que todos vivemos muitas vezes, em corpos físicos diferentes, a chamada reencarnação, que é lei Divina em favor da criatura, oportunizando progresso contínuo, pelos séculos sem fim.  A gestação problemática (má formação fetal) ou por circunstância agressiva e não consentida (criminosa) tem uma causa, e essa causa é moral (estado de consciência), que não estando nesta existência, estará em vida passada.

A mãe de agora, como todos os familiares envolvidos, são corresponsáveis com as ocorrências, que julgam incômodas, embora sejam, mas, não há conserto de problema de consciência, e nem material, sem desconforto. Se cremos em Deus de infinita bondade e justiça não poderemos aceitar que exista alguma impropriedade na vida presente, por menor que possa ser imaginada, caso isto se desse, Deus não seria Deus.

Todos os que influenciam a decisão do abortamento ou participam de qualquer modo, mesmo por omissão, têm sua parcela de responsabilidade, que resultará em pendência na economia da consciência, se agora dormem, pela ignorância, ou estão anestesiados por interesses, sejam: financeiros, políticos, vaidade, orgulho ou egoísmo, a lei natural não se dobrará às justificativas estapafúrdias, e aguardará o reparo justo, em qualquer tempo, que poderá ser em vida futura.     

A alma tem vida infinita, e para alcançar a felicidade permanente, -- a promessa de Jesus --, como registrada nas bem-aventuranças (1), deverá estar vestida da veste nupcial (2), o que corresponde à consciência límpida, lúcida e nobre. 

Em tudo há uma razão justa; não há efeito sem uma causa (4).  A vida física é o cadinho para depuração da alma. Ninguém sofre consequência do que não cometeu ou influenciou.  Que brilhe a vossa luz... (3)

(1)    e  (3)  – Mateus, 5;   (2) – Mateus, 22, 1-14; e (4)-O Livro dos Espíritos, questão 4.

Sugerimos a leitura da página: “Você Gostaria de ser abortado?”, acessando:

                                                                                Dorival da Silva
                                                                                

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Você Gostaria de ser abortado?

Você Gostaria de ser abortado?

Estão em análise no Congresso Nacional modificações na Lei que descriminaliza legalmente o aborto, ampliando-se a sua autorização para diversas circunstâncias, com as justificativas possíveis somente em base materialista. Onde está o respeito à vida? O Brasil não é o maior país cristão do Planeta? Se cristão, deverá seguir as pegadas do Mestre; e Ele norteia: “Amar ao próximo como a si mesmo; fazer aos outros como quereria que nos fizessem”. O Congresso Nacional não representa os habitantes do País? Então não deveria destoar do sentimento predominante de respeito à vida.

A justificativa em primeira pauta, pelo que se denota na imprensa, é a de saúde pública, porque a mulher pobre que não pode recorrer a hospitais regulares buscam as clínicas clandestinas ou parteiras improvisadas para se livrar  da gravidez indesejada.  Fato que não se justifica, apenas mostra a falta de compromisso com a realidade, é o caminho de menor esforço para solução de problema grave.  Invés de corroborar com o crime daqueles que por irresponsabilidade ou ignorância -- dizemos daqueles, porque a mulher não gera gravidez sem a participação do homem --, assim todos que participam ou colaboram são criminosos diante da Lei Natural, independentemente de autorizações judiciais. Por que não gastem suas energias para desenvolver programas aplicáveis de forma a intensificar a educação para que não haja mais gravidez indesejada? 

Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita, questiona os Espíritos de Escol, como registrado em O Livro dos Espíritos: “No caso em que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar a criança para salvar a mãe?”.  “É preferível sacrificar o ser que ainda não existe a sacrificar o que já existe.” (1)  Essa é a única possibilidade. Assim mesmo a intensidade do ato se medirá, na consciência dos envolvidos, de acordo com o que resultou o risco.  Foi inconsequência, vício, invigilância e outras irresponsabilidades, ou a ocorrência se deu inteiramente alheia a vontade das partes, que tudo fizeram para que chegasse a bom termo. O peso não é pelo que aparenta ou se faz aparentar, mas pela verdade existente na intimidade da consciência. Aí que a Lei imutável de Deus está presente e faz justiça.

Lembrando que todos somos Espíritos, que já reencarnamos inumeráveis vezes, que novamente retornaremos no futuro. Será que também não poderemos sofrer o aborto?  Colhemos o que plantamos, é da Lei Divina -- “a cada um segundo as suas obras”.  O Espiritismo demonstra a lei das afinidades, a lei do retorno, da causa e efeito. Será que é preciso sofrer para aprender, sendo que todas as forças da vida estão dizendo o que é certo e o que é errado?

Os Congressistas existem para trabalhar pela melhoria do povo, proporcionar a elevação da consciência da massa, tendo como norteadoras as normas Divinas, que estão exaradas desde Moisés, no Decálogo. Com Jesus, que demonstrou a aplicação do amor, para enriquecimento da vida. Atualmente as religiões sérias que respeitam e buscam levar os adeptos a que respeitem a vida.

No livro citado, encontramos a indagação: “O aborto provocado é um crime, seja qual for a época da concepção?  -- Há crime toda vez que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou qualquer outra pessoa, cometerá crime sempre que tirar a vida de uma criança antes do nascimento, pois está impedindo uma alma de suportar as provas de que serviria de instrumento o corpo que estava se formando.”(2).  Nenhuma peripécia política, conveniências quaisquer, tirará o caráter criminoso do aborto, ressalvada apenas a condição de se salvar a mãe, que corre risco em virtude da gravidez.

Todas as demais situações, muito embora dolorosas e emocionalmente difíceis não são legítimas para resguardar a tranquilidade da alma, porque a dívida não fica quitada e ainda amplia o peso da consciência.  Isto considerando que diante da Lei Natural não existe injustiça, mesmo que alegue que o feto apresenta anomalia, foi estupro...    Estamos envolvidos no processo evolucionista de causa e efeito. É a justiça perfeita, queiramos ou não!  Ela acontece em qualquer tempo, encontra o infrator inequivocamente, exigindo o ajuste necessário. Trata-se da harmonização da consciência através da expiação e do resgate, sofrendo as penalidades que a vida proporciona, vivenciando as consequências, resultantes de nossos feitos passados.

Com tudo que temos sobre a preservação da vida, como as das florestas, da vida marinha...; como fazer lei com a finalidade de negar a vida ao nascituro indefeso?  Isso se daria sem consequência? Passaria sem a resposta devida da Natureza? É isso que leva a sermos sempre vítimas de nós mesmos. 

Assim é em qualquer época, porque a Lei Divina aguarda que a criatura amadureça e se sinta encorajada a ressarcir a própria consciência daquilo que, mesmo legalmente, serviu de mote para o crime, sabendo que não devia cometê-lo. Somos seres imortais, quer dizer que trocamos de corpo, mas na essência, em todos os corpos que viermos a habitar somos nós mesmos com todo o cabedal acumulado nos milênios transcorridos.

A paz futura é resultado do que estamos construindo agora e da educação que estamos realizando presentemente, porque educamos o que temos adquirido anteriormente, em vidas passadas, não poderemos educar o que ainda não existe em nós, estamos vivendo uma sucessão de acumulados educáveis dependendo dos esforços de cada um e das ferramentas colaborativas apresentadas pela sociedade organizada, através de seus organismos.  Sofremos as influências ambientais, onde vivemos, por isso existem as dificuldades coletivas, temos as mazelas particulares e as sociais.

A existência de lei que autoriza o aborto é comprometimento social, é coletivo, pois o poder legislador “emana do povo”, mas a decisão de utilizar da liberalização legal é problema pessoal, todos estão comprometidos e responderão adequadamente no momento próprio, porque a Lei Natural é justa.

1.     O Livro dos Espíritos, questão 359, Allan Kardec, tradução: Evandro Noleto Bezerra, FEB.
2.     Idem, questão 358.

                                                                                                         Dorival da Silva