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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Ponte de misericórdia

Ponte de misericórdia

No báratro das aflições que aturdem o ser humano atormentado pelo consumismo e pelo individualismo, uma ponte de misericórdia existe lançada sobre o abismo escuro, facultando-lhe descortinar abençoadas paisagens transcendentais.

Sentindo-se despojado dos valores da fé, da confiança em Deus e no amor, quase vencido pelas circunstâncias constringentes e desesperadoras, defronta-se com esse inesperado contributo da Divindade que o convida a vencer a distância que o situa em relação à outra margem, a fim de que se lhe atenuem e mesmo desapareçam os fatores de sofrimento.

Passando a compreender a finalidade existencial, adquirindo consciência da própria imortalidade, graças, a essa ponte, renovam-se-lhe o entusiasmo e a alegria de viver por perceber que o sentido psicológico mantenedor da harmonia pode ser alcançado mediante a visão do futuro que o aguarda através da ação superior do bem.

Automaticamente experimenta inusitado desejo de sair do estado de depressão ou de revolta em que se encontra, a fim de cooperar com a sociedade irrequieta na qual se movimenta anelando por paz.

Essa ponte misericordiosa é a mediunidade iluminada pelas contribuições inestimáveis do Espiritismo, que lhe retiram as indumentárias místicas e complexas convencionais, para dar-lhe o exato sentido de vivência dentro dos padrões ético-morais do pensamento de Jesus a serviço de si mesmo, do seu próximo e do progresso geral.

Através da prática saudável dos recursos mediúnicos de que é portador, o indivíduo, que antes se encontrava sob a constrição das forças sombrias da perturbação em si mesmo, assim como das influências negativas impostas pelos Espíritos ignorantes ou perversos, redescobre o bem-estar que o toma suavemente, enquanto se aprimora interiormente, mudando de foco existencial e passando a viver sob novas diretrizes.

Enquanto era instrumento inconsciente dos transtornos psicológicos, alguns dos quais de natureza mediúnica obsessiva, era conduzido pelos terrenos ásperos dos comportamentos doentios e destrutivos.

Identificando-lhes, porém, as causas na própria realidade como autor dos atos que se transformaram em efeitos danosos, recupera-se emocionalmente, adquirindo o equilíbrio que favorece a melhor visão dos objetivos essenciais para a conquista de uma existência ditosa.
Passa, então, a reflexionar em torno do pensamento saudável, propondo-se a linguagem correta e edificante, e o comportamento trabalhado nos ideais de beleza, de harmonia e de fraternidade.

Já não lhe pesam na consciência os fardos das culpas do passado, nem o atormentam as interrogações que pareciam sem respostas, porque compreende que tudo depende exclusivamente da maneira como se conduza, projetando para o porvir, mediante as ações dignificadoras do presente, os resultados da sementeira de bênçãos do momento.
*
A mediunidade é a ponte libertadora através da qual o ser transita no rumo de plenitude espiritual.

Pouquíssimo compreendida, tem sido malsinada por informações destituídas de fundamentos, dentre os quais a assertiva de que todos os médiuns sofrem muito, como se a dor fosse impositivo dessa formosa faculdade.

Sob outro aspecto, existe uma reação psicológica à educação da mediunidade, em razão de as pessoas não desejarem assumir responsabilidades, especialmente em torno da renovação moral e da transformação dos hábitos infelizes, para ser pleno. O anseio imediato é o do prazer sem compromisso nem esforço, como se a finalidade da existência na Terra fosse assinalada por alegrias e gozos, normalmente extenuantes, que se transformam em vícios de consequências funestas.

Ainda sob outro enfoque, pensa-se que a faculdade mediúnica é algo estranho, de caráter mágico, carregada de simbolismos e fetiches para realizações de atos mirabolantes ou miraculosos, com especificidades materiais: casamento, emprego, sorte nos empreendimentos...

Algumas pessoas insensatas, quando se percebem portadoras da sensibilidade mediúnica, esforçam-se por encontrar meios para eliminá-la como se fosse um capricho do organismo que a elabora ao acaso, elegendo aqueles que a devem ou não experienciar.

Meditasse, aquele que assim pensa, em torno da nobre possibilidade de manter contato com o mundo espiritual de onde veio e para onde retornará, e, naturalmente, experimentaria um júbilo imenso, face à certeza da sobrevivência à morte, dando continuidade à vida.

Essa reflexão auxiliaria à conquista de um objetivo psicológico sério para a jornada física, facultando a aplicação das horas no trabalho incessante de autoaprimoramento com a consequente autoiluminação proporcionadora de plenitude.

A confirmação do intercâmbio entre as duas expressões da vida humana – na forma física e fora dela – faculta a descoberta de todo um universo de beleza que se encontra ao alcance de quem o deseje conquistar.

Enfermidades dilaceradoras, físicas, emocionais e mentais seriam evitadas com facilidade, comportamentos extravagantes seriam substituídos pelos de caráter equilibrado, a compreensão da vida se faria de imediato mais sensata e enriquecedora, enquanto o mundo passaria por uma grande renovação em decorrência da conduta dos seus habitantes.

A mediunidade, no entanto, quando relegada ao abandono ou permanece ignorada, torna-se, ainda assim, ponte para aflições e transtornos que dizem respeito ao Espírito endividado que necessita recuperar-se, a fim de prosseguir no seu processo de evolução moral.

Não é, portanto, a mediunidade em si mesma, que responde pelas alegrias ou angústias do seu portador, mas aquele que a possui ostensiva ou natural, de acordo com a direção que lhe oferece.

Inutilmente tentará diluir essa ponte parafísica da sua constituição orgânica, o homem ou a mulher que pretenda seguir em tranquilidade sendo-lhe possuidor.

Bênção dos céus à disposição dos transeuntes da Terra, a mediunidade deve ser vivenciada com carinho e respeito, oferecendo a todos quantos sintam de alguma forma a presença dos Espíritos,conforme esclareceu Allan Kardec, a excelente alavanca para o próprio progresso e redenção moral.

*

Jesus, que é o exemplo máximo de que dispõe a humanidade para encontrar a felicidade plena, prossegue na condição de Médium de Deus, tornando o Pai conhecido de todos os Seus filhos, através das inconfundíveis lições de amor e de misericórdia que a todos são ofertadas.

Seguir-Lhe o exemplo, a fim de alcançar o mediumato, é a opção correta de todos aqueles que dispõem da abençoada ponte de misericórdia.


Joanna de Ângelis
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco,
na tarde de 31 de maio de 2013, na residência de Josef Jackulak,
em Viena. Áustria.
Em 25.7.2013.




 Mensagem extraída do endereço:

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Alegria!?

     Quanta alegria fugaz, bulhenta, e quase sempre comprometedora.

  Alegrias calcadas na leviandade, nos vapores alcoólicos, nas descontrações irresponsáveis, “seguem-se a turma”, sem análise e nem reflexão sobre o que vem depois; “fica” e fica com as carências aumentadas, pois não há comprometimento emocional.

  No carnaval, “a carne nada vale”, tudo é permissível, a licenciosidade acata o impulso inconsequente, até parece virtual, se não der certo a gente “deleta”, possivelmente não vai dar certo mesmo, o registro está gravado na intimidade e trará seus efeitos emocionais, a qualquer momento.

   Caso ainda estejam adormecidos para as realidades da consciência, em hora inesperada ela despertará, ninguém fica anestesiado por muito tempo,  o remorso, o arrependimento não se fazem esperar, pedindo reajuste, realinhamento com a ordem da lei de evolução direcionadora do “ser”  à harmonia; e considerando a ênfase às sensações, muitos esforços deverão ser feitos, pois os hábitos negativos alimentados são como visgos resistentes que dificultam a sua substituição por outros de qualidade nobre.

    Os abusos deliberados, porque se tornaram modismo, “todo mundo faz”, é engodo espiritual, vitalizam vícios antigos, costumes malsãos, torpezas morais de variada ordem, comprometendo negativamente o indivíduo com a sua consciência, porque é uma espécie de rebeldia contra os objetivos da vida.

     Um dos principais fins da reencarnação é o aprimoramento espiritual, rescaldando pela ordem e disciplina os pendores sensualistas, sexualistas... Se permitidos a vazão de comportamentos que despertem e cultivem esses defeitos há equívoco no caminho da existência física.

   Certa vez, no desenvolvimento de uma palestra, um amigo espiritual soprou intuitivamente: “se não querem realizar esforços de melhoramento, superar fraquezas,  mazelas espirituais, que se arrastam desde vidas passadas, não tem importância, Deus na sua misericórdia vos enviará o anjo salvador, que ajudará a superar vossas deficiências,  é o “anjo da dor”, que ficará com vós até que se solucionem as pendências morais e se tornem melhorados, pois é para isto que estão reencarnados, para retornarem à espiritualidade mais limpos da consciência, de forma que males maiores não vos aconteçam” -- (em outras palavras).

       Relembrado isso que é pura verdade, quando não se quer tomar as rédeas da vida e  rumando para despenhadeiro moral,  vem o socorro: as contrariedades,  as doenças, as dificuldades financeiras, as perturbações (entenda-se obsessões) de toda ordem, são mecanismos para conterem a rebeldia e a  insensatez, evitando sofrimentos muito piores.

     Jesus sempre que curava um leproso ou livrava algum obsediado de espíritos maus, dizia: “vais e não tornes a errar para que coisa pior não te aconteça”; é o mesmo compromisso assumido quando do retorno à vida material para esquecimento das misérias morais e ter amortecidos os sofrimentos, por um lapso de tempo, de forma que se refaça espiritualmente.  Deixando a infância e assumindo a direção da vida, com o esquecimento do passado, permite-se fluir irresponsavelmente, com todas as forças,  dando às tendências perniciosas guarida e alimento, quando o contrário seria o caminho acertado, impedindo as manifestações, autoeducando-se, arregimentando a vida com os ensinamentos do Evangelho de Jesus, sem pieguices, mas com verdade, compreensão e aplicação em todas as ações.

     Haverá muitos choros para àqueles que se deixarem levar na massa dos interesses menores, em busca de gozos e satisfações através das sensações e exibicionismos descabidos.

       O tempo agora é dos esforços para a reparação das deficiências morais, tornando-se humildes e trabalhadores nas causas gerais, adquirindo méritos para a permanência no mundo de regeneração, o qual já começa despontar.

      A alegria real não é espalhafatosa, não precisa de aparato e nem de estimulantes de nenhum naipe, pois está contida na intimidade da alma, independentemente do que ocorre ao seu redor, pois que é conquista, na transformação do “ser” de dentro para fora. Jesus disse: “A minha paz vos dou; não como o mundo a dá”.

Dorival da Silva
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Dorid

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

É A PAZ

É A PAZ


JOSÉ GROSSO

Se perdoas, após o mal,
Se tens, o amor como claro fanal,
Se serves desejando servir mais,
É a paz...

Se consegues sofrer tuas aflições
Sem afligir os outros corações,
E se usas a fraternidade eficaz,
É a paz...

Se vibras co’a felicidade alheia,
E se a inveja não te enreda em sua teia,
Se levas alegrias aonde vais,
É a paz...

Quando, na dor, te mostras resignado,
Se na alma tens o bem agasalhado,
Elevando teus valores morais,
É a paz...

Se aprendeste a servir sem exigência,
Se abres o coração frente à carência,
E olhando à frente vês quem vem atrás,
É a paz...

Se ao cooperar em prol do mundo novo,
Consegues atuar educando o povo,
Salvando-o da ignorância voraz,
É a paz...

Se estudas e meditas sobre a vida,
E se a reconheces árdua e florida
Senda que te recebe e alteia mais,
É a paz...

Para desfazer a sombra que obstrui,
O tempo de agora pede respeito
E espera que no bem achemos jeito
De aproveitar do Céu o amor que flui.

Espalha a paz em todas as estradas,
Fala da paz em cada movimento
Da tua vida, na ação, no pensamento,
Mesmo entre as almas mais desencontradas.

Busca em Jesus a tua libertação.
Ama, trabalha e serve em teu roteiro,
Para acender o facho verdadeiro
Que te encherá de luz o coração.

Sê da paz operoso lidador
Que nunca desanima, estrada afora,
Que no mundo sorri, sofrendo embora,
Junto ao Divino Pacificador.

Canta a paz em quaisquer caminhos teus.
E ajustando-te às fontes da alegria
Sejas, de fato, agente da harmonia,
Que no mundo trescala o amor de Deus.

(Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira,
em 02/07/2007, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói(RJ) –
extraída do jornal Mundo Espírita nº 1502, ano 77, setembro de 2009)