Mostrando postagens com marcador audição. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador audição. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 1 de março de 2021

Mediunidade! Como entendê-la?


  Mediunidade! Como entendê-la? 

  

 A mediunidade é um sentido extrassensorial, que permite a captação do pensamento e o sentimento de outro ser, mas não com os órgãos dos sentidos conhecidos, como a visão, a audição, o olfato...  Pode-se dizer que todas as pessoas a possuem em graus muito variados, porque em algum nível recebe influência espiritual. 


Essa influência espiritual acontece naturalmente e sem a percepção consciente daquele que a sofre, essa ligação sempre terá a qualidade dos pensamentos do influenciado, seus gostos, a maneira de lidar com os problemas do dia a dia, o estado emocional e a condição moral. Esses são pontos relevantes, pois, a ligação acontece por afinidade. 

  

Quando se fala de mediunidade ostensiva, àquela que as pessoas têm consciência de sua condição e atuam produtivamente, essas são dotadas de predisposição orgânica para a comunicação com o mundo espiritual, muito embora, os fatos mediúnicos sejam espirituais.   


Aquela pessoa que tem essa capacidade denomina-se médium, porque está no meio, como ponte que interliga o mundo espiritual e o material, transmitindo mensagem de algum teor, podendo também transmitir recursos vibratórios de diversas qualidades, desde as mais grosseiras até a mais sublimadas. 


A mediunidade existe desde que apareceu o homem na Terra, os registros da antiguidade comprovam a sua existência, que se configuram com as lendas de variadas épocas, estão nas mitologias, nas religiões, seitas e credos antigos que se utilizavam dos pítons e pitonisas, magos e adivinhos... 

  

Sendo a mediunidade neutra, a qualidade estará na condição moral de quem a exerce, considerando como a utiliza e a intenção. 


A responsabilidade pelas consequências de seu uso é inteiramente do médium. Trata-se de ferramenta de alto significado para proveito de quem a possui, visando o seu progresso com a solução de pendências morais que se arrastam de outra existência (reencarnação), exercendo-a com caridade, como a demonstrou Jesus (que nada tinha a ressarcir às Leis Universais) em sua passagem pela Terra e se confirmando com seus Apóstolos. 

  

A mediunidade está em toda a população, portanto, em todas as religiões, seitas, entre os crédulos e incrédulos...  Ela tem muitas variáveis, mesmo pode-se dizer infinitas, porque corresponde à personalidade de cada sensitivo. 

 

Sendo um sentido, além dos demais conhecidos na constituição física, poderá ser utilizado consciente ou inconscientemente para o bem ou para o mal, de acordo com as disposições daquele que a tem, sua formação moral, seus interesses...  


É preciso estudar, compreender, desvestir-se de preconceitos em relação à mediunidade, pois, trata-se de recurso evolutivo excelente entregue pelo Criador à criatura, a seu benefício, gozando da liberdade de como usá-la, sabendo-se que todo talento vindo da Divindade é para o bem, no entanto, o homem tem o livre-arbítrio e poderá utilizá-la a seu bel-prazer, colhendo frutos doces ou amargosos.  


A mediunidade está na criança, no adulto, no velho e no doente, em estágio dos mais diversos; correspondendo ao estado moral do indivíduo. 


A Doutrina Espírita, organizada por Allan Kardec, dentre as suas Obras Básicas, tem O Livro dos Médiuns, lançado em 15.01.1861, há 160 anos, onde trata com aprofundamento o tema mediunidade, ensinando sobre as suas possibilidades, tanto como dos riscos para os médiuns que não têm conhecimento necessário para o seu exercício e vivência. 


Quem reencarna com a mediunidade ostensiva tem compromissos sérios a serem solucionados, não se trata de nenhum privilégio. O médium tem a obrigação do aperfeiçoamento de si mesmo, oferecendo contributo colaborativo para àqueles que precisam de orientação espiritual, socorro nas obsessões, entendimento da vida do Espírito e da relação da sociedade dos reencarnados com a dos que estão livres no campo espiritual. Levar os aprendizes à compreensão de que a vida não termina com a morte do corpo e que o Espírito nunca se extinguirá.  


A abnegação é o fanal do médium consciente de sua tarefa, compreendendo não se tratar de carreira remunerada aos moldes de profissão, mas a gratuidade de seus esforços é a riqueza acumulada na alma de valores espirituais que são definitivos na eternidade. 

  

Há muito médium desequilibrado, quase sempre desconhecem serem portadores de mediunidade, muitos estão nos presídios, manicômios, nas organizações criminosas, e, ainda, outros, arrastando-se pelos vícios e comportamentos esdrúxulos, aviltando a sociedade com seus maus exemplos e influências perniciosas.

  

Também existem àqueles que sabem serem médiuns e comercializam o seu uso, comprometendo a sua consciência.  


A orientação do Evangelho de Jesus é, a respeito desse tema: “Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido” (Mateus, 10:8.).  

  

Nesse tempo de grande comoção, com a pandemia (Covid-19), que grassa em quase todos os recantos do Mundo, é importante deixar os preconceitos de lado, compreender que todos são Espíritos e que estão na vida terrena para conquistar novas luzes para a consciência. 


É imprescindível se conhecer, saber de seus recursos espirituais, seus valores, colocar em prática seus talentos, buscando-se conhecimento e se libertando de peias e medos que prendem os passos evolutivos, pela falta de pequenos esforços pessoais. 


“Jesus é o Sol para todas as almas do Mundo, guia seguro, mas para contemplar o  seu fulgor é preciso abrir as vistas espirituais.”   

  

                          Dorival da Silva  

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Tenhamos paz



Tenhamos paz


“Tende paz entre vós.” – Paulo. (1ª Epístola aos Tessalonicenses, 5:13.)

     Se não é possível respirar num clima de paz perfeita, entre as criaturas, em face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável procure o aprendiz a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam envolvê-lo a cada instante.
     Cada mente encarnada constitui extenso núcleo de governo espiritual, subordinado agora a justas limitações, servido por várias potências, traduzidas nos sentidos e percepções.
    Quando todos os centros individuais de poder estiverem dominados em si mesmos, com ampla movimentação no rumo do legítimo bem, então a guerra será banida do Planeta.
     Para isso, porém, é necessário que os irmãos em humanidade, mais velhos na experiência e no conhecimento, aprendam a ter paz consigo.
     Educar a visão, a audição, o gosto e os ímpetos representa base primordial do pacifismo edificante.
     Geralmente, ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações e não segundo a realidade essencial. Registramos certas informações longe da boa intenção em que foram inicialmente vazadas e, sim, de acordo com as nossas perturbações internas. Anotamos situações e paisagens com a luz ou com a treva que nos absorvem a inteligência. Sentimos com a reflexão ou com o caos que instalamos no próprio entendimento.
     Eis por que, quanto nos seja possível, façamos serenidade em torno de nossos passos, ante os conflitos da esfera em que nos achamos.
       Sem calma, é impossível observar e trabalhar para o bem.
    Sem paz, dentro de nós, jamais alcançaremos os círculos da paz verdadeira.
Mensagem extraída da obra: Pão Nosso, Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, cap. 65 

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

"O Dever" e "Tenhamos Paz"


          O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida. Com ele deparamos nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados. Quero aqui falar apenas do dever moral, e não do dever que as profissões impõem.

         Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração.

         Não têm testemunhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas. O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio.

         O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem; como determiná-lo, porém, com exatidão? Onde começa ele? Onde termina? O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vós.

          Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em sã consciência o mal que pode fazer. Com relação ao bem, infinitamente vário nas suas expressões, não é o mesmo o critério. A igualdade em face da dor é uma sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos.

          O dever é o resumo prático de todas as especulações morais; é uma bravura da alma que enfrenta as angústias da luta; é austero e brando; pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, conserva-se inflexível diante das suas tentações. O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo. É a um tempo juiz e escravo em causa própria.

           O dever é o mais belo laurel da razão; descende desta como de sua mãe o filho. O homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, males aos quais a Humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.

           O dever cresce e irradia sob mais elevada forma, em cada um dos estágios superiores da Humanidade. Jamais cessa a obrigação moral da criatura para com Deus. Tem esta de refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, porque quer que a beleza da sua obra resplandeça a seus próprios olhos.                                                                                                                                                 Lázaro. (Paris, 1863)

Extraída de O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVII, Instrução dos Espíritos, item 7.

----------------------------------------------------------------------------------------

Tenhamos paz

“Tende paz entre vós.” – Paulo. (1ª Epístola aos Tessalonicenses, 5:13.)
          
         Se não é possível respirar num clima de paz perfeita, entre as criaturas, em face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável procure o aprendiz a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam envolvê-lo a cada instante.

       Cada mente encarnada constitui extenso núcleo de governo espiritual, subordinado agora a justas limitações, servido por várias potências, traduzidas nos sentidos e percepções.

    Quando todos os centros individuais de poder estiverem dominados em si mesmos, com ampla movimentação no rumo do legítimo bem, então a guerra será banida do Planeta.

        Para isso, porém, é necessário que os irmãos em humanidade, mais velhos na experiência e no conhecimento, aprendam a ter paz consigo.

       Educar a visão, a audição, o gosto e os ímpetos representa base primordial do pacifismo edificante.

   Geralmente, ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações e não segundo a realidade essencial. Registramos certas informações longe da boa intenção em que foram inicialmente vazadas e, sim, de acordo com as nossas perturbações internas.

              Anotamos situações e paisagens com a luz ou com a treva que nos absorvem a inteligência. Sentimos com a reflexão ou com o caos que instalamos no próprio entendimento.

     Eis por que, quanto nos seja possível, façamos serenidade em torno de nossos passos, ante os conflitos da esfera em que nos achamos.

      Sem calma, é impossível observar e trabalhar para o bem.

     Sem paz, dentro de nós, jamais alcançaremos os círculos da paz verdadeira.



Extraída da obra: O Pão Nosso, cap. 65, Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.