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terça-feira, 26 de setembro de 2023

Você é um espírito! Já pensou nisso?

 Você é um espírito! Já pensou nisso? 

 

Muitos pensam que espírito é somente de alguém que morreu. Fala-se de espírito sofredor, de espírito maligno, mas, também, de anjo bom, de anjo mau…     

     Mas, o que é o espírito? “Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material.” ¹. Assim, todos somos espíritos! Considerando a individualidade, a diferença existe apensas no estado evolutivo, que está composto pela inteligência e a moral. Sendo infinitos esses atributos do espírito. 

Agora, sabemos que toda a multidão que compõem as sociedades do mundo é formada por espíritos. No entanto, cada espírito está revestido de equipamento carnal próprio para a viagem implementada. Como toda viagem, tem limite de tempo e uma determinada finalidade. O proveito desta corresponde à qualidade das atitudes do viajante. 

A mala para se guardar as lembranças, os resultados de seus feitos, a saudade ou o despeito, está na sua própria estrutura espiritual, no componente denominado, pela Doutrina Espírita, por perispírito. Aí ficam catalogados todos nossos atos, todas as intenções, as imagens que criamos com o pensamento, guardando todas as consequências, como filme que mostra a sequência dos fatos, com som, odor…, e estará ao nosso dispor a qualquer tempo.  

É a história real que vai se delineando, mesmo contra a nossa vontade, ela está ali anotada indelevelmente. Se rimos, se choramos, se fizemos o bem ou não, se cometemos crimes ou realizamos efeitos nobres…, tudo está ali, contado em imagem viva, sem recorte. Não dá para editar o passado, mas permite refazer no presente e melhorar no futuro.  

Não há alegria, nem sofrimento, que não sendo conhecida a sua origem na vida atual, tem princípio antes desta vida, porque essa história traz para o presente as vivências de todos os tempos. Somos sempre nós mesmos. Nunca gozamos ou sofremos o que não nos pertence.  

Nesses tempos modernos existe pelas pessoas e pelas organizações sociais grande desejo por direitos, grandes movimentos por direitos de toda ordem, no entanto, não fazem os mesmos esforços de defenderem os deveres e obrigações individuais e coletivos. Esquecem que os direitos são os resultados dos deveres cumpridos e das obrigações atendidas. O egoísta considera usufruir de direitos que não conquistou. Como espiritualmente não morremos, mas renascemos muitas vezes na carne, sempre encontraremos a sociedade como ajudamos construir, e sofremos os impactos de suas qualidades. Assim, primeiro cumpramos os deveres e obrigações para consigo, a família, a sociedade, enfim, com a vida, e tenhamos certeza de que não será necessário reivindicar direitos, vez que estes estarão reservados.    

A paz e a felicidade são direitos reservados, não precisam ser reivindicados, quem tem é portador, não é necessário buscar em lugar nenhum. Uma das razões de Jesus-Cristo ter dito: “A cada um segundo as suas obras.” 

Como Espíritos, somos viajantes do “tempo-sem-tempo”, todos os feitos e consequências em que participamos, em todas as vidas, estarão em nós mesmos, que nossas consciências sejam cada vez mais límpidas e lúcidas, para formarmos uma sociedade onde os direitos não precisarão ser buscados por serem presentes, em conta os deveres e obrigações atendidos.  

A verdadeira fraternidade, se primeiro atendermos as necessidades do próximo, tenhamos a certeza de que as nossas estarão atendidas naturalmente.  Todos somos o próximo de todos!

Todos somos Espíritos. Caminhemos para a Luz! 

Dorival da Silva 

1. O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 76, FEB 

Nota: As obras básicas do Espiritismo podem ser baixadas gratuitamente do sítio da Federação Espírita Brasileira (FEB), através do endereço eletrônico abaixo:  

 

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Esquecimento do Passado

 Aflições! Justiça e causas das aflições IV 

 

Neste item de O Evangelho segundo o Espiritismo, os Espíritos reveladores trouxeram luz sobre a questão do esquecimento do passado, as razões por que não temos lembranças de vidas passadas. Com esses conhecimentos encontramos entendimento para muitas indagações, que mesmo a Ciência Acadêmica, apesar de todas as contribuições que oferece ao mundo, consegue satisfazer. Os estudos técnicos que atendem sob o enfoque material e deixa em suspenso as questões espirituais, que somente o Espiritismo conseguiu solucionar.   

 

Esquecimento do Passado  

11. É em vão que se aponta o esquecimento como um obstáculo ao aproveitamento da experiência das existências anteriores. Se Deus considerou conveniente lançar um véu sobre o passado, é que isso deve ser útil. Com efeito, a lembrança do passado traria inconvenientes muito graves. Em certos casos, poderia humilhar-nos estranhamente, ou então exaltar o nosso orgulho, e por isso mesmo dificultar o exercício do nosso livre-arbítrio. De qualquer maneira, traria perturbações inevitáveis às relações sociais. O Espírito renasce frequentemente no mesmo meio em que viveu, e se encontra em relação com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes tenha feito. Se nelas reconhecesse as mesmas que havia odiado, talvez o ódio reaparecesse. De qualquer modo, ficaria humilhado perante aquelas pessoas que tivesse ofendido. Deus nos deu, para nos melhorarmos, justamente o que necessitamos e nos é suficiente: a voz da consciência e as tendências instintivas; e nos tira o que poderia prejudicar-nos. O homem traz, ao nascer, aquilo que adquiriu. Ele nasce exatamente como se fez. Cada existência é para ele um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi: se está sendo punido, é porque fez o mal, e suas más tendências atuais indicam o que lhe resta corrigir em si mesmo. É sobre isso que ele deve concentrar toda a sua atenção, pois daquilo que foi completamente corrigido já não restam sinais. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, que o adverte do bem e do mal e lhe dá a força de resistir às más tentações. De resto, esse esquecimento só existe durante a vida corpórea. Voltando à vida espiritual, o Espírito reencontra a lembrança do passado. Trata-se, portanto, apenas de uma interrupção momentânea, como a que temos na própria vida terrena, durante o sono, e que não nos impede de lembrar, no outro dia, o que fizemos na véspera e nos dias anteriores. Da mesma maneira, não é somente após a morte que o Espírito recobra a lembrança do passado. Pode dizer-se que ele nunca a perde, pois a experiência prova que, encarnado, durante o sono do corpo, ele goza de certa liberdade e tem consciência de seus atos anteriores. Então, ele sabe por que sofre, e que sofre justamente. A lembrança só se apaga durante a vida exterior de relação. A falta de uma lembrança precisa, que poderia ser-lhe penosa e prejudicial às suas relações sociais, permite-lhes haurir novas forças nesses momentos de emancipação da alma, se ele souber aproveitá-los. 

 

                               Dorival da Silva  

 

Notas: 1. A parte do texto que está grafada na cor azul, foi retirada da obra: O Evangelho segundo o Espiritismo, que compõe as obras básicas da Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, foi publicada em 1864. Esta obra tem a tradição de J. Herculano Pires, editora LAKE. 

2. As obras básicas do Espiritismo podem ser baixadas gratuitamente do sítio da Federação Espírita Brasileira (FEB), através do endereço eletrônico abaixo:  

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Crianças! Quem são elas?

 Crianças! Quem são elas? 

    Todas as pessoas surgiram para este Mundo através da maternidade e na condição de criança. Uma parcela teve pais amorosos, independente da condição social; outra parte encontrou pais indiferentes e não foram amadas; ainda, àquela porção que abandonada ficou pelo caminho; sem contar àquelas que não chegaram a nascer ou tendo nascido foram trucidas.  

Dentre as que nascem, existe grande número de crianças que requerem cuidados especiais, sejam àquelas que apresentam problemas anatômicos ou de ordem mental, além de síndromes que serão percebidas no transcorrer do desenvolvimento, pela idade.  

Independente das condições do nascimento, não cessam as transformações orgânicas, o que ocorre desde a concepção, com o andar da cronologia, se desenvolve conforme as suas possibilidades, alcança as fases consequentes desse processo, podendo chegar à velhice do corpo.  

O corpo que nasce é um invólucro de algo perene e exclusivo, que não existe no Universo outro exatamente igual. É um Ser pensante, com vida indestrutível. Essa vida é o que se denomina alma, antes de estar no corpo, chama-se espírito. Então, quando se nasce, nasce o corpo, quando morre, morre o corpo, o espírito é pré-existente e pós-existe ao corpo, assim, nem nasce e nem morre. A intermitência do espírito no corpo é visível para todos. Por exemplo, quando se está dormindo, o espírito, embora conectado por filamentos energéticos, está distanciado do corpo, com a liberdade na intensidade que tinha antes. O que se denomina pela expressão: emancipação da alma.  

Jesus diz ao doutor da lei judaica, Nicodemos, que o corpo procede do corpo e o espírito do espírito...  Quando explicava que era preciso nascer de novo para entrar no reino dos Céus. Não sendo possível detalhar esse processo naquele momento, vez que era preciso que as Ciências avançassem para darem suporte a tal entendimento.  

É jargão popular, quando nasce uma criança em nossa família, bonita e apresentando boa saúde, dizer: é um "tesouro".  Mesmo que inconscientemente, disse uma grande verdade. É um ente que surge junto de nós vindo de passado distante, que pode ter convivido conosco na figura de pais, filho, esposos, amigo, pode ter sido inimigo ou desafeto de alguma ordem, considerando que desse ambiente também viemos e algum laço temos com essa criança que acaba de chegar. Simpatia ou antipatia com alguém, ou até de todos da atual família consanguínea, tem origem no passado, em outras vidas.  Deverão pela convivência e a prática da tolerância ajustarem tal animosidade. 

A criança que nasce em nossa casa é um mundo particular de experiências, portadora de inteligência, de virtudes e defeitos, hábitos ou viciações que certamente ressurgirão se não houver vigilância e correção de tendências demonstradas. Assim, também os pendores das coisas boas conquistadas nessas existências de outros tempos, mas que estão presentes em seus registros espirituais, estabelecidos no subconsciente. Estes que se apresentam na forma de pendores, seja por uma determinada profissão, uma arte, alguma facilidade mais destacada nas suas ações e interesses manifestados desde a infância.  

No entanto, como estamos num mundo classificado de provas e expiações, vez que existem mundos regenerados e mundos felizes, isto considerando o estado intelectual e moral dos espíritos que aí residem, que podem ser mundo material, que os espíritos se utilizam de um corpo material, compatível com tal ambiente, e, ainda, em mundo onde os seus habitantes alçaram o estado de perfeição e não precisam mais de corpos físicos.   

Voltando à criança, existem àquelas que apresentam boa inteligência e certas habilidades, no entanto, encontram desde o nascimento tantos empecilhos que são poucas que conseguem forças e persistência suficientes para romper com as barreiras que dificultam as suas realizações. Essas barreiras são o encontro com as dificuldades plantadas em existências anteriores. Tudo o que se faz tem consequência, tanto as realizações positivas, como as negativas. A chamada lei do retorno, ou ainda, causa e efeito.  Nascer, mesmo sendo em novo corpo, o espírito é o mesmo, goza das boas conquistas e arrasta as mazelas para sofrer seus efeitos e corrigir-se.  Assim, sempre depararemos com as nossas obras.  

Pensando nas crianças que nascem diariamente no mundo, com seus projetos e esperanças, existem uma legião de outras impedidas pelas mães ou seus pais, pelo processo do aborto. São números estarrecedores de casos pelo mundo, legais ou não. Isto não importa! A consciência dos envolvidos carregará a responsabilidade até que solucione tais pendências morais. As legalidades deste mundo não suplantam a Lei Divina! Existe uma exceção possível para a realização da interrupção da gravidez, quando a gestação coloca a vida da mãe em risco iminente de morte, situação que não serve de subterfúgio, vez que a consciência não se engana. 

Todos nós crianças que chegamos à fase adulta, ou à madureza, fomos trabalhadores, técnicos, engenheiros, operadores do direito, exercemos a medicina, a gestão pública, enfim, tivemos ações produtivas na sociedade, porque nos permitiram nascer, nos deram alguma educação e pudemos adquirir competências. E precisaremos retornar aqui outras vezes, sendo que nosso estado evolutivo ainda necessita dessas oportunidades, uma vez que não somos o corpo, mas o espírito que se desenvolve com as próprias vivências. E se nos impedirem? E se nos abortarem o nascimento!  

Todos precisamos estar cientes disso, principalmente os que lutam pela "legalização do aborto", certamente não escaparão à experiência, caso permaneçam na busca desse tal "direito", que não passa de irresponsabilidade e conveniência, frutos do egoísmo.  

Crianças todos fomos e seremos muitas vezes ainda, é a forma da perpetuação da espécie humana, o que equivale dizer, favorecimento à elevação espiritual da Humanidade da Terra.  

Assim, facilitar o nascimento da criança e auxiliar o desenvolvimento social para que todas tenham condições de desenvolvimento intelectual e moral é estabelecer ambiente favorável ao nosso retorno, com experiência reencarnatória proveitosa, num mundo com sistema de vida equilibrado e justo.  

Crianças! ... 

Dorival da Silva. 

 

Nota: O pensamento que dá base ao texto acima está na Doutrina Espírita, para isto fornecemos abaixo endereços onde se pode consultar e estudar todas as obras básicas do Espiritismo: 

Também podem ser baixadas no endereço: