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sexta-feira, 4 de setembro de 2015
Educação da mediunidade
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
O caminho da paz
O caminho da paz
Reunião
pública de 8/6/59
Questão nº 743
Questão nº 743
Dos
grandes flagelos do mundo antigo, salientavam-se dez que rebaixavam a vida
humana:
A
barbárie, que perpetuava os desregramentos do instinto.
A fome,
que atormentava o grupo tribal.
A peste,
que dizimava populações.
O
primitivismo, que irmanava o engenho do homem e a habilidade do castor.
A
ignorância, que alentava as trevas do espírito.
O
insulamento, que favorecia as ilusões do feudalismo.
A
ociosidade, que categorizava o trabalho à conta de humilhação e penitência.
O
cativeiro, que vendia homens livres nos mercados da escravidão.
A
imundície, que relegava a residência terrestre ao nível dos brutos.
A
guerra, que suprime a paz e justifica a crueldade e o crime entre as criaturas.
*
Veio a
política e, instituindo vários sistemas de governo, anulou a barbárie.
Apareceu
o comércio e, multiplicando as vias de transporte, dissipou a fome.
Surgiu a
ciência, e exterminou a peste.
Eclodiu
a indústria, e desfez o primitivismo.
Brilhou
a imprensa, e proscreveu-se a ignorância.
Criaram-se
o telégrafo sem fio e a navegação aérea, e acabou-se o insulamento.
Progrediram
os princípios morais, e o trabalho fulgiu como estrela na dignidade humana,
desacreditando a ociosidade.
Cresceu
a educação espiritual, e aboliu-se o cativeiro.
Agigantou-se
a higiene, e removeu-se a imundície.
Mas nem
a política, nem o comércio, nem a ciência, nem a indústria, nem a imprensa, nem
a aproximação entre os povos, nem a exaltação do trabalho, nem a evolução do
direito individual e nem a higiene conseguem resolver o problema da paz,
porquanto a guerra – monstro de mil faces que começa no egoísmo de cada um, que
se corporifica na discórdia do lar e se prolonga na intolerância da fé, na
vaidade da inteligência e no orgulho das raças, alimentando-se de sangue e
lágrimas, violência e desespero, ódio e rapina, tão cruel entre as nações supercivilizadas
do século 20, quanto já o era na corte obscurantista de Ramsés 2º – somente
desaparecerá quando o Evangelho de Jesus iluminar o coração humano, fazendo que
os habitantes da Terra se amem como irmãos.
É por
isso que a Doutrina Espírita no-lo revela, atualmente, sob a luz da Verdade,
fiel ao próprio Cristo que nos advertiu, convincente: – “Conhecereis a Verdade
e a Verdade vos fará livres.”
Mensagem
extraída da obra: Religião dos Espíritos, capítulo 41, pelo espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Para
facilitar a leitura e o entendimento acrescentamos abaixo a questão 743 de O
Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, conforme a referência inicial da página
analisada por Emmanuel na reunião pública de 08.06.1959:
743.
Da face da Terra, algum dia, a guerra desaparecerá?
“Sim,
quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Nessa época,
todos os povos serão irmãos.”
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quarta-feira, 26 de março de 2014
Como sofres?
Como sofres?
“Mas, se
padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte.” -
Pedro. (I Pedro, 4:16.)
Não basta
sofrer simplesmente para ascender à glória espiritual. Indispensável é saber
sofrer, extraindo as bênçãos de luz que a dor oferece ao coração sequioso de
paz.
Muita gente
padece, mas quantas criaturas se complicam, angustiadamente, por não saberem
aproveitar as provas retificadoras e santificantes?
Vemos os que
recebem a calúnia, transmitindo-a aos vizinhos; os que são atormentados por
acusações, arrastando companheiros às perturbações que os assaltam; e os que
pretendem eliminar enfermidades reparadoras, com a desesperação.
Quantos
corações se transformam em poços envenenados de ódio e amargura, porque
pequenos sofrimentos lhes invadiram o círculo pessoal? Não são poucos os que
batem à porta da desilusão, da descrença, da desconfiança ou da revolta
injustificáveis, em razão de alguns caprichos desatendidos.
Seria útil
sofrer com a volúpia de estender o sofrimento aos outros? não será agravar a
dívida o ato de agressão ao credor, somente porque resolveu ele chamar-nos a
contas?
Raros homens
aprendem a encontrar o proveito das tribulações. A maioria menospreza a
oportunidade de edificação e, sobretudo, agrava os próprios débitos,
confundindo o próximo e precipitando companheiros em zonas perturbadas do
caminho evolutivo.
Todas as
criaturas sofrem no cadinho das experiências necessárias, mas bem poucos espíritos
sabem padecer como cristãos, glorificando a Deus.
Página extraída da obra: Vinha de Luz,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, capítulo 80.
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Os tempos são chegados - 5/5
Os tempos são chegados (parte 5)
Neste grande movimento regenerador, o Espiritismo tem um
papel considerável, não o Espiritismo ridículo, inventado pela crítica
zombeteira, mas o Espiritismo filosófico, tal qual o compreende quem quer que
se dê ao trabalho de procurar a amêndoa dentro da casca. Pelas provas que ele
traz das verdades fundamentais, preenche o vazio que a incredulidade faz nas
ideias e nas crenças; pela certeza que dá de um futuro conforme a justiça de
Deus e que a mais severa razão pode admitir, ele tempera as amarguras da vida e
previne os funestos efeitos do desespero. Tornando conhecidas novas leis da
Natureza, o Espiritismo dá a chave de fenômenos incompreendidos e problemas até
agora insolúveis, e mata, ao mesmo tempo, a incredulidade e a superstição. Para
ele não há sobrenatural nem maravilhoso; tudo se realiza no mundo em virtude de
leis imutáveis. Longe de substituir um exclusivismo por outro, arvora-se como
campeão absoluto da liberdade de consciência; combate o fanatismo sob todas as
formas e o corta pela raiz, proclamando a salvação para todos os homens de bem,
e a possibilidade, para os mais imperfeitos, de chegarem, por seus esforços,
pela expiação e pela reparação, à perfeição, pois só ela conduz à suprema
felicidade. Ao invés de desencorajar o fraco, encoraja-o, mostrando-lhe o fim
que pode atingir.
Não diz: Fora do Espiritismo não há salvação,
mas, com o Cristo: Fora da caridade não há salvação,
princípio de união, de tolerância, que congraçará os homens num sentimento
comum de fraternidade, em vez de os dividir em seitas inimigas. Por este outro
princípio: Fé inabalável só o é a que pode
encarar frente a frente à razão, em todas as épocas da Humanidade,
destrói o império da fé cega, que aniquila a razão, da obediência passiva, que
embrutece; emancipa a inteligência do homem e levanta o seu moral.
Consequente consigo mesmo, não se impõe; diz o que é, o que
quer, o que dá e espera que a ele venham livremente, voluntariamente; quer ser
aceito pela razão, e não pela força. Respeita todas as crenças sinceras e não
combate senão a incredulidade, o egoísmo, o orgulho e a hipocrisia, que são as
chagas da sociedade e os mais sérios obstáculos ao progresso moral; mas não
lança o anátema a ninguém, nem mesmo aos seus inimigos, porque está convencido
de que o caminho do bem está aberto aos mais imperfeitos e que, mais cedo ou
mais tarde, nele entrarão.
Se imaginarmos a maioria dos homens imbuídos desses
sentimentos, facilmente poderemos figurar as modificações que trarão às
relações sociais: caridade, fraternidade, benevolência para todos, tolerância
para todas as crenças, tal será sua divisa. É o fim para o qual, evidentemente,
tende a Humanidade, o objeto de suas aspirações, de seus desejos, sem que se dê
muita conta dos meios de as realizar; ela ensaia, hesita, mas é detida pelas
resistências ativas ou pela força da inércia dos preconceitos, das crenças
estacionárias e refratárias ao progresso. São essas resistências que devem ser
vencidas e isto será a obra da nova geração. Se seguirmos o curso atual das
coisas, reconheceremos que tudo parece predestinado a lhe abrir a estrada; ela
terá por si o duplo poder do número e das ideias, além da experiência do
passado.
Assim, a nova geração marchará para a realização de todas as
ideias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento a que tiver chegado.
O Espiritismo, marchando para o mesmo objetivo e realizando seus planos, eles
se encontrarão no mesmo terreno, não como concorrentes, mas como auxiliares,
prestando-se mútuo apoio. Os homens de progresso encontrarão nas ideias
espíritas uma poderosa alavanca e o Espiritismo encontrará nos homens novos
espíritos inteiramente dispostos a acolhê-lo. Nesse estado de coisas, que
poderão fazer os que quisessem opor obstáculos?
Não é o Espiritismo que cria a renovação social, é a
maturidade da Humanidade que faz desta renovação uma necessidade. Por seu poder
moralizador, por suas tendências progressivas, pela amplidão de suas vistas,
pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é, mais que qualquer
outra doutrina, apto a secundar o movimento regenerador, razão por que é seu
contemporâneo. Veio no momento em que podia ser útil, também para ele os tempos
são chegados; mais cedo, teria encontrado obstáculos intransponíveis;
inevitavelmente teria sucumbido, porque os homens, satisfeitos com o que
tinham, ainda não sentiam a necessidade do que ele traz. Hoje, nascido com o
movimento das ideias que fermentam, encontra o terreno preparado para
recebê-lo. Cansado da dúvida e da incerteza, acolhem como numa tábua de
salvação e uma suprema consolação.
Dizendo que a Humanidade está madura para a regeneração, isto
não quer dizer que todos os indivíduos o sejam no mesmo grau, mas muitos têm,
por intuição, o germe, das ideias novas, que as circunstâncias farão eclodir;
então eles se mostrarão mais adiantados do que se pensava, e seguirão com ardor
o impulso da maioria.
Há, entretanto, os que são refratários por natureza, mesmo
entre os mais inteligentes e que, certamente, jamais se ligarão, pelo menos
nesta existência, uns de boa-fé, por convicção, outros por interesse. Aqueles
cujos interesses materiais estão ligados ao estado presente das coisas, e que
não são bastante adiantados para dele fazer abnegação, que o bem geral toca
menos que o seu bem pessoal, não podem ver sem apreensão o menor movimento
reformador; para ele a verdade é uma questão secundária ou, melhor dito, a
verdade está toda inteira no que não lhes causa nenhuma perturbação; aos olhos,
todas as ideias progressivas são subversivas, razão por que lhes votam um ódio
implacável e lhes fazem uma guerra encarniçada. Muito inteligentes para não ver
no Espiritismo um auxiliar dessas ideias e os elementos da transformação, que
temem porque não se sentem à sua altura, esforçam-se para o abater; se o
julgassem sem valor e sem alcance, com ele não se preocupariam. Aliás já o
dissemos: “Quanto maior é uma ideia, mais adversários encontra, e pode medir-se
a sua importância pela violência dos ataques de que ela é objeto.”
O número dos retardatários sem dúvida ainda é grande, mas que
podem contra a onda que sobe, senão lançar-lhe algumas pedras? Essa onda é a
geração que surge, enquanto eles desaparecem com a geração que vai a largos
passos. Até lá defenderão o térreo palmo a palmo. Há, pois, uma luta
inevitável, mas desigual, porque é a do passado decrépito, que cai em farrapos,
contra o futuro juvenil; da estagnação contra o progresso; da criatura contra a
vontade de Deus, porque os tempos por ele marcados são chegados.
Allan Kardec - Revista Espírita - outubro de 1866
Allan Kardec - Revista Espírita - outubro de 1866
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