Os hábitos de hoje e as consequências espirituais
A
vida no corpo físico é passageira, porque a vida não precisa do corpo para a
sua existência. Essa vida é espírito quando fora do corpo e alma quando dá vida
a um corpo. É uma situação complexa que pequena parcela da humanidade se dá
conta e até mesmo as academias de ciências não prestam atenção.
Na
Terra, a vida num estado mais aperfeiçoado é a do próprio homem, denominado
estágio “hominal”, porque além de tudo que os reinos vegetal e animal possui
tem ele desenvolvido a inteligência e a consciência, goza com seus aprendizados
nobres e sofre com seus desarranjos morais.
Existe
uma parcela comportamental que são os hábitos negativos, que se expressam
constantemente sem o crivo da razão, tornando-se manifestação semiconsciente, e
pela repetição torna-se como que coisa natural nas comunicações e convivências
no grupo social, fazendo parte da comunicação daquele indivíduo.
São
observáveis naqueles que têm o hábito da reclamação, de xingamento, de palavra
chula, apontamento de defeito (em tese ou apenas por força do costume) de
expressão ou moral dos outros, a título de gracejo ou justificativa de suas
próprias atitudes, sempre apresentando uma coloração picante.
Nem
sempre pessoas com esse perfil são más, as vezes até são generosas em algumas
circunstâncias, tratam com honestidade seus negócios, têm comportamento
adequado na condução de sua vida, no entanto, mantêm hábitos doentios. Na vida
material tem a complacência dos seus conviventes, embora incomode os mais
educados, causam a si mesmos prejuízos de vários matizes que não percebem,
embora sofram as consequências durante a vida.
Terminada
a jornada no corpo físico volta à vida real do Espírito, que é o mundo
espiritual, de onde todos vieram, no entanto, apesar de uma vida regular, mesmo
tendo conquistado alguns valores durante a sua vida terrena, se localizará em
faixa vibratória compatível com o seu estado espiritual, porque fora do corpo
físico esses hábitos nocivos apresentam-se na forma pensamento, criando imagem
e som, não favorecendo a convivência em ambiente que não seja entre os seus
iguais. O que traz grande sofrimento porque o indivíduo percebe que poderia
estar em situação mais favorável em muitos aspectos, mas a manifestação quase
que involuntária dos seus maus hábitos não o habilita.
Conquanto seja possível
a sua reeducação na vida do espaço, será de esforço muito grande; em boa
porcentagem dos que assim se encontram é preciso nova reencarnação e através da
educação desde o berço não permitir que a ressonância dos velhos costumes
aflore na existência nova o que exigirá esforço dos pais e do próprio
reencarnante.
Dorival da Silva