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quinta-feira, 6 de junho de 2019

Consciência

Consciência 

“Guardando o mistério da fé numa consciência pura.”  
 Paulo. (I Timóteo, 3:9.) 

Curiosidade ou sofrimento oferecem portas à fé, mas não representam o vaso divino destinado à sua manutenção. 
Em todos os lugares, observamos pessoas que, em seguida a grandes calamidades da sorte, correm pressurosas aos templos ou aos oráculos novos, manifestando esperança no remédio das palavras. 
O fenômeno, entretanto, muitas vezes, é apenas verbal. O que lhes vibra no coração é o capricho insatisfeito ou ferido pelos azorragues de experiências cruéis... 
Claro que semelhante recurso pode constituir um caminho para a edificação da confiança, sem ser, contudo, a providência ideal. 
Paulo de Tarso, em suas recomendações a Timóteo. esclarece o problema com traço firme. 
É imprescindível guardar a fé e a crença em sentimentos puros. Sem isso, o homem oscilará, na intranquilidade, pela insegurança do mundo íntimo. 
A consciência obscura ou tisnada inclina-se, invariavelmente, para as retificações dolorosas, em cujo serviço podem nascer novos débitos, quando a criatura se caracteriza pela vontade frágil e enfermiça. 
Os aprendizes do Evangelho devem recordar o conselho paulino que se reveste de profunda importância para todas as escolas do Cristianismo. 
O divino mistério da fé viva é problema de consciência cristalina. Trabalhemos, portanto, por apresentarmos ao Pai a retidão e a pureza dos pensamentos. 

(Esta mensagem foi extraída da obra: Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 131, ano 1951.) 


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Reflexão  -   Consciência pura! É o requisito para a fé viva. A qualidade da fé depende do estado da consciência. Buscando amparo em Leon Denis¹, que ensina: “A consciência é não somente a faculdade de perceber, mas também o sentimento que temos de viver, agir, pensar, querer. É una e indivisível (...)”.  

O orientador espiritual Emmanuel, no início da sua página acima, explana: “Curiosidade ou sofrimento oferecem portas à fé, mas não representam o vaso divino destinado à sua manutenção. 
Em todos os lugares, observamos pessoas que, em seguida a grandes calamidades da sorte, correm pressurosas aos templos ou aos oráculos novos, manifestando esperança no remédio das palavras. 
O fenômeno, entretantomuitas vezes, é apenas verbal. O que lhes vibra no coração é o capricho insatisfeito ou ferido pelos azorragues de experiências cruéis...  Não bastam uma situação inopinada, uma emergência emocional, uma orientação fortuita, por mais que abalizada, que farão uma consciência pura capaz de produzir uma fé viva.   Recurso espiritual que todos procuramos, sem, no entanto, compreender direito o que seja, pois temos pressa, a ansiedade é exigente, a nossa pobre capacidade de reflexão sobre a essencialidade da vida, que é a ferramenta de interiorização para nos conhecermos, não nos permite clarear a consciência, pois temos dúvida, medo para  dar passos no rumo do desconhecido.  

O Mentor espiritual refere-se ao “vaso divino”, do que fala?  Da “consciência pura”. E como se chegar a esse estado de consciência? Nestes dias de tumulto! Não dá para esperar que alguém ou a coletividade resolva a situação. O problema é particular. Cada indivíduo é um mundo singular. “A consciência é não somente a faculdade de perceber, mas também o sentimento que temos de viver, agir, pensar, querer. É una e indivisível (...)” -- reinserimos. É indispensável pensarmos em nós mesmos dentro de um contexto de vida complexo, onde temos vontades, lidamos com vontades alheias, sofremos influências de nossas próprias vivências desta e de outras vidas, vez que estão todas em nós mesmos, sendo que nos pertencem (causas e consequências), além de sofrermos as influências dos que nos rodeiam na família e na sociedade, que têm seus passados, sofrem da mesma forma que nós suas próprias influências e a dos demais, gerando retroalimentação de emoções, sensações, relembranças, intuições, que ora são causa e ora são consequências geralmente de suas dores, suas aflições, mágoas, ressentimentos, doenças, poucas vezes são reflexos de paz e felicidades. A nossa consciência ainda não é “vaso divino”, quando isso se der, não sofreremos a influência de passado negativo, que se apresenta por várias formas no presente e no futuro, mas o reflexo da conquista de nós mesmos para o bem e com o bem, que se potencializará com a influência de outros que também chegaram no mesmo patamar, quando se alcançará a fé viva, a paz e a felicidade que ainda não somos capazes de perceber.  

A influência negativa dos outros nos atinge porque encontra em nós um traço de ligação de forças que interage pela qualidade, gerando elo de influência, que se alimenta com o combustível de mesmo viés, que somente uma força de vontade maior, no rumo do bem, constituído pelo pensamento do bem, numa luta ingente para não ceder à força atrativa existente, o que  se denomina tentação, que nos leva preferir a situação em que nos encontramos.  Ainda, assim, apresenta algum conforto, alguma satisfação, comodidade, em relação ao esforço em sentido contrário que nos traz cansaço, incomodo... Cabe ainda nos perguntar: O que viemos fazer aqui na Terra, suportar um organismo de carne que nos pesa, causa constrangimento para a locomoção, para pensar, para conservá-lo, que envelhece e cada vez mais nos limitam as ações, por quê? O propósito Divino é que o Espírito em evolução precisa de oportunidades para o seu aprimoramento, vez que com o livre-arbítrio precisa aprender a utilizá-lo a seu favor, de maneira consciente, pela sua vontade, superar as deficiências, conquistar virtudes, clarear a mente, purificar-se com as experiências de suas vidas em diversas reencarnações, porque a vida do Espírito fora da matéria é sempre uma única, mas com muitas viagens através de veículos de carne, onde junta as experiências e tira o resultado de seus esforços.  

No final da página objeto desta reflexão, Emmanuel realça: O divino mistério da fé viva é problema de consciência cristalina. Trabalhemos, portanto, por apresentarmos ao Pai a retidão e a pureza dos pensamentos. Aí está o que buscamos na vida, através das diversas vidas, a consciência cristalina, não existe outra razão, isto depende de inteligência educada, de mansidão dos sentimentos, para alcançarmos a retidão e a pureza dos pensamentos. É o que o Criador espera de nós. “Somos o que pensamos.” 

Consciência! 
                                      
                                                        Dorival da Silva 
¹. Obra: O Problema  do ser, do destino e da dor 
   Autor: Léon Denis 
     Página 323, 15ª edição   
     XXI – A consciência. O sentido íntimo. 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Existe hierarquia de médiuns?

Crônicas e Artigos
Ano 7 - N° 343 - 22 de Dezembro de 2013    http://www.oconsolador.com.br/ano7/343/christina_nunes.html
CHRISTINA NUNEScfqsda@yahoo.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 
 

Existe hierarquia
de médiuns? 
 
"II – Influência Oculta dos Espíritos Sobre os Nossos Pensamentos e as Nossas Ações

459. Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?

... - O médium espírita consciente dessas influências passa a perceber com mais intensidade pelas suas sensibilidades, a presença .do mundo espiritual a guiá-lo, e entre ele e os seus guias espirituais estabelece-se uma corrente permanente de comunicações...

— Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem.

460. Temos pensamentos próprios e outros que nos são sugeridos?

— Vossa alma é um Espírito que pensa; não ignorais que muitos pensamentos vos ocorrem, a um só tempo, sobre o mesmo assunto, e frequentemente bastante contraditórios. Pois bem, nesse conjunto há sempre os vossos e os nossos, e é isso o que vos deixa na incerteza, porque tendes em vós duas ideias que se combatem.

461. Como distinguir os nossos próprios pensamentos dos que nos são sugeridos?

— Quando um pensamento vos é sugerido, é como uma voz que vos fala. Os pensamentos próprios são, em geral, os que vos ocorrem no primeiro impulso.

464 Como distinguir se um pensamento sugerido vem de um bom ou de um mau Espírito?

— Estudai a coisa: os bons Espíritos não aconselham senão o bem; cabe a vós distinguir."  (Excertos de O Livro dos Espíritos - Allan Kardec.)


Transcrevi os excertos de estudo de um dos livros pilares da Codificação Espírita para realçar a citação, disseminada amplamente na própria Doutrina, de que mediunidade é dom comum a todos! Pode ser manifestada de entremeio a uma variedade imensa de nuances para cada perfil de sensibilidade individual, mas fato é que se faz sentir ao redor do globo indiscriminadamente, e, em inúmeras ocasiões, a revelia de crenças e descrenças.

Mediunidade, frise-se, é dom tão natural quanto a audição ou o paladar, e não constituí, assim sendo, matéria de fé - a despeito de que, e também é enfatizado em Kardec e outros mediadores dos espíritos, o mundo espiritual, quando movido por ideais de luz, não interfere no livre-arbítrio humano, principal ferramenta de aprendizado durante o período da reencarnação! Se sugerem e inspiram, portanto, e constantemente, de um lado, para o bem, também não violentam, os bons espíritos, a escolha alheia, e aí fica bem traçada a distinção entre a influenciação espiritual de boa lavra e a obsessiva!

É necessário o retorno constante ao tema, por meio de todas as ferramentas de elucidação espírita, por se tratar de tópico importante ao esclarecimento de muitos indivíduos que, por não se inteirarem com a eficiência devida dos mecanismos da mediunidade, fazem da matéria leitura e entendimento tosco, para depois sair por aí alardeando inverdades, ou verdades incompletas, ou tremendamente tendenciosas.

Não é de hoje que ouço e leio a expressão dúbia: grandes médiuns! Analisemos. De costume, quem são os pilares da disseminação espírita? As referências literárias, de estudiosos ou de intermediadores mediúnicos - missionários, ou de prova - para o homem reencarnado de cada tempo. São inúmeros, e, como divulgadora dos dias atuais, os enalteço e lhes rendo minha eterna gratidão pelo norte que, com sua sensibilidade e atuação, ofereceram para as gerações futuras, entre as quais eu e outros participantes do Movimento Espírita se incluem. Nosso saudoso, querido Chico Xavier, com sua mediunidade verdadeiramente missionária; Leon Denis; Zilda Gama, Yvone A. Pereira; Hermínio Miranda e muitos, colaboraram com brilhantismo na seara de esclarecimento das verdades espirituais, cada qual com sua luz própria, seu papel diferenciado. Todavia, amigo leitor, há que se observar discernimento na hora de se analisar a expressão, hoje ampla e inadvertidamente difundida, "grandes médiuns", de vez que, sem a devida cautela, acaba desvirtuando a compreensão sobre o assunto para uma feição discriminatória e inquisitorial, dentro do próprio meio espírita, e, por consequência natural, entre o público simpatizante e pesquisador destes temas de importância para a evolução humana.

Os amigos leitores já pararam para pensar o que seria do conhecimento das verdades do espírito se novos divulgadores e trabalhadores de boa vontade - refiro-me aos que, com honestidade, e vindo ao mundo comprometidos com a tarefa de fazer bom uso do dom mediúnico, agem com sinceridade para continuar a missão de vulto iniciada pelo professor Rivail - não perpetuassem os esclarecimentos? Admite, o estudante interessado e esclarecido, que a evolução não é multidimensional, e que, tal como se dá no mundo material onde estagiamos, também as esferas da invisibilidade não se modificam para melhor? Em paralelo, considera a palavra milenar do próprio Cristo aos apóstolos - aliás, alguns dos quais, embora homens comuns, sendo também médiuns naturais - de que "nem tudo ainda poderia ser dito, devido à pouca compreensão dos homens"; mas que, no tempo certo, outros viriam para dar continuidade às revelações que oferecia à humanidade, dentre as quais a existência da reencarnação, habilidosamente retirada do contexto evangélico pelos Concílios católicos interessados na manutenção do poder temporal!

Com base na rápida análise desses fatos, podemos extrair conclusões importantes:

1 - Reencarnação, mediunidade, e seus desdobramentos são leis naturais, embora mal compreendidas por muitos mergulhados nas lutas das vidas materiais, de vez que o próprio João Evangelista, como homem simples do seu tempo e no labor profético, foi um dos mais realçados exemplos de que a ação mediúnica acontece sem juízo de lugar, de época ou de patamares sociais;
2 - Por conseguinte, e tendo em conta a definição detalhada dos próprios espíritos da Codificação, a atividade mediúnica é constante e equânime. Acontece a revelia mesmo da percepção mais clara de quem a utiliza, com maior ou menor consciência, e, nos últimos casos, explica-se o véu sutil do modo como ocorre pela necessidade de que exercitemos a ferramenta evolutiva preciosa do livre arbítrio durante o nosso aprendizado na matéria;
3 - No caso do médium consciente, a percepção mediúnica se faz mais exaltada, em razão do que estabelece, com maior facilidade ainda, uma rede de comunicação intensa com os espíritos com quem atua, seja em diálogo mental, nas atividades das casas espíritas, como passista, ou na seara da literatura espírita.

Hoje, assim, a atividade dos indivíduos reencarnados exercitando um simples dom prossegue, inexorável. No que se refere a quaisquer modalidades de trabalho, despontam os de maior expressão missionária, como Chico Xavier. E admite-se bom ou mau uso do dom mediúnico! Todavia, não existem hierarquias mediúnicas, - grandes e pequenos médiuns, - no sentido depreciativo de que muitos lançam mão, maldosamente, visando anular os esforços de inúmeros novos trabalhadores idôneos, para confinar a validade de atuação espírita à uma caixinha inquisitorial, na qual cabem somente os divulgadores anteriores que, por esta ou aquela razão, obtiveram algum destaque midiático! Pois isso representaria irrealidade incompatível com a dinâmica de ação dos espíritos orientadores, e estagnação consciencial inadmissível da humanidade reencarnada, contrariando o próprio plano evolutivo! 


Copiada da Revista Eletrônica "O Consolador" no endereço: