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domingo, 4 de fevereiro de 2018

O que é ser obediente?

O que é ser obediente?

Para o homem evangelizado, que é dado à reflexão, a obediência não é uma obrigação, mas um dever. A obediência não lhe é imposta e muitas vezes acontece no anonimato e em muitas situações de forma inobservável aos Espíritos encarnados ou desencarnados abaixo de sua frequência vibratória.

Trata-se de um estado de consciência mais lúcido, que domina os anseios, o querer, o poder.

Entre as pessoas comuns, obedecem-se às leis porque existe uma consequência vexatória ou um preço a título de penalidade a se resgatar, então se obedece por constrangimento, involuntariamente.

Quando o ser conquistou patamar evolutivo de maior expressão antes de tudo examina o fato, a circunstância, busca entender a origem, o desdobramento e a consequência, sempre buscará neutralizar o que seja negativo, dando curso no que possa resultar desfecho positivo.

Todas as regras que são colocadas para a ordem da organização social existem para coibir a desobediência existente, assim a desobediência antecede a obediência das convenções. Isto ocorre pela falta de educação espiritual, deixando prevalecer o egoísmo e o orgulho, com o desejo de se sobrepor ao outro expressando um ilusório estado de poder e satisfação de sobrepujar os limites naturais de convivência e respeito ao próximo (não importando se seja um indivíduo ou uma coletividade).  

As regras do bem-viver trazidas por Jesus, o Cristo: “Desejar ao próximo àquilo que dejamos para nós” ou “Não desejar para o próximo o que não desejamos para nós”, “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, são revelações da Lei Natural que intuitivamente todos as conhecem, no entanto, o Mestre as materializou. 

Jesus veio ao Mundo e foi obediente diante de todas as circunstâncias da vida, atendeu ao seu plano de vida na Terra, respeitou a Lei Natural, mesmo quando dos seus denominados “milagres”, acolheu a lei civil de seu tempo, conquanto a brutal injustiça que Ele próprio sofreu. 

Portanto, a obediência é uma permissão racional daquele que conquistou um estado de consciência amplo, desprovido de interesse particularista, mas em consonância com o “Amar a Deus sobre todas as coisas”.

Este estado grandioso de consciência é meta de toda a Humanidade, embora, grande parte dela ignore completamente, mas o Divino Pastor a tangerá, mesmo às dores inevitáveis, a permanecer no caminho que a levará à Luz que extinguirá a treva de cada alma.

À obediência...


                                                                  Dorival da Silva

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Obediência construtiva

Obediência construtiva

“E assim vos rogo eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados.” - Paulo. (Efésios, 4:1.)

Na leitura do Evangelho, é necessário fixar o pensamento nas lições divinas, para que lhes sorvamos o conteúdo de sabedoria.

No versículo sob nossa atenção, reparamos em Paulo de Tarso o exemplo da suprema humildade, perante os desígnios da Providência.

Escrevendo aos Efésios, declara-se o apóstolo prisioneiro do Senhor.

Aquele homem sábio e vigoroso, que se rendera a Jesus, incondicionalmente, às portas de Damasco, revela à comunidade cristã a sublime qualidade de sua fé.

Não se afirma detento dos romanos, nem comenta a situação que resultava da intriga judaica. Não nomeia os algozes, nem se refere às sentinelas que o acompanham de perto.

Não examina serviços prestados.

Não relaciona lamentações.

Compreendendo que permanece a serviço do Cristo e cônscio dos deveres sagrados que lhe competem, dá-se por prisioneiro da Ordem Celestial e continua tranquilamente a própria missão.

Simples frase demonstra-lhe a elevada concepção de obediência.

Anotando-lhe a nobre atitude, conviria lembrar a nossa necessidade de conferir primazia à vontade de Jesus, em nossas experiências.

Quando predominarem, nos quadros da evolução terrestre, os discípulos que se sentem administradores do Senhor, operários do Senhor e cooperadores do Senhor, a Terra alcançará expressiva posição no seio das esferas.

Imitando o exemplo de Paulo, sejamos fiéis servidores do Cristo, em toda parte. Somente assim, abandonaremos a caverna da impulsividade primitiva, colocando-nos a caminho do mundo melhor.

Mensagem extraída da obra: Vinha de Luz, ditada pelo Espírito Emmanuel, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 126, ano 1951.



Reflexão: Não se trata de uma obediência cega, que espiritualmente nada produz, nem uma obediência de sentido obtuso, que pudesse causar exclamação dos incautos reencarnados, aqueles que não veem mais do que aquilo que podem tatear.

Assim, o Apóstolo dos Gentios, como bem relata o Benfeitor Emmanuel, na página acima, não faz referência nem às suas contingências físicas, pela prisão, nem estica relevos às tarefas que realizou: “Não se afirma detento dos romanos, nem comenta a situação que resultava da intriga judaica. Não nomeia os algozes, nem se refere às sentinelas que o acompanham de perto. Não examina serviços prestados. Não relaciona lamentações.”  Paulo não estava preso espiritualmente à miserabilidade das convenções dos comportamentos sociais e políticos de seu tempo. As suas considerações são os elevados propósitos do Senhor, com o alcance que não estava limitado ao tempo de sua geração, mas de todas que adviriam.
Paulo, embora preso e vigiado, não se sentia constrangido, pois, espiritualmente estava livre, conhecia o compromisso com a verdade, que extrapolava os limites das grades, das resoluções humanas e do seu tempo. A missão era e é ampliar a entrega das verdades às mentes e corações, como convocou Jesus, O Cristo.
 “Compreendendo que permanece a serviço do Cristo e cônscio dos deveres sagrados que lhe competem, dá-se por prisioneiro da Ordem Celestial e continua tranquilamente a própria missão. Simples frase demonstra-lhe a elevada concepção de obediência.”
A obediência do Apóstolo é lucidez, é interação, é comprometimento com uma causa que extrapola as convenções deste mundo. Trata-se de leis eternas, verdades definitivas, não compreendidas pelos Espíritos em princípio de elucidação, como é predominante na sociedade da Terra, apesar dos milênios passados.
Ele não estava tolhido por imposição alguma, considerando o compromisso de trabalhador do Cristo, integrado na semeadura e cultivo da Boa Nova, pois, a sua alma fluía alcançando os objetivos, esclarecendo e incentivando a vivência da mensagem de Jesus, reconhecido que não se pretendia salvar a matéria, mas retirar o Espírito de seus irmãos da escuridão da ignorância.
A obediência na seara de Jesus é o passo à frente. É a espontaneidade diante do compromisso. O que importa os impedimentos impostos pelo mundo, capazes apenas de tolher e constranger a matéria, se a alma é intocável e livre para acessar a fonte irradiadora da verdade?


                                                Dorival da Silva

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Obediência e resignação

Obediência e resignação


 A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antiguidade material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade deprimida, brilhassem os triunfos do sacrifico e da renúncia carnal.

Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vício é a indiferença moral. Digo, apenas, atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre, por si só, horizontes que a multidão somente mais tarde verá, enquanto que a atividade é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época. Submetei-vos à impulsão que vimos dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento! Ai dele! porquanto nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla ação do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa terá de, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos.
                                                                                                         - Lázaro. (Paris, 1863.)

Extraído de O Evangelho Segundo o Espiritismo  -  CAPÍTULO IX  -  BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO BRANDO E PACÍFICOS – item 8.

Pode ser lido também no endereço: http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/bibliotecavirtual/principal.html