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terça-feira, 30 de julho de 2019

Bendize


Bendize

A Divindade dotou-te de tesouros inapreciáveis, que ainda não te permitiste valorizar em suas profundas significações, tão naturais se te apresentam no dia a dia existencial.

Dons e recursos no instrumento orgânico de que dispões constituem bênçãos de elevada significação que deves aproveitar com esmero, a fim de lograres êxito no empreendimento enobrecedor da tua reencarnação.

Pequenas ocorrências existenciais desagradáveis muitas vezes aturdem-te e levam-te a inquietações e transtornos que não se justificam, mas a que te entregas facilmente.

Se os utilizares, no entanto, com equilíbrio, serás compensado no esforço com lucros extraordinários que te seguirão por todo o período carnal, lançando bases de segurança para o futuro.

Observa modesta raiz de uma planta que penetra o solo pútrido e dele retira perfume na flor e alimento no fruto.

Que extraordinário Químico esse que desenvolveu o primeiro programa vegetar, presente em todo o globo, nas mais variadas expressões, seja no pantanal ou na aridez de terras desérticas.

Examina em ti o milagre da digestão, por exemplo, e não poderás negar a sabedoria dAquele que elaborou o delicado aparelho digestivo,a fim de manter a harmonia entre bilhões de indivíduos – as células – operando em conjunto em favor das substâncias nutrientes.

Reflexiona um pouco na extraordinária função do pensamento que é captado pelos neurônios e transformado na exuberância da arte, da Ciência, dos encantos e maravilhas do Universo.

Pensa como todo esse manancial sanguíneo se renova e autorreproduz-se em vitalidade num circuito especializado.

Considera a bomba cardíaca pulsando sem cessar, graças a uma fagulha elétrica inicial, a fim de que a corrente sanguínea atenda a finalidade que mantém a vida orgânica.

Tudo que consigas examinar produz admiração e surpresa, desafiando a inteligência para que compreenda o milagre da vida.

Quando harmônico ou distônico provém da tua conduta mental, que se faz imprimir no corpo sutil, o perispírito, que aciona mecanismos energéticos, eletromagnéticos e vitais para que pulsem incontáveis órgãos.

Nenhum incidente, ocorrência alguma tem lugar por ação do acaso, por automatismo da Natureza.
Os que assim denominam os fenômenos da vida apenas alteram a denominação da Inteligência Suprema e Causal do Cosmo.
Há uma Lei de Causa e Efeito que responde por todas interrogações que a mente elaborou.
Deus é o Artista gerador da Vida.
Bendize-O em todos os momentos através de ações saudáveis e de pensamentos edificantes.
Dele vieste e para Ele, com o sentimento e o conhecimento ampliados, retornarás.
*
É certo que não consegues tudo quanto anelas, não atinges o alvo ao qual te direcionas, não fruis as alegrias a que aspiras...

Não te permitas, por isso, a rebeldia aparentemente justificável. Há razões poderosas que trabalharam para que assim ocorra, em razão da programação do teu futuro, que nem sequer imaginas.

Impede-te o desespero, em qualquer situação, especialmente quando ignores a causa do aparente insucesso de hoje, que se poderá transformar em bênção no futuro.

Sob determinado aspecto, estás recolhendo aquilo que mereces, semeado no ontem.

Outras vezes, há razões ponderáveis que postergaram os resultados opimos, porque ainda não tens condições para fruir aquilo a que aspiras. Tem paciência e permanece bendizendo a Vida que cuida da tua existência...

Por fim, esses aparentes insucessos constituem recursos preciosos para evitar amargas situações no futuro, que já não necessitas experienciar, portanto, a negativa de agora representa bênção para depois.

Não poucas vezes,o licor de hoje se torna o vinagre desagradável de amanhã, no entanto necessário e útil.

De igual maneira, para  o desencanto deste momento será o deslumbramento do futuro que alcançarás.

Leon Tolstoi, o grande escritor russo, narra um diálogo mantido quando conde e rico com um lavrador de sua propriedade, que era muito pobre.

Em síntese, o camponês buscou-o para pedir-lhe uma ajuda financeira, expressando a sua miséria.

Sabiamente o senhor respondeu-lhe:
-Dou-lhe a importância tal, desde que me permita amputar-lhe o braço direito.

Surpreso, o mujique respondeu-lhe:
-Senhor, o dinheiro será de muita utilidade, mas o meu braço direito é de importância capital.

O amo então lhe propôs aumentar o valor, desde que lhe pudesse amputar os dois braços, causando imediata negativa.

A pouco e pouco, ampliou o recurso, desde que ele anuísse em perder uma vista, as duas vistas... E a negativa era imediata.

Então, falou-lhe o conde:
-Não digas que és pobre e miserável porque todo aquele que possui valores que não troca nem vende por dinheiro algum é portador de uma fortuna que deve bendizer em todos os dias da sua existência.

Indispensável saber aplicar os valores inestimáveis com que a vida te honra e sempre bendizer a oportunidade de crescer e adquirir a sabedoria da paz.

Não te desencantes nem te entristeças nunca.

Aprende a transformar em sucesso aquilo que consideras fracasso somente porque não lograste o que almejavas.

A vida física é incomparável fortuna para o Espírito no seu processo de evolução. E um corpo, mesmo quando mutilado ou enfermiço, débil ou atormentado, é uma sublime dádiva dos Céus para a glória da imortalidade.

*

Diante dos valores de rápida permanência e aqueles que fazem parte da vida eterna, não vaciles quando os tiveres de eleger.

Bendize, desse modo, as tuas horas, dádivas e, se possível, reparte as tuas alegrias e valores morais e espirituais com outros que espiam com inveja ou com necessidade de uma parcela de amor.

Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 16
de janeiro de 2019, no Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador, Bahia.
Em 21.6.2019.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Lucros



No Evangelho, há uma interessante passagem conhecida como A parábola do rico insensato.

Trata-se de um homem que havia trabalhado muito para ajuntar bens.

Quando finalmente se deu por satisfeito, propôs-se a gozar de sua fortuna.

Contudo, o Senhor da vida deliberou nessa mesma noite promover o regresso do rico ao plano espiritual.

Daí se colocou a questão: Para quem seria tudo o que ele tinha ajuntado?

* * *

Essa lição não poderia ser mais atual.

Em todos os agrupamentos humanos, palpita a preocupação de ganhar.

O espírito de lucro alcança os setores mais singelos.

Meninos, mal saídos da primeira infância, mostram-se interessados em amontoar egoisticamente alguma coisa.

Mães numerosas abandonam seu lar a desconhecidos, a fim de experimentarem a mina lucrativa.

Pais deixam de dar atenção a sua família, enquanto multiplicam ao extremo as horas de trabalho.

Nesse sentido, a maioria das criaturas converte a marcha evolutiva em corrida inquietante.

No entanto, por trás do sepulcro, ponto de chegada de todos os que saíram do berço, a verdade aguarda o homem e interroga: O que você trouxe?

O infeliz tende a responder que reuniu vantagens materiais.

Diz que se esforçou para assegurar a posição tranquila de si mesmo e dos seus.

Examinada, porém, a sua bagagem, quase sempre as pretensas vitórias são derrotas fragorosas.

Elas não constituem valores da alma, nem trazem o selo dos bens eternos.

Atingida semelhante equação, o viajor olha para trás e sente frio.

Prende-se, de maneira inexplicável, aos resultados de tudo o que amontoou na crosta da Terra.

A sua consciência se enche de sombrias nuvens.

E a voz do Evangelho lhe soa aos ouvidos: Pobre de você, porque seus lucros foram perdas desastrosas.

E o que tem ajuntado, para quem será?

É importante meditar sobre essa lição enquanto se está a caminho.

Os bens do mundo são preciosos enquanto instrumentos de realização da paz.

O trabalho é um meio de vida e não de morte.

A título de enriquecer ou ter mais conforto não compensa esquecer o essencial.

É inútil brindar os filhos com coisas e não se fazer presente em suas vidas, com palavras e exemplos dignos.

As posições tão cobiçadas no mundo sempre terminam por trocar de mãos.

Constitui loucura convertê-las no objetivo da existência.

É preciso viver no mundo, sem ser do mundo.

Fazer os sacrifícios necessários à vida na Terra.

Mas jamais esquecer que se está apenas de passagem por ela, com destino ao infinito.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 56 do livro
 Caminho, verdade e vida, pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.