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sábado, 28 de agosto de 2021

Voz de Deus?

 Voz de Deus?

  

Onde se ouvirá a voz de Deus, neste Universo majestoso em contínua expansão?


Nos infinitos aglomerados de galáxias, que bailam magicamente no Cosmo imensurável, ou nas micropartículas que formam os ciclópicos mundos adornados de fogo e matéria em ebulição, que as mentes mais audaciosas apenas podem conceber, por mais avançadas sejam as suas percepções?


Examinando-se a Terra, esse ponto quase insignificante da gentil e bela Via Láctea, os mais complexos e extenuantes cálculos matemáticos registram-na, no conjunto em que se encontra, como pequenino sinal perdido na imensidão.


Estará a voz de Deus no delicado aroma das violetas que, pisadas, continuam recendendo perfume nas patas selvagens dos animais que as esmagaram? Ou talvez na tempestade que devasta a Natureza e a satura de raios destruidores, deixando tudo revolto e destroçado?


Será ouvida em cada amanhecer e entardecer, através dos pássaros em gorjeios celestiais, que desatam melodias refinadas que flautas de prata e violinos dulçorosos somente as copiam?


Provavelmente, essa voz ressoa nos filhos dos animais tombados nos locais em que se escondem na furna e estão ameaçados de morte? É bem provável que, nas guerras entre as nações, o clamor das multidões sendo dizimadas sensibilizou-O, e Sua voz veio em seu socorro?...


A voz de Deus parece silenciosa neste momento em que a Terra, havendo atingido o seu mais alto grau de tecnologia, estertora nas multidões enlouquecidas que perderam a ética existencial, o sentido nobre de viver, atirando-se nos calabouços do prazer.


Houve tempos, em Israel, que a boca dos Céus silenciou por mais de quatrocentos anos e não se ouviu o som de qualquer profecia falando da realidade divina, que o povo menoscabou na correria desesperadora das orgias e bacanais.


A atualidade faz lembrar os dias de Sodoma e Gomorra, quando o fogo dos Céus as destruiu.


Neste momento, é a peste traiçoeira que ataca sem compaixão e aplica os acúleos férreos da sua maldade nas pessoas avisadas como nas descuidadas.


A soberba e o ódio, a insensatez, que caracterizam as populações quase sempre afortunadas em tecnologia e empobrecidas em sentimentos de amor à vida, facultam o caldo de cultura para que a peste e suas sequelas dizimem as vítimas desestruturadas para os sofrimentos libertadores.


A voz de Deus ecoa hoje nas vozes dos imortais que nos convidam à reflexão e à ordem, ao respeito às Leis do Universo e aos objetivos do renascimento na carne.


Adotando o comportamento materialista e matando Deus, caminha-se na orfandade da Causa existencial, atropelando os desafios auxiliares para o renascimento espiritual e a convivência com a vida plena.


Faze silêncio e ouve a voz de Deus.


Divaldo Pereira Franco

Artigo publicado no jornal A Tarde,

                                                                                                               coluna Opinião, em 12.8.2021.

Em 13.8.2021.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Atenção nas sinalizações Divinas

 

Atenção nas sinalizações Divinas

 

“O mundo está repleto de mensagens e emissários, há milênios. O grande problema, no entanto, não está em requisitar-se a verdade para atender ao círculo exclusivista de cada criatura, mas na deliberação de cada homem, quanto a caminhar com o próprio valor, na direção das realidades eternas.”

 Trecho extraído da mensagem “Ouça-nos” da obra: Pão Nosso, capítulo 116, pelo Espírito Emmanuel, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, ano 1950, Editora FEB

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REFLEXÃO - Muitos estão indo para algum lugar. Outros estão andando em círculo. Ainda outros pisam no mesmo lugar. Poucos têm direção no rumo da plenitude espiritual. 

        Como informa o Espírito Emmanuel no trecho motivador deste escrito, “O mundo está repleto de mensagens e emissários, há milênios.”; como esses prepostos do Céu não podem fazer o que se precisa pela Criatura, todos os seus esforços são de sinalizações, para que haja a percepção, para isso exige a atenção do caminhante. 

Na antiguidade acreditava-se em muitos deuses, um deus para cada coisa ou circunstância; Moisés apresenta os Dez Mandamentos e firma a existência de um Deus único e diz à Humanidade tudo o que não se deve fazer (não matar, não cobiçar…); posteriormente Jesus, reafirma o Decálogo e revela o amor ao próximo, e ensina tudo o que se deve fazer para alcançar-se o reino dos Céus. O Mestre Nazareno, antevendo que o mundo não compreenderia de imediato a suas indicações, mesmo que, muitos as esqueceriam, além da possibilidade de as desvirtuarem na sua essência,  no interesse individual ou coletivo, fez promessa aos seus Apóstolos, representantes, naquele momento, da Humanidade dos tempos futuros, que rogaria ao Pai e Ele mandaria outro Consolador, para relembrar tudo o que ensinara, esclarecer o que não pôde ficar bem entendido e acrescentar o que Ele não teve condições de ensinar. Reconhecidamente: A Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec é o cumprimento de Sua promessa.  Já não se trata da contribuição de uma única fonte, mas sim de instruções vazadas da espiritualidade para a sociedade terrena através da mediunidade de número grande de mensageiros prepostos do próprio Cristo. 

Quem vive com lucidez, planejando viagem a lugar distante e desconhecido colherá informações, estará certo da direção e tem objetivo a se cumprir; conquanto os riscos de percurso, no entanto, há clareza no que se pretende, certamente atingirá a pretensão.  No desenvolvimento da viagem não foram desprezadas as sinalizações das estradas, ou das cidades, dos aeroportos, hotéis, etc.  

 Viagem rumo a espiritualidade não pode descurar-se das sinalizações Divinas; colhendo, no fragmento de texto referido inicialmente: “O grande problema, no entanto, não está em requisitar-se a verdade para atender ao círculo exclusivista de cada criatura, mas na deliberação de cada homem, quanto a caminhar com o próprio valor, na direção das realidades eternas.”, de longo tempo o que se precisa para seguir para o maior objetivo é atentar para o que se sinaliza e é de conhecimento comum, pois, está colocado para o mundo há todo tempo. 

Não é possível que os emissários de Jesus venham ofertar verdades exclusivas ou revelar coisas excepcionais para esse ou aquele, em detrimento dos demais, no afã de salvação personalizada, trata-se, quem assim pensa, de presunção egoísta e orgulhosa, desse modo, permanecerá na escuridão da própria ignorância.  

As sinalizações para a espiritualidade melhor estão colocadas com ênfase no Evangelho de Jesus, no conjunto as mensagens anotadas pelos Evangelistas, no entanto, num ponto qualquer dos ensinamentos mostra que é indispensável que cada caminheiro faça por si a sua parte, o que chama a atenção para a sinalização, observando: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.¹”, são ações, com respostas afirmativas, no entanto, não se trata do convencionalismo simplório de pretender algo e imediatamente ser atendido. Trata-se de forças da vida, como a semente que germinada mostra a árvore que surge e se presume os frutos que dará. O homem é o ser pensante e consciente, semente possuidora de vontade e liberdade de agir, precisa nortear os seus interesses espirituais, pois, somente ele poderá fazê-lo, porque tem recursos para se colocar na direção do próprio aprimoramento -- “Ajuda-te e o Céu te ajudará.”. 

Todo o caminho para a tal salvação tem sinalizações, a dificuldade está em ter “olhos de ver” e “ouvidos de ouvir”, como frisou o Mestre Nazareno. Se não realizar o trajeto da vida com os seus esforços e percepções, e a autopercepção, o reconhecimento do contributo das próprias conquistas, que mérito existirá. Plenitude de Espírito é soma de valores enobrecedores e um conglomerado de virtudes que levam o Ser aproximar-se da Fonte de Tudo, Deus. 

O trajeto evolutivo do Espírito com um corpo de carne, por tempo limitado, é um projeto, possuindo as sinalizações próprias e com capacidade para reconhecer àquelas que são comuns, importantes e indispensáveis, mas de senso a contemplar a todos os transeuntes desse Universo. 

Ninguém vem a este Mundo sem os recursos norteadores da vida, mas como tem autonomia para guiar-se, poderá andar nos passos da vaidade, do orgulho, da presunção… e não levantar os sentidos da Alma para ver as pegadas d’Aquele que conhece o caminho mais curto para Sua pátria de paz e felicidades. 

As sinalizações Divinas fazem a diferença! Atenção!

                       Dorival da Silva

 

1.    Mateus, VII: 7-11; e O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXV. 

terça-feira, 28 de julho de 2020

Fascinação!


Fascinação!

A vida é algo fascinante! Para alguns, pode ser. Existem os fascinados por carros, outros por viagens, pelas artes, esportes…  Há os que são fascinados por pessoas, sejam eles ou elas.

O dicionário define fascinação como uma atração irresistível, enlevo, encantamento, deslumbramento.

Trata-se de uma ilusão, parece bom, no entanto, leva o fascinado à ruína, que perceberá tardiamente, se vier a perceber. Os que estão à volta percebem a derrocada, mas o deslumbrado está num estado de sonho, enlevando-se ilusoriamente em meio aos destroços de si mesmo.

É preciso análise e reflexão em todas as atitudes da vida, o que deveria ser aprendido desde a meninice, a não fantasiar os episódios da vida, como é comum as fantasias inconsequentes na infância e na juventude, com novidades e experimentos considerados inocentes que se tornam vícios de consumo irrefreáveis, tanto os sensacionais como os emocionais.  “Porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração¹.”.

O fascinado tem cegueira absoluta das circunstâncias em que está envolvido, vive uma realidade fora do alcance de qualquer observador, é irredutível da situação, pois, mesmo escutando, não ouve, e, mesmo vendo, não enxerga. O mundo ilusório criado para si lhe basta. O versículo evangélico anotado acima bem representa a situação.

Em O Livro dos Médiuns, no capítulo XXIII, Allan Kardec trata da fascinação, na condição de obsessão, que é uma das mais graves e de solução difícil, pois o sofredor se compraz com essa situação. A fascinação tem consequências muito mais graves. É uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, (…). O médium fascinado não acredita que o estejam enganando: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente. A ilusão pode mesmo ir até ao ponto de o fazer achar sublime a linguagem mais ridícula².”.
 
Aqui, nesse excerto, o Senhor Kardec se refere a um estudo sobre o médium psicógrafo (escrevente). No entanto, estamos fazendo uma observação de modo geral, pois, embora o médium seja considerado aquele que tem essa faculdade desenvolvida, as demais pessoas também têm sensibilidade, umas mais e outras menos, e são passíveis de sofrer influenciações de Espíritos desencarnados maléficos.

“Um homem é o produto de seus pensamentos. O que ele pensa, ele se torna.”. – Mahatma Gandhi  -  ³

Aproveitamos o ensinamento de Gandhi para dizer que todas as pessoas que estão no Mundo são espíritos encarnados e que, pelo pensamento, entram em contato com os desencarnados, sejam eles bons ou maus, amigos ou inimigos. São a qualidade do pensamento, a condição moral e as intenções alimentadas, mesmo que não expressas, que determinam a ligação, consciente ou não. Grande parte da população não sabe dessa relação com o invisível, vez que as religiões tradicionais não permitem essa análise ou a negam com veemência, impedindo a liberdade do conhecimento.

A fascinação é uma doença na alma, é uma permissão e conivência do padecente, porque atende aos seus gostos e interesses ilusórios, ocorre com sutileza, como raiz de planta daninha que vai invadindo o terreno mental e tomando conta dele, como nuvem escura que prenuncia uma tempestade.

O antídoto a essa situação está na evangelização, aquela buscada por livre vontade, com o intuito da autotransformação, conhecida como reforma íntima, que se analisa, faz crítica de suas atitudes e decide modificar-se, mesmo contrariando alguns interesses, hábitos e costumes de que se gosta tanto e que sua reflexão revela não serem convenientes diante de uma visão espiritual lúcida. São Paulo, o apóstolo, escreveu na primeira carta aos Coríntios, 6:12: “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém. ” -- este ensinamento é verdade incontestável, deve ser observada em qualquer tempo, pois ensinava ao espírito das massas de gentes, com visão das consequências para a vida eterna das individualidades, pois são autônomas.

Fizemos referência à evangelização. Muitos pensam que é somente para crianças, o que não é verdade. Existem as evangelizações para crianças, jovens e adultos também, o que significa que o trabalho de aprimoramento espiritual é permanente, nunca se esgota. Quanto mais conhece o Evangelho de Jesus, mais se conhece a si mesmo; quanto mais se espiritualiza, mais se aproxima das verdades do Senhor. Compreende-se a razão da vida, seus sofrimentos e possíveis alegrias, e a capacidade de suportar as contrariedades, tendo uma visão clara de estagiar em uma escola que retifica e embeleza a alma, vislumbrando recompensa dos próprios méritos ao longo do tempo, após as provas dessa existência.

Quando se elaborava a codificação espírita, Allan Kardec perguntou aos Benfeitores Espirituais, o que se registra na questão 476 de O Livro dos Espíritos, como transcrito: “Não pode acontecer que a fascinação exercida por um mau Espírito seja tal que a pessoa subjugada não perceba? Nesse caso, uma terceira pessoa pode fazer que cesse a sujeição da outra? Que condição deve preencher essa terceira pessoa? ”. Resposta: “Se for um homem de bem, sua vontade poderá ajudar, apelando para o concurso dos bons Espíritos, porque quanto mais se é um homem de bem, tanto mais poder se tem sobre os Espíritos imperfeitos, para afastá-los, e sobre os bons, para os atrair. Todavia, essa terceira pessoa será impotente, se aquele que estiver subjugado não lhe prestar o seu concurso. Há pessoas que se comprazem numa dependência que favorece seus gostos e desejos. Seja, porém, qual for o caso, aquele que não tiver puro o coração não poderá exercer nenhuma influência; os bons Espíritos o desprezam e os maus não o temem. ”.

A razão de ter feito uma abordagem sobre um tema tão complexo e desconhecido, mas que se encontra nas diversas camadas sociais, é que o que importa são os pensamentos e os interesses alimentados (negativos, imorais…), que se vinculam a mentes desencarnadas com os mesmos interesses ou que utilizam desse meio para vinganças de ofensas de outras épocas (vidas passadas), ou puramente por maldade.  No entanto, a responsabilidade é sempre daquele que se deixar iludir, por ignorância, fraqueza ou inconsequência.

Não é demais prestar atenção à mensagem de Jesus: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação: na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. ” – Mateus, 26:41. Orientação grandiosa para que estejamos atentos ao que pensamos e desejamos em todos os instantes da vida e sabermos o que escolher.  “Poço! mas me convém? ”  Quais são as consequências da minha escolha? Sempre haverá um depois. Como será? O resultado será feliz ou será de tormentos sem prazo para solução? As escolhas são pessoais, o que quer dizer que são espirituais, porque é o ser pensante que decide, não é o corpo. As consequências ultrapassam o tempo de duração do corpo, pois continuarão com o sobrevivente após o umbral do túmulo.

A fascinação existe, a escolha pertence a cada um, as responsabilidades também.

Pensemos bem!

                               Dorival da Silva.

1.    . Mateus, 6:21 “Porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”.
2.    O Livro dos Médiuns, questão 239, Allan Kardec.


sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Mensagem de Bezerra

Mensagem de Bezerra


A resposta para nossa busca está no amor. E se nos amarmos quanto Ele nos pediu, as nossas dores serão transformadas em alegrias no Reino de Deus.

Lembrai-vos, filhos da alma, que Jesus é os dois extremos da vida, o zênite e o nadir das nossas aspirações. Quando as dores vos parecerem insuportáveis, quando a solidão se vos apresentar tenebrosa e fria, lembrai-vos de Jesus. Uma voz sequer levantou-se para inocentá-lO e eram centenas aqueles a quem Ele atendeu. 

Quando vos sentirdes desamados ou rejeitados, mantende a irrestrita confiança no amor e vos entregai Àquele que é a vida da própria vida. Não temais nunca, porque Ele nunca nos deixa a sós. 

Elegemos o tema da mulher equivocada (na conferência de encerramento), porque todos nós carregamos um espinho na carne e nas carnes da alma. Todos nós, ainda imperfeitos, somos  algo Maria de Magdala ou Miriam de Migdol, que o amor de Jesus nos recebe com ternura infinita, sem nos perguntar quem fomos, mas nos propõe o que seremos. 

Tende ânimo. São horas muito difíceis de testemunho e de lágrimas, de ansiedade e de desamor. Mas crede, filhos da alma, Jesus não venceu no mundo, venceu o mundo das paixões. 

Sede vós aqueles que podeis vencer as sobras do pretérito, que vos arrebatam muitas vezes de volta aos abismos da alucinação e amai. Pagai o preço do amor, socorrei por amor, erguei por amor, libertai por amor e vos sentireis salvos, erguidos, amparados por alguém que vos estenderá as mãos e dirá com um sorriso: Vinde, já atravessastes a porta estreita. Vinde à Casa do Meu Pai.

Nestes dias, meus filhos, o endereço de Deus chegou aos vossos corações. Tendes agora o mapa da vitória. Cabe-vos seguir pela rota abençoada da bondade, da misericórdia, do amor e da Doutrina libertadora dos imortais, para que a plenitude do Reino dos Céus desde hoje se vos instale no coração. 

                                                                                           Muita paz.

O servidor humílimo de sempre que vos fala, em nome
dos Espíritos espíritas aqui presentes. 
Ide em paz.

 Bezerra.

Mensagem psicofônica de encerramento da XX Conferência
Estadual Espírita, que se realizou no Expotrade, em Pinhais (PR),
  de 16 a 18 de março de 2018, pelo Espírito Bezerra de enezes,
 através da mediunidade de Divaldo Pereira Franco. 
(Extraída do Jornal Mundo Espírita, Órgão de divulgação da
Federação Espírita do Paraná, maio/2018)


quinta-feira, 17 de maio de 2018

RESSURREIÇÃO DA CARNE


No final do texto publicado neste Blog em 11.05.2018, com o título: Pluralidade das existênciasAllan Kardec solicita ver o parágrafo “Ressurreição da carne”, questão 1010 de O Livros dos Espíritos, que abaixo inserimos tanto como seu comentário que amplia a compreensão desse tema. Considerando que a resposta da questão 1010 é dada pelo espírito São Luiz.

                                                                             Dorival da Silva

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RESSURREIÇÃO DA CARNE

1010. O dogma da ressurreição da carne será a consagração da reencarnação ensinada pelos Espíritos?
                  
“Como quereríeis que fosse de outro modo? Conforme sucede com tantas outras, estas palavras só parecem despropositadas, no entender de algumas pessoas, porque as tomam ao pé da letra. Levam, por isso, à incredulidade. Dai-lhes uma interpretação lógica e os que chamais livres pensadores as admitirão sem dificuldades, precisamente pela razão de que refletem. Por que, não vos enganeis, esses livres pensadores o que mais pedem e desejam é crer. Têm, como os outros, ou, talvez, mais que os outros, a sede do futuro, mas não podem admitir o que a ciência desmente. A doutrina da pluralidade das existências é consentânea com a justiça de Deus; só ela explica o que, sem ela, é inexplicável. Como havíeis de pretender que o seu princípio não estivesse na própria religião?”

— Assim, pelo dogma da ressurreição da carne, a própria Igreja ensina a doutrina da reencarnação?

“É evidente. Demais, essa doutrina decorre de muitas coisas que têm passado despercebidas e que dentro em pouco se compreenderão neste sentido. Reconhecer-se-á em breve que o Espiritismo ressalta a cada passo do texto mesmo das Escrituras sagradas. Os Espíritos, portanto, não vêm subverter a religião, como alguns o pretendem. Vêm, ao contrário, confirmá-la, sancioná-la por provas irrecusáveis. Como, porém, são chegados os tempos de não mais empregarem linguagem figurada, eles se exprimem sem alegorias e dão às coisas sentido claro e preciso, que não possa estar sujeito a qualquer interpretação falsa. Eis por que, daqui a algum tempo, muito maior será do que é hoje o número de pessoas sinceramente religiosas e crentes.”
SÃO LUÍS

(Allan Kardec faz argumentação complementar ampliando entendimento)

Efetivamente, a Ciência demonstra a impossibilidade da ressurreição, segundo a ideia vulgar. Se os despojos do corpo humano se conservassem homogêneos, embora dispersos e reduzidos a pó, ainda se conceberia que pudessem reunir-se em dado momento. As coisas, porém, não se passam assim. O corpo é formado de elementos diversos: oxigênio, hidrogênio, azoto, carbono, etc. Pela decomposição, esses elementos se dispersam, mas para servir à formação de novos corpos, de tal sorte que uma mesma molécula, de carbono, por exemplo, terá entrado na composição de muitos milhares de corpos diferentes (falamos unicamente dos corpos humanos, sem ter em conta os dos animais); que um indivíduo tem talvez em seu corpo moléculas que já pertenceram a homens das primitivas idades do mundo; que essas mesmas moléculas orgânicas que absorveis nos alimentos provêm, possivelmente, do corpo de tal outro indivíduo que conhecestes e assim por diante. Existindo em quantidade definida a matéria e sendo indefinidas as suas combinações, como poderia cada um daqueles corpos reconstituir-se com os mesmos elementos? Há aí impossibilidade material. Racionalmente, pois, não se pode admitir a ressurreição da carne, senão como uma figura simbólica do fenômeno da reencarnação. E, então, nada mais há que aberre da razão, que esteja em contradição com os dados da Ciência.

É exato que, segundo o dogma, essa ressurreição só no fim dos tempos se dará, ao passo que, segundo a Doutrina Espírita, ocorre todos os dias. Mas, nesse quadro do julgamento final, não haverá uma grande e bela imagem a ocultar, sob o véu da alegoria, uma dessas verdades imutáveis, em presença das quais deixará de haver cépticos, desde que lhes seja restituída a verdadeira significação? Dignem-se de meditar a teoria espírita sobre o futuro das almas e sobre a sorte que lhes cabe, por efeito das diferentes provas que lhes cumpre sofrer, e verão que, exceção feita da simultaneidade, o juízo que as condena ou absolve não é uma ficção, como pensam os incrédulos. Notemos mais que aquela teoria é a consequência natural da pluralidade dos mundos, hoje perfeitamente admitida, enquanto que, segundo a doutrina do juízo final, a Terra passa por ser o único mundo habitado.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Vida inextinguível


Vida inextinguível

O objetivo essencial da existência humana é a conquista da plenitude. Mediante continuado esforço, o Espírito desenvolve as aptidões que se lhe encontram em latência, de modo que se conheça a si mesmo, enriquecendo-se de instrumentação para os enfrentamentos naturais no processo evolutivo.

Atravessando as experiências do instinto ao longo do tempo, passa a compreender as emoções que acompanham as sensações, libertando-se das amarras dos automatismos orgânicos para a administração saudável dos sentimentos.

Envolto na tecelagem complexa da matéria, trabalha-a, a fim de bem conduzir o carro orgânico enquanto aspira às delícias da imortalidade.

Etapa a etapa, deve aprimorar-se, sublimando as paixões primitivas e transformando-as em beleza e alegria indispensáveis ao êxito do empreendimento.

Reencarnando-se por necessidade de crescimento íntimo, dá sentido à existência física, aformoseando o planeta e a existência em esforço contínuo e enriquecedor.

O conhecimento do sentido de viver favorece-o com a lucidez para superar as tendências primárias, que permanecem em largo período agrilhoando-o ao passado.

Essas injunções, às vezes, penosas, impulsionam-no à autoiluminação, de modo que se operem as transformações morais no íntimo para a vitória sobre a ignorância, a dor, o desequilíbrio.

É todo um processo de crescimento, no qual todas as conquistas de enobrecimento ampliam-lhe os horizontes para a espiritualização.

Impulsos e reações dos instintos básicos que lhe serviram de suporte para vencer as fases iniciais, são transformados em métodos seguros para as experiências libertadoras através das quais o sentido existencial supera todos os outros.

Autor dos conhecimentos que defronta, cabe-lhe recuperar-se, agindo corretamente, de modo que a paz que deflui da consciência dignificada constitua-lhe a razão primordial da jornada evolutiva.

Enquanto a ignorância das Divinas Leis predomina, o ser permanece mergulhado no primarismo, necessitado do buril do sofrimento para romper o envoltório grosseiro que abafa as aspirações e impede-lhe a ruptura de dentro para fora, mediante o conhecimento da verdade.

A dor, desse modo, é instrumento do Bem para despertar todos aqueles que se encontram submetidos ao sono do desconhecimento.

Bendize, pois, esses fatores-sofrimento que te induzem à reflexão e ao encontro da liberdade.

*
Nasceste ou renasceste para morrer no momento quando concluíres o trâmite carnal. Isso é inevitável, pois que é fatalidade da vida.

O fenômeno da morte é parte fundamental do programa da existência.

Tudo que nasce tem o seu período próprio de existir no invólucro material, para logo depois experimentar a consumpção orgânica através da desencarnação.

Em razão da afetividade e da imensa necessidade de união e de comunhão de uns Espíritos com os outros, a morte representa uma dor moral quase que insuperável.

Embora todos os seres humanos tenham conhecimento de que acontecerá em momento determinado, quando ocorre em algum lar, também despedaça os sentimentos daqueles que permanecerão na roupagem física.

Importante considerar como despertará esse viajante de retorno ao Grande Lar, quando terá que contabilizar os resultados da experiência vivenciada.

Por outro lado, aqueles que lhe perderam a presença padecem a dor da ausência material, da convivência abençoada dos sonhos e anelos programados para o que se denomina como felicidade.

A morte, em consequência, é detestada; no entanto, é a grande libertadora, porque propicia o encontro com a paz, desencarcerando o ser da prisão sem grades das doenças degenerativas, daquelas incuráveis e de muitas situações penosas.

A certeza de que o reencontro é inevitável, porque o amor jamais separa aqueles que se vinculam, constitui um bálsamo, uma esperança anunciada para depois.

A imortalidade é a expressão da sábia misericórdia de Deus, propiciando vida exuberante, quando o corpo de constituição transitória consome-se.

Não te desesperes ante a morte do ser amado. Ele vive e logo readquire a lucidez, passado o período de ajustamento, volve a visitar-te, a estar contigo, inspirando-te nas injunções da carne.

Por tua vez, envolve-o em lembranças afetuosas e gratulatórias que eles captam e sentem-se bem pelas evocações amadas.

Não te permitas revoltar ou sucumbir pela dor da sua viagem. Se as lágrimas da saudade visitarem-te, verte-as com ternura e amor, e eles se sentirão queridos, também emocionados.

Em situação nenhuma te permitas a rebeldia, considerando que também desencarnarás.

Vive de tal forma que, ao chegar o teu momento de retorno, exultantes, os seres queridos que te anteciparam venham receber-te cantando um hino de alegria inefável, homenageando-te.

Como jamais te esqueceram, no Além-túmulo trabalham para a continuação da afetividade, preparando-te o lar, novas realizações que ignoras, de forma que vivas o banquete de luz e de paz que está prometido a todos aqueles que são fiéis ao Bem e à Verdade.

*

À dor da separação do Mestre Jesus na crucificação, aqueles que O amavam reativaram as alegrias ante a Sua ressurreição luminosa.

Aquela madrugada de bênçãos foi a resposta de Deus à tarde-noite de sombras e morte.

Tem paciência quando desencarne um ser querido, considerando os júbilos que te tomarão oportunamente, por ocasião do reencontro, quando fores recebido por quem agora choras...


Joanna de Ângelis.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite
de 2 de setembro de 2015, no Centro Espírita Caminho da Redenção, 
em Salvador, Bahia.
Em 28.12.2015.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Glória da Imortalidade - II

Glória da Imortalidade - II

Glória da Imortalidade

O triunfo da imortalidade do Espírito inicia-se no momento da sua ressurreição após a morte do corpo físico.

Despertando na dimensão espiritual e dando-se conta da sobrevivência, o Espírito compreende o significado da existência corporal e faz um balanço das realizações durante toda a jornada, aprofundando os conteúdos felizes daquelas que o enriqueceram de paz e de lucidez, enquanto confere aqueloutras nas quais não logrou o êxito que poderia ter conseguido se houvesse persistido nos sentimentos nobres.

Dá-se conta da oportunidade que se lhe apresenta, assim como das infinitas possibilidades de que passa a dispor, caso deseje avançar no rumo da plenitude.

Descortina, mediante a reflexão calma e sábia, as bênçãos que o aguardam através das futuras reencarnações e começa a empenhar-se na autopreparação para os futuros empreendimentos libertadores.

Indizível alegria invade-o ante a perspectiva de que é possível conseguir a autoiluminação e que tudo quanto produza de bem ou de mal reverte-se em sua própria direção, propiciando-se alegrias inauditas ou desventuras perturbadoras.

Mesmo que haja vivenciado a existência de maneira incorreta, agora dispõe de novos recursos para a autorrecuperação, que passa a depender exclusivamente do empenho com que se dedique à conquista dos valores mal-utilizados.

Quando, porém, deixou-se intoxicar pelos vapores da soberba e do orgulho, entregando-se aos despautérios nos quais se comprazia, toma conhecimento dos terríveis danos a si próprio infligidos e, não tendo amadurecimento psicológico para compreender a responsabilidade que lhe pesa sobre os ombros, permite-se a revolta e o desespero que mais o atormentam, empurrando-o para as sombras demoradas da perturbação e do desequilíbrio.

Cada ser é responsável pelas consequências dos atos que pratica. O seu livre-arbítrio proporciona-lhe a eleição do que considera como digno de respeito, arrastando-o, mesmo quando a contragosto, pelo caminho escolhido, naturalmente assumindo os resultados da atitude infeliz.

O Senhor do Universo não aplicaria mais de dois bilhões de anos para que a vida se iniciasse no orbe terrestre até alcançar o nível da razão e do discernimento, da consciência e do saber, se a mesma não tivesse a finalidade sublime da perfeição.

Negar-se-Lhe a causalidade é fuga e transferência para a ilusão, na qual se compraz o invigilante, pensando em evadir-se das responsabilidades, sob a vão justificativa da ignorância.

Tudo no Cosmo fala de ordem, de equilíbrio, de harmonia, mesmo quando se contempla o aparente caos, que oculta os princípios que o produzem, embora permaneçam desconhecidos.

Há, portanto, em tudo e em todos a fatalidade para a glória da imortalidade em permanente triunfo.

A vida jamais se extingue, desde quando foi iniciada.

O Espírito é criação do amor com o destino da alegria sem limites.

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Enquanto se transita na carne, a memória dos acontecimentos espirituais diminui de intensidade, momentaneamente bloqueada em parte, a fim de não gerar embaraços no processo de crescimento interior.

As heranças atávicas dos instintos primários, não poucas vezes, tentam obstaculizar a lucidez do pensamento que aspira por mais altos voos na direção do Infinito.

Isso concorre para os equívocos morais lamentáveis e as fixações tormentosas no prazer, que nunca se faz saciado, sempre aspirando a novas sensações proporcionadoras de gozos.

Os elevados conceitos de dever e de responsabilidade, invariavelmente cedem lugar aos de direitos e permissões, sem a correspondente contribuição que confere essas ofertas existenciais.

As mentes desvairadas pelos tormentos ancestrais, que se encontram fixados nos mapas do processo de crescimento ético-moral, elaboram apressadas, informações diluentes dos sérios compromissos com a realidade, proporcionando comportamentos materialistas, utilitaristas, investindo no aniquilamento do Espírito a partir do fenômeno da morte orgânica.

Embora a intuição e as lembranças vagas da imortalidade, da experiência fora do corpo, durante o interregno da desencarnação anterior e da reencarnação atual, o ser irresponsável e presunçoso vitaliza essa conduta aberrante e permite-se apenas o uso da indumentária fisiológica para as satisfações egoístas em que se compraz.

Arrebatado pela desencarnação que a todos alcança, desperta em desvario, procurando o esquecimento absoluto, a ausência de vida, encontrando-a estuante, experimentando, então, uma frustração terrível que o amargura e atormenta.

A vida é constituída de valores bons e maus, a depender de como são aplicados por cada criatura, cabendo-lhe a sábia eleição que faculte o resultado da alegria inefável da consciência reta, que permanece fiel aos ditames da ordem e do dever.

Por que a uns, a vida exigiria ações dolorosas, fadigas e lutas, enquanto que, a outros concederia somente comodidades e júbilos, numa eleição desigual e absurda?

Não existem privilégios nas Soberanas Leis que regem o Universo, todos os seres que nele se encontram estão subalternos aos mesmos códigos morais e responsabilidades espirituais, que permitem as bênçãos dos sorrisos, tanto quanto as dádivas das lágrimas.

Vive, portanto, de tal modo que, ao chegar o momento de despedida das vestes corporais, disponhas de recursos para a libertação plena do seu ergástulo que, por um período permitiu-se fruir os meios que proporcionam o estado de paz.

Enquanto estejas no corpo, utiliza-o com respeito e desincumbe-te dos deveres que te cabem, porque desencarnarás conduzindo as ações em que te empenhaste e que se constituirão nos recursos indispensáveis para a continuação da jornada.

O mesmo ocorre com os familiares e amigos que fazem parte do teu relacionamento, assim como sucede com aqueles que te geraram dificuldades e criaram embaraços existenciais, tornando-se inimigos e perseguidores.

Ninguém foge de si mesmo.

A glória da ressurreição é o incomparável despertar para a vida em triunfo.

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Dia de finados!

Aqueles que são considerados mortos encontram-se vivos em processo de autoavaliação dos próprios atos, ansiosos pela oportunidade de recomeçar e refazer os caminhos mal percorridos.

À sua semelhança, aqueles que se empenharam na obra da verdade, também anelam pela felicidade de ajudar e de crescer na direção de Deus, o Amor sem Limites.

Ora pelos que desencarnaram e ajuda os Espíritos encarcerados na matéria, que ainda ignoram o destino que os aguarda.

(...) E segue em paz, amando e servindo sempre.

Joanna de Ângelis
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na
tarde de 11 de agosto de 2012, na residência do Dr. Epaminondas
Corrêa e Silva, em Paramirim, Bahia.
Em 18.1.2013.
Mensagem extraída do endereço:

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Céu ou Inferno!?



Quais as consequências de se admitir a existência da alma e sua individualidade após a morte? 1º) Que a sua natureza é diferente da corpórea, pois ao separar-se do corpo ela não conserva as propriedades materiais; 2º) Que ela possui consciência própria, pois lhe atribuímos a capacidade de ser feliz ou sofredora, e que tem de ser assim, pois do contrário ela seria um ser inerte e de nada nos valeria a sua existência.(1)

O corpo físico, cessada a vida orgânica morre, entrando num estado de disjunção molecular devolve seus elementos químicos ao estado primitivo de elementos simples, estes irão formar outros organismos pelos processos da Natureza, sejam: vegetais, animais, inclusive de estruturas humanas.

A alma era a vida do corpo que morreu, portanto morre apenas o equipamento orgânico que lhe servia para manifestação na vida física, compunha um individuo, que se integrava a uma família, à sociedade e a coletividade mundial.

Após deixar a indumentária de carne, a alma não se desintegra, não desaparece; passado o momento de readequação à dimensão vibratória que lhe é própria, dado o seu estado evolutivo, dará sequência à sua vida, como alguém que tenha chegado de viagem mais ou menos longa, pois a vida real é a espiritual; aqui é apenas como ir a uma escola de aperfeiçoamento, de reajuste, de conquista de novos saberes.

(...) as almas, em vez de penarem ou gozarem em determinado lugar, carregam em seu íntimo, a felicidade ou a desgraça, pois a sorte de cada uma depende de sua condição moral, e que a reunião das almas boas e afins é um motivo de felicidade, (...).” (2).  Neste registro  Allan Kardec deixa por terra a idéia de um inferno e um céu localizados, geográficos, o que a própria ciência acadêmica, a Geologia e a Astronomia – que já devassaram as profundidades do Planeta e esquadrinharam sua atmosfera, nada encontrando nesse sentido --, vez que as questões da alma foge totalmente das referências materiais, no que diz respeito à sua felicidade ou infelicidade, porque se dão na sua intimidade, é um estado de foro íntimo, e de consciência, portanto, espiritual.

Agrupamento de pessoas equilibradas e felizes gera uma psicosfera própria que corresponde à soma das vibrações dos seus integrantes; como aquelas desequilibradas geram uma psicosfera desarmoniosa e até deletéria. As vibrações são espirituais, equivalentes ao estado moral da alma (estado evolutivo), tanto no corpo físico como fora dele. Quando a alma deixa o corpo, pela sua morte, vai se localizar em faixa espiritual de acordo com essas vibrações, por afinidade, vez que os similares em gosto, hábitos e qualidades se juntam por atração natural.

A Doutrina Espírita nos ensina que essa escala evolutiva ou faixas vibracionais são infinitas, não existindo delimitador fixo, onde termina uma e começa outra, mas sim como um matiz entre uma e outra, sendo que a alma pode mudar sua condição pelas deliberações que toma para seu melhoramento em qualquer momento, sendo que a evolução do ser espiritual ocorre  tanto no corpo físico como fora dele.
(1 e 2) - Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, 1ª parte, capítulo 1, item 2.

Dorival da Silva