sábado, 27 de outubro de 2012

Finados! Dias dos Mortos?



Fisicamente, aquele que visitamos em câmara ardente e despedimos em exéquias, realmente não está mais ombreando conosco, permanece-nos na lembrança. É correto homenageá-los em dias próprios?  Nada a reprovar. No entanto, podemos fazer isso diariamente ou em muitas oportunidades, através da prece diária, quando não, em datas outras, como aniversário, período Natalino...

“Os Espíritos são sensíveis à lembrança que deles guardam os que lhes foram caros na Terra? ‘Muito mais do que podeis imaginar. Se são felizes, essas lembranças lhes aumenta a felicidade; se são infelizes, serve-lhes de lenitivo.’  ‘O dia da comemoração dos mortos tem algo de mais solene para os Espíritos? Eles se preparam para visitar os que vão orar sobre os seus despojos? ‘Os Espíritos atendem ao chamado do pensamento, tanto nesse dia como nos outros’. ‘O dia de finados é, para eles, um dia especial de reunião junto de suas sepulturas? Nesse dia, eles se reúnem em maior número nos cemitérios, porque maior é o número de pessoas que os chamam.  Mas cada Espírito só comparece ali pelos seus amigos e não pela multidão dos indiferentes.’  ‘Sob que forma aí comparecem e como os veríamos, se pudessem tornar-se visíveis? Aquela sob a qual eram conhecidos em vida.” (1)

As indagações acima e as respostas dos Espíritos reveladores da vida em outra dimensão são muito esclarecedoras, mas outras conjecturas surgem que nos levam à reflexão.  E no caso daquele em que lembramos no dia convencionado à homenagem dos chamados mortos estiver reencarnado e convivendo junto aos seus entes queridos, agora como um neto ou um bisneto? Como seria? Agora tem outro nome? É outra personalidade?

A fé raciocinada (a Doutrina Espírita) nos permite a reflexão.  Outrora era conhecido como José, nesta oportunidade se chama Antônio, conquanto as personalidades diferentes tratam-se do mesmo ser espiritual.  Se lá à beira da lápide homenageamos o ente que conhecíamos com um nome e ele tem outro, numa nova existência física, que não temos conhecimento, a prece, o pensamento de saudade atinge-o de mesma forma, porque não importa como ou onde esteja, é a mesma individualidade.

Como se daria isso?  Estando o Espírito na vida errante (espiritual), que lhe é a natural, estaria ciente: veria os seus homenageadores e sentiria as suas intenções emocionais; e estando num outro corpo (reencarnado), não estaria consciente da ocorrência como na situação anterior, mas sentiria a emoção, ou a alegria benfazeja que não saberia explicar, independentemente de ser criança ou adulto. Será que nunca sentimos uma emoção ou uma alegria que desconhecemos de onde surgiu?  Os que estão na vida espiritual também oram por nós.  A vida é via de duas mãos!

A homenagem aos que amamos é muito importante, em qualquer circunstância é uma demonstração de afeto, doação de amor, sem nenhuma outra conotação que não seja a de amar.

(1)   O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Questões: 320, 321 e 321 - a e b.

Dorival da Silva                                                                     

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Brasil - Eurípedes Barsanulfo


Irmãos Queridos.

Diante dessa crise que se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus companheiros, trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé, de coragem e de estímulo. Estamos irradiando-a para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante, de norte a sul do Brasil. Durante vários dias estaremos repetindo a nossa palavra, a fim de que maior número de médiuns possa captá-la. Cada um destes que sintonizar nesta faixa vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o entendimento e a gradação que lhe forem peculiares.

Estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha. Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações.

A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis.

É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança. Somente através de esperança conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado.

Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! a fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável.

O desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta. Diante desse quadro de forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral.

Que cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha. Que haja uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de otimismo e de esperança! Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e a caminhar no rumo do progresso.

São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor.

Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca. Nós sabemos que "Jesus está no leme!" e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho. Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo.

Sobre tudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado. E não esqueçamos de que, se o Brasil "é o coração do mundo", somente será a "pátria do Evangelho" se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós".

Eurípedes Barsanulfo
Mensagem recebida no Centro Espírita "Jesus no Lar"
Médium - Suely Caldas Schubert
Ctba-Pr  26/08/2012

Observação:   e-mail, com a data  de 31.08.2012

sábado, 13 de outubro de 2012

Trabalhemos enquanto há tempo


Trabalhemos enquanto
há tempo
 
Cairbar Schutel (Espírito)


Irmãos e Amigos no ideal do bem!

Que o Senhor nos guie e proteja!

Não poderia deixar de agradecer-lhes a lembrança carinhosa que me dispensaram por ocasião do evento que comemorou minha entrada na existência terrena nessa última encarnação. Todavia, sentir-me-ia constrangido de manifestar-me pessoalmente diante de tantas homenagens, quando apenas cumpri meu dever, conquanto tenha sido representado por amigos muito queridos, Wallace e Urbano.

Para o verdadeiro cristão e espírita, o maior laurel é o trabalho realizado em prol de sua própria elevação moral e do amor dispensado aos mais necessitados. Em virtude disso, permitam-me, com o carinho de irmão, externar meu pensamento.

Confesso-lhes que vejo, com alguma preocupação, o destino dos irmãos de ideal espírita encarnados no planeta. Percebo que o entusiasmo com o conhecimento, aliado ao trabalho prático, dos iniciadores do movimento espírita nos seus primórdios, não se reflete nos continuadores atuais da grande obra iniciada pelo grande Codificador, Allan Kardec.

Com muitas e louváveis exceções, grande parte dos espíritas mantêm-se amodorrados em relação à verdadeira vivência cristã. Nunca houve tanta facilidade de adquirir conhecimento através da literatura espírita, que convida à renovação, ao estudo, à análise da ciência, que avança sempre. Entretanto, todo esse acervo destina-se mais às prateleiras individuais, enquanto o discurso, conquanto baseado no Evangelho de Jesus ou em outras fontes de informação, permanece no reino da palavra, sem a consequente aplicação prática, apesar dos grandes exemplos que nos foram proporcionados pela bondade de Jesus, enviando seus prepostos às lides terrenas.

No imenso teatro do mundo, campeia o sofrimento e a dor, a ignorância e o desinteresse, o egoísmo e o orgulho, a vaidade e a cobiça, os vícios e o prazer, entre tantas outras imperfeições morais do gênero humano. Debalde o Alto tem enviado seus colaboradores com a missão de alertar aos encarnados, que ouvem, entendem, mas prosseguem insensíveis ao chamado do Bem.

Tal se as lições luminosas trazidas pelo Mestre nos inolvidáveis e alegres dias que marcaram sua passagem pelo planeta, agora aclarados pela vinda do Consolador ao mundo — mostrando a realidade da vida imortal, da comunicação entre as esferas material e espiritual, da lei das vidas sucessivas, que permite ao Espírito aprender sempre e ao mesmo tempo reparar os erros cometidos, caminhando para a perfeição —, como se houvesse proporcionado certo comodismo entre os seguidores da Terceira Revelação, ao considerar que todos esses conhecimentos lhes permitissem utilizar o tempo — esse auxiliar valioso — como melhor lhes aprouvesse, visto que, se estamos todos em evolução e se temos o tempo a nosso favor, não há motivos para pressa.

Desse modo, uma contradição se estabelece entre os espíritas. Detentores de informações valiosíssimas, permanecem acomodados, aproveitando a existência e se omitindo de esforços para vencer as más inclinações e as imperfeições morais que ainda lhes exornam o caráter, sob o pretexto de que terão outras encarnações para tal mister.

Enquanto tal estado de coisas se processa, queridos irmãos, outros segmentos da sociedade, praticantes de outras denominações religiosas, ganham corpo e energia, procurando com entusiasmo e disposição merecer o propalado “Reino dos Céus”.
Reconheço que no movimento espírita existe muita gente que trabalha com vigor, buscando a própria iluminação e estendendo seu conhecimento aos irmãos que tanto necessitam de orientação e amparo.

Trago a intenção, com essas palavras, talvez um tanto duras mas necessárias, de acordá-los para as realidades maiores, visto que nossa maior vitória é a da própria elevação moral.

Irmãos de ideal espírita! Não nos esqueçamos de que através do advento do Espírito de Verdade somos os herdeiros do Consolador Prometido, recebendo importantíssimos esclarecimentos para serem repassados aos demais habitantes da sociedade em que estamos inseridos, pois a candeia não pode ser colocada sob o candeeiro, mas sobre o velador, para iluminar a todos.

Como seguidores do Espiritismo, a nova doutrina, em “O Evangelho segundo o Espiritismo” somos comparados aos trabalhadores da última hora, isto é, aqueles que, chegando por último, têm pressa para trabalhar, demonstrando maior devotamento na execução do serviço. Esta é uma realidade, meus irmãos, desde que façamos jus ao salário que vamos receber ao final da jornada.

Deixo aqui, portanto, meu apelo: Trabalhemos, meus irmãos, enquanto há tempo, com devotamento e abnegação, coragem e alegria, procurando disseminar a paz e a esperança em todos os momentos, no aproveitamento desse final de ciclo.

Grandes transformações irão acontecer nesse encerramento de uma Era e consequente início de outra, a Era de Regeneração, que trará uma nova e melhor vida para quantos conseguirem permanecer aqui no planeta Terra. Para isso, grandes levas de Espíritos iluminados os auxiliarão nessa tarefa de levarem o conhecimento a todos os necessitados de paz e luz.

Contem conosco.

Que o Senhor da Vida e da Seara nos ilumine cada vez mais, dando-nos forças e coragem na travessia das provações, para alcançarmos o “Reino de Deus” que, segundo o Mestre, não está aqui ou ali, mas está dentro de cada um de nós.

Recebam o abraço amigo do servidor devotado, 

                                                                  Cairbar Schutel  

(Mensagem recebida por Célia Xavier de Camargo, em Rolândia-PR, em 24/9/2012.)

Extraída da Revista Eletrônica "O Consolador": http://www.oconsolador.com.br/ano6/281/correiomediunico.html

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Além do sono



 

Além do sono
Calderaro

De passagem por nosso templo, rogo vênia para ocupar-lhes a atenção com alguns apontamentos ligeiros, em torno de nossas tarefas habituais.

Dia e noite, no tempo, simbolizam existência e morte na vida.

Não há morte libertadora sem existência edificante.

Não há noite proveitosa sem dia correto.

Vocês não ignoram que a atividade espiritual da alma encarnada estende-se além do sono físico; no entanto, a invigilância e a irresponsabilidade, à frente de nossos compromissos, geram em nosso prejuízo, quando na Terra, as alucinações hipnogógicas, toda vez que nos confiamos ao repouso.

É natural que o dia mal vivido exija a noite mal assimilada.

O Espírito menos desperto para o serviço que lhe cabe, certamente encontrará, quando desembaraçado da matéria densa, trabalho imperioso de reparação a executar.

Por esse motivo, grande maioria de companheiros encarnados gasta as horas de sono exclusivamente em esforço compulsório de reajuste.

Mas, se o aprendiz do bem atende à solução dos deveres que a vigília lhe impõe, torna-se, como é justo, além do veículo físico, precioso auxiliar nas realizações da Esfera Superior.

Convidamos, assim, a vocês, tanto quanto a outros amigos a quem nossas palavras possam chegar, à tarefa preparatória do descanso noturno, através do dia retamente aproveitado, a fim de que a noite constitua uma província de reencontro das nossas almas, em valiosa conjugação de energias, não somente a benefício de nossa experiência particular, mas também a favor dos nossos irmãos que sofrem.

Muitas atividades podem ser desdobradas com a colaboração ativa de quantos ainda se prendem ao instrumento carnal, principalmente na obra de socorro aos enfermos que enxameiam por toda parte.

Vocês não desconhecem que quase todas as moléstias rotineiras são doenças da ideia, centralizadas em coagulações de impulsos mentais, e somente ideias renovadoras representam remédio decisivo.

Por ocasião do sono, é possível a ministração de amparo direto e indireto às vítimas dos labirintos de culpa e das obsessões deploráveis, por intermédio da transfusão de fluidos e de raios magnéticos, de emanações vitais e de sugestões salvadoras que, na maior parte dos casos, somente os encarnados, com a assistência da Vida Superior, podem doar a outros encarnados.

E benfeitores da Espiritualidade vivem a postos, aguardando os enfermeiros de boa-vontade, samaritanos da caridade espontânea, que, superando inibições e obstáculos, se transformem em cooperadores diligentes na extensão do bem.

Se vocês desejam partilhar semelhante concurso, dediquem alguns momentos à oração, cada noite, antes do mergulho no refazimento corpóreo.

Contudo, não basta a prece formulada só por só. É indispensável que a oração tenha bases de eficiência no dia bem aproveitado, com abstenção da irritabilidade, esforço em prol da compreensão fraterna, deveres irrepreensivelmente atendidos, bons pensamentos, respeito ao santuário do corpo, solidariedade e entendimento para com todos os irmãos do caminho, e, sobretudo, com a calma que não chegue a ociosidade, com a diligência que não atinja a demasiada preocupação, com a bondade que não se torne exagero afetivo e com a retidão que não seja aspereza contundente.

Em suma, não prescindimos do equilíbrio que converta a oração da noite numa força de introdução à espiritualidade enobrecida, porque, através da meditação e da prece, o homem começa a criar a consciência nova que o habilita a atuar dignamente fora do corpo adormecido.

Consagrem-se à iniciação a que nos referimos e estaremos mais juntos.

É natural não venham a colher resultados, de imediato, nas faixas mnemônicas da recordação, mas, pouco a pouco, nossos recursos associados crescerão, oferecendo-nos mais alto sentido de integração com a vida verdadeira e possibilitando-nos o avanço progressivo no rumo de mais amplas dimensões nos domínios do Universo.

Aqui deixamos assinalada nossa lembrança que encerra igualmente um apelo ao nosso trabalho mais intensivo na aplicação prática ao ideal que abraçamos, porque a alma que se devota à reflexão e ao serviço, ao discernimento e ao estudo, vence as inibições do sono fisiológico e, desde a Terra, vive por antecipação na sublime imortalidade.

Do cap. 49 do livro Instruções Psicofônicas, ditado por Espíritos diversos por intermédio do médium Francisco Cândido Xavier. A mensagem acima foi transmitida em 17/2/1955 e seu autor é o instrutor espiritual a que se refere André Luiz em seu livro “No Mundo Maior”.

Extraída da Revista Eletrônica "O Consolador", no endereço:

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Diferentes Estados da Alma



Cada indivíduo tem um estado de alma. Nos grupos de almas se forma um ambiente vibratório particular e afim entre si. Essa ocorrência se verifica tanto na vida do encarnado (física), como do desencarnado (espiritual).

Esse estado de alma corresponde à condição evolutiva do ser, no campo intelectual e moral. E uma das formas de se perceber as diferenças evolutivas entre indivíduos e grupos são as manifestações de toda ordem (intelectual ou comportamental), considerando que nas suas mais variadas configurações é a exposição do elemento espiritual, que na vida material, habita num corpo de carne, por ora, pois, finito. 

Os Espíritos constituem um mundo à parte, fora daquele que vemos? “Sim, o mundo dos Espíritos, ou das inteligências incorpóreas.” (1)  Qual dos dois, o mundo espiritual ou o mundo corporal, é o principal na ordem das cosias? “O mundo espiritual, que preexiste e sobrevive a tudo.” (2) Os Espíritos ocupam uma região determinada e circunscrita no espaço? “Os Espíritos estão por toda parte. Povoam infinitamente os espaços infinitos. Há os que estão sem cessar ao vosso lado, observando-vos e atuando sobre vós, sem que o saibais, já que os Espíritos são uma das forças da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para a execução de seus desígnios providenciais. Nem todos, porém, vão a toda parte, pois há regiões interditas aos menos adiantados.” (3) – Grifo nosso.

A intenção cultivada e as ações do indivíduo atraem, por afinidade, uma nuvem de Espíritos, como apresenta a Doutrina Espírita, através das indagações de Allan Kardec aos Espíritos reveladores do mundo espiritual (vejam as perguntas e respostas acima) – aliás, também consta na mensagem epistolar de Paulo (Hebreus, 12-1): (...), tendo em torno de nós tão grande nuvem de testemunhas, (...) --; assim é que ocorre a interação de homens e mulheres encarnados com os desencarnados, por pura afinidade de gostos e de sentimentos, da mesma forma, entre grupos de pessoas.

A qualidade dos pensamentos e dos sentimentos é responsabilidade intransferível de cada pessoa, sendo de sua conta tudo o que advier de seus desejos alimentados e realizados, sabendo-se que existe uma nuvem de Espíritos observando e atuando sobre cada encarnado e ainda que os Espíritos são uma das forças da Natureza – o que leva a lembrar de Jesus, quando leciona: “Vigiai e orai para que não caiais em tentação” -- Marcos, 14-38 --,  e, ainda, “... não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal...”(Mateus, 6-13), conforme a Oração Dominical.

É certo que com maior frequência pensa-se na influência negativa dos Espíritos sobre a vida do encarnado, que o leva a prejuízos de toda ordem, mas, há nisso um equívoco, porque o mal existe enquanto durar a causa. Quais as causas?  O pensamento em desajuste com a moral desequilibrada. Realizações ignóbeis.  Qual o remédio? As regras do bem viver de Jesus: Amar ao próximo como a si mesmo; não desejar ao próximo... O objetivo é a reforma das condições morais da cada um. Permanecer no erro e se negar a evoluir moralmente é problema particular, por isso o livre-arbítrio, todos devem aprender a autonomia moral, num aperfeiçoamento constante, pois os meios de afinidade e influências são infinitos.

Se existe uma população enorme de Espíritos num estado de ignorância e/ou com intenções maléficas, existe outra população de Espíritos nobres, que galgaram a escala dos esforços de aprimoramento intelectual e moral, que de mesma forma atuam incessantemente na tentativa de levantar os caídos, os fracos e os equivocados da vida, oferecendo-lhes apoio e ensinamentos pelas mais variadas vias de manifestação, tais como: religiões sérias, filosofias nobres, programações individuais e coletivas para aplicação de programas de melhoramento, através das organizações polico-sociais, governos, administradores, escolas das mais variadas aplicações educativas.

Não existe uma só alma desamparada, mas a cada uma de acordo com suas obras. “Deus é justo”. Disponibiliza para a criatura todos os recursos existentes para o seu soerguimento, cabendo este assimilá-lo de acordo com as suas possibilidades.  Conquistar as condições é aproximar-se de Deus através da transformação interior, vencendo o egoísmo e o orgulho.  O mal não vem de Deus, é obra do próprio homem, enquanto comprazer-se na sua própria inferioridade moral. A influência dos Espíritos sempre haverá, vez que o mundo material e espiritual se transfunde atuando um sobre o outro, cabendo aos encarnados a opção da felicidade ou da infelicidade de acordo com a sua disposição moral. 

Portanto, ser bem ou mal amparado é por conta de cada um.

1, 2 e 3 – O livro dos Espíritos – Allan Kardec – questões: 84, 85 e 87)

Dorival da Silva

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

OS INIMIGOS DESENCARNADOS


Não sendo a morte física o aniquilar da vida, é natural que todos aqueles Espíritos que se transferem de retorno para o mundo espiritual mantenham as características morais que lhes assinalavam a individualidade.


Recuperando a lucidez após o decesso celular, volvem à consciência as mensagens que foram armazenadas durante a trajetória orgânica, auxiliando-os na evocação de acontecimentos e feitos nos quais participaram.


Em algumas ocasiões, não ocorre esse fenômeno, em razão do estado de perturbação em que se encontram após o túmulo, mantendo fixações enfermiças e condutas infelizes.


Compreensivelmente, no primeiro caso, ressumam com mais facilidade as impressões vigorosas, aquelas que fortemente feriram ou dignificaram as emoções.


Nesse capítulo, os sentimentos de animalidade que tipificam os Espíritos inferiores ressurgem, levando-os aos processos de angústia e ressentimento, que procuram contornar mediante o desforço a que se propõem contra aqueles que os afligiram e que permanecem na viagem carnal.


É compreensível que, não possuindo os tesouros morais de nobreza nem de elevação, deixem-se consumir pelo ódio, sendo levados às fontes geradoras do sofrimento que experimentam, no caso, as pessoas que se fizeram responsáveis pela sua desdita.


Surgem, nessa fase, as vinculações psíquicas com os antigos desafetos, aqueles que se tornaram motivo da sua aflição.


Reconhecendo a razão do sofrimento, sem, no entanto, entender as causas profundas, aquelas que dizem respeito à Justiça Divina, em face do desconhecimento da reencarnação e sua Lei de Causa e Efeito, convertem-se em inclementes cobradores do que supõem serem dívidas para com eles contraídas.


Dispondo de mobilidade e fixando-se mentalmente ao adversário mediante a afinidade moral, inicia-se o doloroso processo de obsessão, que tanto se apresenta em forma de surto patológico, na área dos distúrbios psicológicos de conduta e de emoção, bem como em lenta e perversa inspiração doentia que termina por transformar-se em transtorno mais grave.


Quando não se encontram lúcidos, são igualmente atraídos, em razão da lei de sintonia existente entre devedor e cobrador, decorrente da convivência espiritual nas mesmas faixas de inferioridade em que se movimentam os encarnados e os desencarnados.


Não padece qualquer dúvida, quanto à influência exercida pelos Espíritos na convivência com as criaturas humanas, especialmente com aquelas de natureza permissiva e vulgar, cruel e indiferente, em razão do estágio moral em que ainda se encontram.


Pululam em volta do planeta bilhões de seres espirituais em estágio primário de evolução, aguardando ensejo de renascimento carnal, tanto quanto de desencarnado em estado de penúria e de sofrimento que se transformam em parasitas dependentes de energias específicas, que exploram e usurpam dos seres humanos que se lhes assemelham.


Desse modo, aqueles que se sentem prejudicados de alguma forma têm maior facilidade em imiscuir-se na economia mental e emocional daqueles que consideram seus adversários pelos prejuízos que lhes teriam causado, perseguindo-os de maneira consciente ou não.


Os inimigos desencarnados constituem fator de desequilíbrio na sociedade terrestre que deve ser levado em conta pelos estudiosos do comportamento e das diretrizes sociológicas.

***

O mundo espiritual é preexistente ao físico, real e fundamental de onde vêm as populações humanas e para onde retornam mediante o veículo da desencarnação.

O objetivo essencial da desencarnação é propiciar o desenvolvimento intelecto-moral do Espírito na sua trajetória evolutiva.

Possuindo o psiquismo divino embrionário, em cada etapa do processo de crescimento desdobram-se-lhe faculdades e funções adormecidas que se agigantarão através dos evos até que seja alcançada a plenitude.

Não obstante, os atavismos que remanescem como tendências para repetir os gravames e os equívocos a que se acostumaram, exercem maior predominância em a natureza de todos, embora o Deotropismo que o atrai na direção fecunda e original da sua causalidade.

A escolha de conduta define-lhe o rumo de ascensão ou de queda, a fim de permanecer no obscurantismo em relação à verdade ou no esforço dignificante da autoiluminação.

Quando se esforça pelo bem proceder, prosseguindo na vivência das regras da moral e do bem, libertando-se dos grilhões dos vícios, mais facilmente alcança os níveis elevados de harmonia interior e os planos espirituais de felicidade, onde passa a habitar.

Todavia, quando se compromete na ação do mal, é induzido a reescrever as páginas aflitivas que ficaram na retaguarda, resgatando os delitos praticados através do sofrimento ou mediante as ações de benemerência que o dignificam.

Em razão da comodidade moral e da preguiça mental, situa-se, não raro, na incerteza, na indiferença em relação ao engrandecimento ou comprazendo-se nas sensações nefastas, quando poderia eleger as emoções superiores para auxiliar-se e para socorrer aqueles a quem haja prejudicado, reparando os males que forem gerados mediante os contributos de amor educativo oferecidos.

Os inimigos desencarnados, desse modo, vinculam-se aos seres humanos atraídos pelas afinidades morais, pelos sentimentos do mesmo teor, pelas condutas extravagantes que se permitem.

***


Nunca desperdices a oportunidade de ser aquele que cede em contendas inúteis quão perniciosas;

de perder, no campeonato da insensatez, a fim de ganhar em paz interior;
de servir com devotamento, embora outros sirvam-se, explorando a bondade do seu próximo;
de oferecer compreensão e compaixão em todas e quaisquer circunstâncias que se te deparem;
de edificar o bem onde te encontres, na alegria ou na tristeza, na abundância ou na escassez:
de oferecer esperança, mesmo quando reinem o pessimismo e a crueldade levando ao desânimo e à indiferença;
de ser aquele que ama, apesar das circunstâncias perversas;
de silenciar o mal, a fim de referir-te àquilo que contribua em favor da fraternidade;
de perdoar, mesmo aquilo e aquele que, aparentemente não mereçam perdão;
de ensinar corretamente embora predominem a prepotência, e, por essa razão mesmo...
Nunca te canses de confiar a Deus, seja qual for a situação em que te encontres.
Vestindo a couraça da fé e esgrimindo os equipamentos do amor, os teus inimigos desencarnados não encontrarão campo emocional nem vibratório em ti para instalar as suas matrizes obsessivas, permitindo-te seguir em paz, cantando a alegria de viver e iniciando a Era Nova de felicidade na Terra.


Joanna de Ângelis
(Página psicografada pelo médium Divaldo P.Franco, na sessão mediúnica da noite de 28 de fevereiro de 2005, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.) – Jornal Mundo Espírita, julho de 2009, nº 1.500)

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

EXCEÇÃO



   Adicionamos a mensagem abaixo na integra, que recebemos via correio eletrônico, visando mostrar que nem tudo é como percebemos, ainda mais se olharmos sempre do mesmo ângulo. 

Conquanto o tema não seja específico sobre o espiritismo, vez que este é o foco central de nosso blog, mas a exceção que abrimos vemos como oportuna, trata-se de visão sobre o Brasil,  nosso  País,  nosso Povo, de um plano de observação diferente, com comparações com outros Países, que temos como meta a ser buscada nas questões sociais, econômicas e comportamentais. 

Seria a abundância de recursos?   A facilidade de relacionamento, em  face da maleabilidade do nosso Povo, constituída de uma miscigenação multirracial?  Ou, ainda, uma ingenuidade própria da sua juventude que ainda não aprendeu a valorizar o seu patrimônio? 

Conquanto a sua pouca idade, pouco mais de quinhentos anos, da chamada descoberta, o Povo Brasileiro tem muita facilidade para vencer desafios, e quando quer e fatores socioambientais favorecem um pouco, a impetuosidade da sua adolescência  revoluciona conceitos e modifica os preconceitos, aciona novas atitudes, e se transforma, transformando  o contexto, e alça-se a patamar que não previa. 

O texto abaixo mostra facetas que lidas com atenção nos leva à emoção, é como se fosse elogio ou reconhecimento pessoal, mas sabemos que são conquistas inconscientes de um Povo, que quer produzir e viver, sem a preocupação de exagerar valorização do que está conquistado, pois tem a confiança de que ainda alcançou pouco, tem força para avançar mais, tem  competências para desenvolver, valores para despertar,  contribuição para oferecer. A maior parte do seu  Povo ainda não se escolarizou, sabe poucas letras, titubeia na faixa social mais carente, precisa conquistar moradia, saúde, educação...   

Há esperança. É a mola propulsora no peito do mais simples homem do povo ao mais ilustrado senhor. É Povo rico de fé.  Daquela que remove montanhas de necessidades, de dificuldades, de opressão, de incompreensão...   

De excepcional tolerância e humildade, mas operante na vida, mesmo que fatos desdigam aparentemente,  vence sempre, porque se vence, saindo  da obscuridade do conhecimento, apagando gradativamente a ignorância, conquistando  saberes, construindo ricas realidades das quais desconhece o valor.   Somente dando-se a importância que lhe é justa quando uma estrangeira  resenha a verdade que desconhecia.  

Sou Brasileiro!

Dorival da Silva



Escritora holandesa falando do Brasil



O QUE UMA ESCRITORA HOLANDESA FALOU DO BRASIL 

LEIA COM BASTANTE ATENÇÃO  


     Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.



     Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do  serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.



     Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.



     Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.



     Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.



     Em Paris , os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de ' Como conquistar o Cliente'.



    Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.



   Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa.



   Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.



   Os dados são da Antropos Consulting:  

   1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
  2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
  3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
  4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.
  5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina .
  6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
  7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.
  8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.
  9.  Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas.
  10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México , são apenas 300 empresas e 265 na Argentina .
  11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.



  Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?  

  1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?
  2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?
  3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?
  4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?
  5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?
  6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
  7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?



  Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.

  É! O Brasil é um país abençoado de fato.
  Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.
  Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.
  Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.
  Bendita seja, querida pátria chamada Brasil!!
  Divulgue esta mensagem para o máximo de pessoas que você puder. Com essa atitude, talvez não consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro, mas ao ler estas palavras irá, pelo menos, por alguns momentos, refletir e se orgulhar de ser... ...BRASILEIRO!!!  
  

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Ludne Nabila de O. Barroso
Assessoria de Cerimonial
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